terça-feira, 31 de maio de 2022

Luciano Maia lançará três livros no dia 31 de maio no Ideal

 

A Academia Cearense de Letras, a Expressão Gráfica e Editora e o Ideal Clube convidam para o lançamento de três livros de Luciano Maia. As obras são: ”Dunas - Livro de Sonetos”, “Odisseia do Soneto” e “Eminescu - Poeta das distâncias estrelares”.

Local: Ideal Clube (Entrada pela Av. Rui Barbosa)

Data: 31 de maio de 2022

Horário: a partir das 19h

(A compra de cada livro dará direito a um brinde)

SOBRE O AUTOR

Nasceu em Limoeiro do Norte, em 7 de janeiro de 1949. Filho de Maria do Carmo Pitombeira Nunes e de Napoleão Nunes Maia. Fez o curso primário no Colégio Diocesano Padre Anchieta, em sua cidade natal, e concluiu o secundário no Colégio São José, em Fortaleza, em 1969.

Formado na Universidade Federal do Ceará, em 1978, preferiu dedicar-se aos estudos linguísticos e à literatura, tendo publicado dezesseis livros (poesia, ensaio, conto). Mestre em Literatura pela Universidade Federal do Ceará, em 1997, atualmente é professor do curso de Letras e de Comunicação Social da UNIFOR.

Traduziu vários dos principais poetas da Romênia, como Mihai Eminescu, Mihail Sadoveanu, Marin Sorescu e Emil Cioran, além de outras da Suíça, da Itália e da Córsega. O seu livro Jaguaribe - Memória das Águas, já na sexta edição brasileira, está traduzido para o romeno, o espanhol (Argentino) e o inglês (EUA).

Recebeu o Prêmio Osmundo Pontes de Literatura de 2001, modalidade poesia.

Cônsul Honorário da Romênia em Fortaleza, nomeado conforme diploma expedido pelo Ministério das Relações Exteriores da Romênia, datado de 23 de junho de 1997. Em agosto de 2016, foi condecorado com a comenda da Ordem do Mérito Cultural, na categoria Literatura, em apreço aos esforços importantes na tradução e publicação de obras romenas no Brasil.

Assim como seus dois irmãos, Napoleão Nunes Maia Filho e Virgílio Maia, é membro da Academia Cearense de Letras, para a qual entrou em 12 de maio de 1999, saudado por Artur Eduardo Benevides. Ocupou a vaga deixada por Florival Seraine, cadeira n.º 23, cujo patrono é Juvenal Galeno. (Fonte: Wikepedia)

Publicado In: Home page do Ideal Clube em 13/05/2022.

segunda-feira, 30 de maio de 2022

DESTAQUES HISTÓRICOS DA MPB

Muitos são os bons compositores brasileiros cuja importância ultrapassa os limites da música popular. Alguns, porém, revelam-se de tal maneira talentosos que se incluem na galeria dos nossos grandes poetas, pela indiscutível qualidade literária dos versos que escreveram. Fica dificil para qualquer brasileiro apontar os melhores compositores e também as melhores composições, sem correr o alto risco de cometer injustiças. Na realidade, são muitos os músicos e letristas, que com suas canções, enchem as nossas vidas de amor e de alegria. Belchior, Fagner, Ednardo, Chiquinho Gonzaga, Noel Rosa, Pixinguinha, Luiz Gonzaga, Orestes Barbosa, Ataulfo Alves, Ary Marroso, mais ainda Lupiscínio Rodrigues, Paulinho da Viola, Chico Buarque, Edu Lobo, Tim Maia, Roberto Carlos, Vinicius, Tom, Erasmo Carlos, Gonzaguinha, João Gilberto, tantos, tantos, tantos… Com certeza cometo uma grande injustiça quando me perguntam os três nomes de minha preferência e digo: Noel Rosa, Lupicínio Rodrigues e Paulinho da Viola. Peço desculpas a todos os outros. Se há uma manifestação valorosa neste querido País, é a música popular brasileira. Não citei Pixinguinha, mas sei que “Carinhoso” é um clássico da música mundial. Não destaquei Cartola, cruel engano, pois “as rosas não falam simplesmente exalam o perfume que roubam de ti”. Não citei Dorival Caymmi, uma vez que ficaria com saudades da Bahia, de Marina e até passaria a gostar de morrer no mar. Esqueci o Lua, lamentável, vez que sua “Asa Branca” é o hino do meu Nordeste. Não escolhi Orestes Barbosa, companheiro de Silvio Caldas com quem assinou algumas das mais belas páginas do cancioneiro nacional. “Tu pisavas nos astros distraída”, segundo Manuel Bandeira uma das mais altas criações da poesia em língua portuguesa. Elogio que vale por um diploma, considerando-se quem o fez. De Noel, Lupicínio e Paulinho lembro-me dentre outras, de meu “Último Desejo”, de “Nunca” pensar em “Vigança” e ter “Argumento” para imaginar que “Foi um Rio que passou em Minha Vida”. P.S. Lembro “Canção de Amor”, belíssima composição do cearense Elano de Paula e do Chocolate, interpretada pela divina Elizabeth Cardoso. Viva a Música Popular Brasileira.

