quarta-feira, 31 de agosto de 2022

QUEM DISSE?

Por Rev. Munguba Jr. (*)

Será que vamos viver em nosso país a implantação do "Ministério da Verdade"? Imaginei que seria somente uma ficção, algo impensável em nossa realidade. Mas o que começamos a presenciar é algo que devemos, no mínimo, questionar.

No clássico 1984, de George Orwell, o autor apresenta o "Ministério da Verdade" dentro da distopia sobre um mundo totalitário que controla cada cidadão em tudo. Porém, a função principal desse ministério é validar a mentira, reinterpretar os fatos implantando a versão conveniente ao poder instituído.

Agências de "checagem de fatos" começam a proliferar em nossa nação e quando observamos uma alta corte atraindo para si a responsabilidade de afirmar o que é verdade ou mentira sentimos um grande risco pairando sobre nossa democracia.

O direito de expressar seu pensamento e a sua opinião são inegociáveis. As injúrias, calúnias e narrativas falaciosas são passíveis de processos e indenizações, mas o direito de livre opinião é fundamental.

Fico imaginando a questão das facetas da verdade. A verdade absoluta é aquilo que não podemos refutar, como o fato de Jesus Cristo ter vindo ao mundo. O nosso calendário é dividido em antes e depois de Cristo, mas existem pessoas que entregam suas vidas por Cristo, outras vivem sem sua influência direta dele e outras odeiam até pronunciar o Seu Nome.

Todos têm o direito de manifestar-se pela ótica da sua verdade e respeitosamente explanar a sua percepção.

Quem disse que podem balizar o nosso pensamento? Quem disse que pode normatizar as nossas vidas? Não podemos calar a nossa voz e obscurecer o que pensamos, principalmente porque o debate saudável de ideias é fundamental para o desenvolvimento humano. Mudar de ideias, repensar posicionamentos é nobre e nos lembra que podemos observar novos conhecimentos, novos argumentos e reconfigurar rotas. Postulados que defendíamos anos atrás hoje podem parecer até mesmo posturas infantis. Se sabemos que estamos em construção e que o dogmatismo afasta pessoas, por que ser tão intransigente? Obrigado, Platão, pelos conselhos sobre a República.

Não queremos obrigar pessoas a pensarem dentro de uma caixa. Quem disse que não somos livres?

(*) Pastor Munguba Jr. Embaixador Cristão da Coreia do Sul Para a Implantação da Oração da Madrugada e Erradicação da Pobreza no Brasil.

Fonte: O Povo, 6/08/2022. Opinião. p.14.

terça-feira, 30 de agosto de 2022

A SANTA CASA DE FORTALEZA PRECISA DE AJUDA

O Povo, Editorial

Com serviços de saúde extremamente relevantes prestados à população, a Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza é uma das principais instituições de saúde do Estado. Ao longo dos seus 162 anos, sobrevivendo graças a donativos e convênios, a Santa Casa atende, principalmente, a pessoas carentes sem planos de saúde, com consultas, exames, internações e assistência mortuária, em um inestimável trabalho de acolhimento. Todos esses serviços destinados à população desprovida de recursos estão ameaçados. De acordo com os representantes da unidade, a Santa Casa de Fortaleza corre o risco de fechar as portas.

Seria um caos ainda maior se isso ocorresse. Com um quadro financeiro crítico, intensificado pela ausência de repasse de verbas pela Prefeitura de Fortaleza, como alega o provedor Luiz Marques, a Santa Casa precisa receber valores retroativos a 2021, que superariam R$ 20 milhões.

A unidade precisa dos repasses que deveriam ser transferidos Ministério da Saúde para instituições filantrópicas e beneficentes. O gestor da Santa Casa explica que a instituição recebe um valor do Sistema Único de Saúde (SUS), porém essa quantia estaria há mais de 15 anos sem reajuste. Isso impacta diretamente as despesas, que são atualizadas constantemente, e o funcionamento dos serviços.

No início da pandemia, em 2020, devido à crise sanitária, um Projeto de Lei (PL) aprovado permitia que as Santas Casas recebessem o valor integral repassado pela União. E isso independia do cumprimento das metas estipuladas. No entanto, no ano seguinte, de acordo com Luiz Marques, o presidente Jair Bolsonaro vetou a proposição dessa lei. Assim, as Santas Casas deveriam voltar a receber apenas o valor equivalente à sua produção. Como consequência, a Santa Casa de Fortaleza passou a trabalhar com um déficit mensal de R$ 2 milhões. A situação complicou ainda mais a prestação dos serviços e a sobrevivência da casa de saúde.

As soluções emergenciais podem surgir como forma de impedir a interrupção das atividades, mas é preciso que haja um esforço coletivo dos governos para garantir o funcionamento constante dos serviços da Santa Casa. A unidade vive basicamente dos recursos transferidos pelos governos e de doações - muitas feitas pela população, a partir das contas de água e de energia elétrica. O clamor que a Santa Casa faz é constante, porque os repasses não são feitos de forma regular. Quando se trata de saúde, isso é inadmissível, haja vista ser uma área que não pode esperar por muito tempo, colocando em risco a vida dos muitos desprovidos que das instituições dependem.

Durante a fase aguda da pandemia de covid-19, a Santa Casa recebeu centenas de pacientes com a doença, mesmo com toda a dificuldade por que já passava. Nunca se esquivou de contribuir para o combate à pandemia como nunca tem estado alheia ao serviço aos mais pobres.

