A Faculdade de Saúde Pública e o Departamento de
Epidemiologia da Universidade de São Paulo realizaram no Anfiteatro Paula Souza,
em 15 de agosto de 2017, dia do aniversário do homenageado, um evento de
homenagem ao Prof. Ruy Laurenti, inaugurando uma sala com seu nome.
Na qualidade de seu ex-aluno e de orientado de mestrado e de
doutorado, fui um dos escolhidos para render homenagem a esse grande mestre e
pesquisador da Epidemiologia, cujo falecimento trouxe imensa consternação aos
colegas que se dedicam à Saúde Pública.
Embora eu estivesse extremamente motivado a me fazer
presente na solenidade, por problema de agenda de compromissos nos dias 14 e 16
de agosto, já assumidos, e de dificuldade de voo, de Fortaleza à São Paulo, para
o dia da inauguração, fiz-me representar por meio da gravação de um vídeo,
exibido na ocasião, cujo teor foi o seguinte:
DEPOIMENTO EM HOMENAGEM PÓSTUMA AO PROF.
RUY LAURENTI
“Com o desaparecimento deste mundo menor do professor
doutor Ruy Laurenti, no dia 12/6/2015, a saúde pública e, em especial, a
epidemiologia no Brasil vestiram-se de luto diante de tão sentida perda.
Fomos um felizardo, pois o tivemos como orientador de
mestrado e de doutorado, notadamente, porquanto, mais do que uma mera e usual
relação tutelar de orientação, mantivemos, por cerca de 35 anos, a contar de
1979, um relacionamento de amizade e de afiliação científica.
Por todos esses anos, invariavelmente, conversávamos, por
telefone, em datas bem especiais, como em seu genetlíaco e no período natalino.
Em muitas oportunidades estivemos juntos, tanto em minhas viagens de estudos à
pauliceia como nas dele à capital cearense, ou nos congressos e reuniões
científicas levadas a efeito em outras cidades.
Como um pai que se orgulha pelo progresso do filho, o
estimado mestre demonstrava entusiasmo ao tomar conhecimento de um possível
feito desse seu pupilo platicéfalo, que, daqui da terra alencarina, distante
geograficamente do eixo Rio-São Paulo, subsistiu produzindo, incansavelmente,
como docente e profissional do campo da saúde pública, e que, paralelamente,
enveredou pela via literária, auferindo o epíteto de polígrafo, lastreado em
mais de 90 livros publicados, entre científicos, técnicos e literários,
cobrindo diferentes gêneros.
Descansa em paz, querido mestre!
Com o meu condoído adeus, despeço-me.”
Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor titular de Saúde Pública - UECE
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