(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.

Fonte: Diário do Nordeste, 27/05/2022. Ideias.

domingo, 29 de maio de 2022

A INDISCRIÇÃO DA RECEPCIONISTA

As secretárias de alguns médicos devem crer que são doutoras.

Algumas perguntam, quando chegamos a uma consulta, a razão da sua visita e você tem que responder, diante de todos, às perguntas que lhe fazem o que às vezes é muito desagradável.

Não há nada pior que uma recepcionista que te pede para dizer o que está se passando contigo numa sala de espera cheia de pacientes.

Uma vez entrei para uma consulta e me aproximei de uma recepcionista pouco simpática.

- Bom dia, senhorita!

A recepcionista me disse:

- Bom dia, senhor, o que o senhor está sentindo? Por que quer ver o Doutor?

- Tenho um problema com meu pinto, respondi.

Como alguns dos presentes riram, a recepcionista se irritou e me disse:

- Você não deveria dizer coisas como estas diante das pessoas.

- Porque não?... Você me perguntou o que eu estava sentindo e eu respondi. A recepcionista sem jeito me disse:

- Poderia ter sido mais dissimulado e dizer, por exemplo, que teria uma irritação no ouvido e discutir o real problema com o Doutor, mais tarde e em particular. Ao que eu respondi:

- E você não deveria fazer perguntas diante de estranhos, se a resposta pode incomodar.

Então sorri, saí e voltei a entrar:

- Bom dia, senhorita!

A recepcionista sorriu meio sem jeito e perguntou:

- Sim?

- Tenho problemas com meu ouvido!

A recepcionista assentiu e sorriu, vendo que havia seguido seu conselho e voltou a me perguntar:

- E... o que acontece com o seu ouvido, senhor? 

- Arde quando eu mijo!

A sala de espera explodiu em risada.

Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones). (Autor desconhecido).

ENVELHECENDO COM BOM HUMOR II

Você não pode escolher ficar jovem para sempre, mas pode escolher envelhecer com bom humor! Envie essa coleção de piadas a todos aqueles que, como você, sabem levar a terceira idade na brincadeira!

NA ESTRADA

Um senhor estava dirigindo na estrada, quando o seu celular tocou. Era a sua esposa, preocupadíssima, ligando para dar um alerta:

— Meu amor, acabei de ouvir no noticiário que há um carro dirigindo na contramão na BR onde você está! Por favor, tenha cuidado!

— Só um carro na contramão? De jeito nenhum, eu já contei uns vinte!

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

sábado, 28 de maio de 2022

CONVITE: Celebração Eucarística da SMSL - Maio/2022

 


A Diretoria da SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS (SMSL) convida a todos para participarem da Celebração Eucarística do mês de Maio/2022, que será realizada HOJE (28/05/2022), às 18h30min, na Igreja de N. Sra. das Graças, do Hospital Geral do Exército, situado na Av. Des. Moreira, 1.500 – Aldeota, Fortaleza-CE.

CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!

MUITO OBRIGADO!

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Da Sociedade Médica São Lucas

 


ENVELHECENDO COM BOM HUMOR I

Você não pode escolher ficar jovem para sempre, mas pode escolher envelhecer com bom humor! Envie essa coleção de piadas a todos aqueles que, como você, sabem levar a terceira idade na brincadeira!

VELHOS AMIGOS

Duas velhinhas estão jogando sua canastra semanal. Uma delas confidencia à outra:

— Por favor, não me leve a mal. Nós somos amigas há tanto tempo, mas agora eu não consigo me lembrar do seu nome. Me desculpe! Qual é o seu nome, querida?

A outra olha fixamente para a amiga, por uns dois ou três minutos, coça a cabeça e finalmente diz:

— Você precisa dessa informação pra hoje?

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

sexta-feira, 27 de maio de 2022

Crônica: “É melhor prevenir que tomar remédio” ... e outro causo

É melhor prevenir que tomar remédio

E a comprovação enfim chegou: quando "desce pro direito", babau! O sujeito fica outro, entre prejudicado e mais sabido. Invocado, né? Parece contraditório.