Honrar os repasses a fim de preservar as atividades da Santa Casa de Fortaleza é uma forma de respeito com a instituição, com os profissionais de saúde que lá trabalham, com os gestores e seus trabalhos incansáveis e, sobretudo, com a população desassistida que dela precisa para sobreviver.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 28/08/2022. Editorial. p.15.

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

O SACERDOTE É O AMOR DO CORAÇÃO DE JESUS

Por Pe. Reginaldo Manzotti (*)

Agosto é tradicionalmente o mês vocacional, assim vamos colocando toda a nossa vida, vocacionados que somos, em oração. A palavra vocação vem do latim "vocare", chamar. A nossa primeira vocação ou chamado é a vida, o segundo comum a todos os batizados é à santidade. Depois dessas temos as vocações específicas, pelas quais a Igreja Católica intensifica a reflexão e orações no mês de agosto. São elas: sacerdotal, à família, à vida religiosa e ao ministério leigo.

Esse ano gostaria de falar do sacerdócio, e começo reforçando duas verdades que não podem ser esquecidas. Primeiro a afirmação de Jesus: 'Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi'. (Jo 15,16). Segundo que na pessoa do sacerdote age o Cristo.

Deus escolhe homens, sacerdotes (padres), e não quer dizer que sejam santos, mas que são chamados a serem santos. Somos frágeis, limitados como qualquer pessoa, mas Deus nos escolheu e a Igreja confirmou.

Tanto que, no rito da ordenação um presbítero designado para fazê-lo pede ao Bispo para que ordene o candidato para a função de presbítero (sacerdote). O Bispo, então, interroga publicamente esse presbítero, se o candidato é digno deste ministério. O presbítero responde que após ter verificado junto ao povo de Deus e ouvido os responsáveis, declara firmemente ser testemunha de que o candidato a presbítero foi considerado digno. Não diz que ele está santo.

Cito isso, não para justificar nossas misérias, os nossos erros, mas para pedir que Deus continue sustentando e santificando a vida dos Padres. Eles são importantes para a Igreja existir. Não existe Padre sem a Igreja, como não existe a Igreja sem os Padres.

A Igreja conta cada vez mais feita com o protagonismo dos leigos. Alguns dos Sacramentos são ministrados pelos diáconos, como o Batismo e Matrimonio, mas é só através do Padre que no Sacramento da Unção dos Enfermos o óleo é colocado no enfermo para cura do corpo e da alma. É só através do Padre que o penitente, no Sacramento da Confissão pode escutar: — "Eu te absolvo dos teus pecados em Nome do Pai do Filho e do Espírito Santo". E, também é só através do Padre que temos a Sagrada Comunhão. Somente por isso e muito por isso rezem pelos Padres!

São João Maria Vianney, nosso patrono disse: "O sacerdote é amor no coração de Jesus. Quando virdes um padre, pensai no amor de Nosso Senhor Jesus Cristo".

A Igreja necessita de Padres. Rezemos para que as famílias sejam sementeiras de vocações sacerdotais. Rezemos pela perseverança dos seminaristas, e para que nós Padres sejamos santos como o Senhor é Santo.

(*) Fundador e presidente da Associação Evangelizar é Preciso e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR).

Fonte: O Povo, de 13/08/2022. Opinião. p.16.

domingo, 28 de agosto de 2022

PESAR FAMILIAR POR MARIA ELMA GURGEL MOTA

Tia Elma, amorosa, alegre, caridosa, criativa, gentil, enfim alguém muito especial em nossas vidas. Sentiremos muito a sua falta.

Nosso conforto está em acreditarmos que se encontra na morada do Pai, confraternizando-se com o Nem (tio Zé Alcy), a nossa Eldinha e o papai, a tia Elza, o Til e tia Lúcia e mutos parentes e amigos queridos. Saudades e doces lembranças!!

Filhos e filhas, genros e noras da Eldinha e do Silva.


sábado, 27 de agosto de 2022

FALECIMENTO DE MARIA ELMA GURGEL MOTA

Tomamos conhecimento do falecimento hoje, 27/08/2022, de Maria Elma Gurgel Mota, a nossa querida tia Elma, irmã de minha mãe Elda Gurgel e Silva, falecida em 12 de abril de 2022.

A notícia desse lamentável acontecimento é somente mitigada pelo conforto de saber que tia Elma voltou aos braços do Pai, e n’Ele encontrará a Paz Celestial.

O corpo será velado na manhã de amanhã (28/08/2022), no Parque da Paz, a partir das 8h, com celebração religiosa às 11h30, e o sepultamento está marcado para ocorrer, logo em seguida, às 12 horas, nessa necrópole.

O texto abaixo de nossa autoria, publicado em 2008, contém um pouco da trajetória de vida da tia Elma.

MARIA ELMA GURGEL MOTA

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Elma nasceu em Fortaleza, em 10/05/1934, onde permaneceu até os nove anos de idade, sob a custódia dos avós paternos, Francisco Coêlho e Clotilde Pimenta Coêlho. A esse tempo, seus pais buscavam equilibrar suas finanças, para juntar todos os filhos em Fortaleza. Foi alfabetizada por seus avós e tios com quem residia, ingressando logo depois no ensino Primário formal, no Instituto Padre Anchieta.