A descoberta não está nas páginas da Lancet, da Science, da Super Interessante ou da Galileu, mas na informação que nos foi repassada por Mundico Pau de Virar Tripa, tornando público o que a negada do bairro já desconfiava e que justo é: a papeira, reiteramos, ao descer pro direito, desconfigura a pituitária, bule "dicunfôça" na pineal. E finda por mexer com o conjunto de valores do "criaturo". Senão vejamos as marmotices operadas em Tonho Sacristão, acometido disso.

Quem vem de longe, já repara na placa grande fixada na testa da casa dele que alguma coisa está fora da ordem: "Vou até pra casa do Chico, mas nesse canto eu não fico". Por que isso, se ele sempre morreu de amores pela localidade onde nasceu e se criou - Alagadiço? Mundico explica:

- Nem as duas covids, nem o tiro de espingarda, nem o sangue fino dele... Tonho tá assim porque a papeira desceu tinindo pro seu direito!

- Sequelado, coitado!

- Tu nem imagina! Lembra que ele torcia pelo Ceará?

- Sim, era doente pelo vozão!

- Agora é colecionador de palito de picolé.

- Inacreditável futebol clube!

- Com uma manga coité na mão, engole o caroço, rebola a carne doce no mato e dá três pulos pra trás.

- Aí quebra dentro!

- E tem chamado a mulher Onorina de seu Venâncio de Lurdinha Papo de Anjo...

E não fica só nisso!

De olhar abutecado, o pacífico Tonho d'outrora é também, agora, um sujeito arrochado, como se houvesse baixado nele o espírito de Gengis Khan: por causa dum gato pé duro, comprou briga com a arquidiocese, carecendo da intervenção do papa Francisco para o reencontro geral de todos com a paz. E só fala se estiver com a boca cheia - de paçoca, farinha escoteira, mucunzá e/ou cabilouro. Cismou de botar placas (que nem as de moto) em tudo que é bicho que se mexa: carrinho de mão, jumento, cachorro, preá, biciguete, urubu...

Mas teve duas coisas boas aí. Primeira: virou poeta! Melhor, um defensor intransigente da natureza pela via da palavra que lhe fui fácil, desde que desceu-lhe ao direito a tal da papeira:

"Vamos defender a vida

Acabar de vez com o mal

Para que matar a cobra?

Se eu posso mostrar o pau…"

Segunda: a doença fez Tonho Sacristão se interessar pela minha Enciclopédia da Fala Cearense, enviando-me algumas expressões para enriquecer o conteúdo da letra D:

Derrotar o nome de alguém - Caluniar, falar mal da pessoa acolá.

Derrubá três cai duro - Comer três sanduíches populares.

Dinheiro é assustado com gente besta - Dinheiro na mão de quem não tem categoria vai-se embora ligeiro.

Dinheiro pouco eu tenho muito - Pouca grana, em cédulas ou moedas de pequeno valor, eu tenho às rumas.

Disimpravido - Acometido de empachamento, de indigestão.

P.S. Bora fazer o seguinte: se não fosse OP,
o que seria de nós, o público leitor?
Parabéns ao O POVO MAIS
Por dois anos labutando
Plataforma de O POVO
Sempre revolucionando
É jornalismo, é cultura
É pra dizer a toda altura
Continue brilhando!

Fonte: O POVO, de 13/05/2022. Coluna “Crônicas”, de Tarcísio Matos. p.2.

quinta-feira, 26 de maio de 2022

SABER DIZER NÃO

Meraldo Zisman (*)

Médico-Psicoterapeuta

… Saber dizer não, ou sim, depende apenas da segurança que temos em nós, da nossa autoestima. O não é palavra das mais ouvidas quando criança. Não pode, não deve, não bula, não pode comer sobremesa antes do jantar, não coma doce, não …

Uma das coisas mais tolas que se pode dizer para outra pessoa é “você deve mudar”, deixar de ser otário ou aprender a dizer não.  Considero uma das maiores bobagens o emprego de frases/conselhos que, de tão repetidos, viraram lugares-comuns de coisa nenhuma. Saber dizer não, ou sim, depende apenas da segurança que temos em nós, da nossa autoestima.

não é palavra das mais ouvidas quando criança. Não pode, não deve, não bula, não pode comer sobremesa antes do jantar, não coma doce, não faça barulho, não se meta em conversa de adulto, não fale antes de ser perguntado, por aí vai. De tanto ouvir não, ficamos com medo de pronunciá-lo.

Dizer sim é mais simples e menos perigoso.

Pronunciar ou dizer ‘não’ fica plantado no inconsciente como coisa ruim, proibido de falar.  Essas lembranças e outras tantas, se não forem decodificadas, passam a ser um dos espectros existenciais. Aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo, nem orgulho. É ter “Amor Próprio”, afirmava Charles Chaplin.  Ao que acrescento: “É egoísmo fazer os outros sofrerem, mais é melhor que fazermos sofrer a nós mesmos”. Embora (sabendo) que essa conduta não seja correta e que não leva a lugar nenhum, continuamos a persistir no mesmo engano de pronunciar SIM, quando deveríamos dizer NÃO. Na maioria das vezes, quem nos solicita algo é um aproveitador.

Três fatores fazem a maioria das pessoas dizer SIM, quando, na verdade, anseiam dizer NÃO. São eles:

Medo: de ofender, magoar, decepcionar, sofrer represálias ou reação agressiva, seja física ou moral, de quem nos demanda algo que, por formação, não estamos dispostos a ceder.

Culpa: receio de causar sofrimento ao outro, de magoar, provocar tristeza, frustrar alguém.  Ser causador de algum sofrimento.

Vaidade: ameaça ao seu nível social, por deixar de ser considerada uma pessoa boa e passar por egoísta.

Aqueles que não superaram o medo, a culpa ou a presunção e não dizem NÃO, quando têm certeza de que deveriam fazê-lo, devem procurar auxílio psicoterápico e esquecer os conselhos recebidos através de lugares-comuns.

Quem não sabe dizer NÃO corre o risco de ficar enrubescido pelo resto da VIDA.

(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE), da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES) e da Academia Recifense de Letras. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).

quarta-feira, 25 de maio de 2022

QUE LIVRO VOCÊ ESTÁ LENDO?

Por Tales de Sá Cavalcante (*)

"Todos os livros do presidente". É esse o título do artigo de José Eduardo Agualusa em "O Globo". Ele nos conta que Marcelo Rebelo de Sousa, antes de ser presidente de Portugal, era um excelente crítico de livros e, mesmo com inúmeros afazeres, sempre tinha tempo para, todas as semanas, ler e comentar diversas obras. Marcelo atribuía sua grande produção literária ao fato de dormir muito pouco, e, assim, a parte da noite não dedicada ao sono era destinada à leitura.

Igualmente procedia o saudoso médico, amigo e confrade deste articulista na Academia Cearense de Letras José Telles. Disse-me ele que convivia bem com sua insônia, pois, enquanto seus concorrentes médicos dormiam, ele estudava.

Ao ler o artigo, rememorei a aula inaugural de 2016 da turma do 1º ano do IME, Instituto Militar de Engenharia, quando jovens, privilegiados por seus cérebros, recebiam lições do comandante do nosso Exército, à época, General Villas Bôas.

Um calouro fez a 1ª pergunta. O General, antes de responder, interrogou-o: "Que livro você está lendo?" O militar só deu o retorno à indagação após dito o nome do compêndio. E todos já sabiam que os esclarecimentos às suas questões só surgiriam após declinado o título do livro que estavam a ler. Recebemos, então, lições sobre o valor da leitura, da ciência e do conhecimento. Comprovei as informações já recebidas de que, na hierarquia castrense, só se chegava a General após rigorosa seleção.

No artigo supracitado, o autor defende a tese de que "os presidentes deveriam ser escolhidos pelos livros que leem" e cita obras preferidas por vários prováveis candidatos a presidente do Brasil, em 2022, e pelos dois dos EUA, em 2024.

Apesar dos pesares, o voto é o melhor método, e, ao reconhecermos a importância da leitura na formação de estadistas, poderíamos, no caso do critério dos "livros que leem", votar em Biden ou Trump, nos EUA, no próximo pleito. No Brasil, com o mesmo critério, em 2022, escolheríamos Lula, Bolsonaro, Moro, Ciro, Doria, Tebet ou outro. Se o(a) prezado(a) leitor(a) resolver votar na urna de Agualusa, desejo-lhe boa pesquisa, boa sorte e bom voto.

(*) Reitor do FB UNI e Dir. Superintendente da Org. Educ. Farias Brito. Membro da Academia Cearense de Letras.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 5/05/22. Opinião, p.22.

terça-feira, 24 de maio de 2022

UECE E A QUALIDADE DIALÉTICA DA EDUCAÇÃO

Por Hildebrando dos Santos Soares (*)

A Universidade Estadual do Ceará (Uece) apareceu no último Ranking de Impacto da Times Higher Education (THE), uma revista inglesa cujas publicações são referência mundial nos temas relacionados à educação superior. Entender o que o ranking efetivamente avalia é necessário para que se compreenda a robustez da Universidade para dentro e para fora de sua comunidade. Nesse ranking, as instituições de ensino superior (IES) são avaliadas em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que representam um esforço global para o desenvolvimento das nações, a sustentabilidade e a igualdade.