Como era boa aluna e havia recebido boa instrução doméstica, pode entrar em um nível mais alto do curso e chegou a fazer dois anos escolares (3º e o 4º anos) em apenas dois semestres letivos e o 5º ano do Primário, em somente dois meses, durante o período de férias escolares.

Submeteu-se ao Exame Admissional, sendo aprovada com excelentes notas; isso permitiu que fosse aberta uma exceção, para fins de matrícula, pois como só tinha onze anos, a idade era inferior à preconizada para iniciar o curso ginasial. Ingressou, então, em 1945, no Ginásio Santa Isabel, mantido por religiosas, sendo agraciada com uma bolsa de estudos, propiciada pela intervenção do Frei Teodoro em atendimento a um pedido; completou o Ginásio, aos quinze anos de idade, em 1949, dando por encerrada a sua formação escolar, seguindo o padrão costumeiro aplicado às moças dessa época, sobretudo nas famílias pouco abonadas, financeiramente, a exemplo da sua família, chefiada por uma viúva.

A família morava no bairro Otávio Bonfim, donde o amplo envolvimento dos familiares nas atividades pastorais e sociais da Igreja Nossa Senhora das Dores. Assim sendo, tia Elma participou da Cruzadinha e tomou parte na Guarda de Honra feminina.

Após a conclusão do curso ginasial, em 1949, foi admitida como escriturária da indústria Siqueira Gurgel, função que exerceu, de forma dedicada, por quase cinco anos, quando deixou a empresa para contrair núpcias e constituir a sua própria família.

Tia Elma casou-se, em 1954, com José Alcy Mota, resultando dessa união, os seguintes filhos, observada, no caso, a sequência, por ano de nascimento: Lúcia Maria (1955), Maria Goretti (1957), Maria Neuma (1959), Maria Elma Filha (1961), Maria Clara (1962), Francisco Paulo (1965) e José Alcy Filho (1971).

O tio Zé Alcy, conhecido pelos sobrinhos como o “Cici”, foi contemporâneo dos irmãos de tia Elma: Edson, Edmar e Espedito, e, portanto, seus futuros cunhados. Ele participava de várias atividades esportivas e culturais da Igreja Nossa Senhora das Dores, como jogador do time de futebol (o Montese), membro da Guarda de Honra e ator do Conjunto Teatral Santo Antônio; foi educado, por vários anos, nos seminários franciscanos de Canindé-CE e de Ipuarana, em Campina Grande-PB. Tio Alcy trabalhou, por longos anos, na Serraria Mota, de seus familiares, e depois gerenciou a Casa da Madeira e a Discon. Paralelamente, cumpriu tarefas, no turno da noite, como agente administrativo, posto integrar o quadro do funcionalismo público federal, de onde se aposentou por tempo de serviço. Foi diretor do Usina Ceará Atlético Clube, time profissional mantido pela Siqueira Gurgel. É perito-contador, formado pela Fênix Caixeiral.

Tia Elma é uma pessoa bem amável, que está sempre de bom humor, disposta a uma boa dose de prosa, até podendo ser classificado de “light”, por estar sempre de bem com a vida. Suas habilidades manuais são conhecidas, sobretudo a pintura, o que lhe permite elaborar peças de artesanato e objetos decorativos, esbanjando arte e gosto refinado. Fez Curso de Pintura, com excelente aproveitamento, aprendendo a manejar os pincéis, com destreza e perfeição, em diferentes superfícies: cerâmica, porcelana, tecidos e tela.

Os desdobramentos celulares de tia Elma, têm-lhe dado muito gosto: Lúcia formou-se em Medicina e exerce as especialidades de pediatria e de clínica geral; Maria Goretti graduou-se em Engenharia de Pesca e trabalha como sanitarista; Elma Filha formou-se em Serviço Social, estando dedicada à área de recrutamento de recursos humanos; Maria Clara bacharelou-se em Economia e em Ciências Contábeis, sendo funcionalmente vinculada ao Banco do Nordeste. Neuma Maria, ex-bancária do Banco do Nordeste, trabalha como contadora no escritório de contabilidade do marido; Francisco Paulo é motorista de uma empresa privada; e o José Alcy Filho, funcionário público municipal, atua na área de informática, sendo concludente de curso de Computação.

Extraído de: SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Otávio Bonfim, das dores e dos amores: sob o olhar de uma família. Fortaleza: Edições UECE, 2008.

PIADINHAS SOBRE DIETA III

Na semana passada, eu estava dirigindo e passei por uma pequena confeitaria. Os bolos e biscoitos na vitrine pareciam me chamar, e os cheiros vindos lá de dentro não ajudaram nem um pouco o meu autocontrole.

Eu sabia que isso não era uma coincidência, mas o destino, então orei ao Senhor: "Deus, por que me tentar? Se o Senhor realmente quer que eu saia da minha dieta, me dê um sinal e faça aparecer uma vaga de estacionamento em frente à confeitaria. "

Parece que eu estava certa mesmo, e minha oração se tornou realidade - após umas 15 voltas na quadra, uma vaga surgiu bem na frente da confeitaria!

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

PIADINHAS SOBRE DIETA II

Uma nutricionista dava uma palestra a um grupo de pessoas que queriam perder peso.

"A comida que comemos é tão ruim para nós que vai nos custar muito no futuro", disse ela.