De acordo com a THE, somos a 3ª do Brasil e a 94ª do mundo no objetivo 4, Educação de qualidade. Os "óculos" utilizados nessa avaliação dizem respeito à qualidade dialética, que envolve a relação da educação que proporcionamos com a inclusão social e a consequente redução das desigualdades e com a sustentabilidade. Isso atesta a nossa qualidade na formação de profissionais, nas políticas de inclusão social e na relação que estabelecemos com os territórios em que a Universidade está localizada.

A Uece figura nesse ranking em uma posição destacada, dentre outros motivos, por sua sólida história de políticas inclusivas, o que faz, por exemplo, com que muitos dos nossos estudantes sejam os primeiros de suas famílias a ingressarem no ensino superior. No interior, o impacto da Universidade no município e na microrregião em que nossos campi se localizam é indiscutível. Com tradição em formação de professores, são os nossos egressos que atuam de forma qualificada para o desenvolvimento endógeno da região, especialmente no que chamo "economia da educação".

Pioneira na interiorização do ensino superior público estadual no Ceará, a Uece desenvolveu vasta e robusta experiência na oferta de cursos no interior do Estado, até então voltados à formação de professores.

Hoje, estamos diante uma nova estratégia de interiorização, agora também com cursos de bacharelado, no contexto da Política de Expansão e Interiorização do Ensino Superior Público do Ceará. Esse é um momento histórico, ressalte-se, pois estamos diante não apenas da maior, mas, também, da mais qualificada expansão e interiorização que a UECE já teve em 47 anos de história. Ainda, estamos diante do maior concurso docente que a instituição já teve, com 365 novas vagas - um aumento de cerca de 54% no quadro de professores efetivos. Isso é motivo de festa.

A oferta dos novos cursos não representa somente mais vagas vestibular. Trata-se, na verdade, de mais oportunidades para a juventude interiorana em uma nova estratégia de formação, com a presença da cultura acadêmica - e os valores que lhe são inerentes - em mais lugares, para mais pessoas. A qualidade da educação - no sentido dialético - da Uece, atestada internacionalmente, chegará para mais jovens, nossos futuros estudantes, para suas famílias e para os setores produtivos.

Estamos lançando bases para colhermos excelentes frutos. Há 47 anos, a Uece ilumina caminhos. É isso que continuaremos fazendo, agora, para mais pessoas e para mais municípios. Ganha a Uece e todo o Ceará. 

(*) Reitor da Universidade Estadual do Ceará (Uece).

Fonte: Publicado In: O Povo, de 19/05/22. Opinião, p.19.

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Posse da nova diretoria da Academia Cearense de Medicina (Biênio 2022-2024)


 A Academia Cearense de Medicina (ACM) realizou na noite de 20/05/22, no Auditório Castello Branco da Reitoria da UFC, a sessão solene de posse de sua nova diretoria, para o biênio 2022-2024, que terá na sua Presidência o Acad. Janedson Baima Bezerra, substituindo o Acad. Pedro Henrique Saraiva Leão, cujo mandato, buscando cumprir os relevantes propósitos do sodalício, exercido na vigência da pandemia da Covid-19, foi interrompido, inesperadamente, em virtude do seu falecimento em janeiro último.

O evento foi conduzido de forma irretocável pelo cerimonialista Acad. Vladimr Távora Fontoura Cruz. Na ausência do presidente falecido, coube ao Acad. Vicente de Paulo Leitão de Carvalho efetuar a transmissão de cargo ao presidente recém-eleito Acad. Janedson Baima Bezerra.

O acme da cerimônia foi atingido com o ritual de posse da nova diretoria quando a audiência foi brindada com os discursos de despedidas, pronunciado pelo Acad. João Martins de Souza Torres em nome da Diretoria anterior, e o de posse, do novo presidente da ACM, ambos produzindo a aclamação do grande público que acompanhou a solenidade.

Mesmo com a mudança de direção, fomos mantidos na Diretoria de Publicações, na gestão ora começada.

Após a conclusão dos trabalhos, a ACM ofereceu aos acadêmicos e seus convidados um coquetel de congraçamento nos jardins da Reitoria da UFC.

Ac. Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Membro titular da ACM – Cadeira 18

UM POUCO DE HISTÓRIA

Retornando para casa no dia 21 de dezembro de 2000, ouvi a voz inconfundível do amigo, jornalista professor e ex-senador Cid Carvalho. A curiosidade aumentou quando percebi que o dinâmico comunicador se referia à minha pessoa. É claro, não sou hipócrita, fiquei extremamente feliz com suas observações. O Cid explicava para os seus milhares de ouvintes os fatos que mais marcaram, segundo a avaliação de cientistas políticos, professores, economistas, jornalistas e outros profissionais, ocorrida em uma mesa-redonda de um programa de televisão, os últimos vinte e cinco anos da política brasileira. Dizia o brilhante ex-senador que aqueles profissionais, consensualmente, chegaram à conclusão de que a redemocratização e o programa de estabilização nometária. Plano Real, haviam sido os dois fatos mais significativos do último quartel do século XX. Fiquei mais feliz ainda quando o Cid, fazendo uma análise histórica, externou que só conhecia um brasileiro que tinha participado ativamente dos dois processos. A redemocratização teve seu grito decisivo no Conselho Deliberativo da Sudene, quando o autor deste texto lançou o nome de Aureliano Chaves para a Presidência da República e, em razão de conversas posteriores, chegou-se à conclusão de que Tancredo Neves poderia constituir um momento de transição mais tranquilo. Assim aconteceu a Aliança Democrática. O outro processo, quase dez anos após o primeiro, surgiu depois de algumas tentativas frustradas de combate à inflação. O Plano Real foi concebido por uma equipe de jovens e competentes economistas, sob a coordenação do então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. Mais uma vez, tive a felicidade de participar desse processo quando a Câmara dos Deputados indicou o então deputado federal Gonzaga Mota para ser o relator. Se na redemocratização vivi uma grande experiência política, na relatoria do Plano Real consegui uma visão fantástica na área econômica. Não espero, nem seria justo nenhum reconhecimento da História, como deseja o bondoso amigo Cid Carvalho, mas tenho a consciência tranquila de ter contribuído para o nosso País . Se depois, outros fatores negativos prejudicaram a nossa Pátria, é lamentável. Obrigado, Cid! Muito obrigado.

(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.

Fonte: Diário do Nordeste, 13/05/2022. Ideias.

domingo, 22 de maio de 2022

NEUROCIRURGIÕES TITULARES DA ACM: III - Daniel Figueirêdo

 


Daniel Freire de Figueirêdo nasceu em Fortaleza-CE em 30 de outubro de 1960.

Graduou-se em medicina pela Universidade Federal do Ceará em 1985. Durante o curso médico foi estagiário por três anos no Instituto Dr. José Frota. Realizou o último ano do internato na University of Miami - USA.

Fez residência médica em Neurocirurgia na Clínica Neurocirúrgica Dr. Paulo Niemeyer da Casa de Saúde Dr. Eiras, no Rio de Janeiro, de 1986 1989. Realizou curso de Pós-Graduação em Neurocirurgia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro de 1987 a 1989. Em 1990 foi Fellow no serviço de Neurocirurgia do Presbyterian Hospital of New York, da Universidade de Columbia em New York.

Concluiu o Mestrado em Neurocirurgia na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo em 1996.

Participou por duas vezes como Tutor nos Cursos “Moderns Methods in Neurosurgery”, realizados na Steglitz Klinik da Freie Universitat Berlim na cidade de Berlim, Alemanha, nos anos de 1998 e 1999.

Foi professor substituto de Neurocirurgia no Departamento de Cirurgia UFC em 2000. É neurocirurgião do HUWC, desde 1989, e do Instituto Dr. José Frota, desde 2016.

Participou de vários Congressos Nacionais e Internacionais, como Conferencista, Secretário e Presidente de mesa. Foi autor de vários trabalhos científicos. Participou como autor de capítulos dos livros: Neuromodulation, Nurotraumatologia, Neurocirurgia Pediátrica etc.

Presidente da Sociedade Nordestina de Neurocirurgia no biênio 2008-2009 e do Congresso Nordestino de Neurocirurgia em 2009. Presidente da Sociedade Cearense de Neurologia e Neurocirurgia no biênio 2014-2015 e do Congresso Cearense de Neurologia e Neurocirurgia em 2015. Vice-Presidente do Congresso da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia em 2002. Secretário Geral do Congresso da Federação Latino Americana de Neurocirurgia em 2000.

É membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, da Academia Brasileira de Neurocirurgia e da American Association of Neurological Surgeons. Foi Membro da Câmara Técnica de Neurocirurgia do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará durante mais de dez anos.

Em 5 de agosto de 2016 foi empossado como Membro Titular da Academia Cearense de Medicina (ACM), ocupando a Cadeira 37, tendo por Patrono o Dr. Meton França Alencar.

Acad. Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Membro titular da ACM – Cadeira 18

*Extraído de: Revista Digital Jornal do Médico. Ano III, Nº 24, abril 2022 p.15-18.

RD-Abril-2022-app.pdf (jornaldomedico.com.br)


NEUROCIRURGIÕES TITULARES DA ACM: II - Flávio Leitão

 


Francisco Flávio Leitão de Carvalho nasceu em Fortaleza-CE em 21 de abril de 1939.

Graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) em 1964. Especializou-se em Neurocirurgia no Instituto de Neurocirurgia de Porto Alegre em 1965. Foi Fellow na Tuffts New England Medical Center em Boston em 1975. Concluiu o Mestrado em Cirurgia, pela UFC, em 2000.

É professor adjunto IV aposentado do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFC. Chefiou o Departamento de Cirurgia (2001–2003) e exerceu intensa atividade extra-didática; foi Membro de Conselhos, Comissões e Consultoria da UFC e Chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) da UFC (2003–2009).

Flávio Leitão é membro emérito da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e igualmente, membro titular da Sociedade Cearense de Neurologia e Neurocirurgia (SOCENNE), da Sociedade Nordestina de Neurocirurgia e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Recebeu o prêmio Coruja de Ouro (SOCENNE).

Publicou 34 artigos científicos, sendo três em revistas estrangeiras, e os livros: História da Neurologia e da Neurocirurgia no Ceará, A Ventura de Gamalielzinho & Outros Contos e Retórica de Circunstâncias.

Publicou os seguintes capítulos de livros: Tumores de Nervos Periféricos; Nervos Periféricos; Neurofibromatose Tipo 2 no Paciente Pediátrico. Neurocirurgia Pediátrica e Algumas Achegas à História da Neurologia Cearense.

Publicou também trabalhos completos em anais de congressos, dos quais se destacam: Comparing diagnostic models for CPA tumors; Doppler trans-operatório na cirurgia dos aneurismas cerebrais e morte cerebral. Apresentou mais de uma centena de trabalhos científicos em congressos.

É membro titular das Academias: Cearense de Letras, Metropolitana de Letras de Fortaleza, de Letras e Artes do Nordeste, Brasileira de Neurocirurgia, Cearense de Cultura, Cearense de Medicina e Cearense de Médicos Escritores.

Foi presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (Sobrames/CE). Vem, desde 1993, contribuindo com contos na Antologia Anual da Sobrames/CE.

Em 20 de abril de 2002 foi empossado como Membro Titular da Academia Cearense de Medicina (ACM), preenchendo a Cadeira 50, patroneada pelo Dr. Walder Bezerra Sá.

Acad. Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Membro titular da ACM – Cadeira 18

*Extraído de: Revista Digital Jornal do Médico. Ano III, Nº 24, abril 2022 p.15-18.

RD-Abril-2022-app.pdf (jornaldomedico.com.br)


sábado, 21 de maio de 2022

NEUROCIRURGIÕES TITULARES DA ACM: I - Djacir Figueirêdo

 


Djacir Gurgel de Figueirêdo nasceu em Limoeiro do Norte-CE em 5 de abril de 1931.

Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) em 1955, fez especialização em Neurocirurgia no Instituto de Neurocirurgia de Porto Alegre em 1957. Foi Visiting Fellow no Department of Neurological Surgery, College of Physicians and Surgeons, da Columbia University, em New York, em 1964-1965.

Criou o serviço de Neurocirurgia na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará em1958. Foi professor fundador da disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Medicina da UFC em 1960.

No Hospital Geral de Fortaleza (HGF) do INPS/INAMPS, Djacir Figueirêdo foi o introdutor da Neurocirurgia e chefe do Serviço de Clínicas Cirúrgicas, de 1970 a 1998, e diretor fundador do Corpo Clínico de 1967-1971.

Coordenou a Ouvidoria do Hospital Regional da Unimed Fortaleza, tendo sido membro do Conselho de Ética da Associação Brasileira de Ouvidores – Seção do Ceará.

Como pioneiro da Neurocirurgia, ele foi introdutor no Ceará e dos primeiros no Brasil a realizar diversas técnicas neurocirúrgicas. Em 63 anos de exercício da medicina, realizou mais de 6.000 intervenções neurocirúrgicas no cérebro e na medula espinhal.

É autor de capítulos em livros de neurocirurgia e de 15 trabalhos publicados em revistas de neurocirurgia, nacionais e estrangeiras.

Participou com apresentação de trabalhos em quase cem congressos médicos nacionais e internacionais e organizou dezenas de eventos científicos.

Dentre as entidades associativas, comporta assinalar: fundador e primeiro presidente da Sociedade Cearense de Neurologia, Neurocirurgia e Eletroencefalografia; membro fundador da Academia Brasileira de Neurocirurgia; membro fundador ex-presidente da Sociedade Nordestina de Neurocirurgia; e mestre do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.

Ao longo da sua vida, recebeu muitas homenagens das entidades médicas e da sociedade civil, a realçar a Medalha da Abolição, a mais importante honraria do Estado do Ceará.

Pertenceu à Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (Sobrames/CE), tendo participado com crônicas na Antologia Anual da Sobrames/CE.