"Bebidas açucaradas acabam com as paredes do estômago, alimentos processados estão cheios de produtos químicos, a carne é cheia de conservantes, e até mesmo a nossa água está cheia de germes. E vocês sabem qual tipo de sobremesa lhe trará a maioria dos problemas e sofrimentos por muitos anos depois de tê-la comido? "

O grupo inteiro ficou em silêncio, até que um homem de 80 anos de idade se levantou e disse: "Um bolo de casamento..."

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

PIADINHAS SOBRE DIETA I

A maioria de nós já tentou fazer uma dieta pelo menos uma vez na vida para perder alguns quilinhos. Nós abandonamos nossos alimentos favoritos, além de mudar o quanto, o que, e quando comemos. A maioria de nós também percebeu que apesar de ser essencial para a nossa saúde, fazer dieta não é nada fácil. Se você está procurando uma maneira de lidar com a dieta, por que não tentar o bom-humor?

Calorias (substantivo): Aquelas criaturas desonestas que vivem em nossos armários e costuram nossas roupas para que fiquem cada vez menores toda noite.

Dieta (substantivo): Um processo estranho onde, em vez de prestar atenção no que comemos, começamos a prestar mais atenção no que os outros comem.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

CONVITE: Celebração Eucarística da SMSL - Agosto/2022

 


 A Diretoria da SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS (SMSL) convida a todos para participarem da Celebração Eucarística do mês de Agosto/2022, que será realizada HOJE (27/08/2022), às 18h30min, na Igreja de N. Sra. das Graças, do Hospital Geral do Exército, situado na Av. Des. Moreira, 1.500 – Aldeota, Fortaleza-CE.

CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!

MUITO OBRIGADO!

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Da Sociedade Médica São Lucas

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

FOLCLORE POLÍTICO LXXXIII: Porandubas Políticas 650

Abro a coluna com um “causo” engraçado nas terras da Bahia

Bucéfalo

Maetinga, no centro-sul da Bahia, a 609 quilômetros de Salvador, tinha, em 2000, segundo o IBGE, 13.686 habitantes. Já o censo de 2010 apurou 7.038 moradores, redução de 48,58%. O caso abriu imensa polêmica entre os vereadores. Mané de Zacarias dissera que os pesquisadores do IBGE erraram na contagem.

Chicão gostava de pronunciar palavras difíceis para deixar o interlocutor em maus lençóis. E pede um aparte.

Chicão pede a palavra:

– Vossa excelência me dá um aparte?

– Pois não, mas seja rapidinho. Não venha enrolar.

Chicão:

– Ninguém pode negar a sabedoria irreprochável do pesquisador do IBGE. Vossa Excelência é um bucéfalo.

Pego de surpresa, Mané retrucou:

– Queria saber de Vossa Excelência que diabo significa isso? Se o termo for adulativo, muito obrigado a Vossa Excelência, meus cumprimentos à sua mãe e aos irmãos; agora, se for atacativo, vá para a p…. seu fdp……

O barulho tomou conta do plenário. Interrompendo a sessão, o presidente mandou buscar um dicionário.

Lá estava: “Bucéfalo – indivíduo ignorante, rude, pouco inteligente, malcriado, agressivo, estúpido”.

Era atacativo.

Os dois se atracaram no plenário. Quase saiu tiro. A palavra bucéfalo foi eliminada do dicionário de Maetinga.

Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).

DIFERENTES TIPOS DE DURAÇÃO DE CHAMADA

Homem para Homem          00:00:59

Homem para Mãe                00:00:50

Homem para Pai                  00:00:30

Homem para Mulher           01:23:59

Mulher para Mulher             05:29:59

Homem para Namorada ......01:43:59

Mulher para Namorado .......07:10:59

Marido para Mulher ............00:00:03

Mulher para Marido 14 Chamadas não atendidas, 25 mensagens no WatsApp, dizendo atenda essa p..., deve tá com a quenga....

Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones). (Autor desconhecido).

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

MEDO DE FALAR EM PÚBLICO (apresentofobia)

Meraldo Zisman (*)

Médico-Psicoterapeuta

O medo de falar em público é um dos exemplos mais comuns de fobia e é muito mais frequente do que se Imagina. Não é somente você que fica ansioso quando tem de falar em público. Saiba que mais de 75% das pessoas sofrem dessa categoria de ansiedade.  O nome dessa ansiedade, usado por nós, profissionais, é glossofobia.

Do gregoglōssa, “língua” fobo,” medo”. Muitas pessoas possuem apenas essa fobia, enquanto outras podem também ter sociofobia.

O medo de palco pode ser um sintoma de glossofobia. Esta é uma das queixas mais frequentes que estou acostumado a ouvir dos jovens antes de uma apresentação oral, seja aonde for, num auditório com a classe escolar ou apresentações das mais diversas.

Prefiro denominar esse medo de “mutismo seletivo”, definido pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos de Saúde Mental, 5.ª Edição (DSM-5) da Academia Americana de Psiquiatria como uma perturbação criada pela ansiedade, vez que a maioria das crianças com “mutismo seletivo” está ansiosa, inquieta, preocupada, nervosa.  Estão inseguras. E isso é o gatilho para não falar diante de outros; se forem com pessoas estranhas é muito pior.

Isso acontece em qualquer das etapas da vida. Sem desejar complicar, o mutismo seletivo pode ser acompanhado por outros transtornos de ansiedade, como perturbação por inquietação de separação, nervosismo de ansiedade social (anteriormente chamado fobia social), agorafobia ou cenofobia (medo mórbido de se achar sozinho em grandes espaços abertos ou de atravessar lugares públicos) e transtorno de pânico. A minha experiência mostra que nesse tipo de ansiedade as pessoas podem parecer aos outros que não estão ansiosas, especialmente devido a seu silêncio, principalmente com estranhos.

Diferentemente das psicoses, as pessoas conseguem reconhecer seus medos como excessivos e irracionais. Não poucos desses medos estão ligados a certos aspectos como o nervosismo, a timidez, a insegurança ou até mesmo a algum trauma sofrido na infância ou na adolescência. Devemos nos precaver, pois nem todo medo de falar em público é glossofobia, sentir um pouco de ansiedade e nervosismo é normal. Afinal, ficar em evidência, sujeito a críticas e julgamentos, gera certa ansiedade sobre como os outros vão reagir.

Frente a um futuro incerto e perigoso, um indivíduo pode se sentir impotente e indefeso, levando-o ao anseio e à sensação de intranquilidade, medo ou receio. Dizem os autores clássicos que a ansiedade passou a ser soberana na nossa era. Tem-se criado mais sofrimento do que qualquer coisa nesta era das maravilhas eletrônicas que alguns denominam a Era da Ansiedade.

O termo medo possuiu uma vasta sinonímia:  receio, pavor, susto, temor, terror, apreensão e todos eles conseguem promover a ansiedade de apresentação.

A angústia e a ansiedade não estão desconectadas da vida social, pois são sensações momentâneas, com certas diferenças e fazem parte do cotidiano do ser humano, atingindo ricos e pobres, jovens, idosos e crianças, fazendo da ansiedade a mais democrática das emoções.

No entanto, medo e ansiedade são sentimentos comuns, normais, que servem para nos proteger. Ambos são muito parecidos, primos mesmo. O medo geralmente se refere a um objeto ou a uma situação muito definida. Temos medo do perigo imediato. Já a ansiedade se caracteriza por uma sensação desagradável de tensão e apreensão. Agora, ambos passaram a serem irmãos sintomatológicos. Com os surtos imigratórios, tais sintomas estão cada vez mais prevalentes em crianças de menos de 5 anos que não falam o idioma do novo país. Em lugar de aguardamos um desenlace natural, acredito que nas escolas, desde cedo, poderemos estimular a integração, mesmo que os pais falem outra língua ou carreguem o sotaque de outra origem.

(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE), da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES) e da Academia Recifense de Letras. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

POR QUE FECHAR O GONZAGUINHA?

Por Leonardo Alcântara (*)

No dia 1º de julho de 2022 aconteceu o fechamento do Hospital Distrital Gonzaga Mota de Messejana, o conhecido Gonzaguinha da Messejana. No entanto, eis o questionamento primordial para isso tudo: qual é o grande interesse por trás do encerramento das atividades do equipamento?

Por que a extrema necessidade de fechar uma unidade com ambulatórios, serviços de emergência, internação e atendimento obstétrico 24 horas? Em diversas ocasiões, médicos, odontólogos, enfermeiros, demais servidores municipais da saúde de Fortaleza e a própria população assistida realizaram mobilizações em frente ao Hospital Distrital Gonzaga Mota, para protestar contra o fechamento do equipamento de saúde pública.

Fizemos de tudo. Inclusive, entramos com ação civil pública contra o Município de Fortaleza, no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, para impedir a demolição do Hospital. Mas, novamente, não tivemos qualquer retorno positivo - a Justiça do Ceará negou o pedido de liminar reiterando os prejuízos do fechamento do Gonzaguinha. Em nenhum momento a Prefeitura de Fortaleza repassou um cronograma com previsão para início e conclusão das obras, nem mesmo a definição para quais unidades de saúde serão remanejadas as equipes. O projeto arquitetônico da obra também não foi apresentado.

É muito grave o fechamento da unidade - e, principalmente, a falta de transparência dos órgãos públicos. A transferência dos serviços faz com que pacientes antes assistidos pelo Gonzaguinha precisem percorrer um longo caminho - cerca de 12 quilômetros separam as unidades do bairro Messejana e do Gonzaguinha do José Walter. A finalização das atividades causa também a precarização da assistência médica.

Vamos continuar lutando por melhorias. Não podemos permitir que fechamentos de hospitais prosperem. Temos um serviço de saúde longe do ideal e é necessário avançarmos no sentido de aumentar a prestação de saúde à população, e não sua redução. Sem o Gonzaguinha e tantas outras unidades, perde a Saúde e perde a população, que fica desassistida. 

(*) Presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 26/07/2022. Opinião. p. 18.

terça-feira, 23 de agosto de 2022

O GAVIÃO E NÓS BRASILEIROS

Por Pedro Jorge Ramos Vianna (*)

Eu moro na Aldeota, no décimo segundo andar. Já presenciei as visitas inesperadas de morcegos e urubus. Mas, hoje, vou escrever sobre a beleza, a elegância, a coragem. Sobre um Gavião.

Foi uma experiência inédita. Estava na minha varanda, quando passou muito pertinho, voando com a elegância que lhe é peculiar, um gavião. Não consegui descobrir a raça. Seria um caracará, ou um acauã? Passou e foi pousar em uma antena de edifício no outro lado da rua. O porte elegante demonstrava que ali estava um vencedor.

Por que vencedor? Pela simples sobrevivência em ambiente hostil, pela luta diária de continuar vivo, pela luta pela procriação, pela preservação da espécie.

E nós brasileiros, escravos da rotina, da violência, vivendo cada vez mais em ambientes hostis, o que somos? Vencedores? Não, perdedores. Perdedores por não termos coragem de nos insurgir contra este estado de coisas. Perdedores por votarmos em quadrilha no lugar de votarmos em partido. Perdedores por elegermos ladrões, calhordas, salafrários.

Dada esta situação vale transcrever dois poemas: um de Eduardo Alves da Costa (somente um trecho), outro de Bertold Brecht.

O poema de Eduardo A. da Costa se chama "No Caminho com Maiakovski", do qual reproduzo a seguinte parte:

"Tu sabes,

conheces melhor do que eu

a velha história.

Na primeira noite eles se aproximam

e roubam uma flor

do nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem:

pisam as flores,

matam nosso cão,

e não dizemos nada.

Até que um dia,

o mais frágil deles

entra sozinho em nossa casa,

rouba-nos a luz, e,

conhecendo nosso medo,

arranca-nos a voz da garganta.

E já não podemos dizer nada."

O segundo, "Primeiro levaram os negros", de Eugen Bertolt Friedrich Brecht, diz:

"Primeiro levaram os negros.

Mas, não me importei com isso.

Eu não sou negro.

Em seguida levaram alguns operários.

Mas, não me importei com isso.

Eu também não sou operário.

Depois prenderam os miseráveis.

Mas, não me importei com isso.

Porque eu não sou miserável.

Depois agarraram uns desempregados.

Mas, como tenho meu emprego

Também não me importei.

Agora estão me levando.

Mas, já é tarde.

Como não me importei com ninguém,

ninguém se importa comigo."

Até quando não diremos nada? Até quando não nos importaremos com ninguém? Até quando vamos deixar que muitos cearenses morram na miséria? Até quando vamos eleger energúmenos para nos governar?

O Gavião é muito mais digno de admiração, que nós brasileiros. 

(*) Economista e professor titular aposentado da UFC

Fonte: O Povo, de 3/7/22. Opinião. p.18.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

A CANONIZAÇÃO DO PADRE CÍCERO PELA IGREJA BRASILEIRA

Por Francisco Artur Pinheiro Alves (*)

Em 1973, o Concílio Nacional da Igreja Católica Apostólica Brasileira - ICAB, oficializou a canonização do Padre Cícero Romão Batista, como santo, com o título de São Cícero de Juazeiro.

Este ato teve ampla repercussão na imprensa e particularmente na Igreja Católica Apostólica Romana – ICAR. Segundo o pesquisador Wagner Lopes Sanchez, do Centro de Estudos da História da Religião na América Latina, várias foram as manifestações de protesto da CNBB e de bispos Católicos, como o Bispo de São Paulo, à época, Dom Paulo Evaristo Arns. Isso mostra a amplitude do caráter polêmico em torno da figura do Pe. Cícero, em vida e depois da morte.

Dezenas de anos depois, com a chegada de Dom Fernando Panico à diocese do Crato, um processo de canonização do padre foi levado a efeito por ele, junto ao Vaticano e há uma esperança que o mesmo avance e chegue ao seu desiderato. Um passo importante neste sentido, foi a reabilitação do Pe. Cícero, por parte do Vaticano, com a anulação, da suspensão de ordem imposta ao padre, logo após o chamado fenômeno da hóstia ensanguentada, quando a Beata Maria do Araújo recebia a santa comunhão, das mãos do Pe. Cícero (1889). Sem essa reabilitação, não seria possível o processo caminhar.

O que se pode destacar disso tudo, é o fato da ICAB, ter protagonizado avanços que na época foram criticados pela ICAR, mas que depois foram adotados por ela, de forma oficial. O exemplo mais evidente disso foi a missa em língua vernácula, adotada pioneiramente pela ICAB em 1945, que recebeu severas críticas da ICAR, mas logo depois ela mesma viria a adotar. Foi o que ocorreu por ocasião do Concílio Ecumênico Vaticano Segundo, no início da década de 1960, no qual a missa em língua vernácula foi oficializada.

Assim como foi o caso da missa em português, quem sabe se a ICAR mais uma vez, seguindo o exemplo da ICAB, canonizará o Padre Cícero nos próximos anos? Vamos aguardar.

Seja como for, o certo é que, os admiradores, devotos, seguidores e pesquisadores de Padre Cícero, cada um, segundo seu interesse, tem um grande motivo para comemorar, estudar e até se aprofundar, com a canonização de São Cícero de Juazeiro, como primeiro santo do Ceará e um dos primeiros do Brasil.

Viva São Cícero de Juazeiro! Viva o Padre Cícero, o cearense do Século.

(*) Professor aposentado da Uece.

Fonte: O Povo, de 17/07/2022. Opinião. p.19.

MARTE OU ÁFRICA: metaverso

Por Vladimir Spinelli Chagas (*)

Em minha saga de não considerar viável a ideia de se transpor a população mundial para Marte, para sobrevivermos à catástrofe que criamos na Terra, fiz uma relação mental com a grande novidade do Metaverso.

Fui aprender um pouco sobre o Além (Meta) do Uni(Verso), que proporciona ambientes imersivos e interativos em que, a partir de avatares, podemos visitar espaços virtuais tão realistas ao ponto de nos permitir não apenas interagir com outros avatares (amigos) mas até realizar compras de produtos reais.

A área médica já pode realizar operações a longas distâncias, com segurança, e a percepção de que tudo está ocorrendo de forma real e aquele cirurgião que está no Japão aparece como se estivesse na mesa cirúrgica do hospital na cidade do paciente.

Dirigentes, especialistas, colaboradores de instituições de quaisquer portes poderão participar de reuniões virtuais com o sentimento da realidade, como se os demais participantes estivessem no mesmo espaço físico e com interações pessoais.

No campo dos negócios, o consumidor poderá experimentar roupas, sapatos e equipamentos de forma virtual, como se estivesse com aquele objeto em mãos.

Nos jogos, os avanços são muitos, com o jogador vestindo roupas, usando ferramentas e armas virtuais, a partir de tokens não fungíveis, isto é, únicos, que lhe proporcionam uma sensação de vida real.

E algumas empresas já avançaram fortemente na construção de espaços virtuais, vendidos como imóveis reais e a altos preços. Um primeiro exemplo, a Decentraland vendeu um "terreno" por 2,4 milhões de dólares, e a The Sandbox, por 4,3 milhões de dólares. Um negócio que pode chegar facilmente à casa dos trilhões, o Metaverso já envolve empresas como o Facebook, Microsoft, Nvidia, Nike e muitas outras, entre as quais o nosso Banco do Brasil.

Ora, se insistem na improbabilidade de levar oito bilhões de viventes para Marte, numa saga que duraria alguns milhões de anos, não se poderia pensar em construir espaços virtuais para abrigar essa mesma população, dando-lhes, virtualmente, o que a vida real lhes nega? Utopia, por utopia, acho essa mais romântica. 

(*) Professor da Uece, membro da Academia Cearense de Administração (Acad) e conselheiro do CRA-CE.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 20/06/22. Opinião, p.18.

domingo, 21 de agosto de 2022

UM ACIDENTE IMPROVÁVEL

Um homem vai ao médico e chega com inúmeros golpes para todo o corpo. O médico pergunta a causa.

"Olha doutor, eu estava em pé quieto, quando de repente uma bicicleta veio e me atingiu terrivelmente nas costas."

"Ah, daí, a causa dos ferimentos", diz o médico.

"Espere, isso não acaba aí, eu estava me levantando, e de repente um caminhão chega e me bate em uma das pernas e eu caio novamente.

Mas não terminou, eu me levanto e um avião em voo me atinge com a asa no pescoço, e quando finalmente estava me recuperando do golpe, um transatlântico passa e me bate diretamente no abdômen"

"Perdoe minha desconfiança, acredito na bicicleta, também no caminhão, mas no avião e no transatlântico parece um pouco exagerado, você não acha?" Pergunta o médico.

"Exagerado? Olhe doutor, se eles não parassem o carrossel a tempo, eu seria esmagado pelo cisne, pelo elefante, pelo cavalo e pela nave espacial!"

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

O JURADO IDEAL

Um homem queria ser dispensado de fazer parte de um júri, mas nenhuma de suas desculpas funcionou. Então, no dia do julgamento, ele pediu para se aproximar do juiz. "Meritíssimo", disse ele, "devo ser dispensado deste julgamento porque tenho preconceito contra o réu".

"Por quê?" o juiz perguntou.

"Sim!" o homem respondeu. "Dei uma olhada no homem de terno azul com aqueles olhos redondos e aquele rosto desonesto, e pensei: 'Ele é um bandido! Ele é 100% culpado.' Então, Meritíssimo, eu não poderia estar neste júri!"

O juiz respondeu: "Volte para o júri. Você é exatamente o tipo de jurado que estamos buscando - um bom juiz de caráter".

O homem protestou: "Como o senhor pode dizer isso?"

"Porque", disse o juiz, "aquele homem é o advogado do réu".

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

sábado, 20 de agosto de 2022

O QUE ISSO SIGNIFICA?

Sherlock Holmes e Dr. Watson decidem ir acampar. Depois do jantar e uma garrafa de vinho, eles vão dormir.

Algumas horas depois, Holmes acorda e cutuca seu fiel amigo.

"Watson, olhe para o céu e me diga o que vê."

Watson responde: "Eu vejo milhões de estrelas."

"O que isso significa?"

Watson pondera por um minuto.

"Astronomicamente, significa que há milhões de galáxias e, potencialmente, bilhões de planetas."

"Astrologicamente, observo que Saturno está em Leão."

"Horologicamente, deduzo que são mais ou menos 3:15 da manhã."

"Teologicamente, posso ver que Deus é todo poderoso e nós somos pequenos e insignificantes."

"Meteorologicamente, suspeito que teremos um lindo dia amanhã."

"O que isso significa pra você, Holmes?"

Holmes ficou em silêncio por um minuto, e então falou:

"Watson, seu idiota! Alguém roubou nossa barraca!"

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

O RÁDIO INTELIGENTE

Uma senhora comprou um Mercedes último tipo e orgulhosamente saiu da concessionária dirigindo-o. No meio do caminho, ela tentou mudar as estações do rádio do carro, mas não conseguiu de jeito nenhum. Furiosa, ela deu meia volta e retornou à concessionária. Chegando lá, foi reclamar com o vendedor que havia lhe atendido, o qual imediatamente se desculpou:

— Calma, minha senhora! É que esqueci de lhe dar às instruções a respeito deste Rádio Inteligente, importado do Japão. Para ativá-lo, é só usar o tom de voz pedindo o gênero musical. Por exemplo: Música sacra!

E o rádio imediatamente emendou "Erguei as mãos e dai glória a Deus"...

O vendedor prosseguiu:

— Outro exemplo: Axé music!

E o rádio tocou "Segura o tchan, amarra o tchan..."

— E mais um exemplo: Sertanejo!

E o rádio soltou a pérola "Entre tapas e beijos, é ódio, é desejo..."

— Está bem, já entendi! — Interviu a senhora, que ficou maravilhada com a tecnologia, pediu desculpas pelo mal-entendido e saiu dirigindo satisfeita. No meio do caminho, ela disse, cheia de empolgação:

— Rock and Roll!

E o rádio imediatamente começou a tocar uma música dos Rolling Stones, enquanto a velhinha cantava, e afundava o pé no acelerador.

De repente, um carro vem a toda velocidade na contramão e quase bate no Mercedes novinho da madame, que em um ato de reflexo tira o carro do caminho salvando-se de um grave acidente. Passado o susto, ela se vira pra trás e grita:

— Quanta safadeza!

No mesmo instante a música do rádio é interrompida pela seguinte mensagem:

"Interrompemos nossa programação para ouvir as últimas notícias políticas de Brasília..."

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Crônica: “Só esqueço das coisas que não me lembro” ... e outros causos

Só esqueço das coisas que não me lembro

As nuvens despejam ameaças de algum lugar do céu. E as que chegavam à mente do Didato - alcunha de Adeotado Menezes - certamente vinham do andar de cima, porquanto mais intensas. Por um motivo aparentemente sem ventura: buliam nas orelhas do moço. Ah, as "urêa" do Didato! Sabe aquelas bacias de botar massa da mandioca pra preparar a carimã, perto dos 20 quilos? Era a natural dimensão da lapa das estruturas que compõem o sistema auditivo do sujeito.

"Todos encontramos dificuldades no caminho em que transitamos", consolava-lhe a mãe Valtéria. Didato, contudo, refratário a quaisquer desculpas, especialmente na pandemia. Por força dos cuidados da genitora. Usando sempre a máscara tipo PFF2, as orelhas de Didato envergaram 180º em relação ao que fora quando aos 15 anos. Realmente estranho, aquilo, na cabeça miúda dele. As reclamações chegaram a Deus.

- Mãe, Ele esqueceu da minha pessoa!

- Filho, Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, a perfeição!

- Mas errou na mão quando fez minhas orelhas! Na pandemia espichou ainda mais elas!

- Não fale assim do Deus onipotente, soberanamente justo e bom, eterno, imutável...

- Quer dizer então que eu morrer com essa chapuleta de orelha, mamãe?

Foi quando pela primeira vez na história da humanidade, pronunciou-se a celebérrima frase de que muito se tem utilizado o apóstolo dos cachorros Jair Moraes, ao falar da destinação do homem no Planeta:

- É, filho! Somos todos bicho de urêa!

Os leões da praça

"Feijão Sem Banha", como era conhecido, protagonizou histórias hilárias, hoje contadas a rodo pela negada. Uma delas: cruzava a Praça General Tibúrcio (Praça dos Leões) com o filho Feijãozinho quando o menino, mirando amedrontado aqueles bichos (dois leões e um tigre) tão genialmente esculturados, gritou de pavor:

- Pai, segura minha mão! Vai que eles pulam em riba de nós!

- Fica tranquilo, filho! Esses leões são de estauta!

Na sequência, pegam o ônibus - quando havia parada na Praça José de Alencar - pra seguir em busca de casa. Era boquinha da noite. Nesse tempo, uma das empresas, salvo engano a Fortaleza, estava colocando em circulação alguns carros novos equipados com as tais "borboletas", geringonça fixada no centro do corredor, onde eram feitas as cobranças. A novidade facilitava o serviço do cobrador.

Ocorre que o cobrador da dita linha descera do carro rapidinho pra tomar um café, deixando o equipamento temporariamente travado. O carro tinha já uns 15 passageiros devidamente aboletados. Que fez Feijão Sem Banha, tentando dar uma de esperto? Pulou a borboleta com Feijãozinho no colo. Um gaiatado, vendo a arrumação, gritou:

- Pulando a borboleta, hein? Tem medo de ser preso não?

- Tenho medo nem de cobra, avalí de borboleta!!!

Ripofobia

O "intestino tímido" (parcopresis) aturdia Tica de Dona Mozinha. Nada lhe fazia sair de casa, aos 48 anos. Até que enfim aceitou a ajuda de um psicólogo, que vasculharia o que havia por trás de tão grave apatia, "medonho medo" de conhecer o mundo lá fora. Desabafou já na primeira consulta:

- Doutor, tenho fé em Deus que se eu conseguir obrar fora de casa, serei outra criatura!

Fonte: O POVO, de 12/08/2022. Coluna “Crônicas”, de Tarcísio Matos. p.2.