Em 10 de novembro de 1989 foi empossado como Membro Titular da Academia Cearense de Medicina (ACM), passando a ocupar a Cadeira 12, que tem como Patrono o Dr. Abdênago da Rocha Lima. Exerceu a presidência desse sodalício no biênio 2018-2020.

Acad. Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Membro titular da ACM – Cadeira 18

*Extraído de: Revista Digital Jornal do Médico. Ano III, Nº 24, abril 2022 p.15-18.

RD-Abril-2022-app.pdf (jornaldomedico.com.br)

NEUROCIRURGIÕES TITULARES DA ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA

A Academia Cearense de Medicina (ACM) foi concebida tendo por modelo principal a Academia Nacional de Medicina (ANM).

Para fins de admissão, mirando-se na sua congênere nacional, os acadêmicos são alocados, segundo a proeminência em seus campos de atuação, em três grupos: Medicina, Cirurgia e Ciência Aplicada à Medicina.

No total, entre os Membros Titulares (MT), há 35 especialidades distintas, o que espelha a grande diversidade da atividade médica atual. Em termos quantitativos, os MT estão assim distribuídos: Ciências (10), Cirúrgicas (21) e Clínicas (29).

Nas especialidades Cirúrgicas, a Urologia, com quatro MT, está em primeira posição, sendo seguida pela Neurocirurgia, que conta com três integrantes, São eles, a perfilar por ordem de posse: Djacir Gurgel de Figueirêdo, Francisco Flávio Leitão de Carvalho e Daniel Freire de Figueirêdo.

Acad. Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Membro titular da ACM – Cadeira 18

*Extraído de: Revista Digital Jornal do Médico. Ano III, Nº 24, abril 2022 p.15-18.

RD-Abril-2022-app.pdf (jornaldomedico.com.br)

**Postado no Blog do Marcelo Gurgel em 21/05/2022


sexta-feira, 20 de maio de 2022

COMUNICADO DA ACEMES: vacância de cadeiras

A Academia Cearense de Médicos Escritores – Acemes – na pessoa do seu presidente Wellington Alves, vem a público declarar a vacância de cinco das suas cadeiras, quais sejam:

Cadeira 7 – Patrono Bezerra de Menezes

Cadeira 18 – Patrono Herman Lima

Cadeira 26 – Patrono Newton Gonçalves

Cadeira 27 – Patrono Josa Magalhães

Cadeira 34 – Patrono Francisco Lourenço de Araújo.

Interessados em ocupar as referidas cadeiras, ora declaradas vacantes, obrigatoriamente médicos, nascidos e domiciliados no Ceará, com tempo mínimo de 25 anos de formados, conforme o artigo 7° do Estatuto da Academia, deverão apresentar suas candidaturas através do e-mail do Secretário Geral da Acemes, Geraldo Bezerra – gb.ggac@gmail.com – o qual fornecerá todas as informações de como se processará a inscrição.

Outrossim, informamos que o prazo de inscrição vai desde a data de publicação deste comunicado até dez dias antes da data das eleições, ou seja, até 18 de julho de 2022, já que as referidas eleições estão marcadas para o dia 28 de julho de 2022.

Atenciosamente,

Wellington Alves

Presidente da Academia Cearense de Médicos Escritores


FOLCLORE POLÍTICO LXXVI: Porandubas Políticas 632

Abro com hilária historinha envolvendo o folclórico ex-governador Newton Cardoso, das Minas Gerais.

Não mais heliocóptero

Assumiu o governo de Minas e, no dia seguinte, foi ao aeroporto para viajar no helicóptero da administração estadual. Ao tomar conhecimento de que aquele “trem” tinha o nome de seu adversário, foi logo dando bronca no piloto:

– Não entro de jeito nenhum nesse trem com o nome do Hélio (Hélio Garcia era o governador anterior).

O piloto, constrangido, respondeu:

– Mas governador, esse helicóptero é do governo do Estado e não do ex-governador Hélio.

Newtão não quis saber:

– Esse trem agora vai se chamar Newtoncóptero. Falei e tá falado.

Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).

quinta-feira, 19 de maio de 2022

CONVITE: Reinauguração da Capela do Museu Comendador Ananias Arruda

 


O Presidente da Fundação Comendador Ananias Arruda, Raimundo Luiz Furtado de Arruda, tem a honra de convidar os amigos e colaboradores do Museu CAA, de Baturité, para a reinauguração da capela, que foi revitalizada com a valorosa contribuição dos amigos, familiares e de um grupo de médicos católicos.

A reinauguração será realizada em Baturité-CE, sábado, dia 21 de maio de 2022, às 10h30min, com uma missa presidida pelo Padre Luiz Furtado, sobrinho neto do Comendador Ananias Arruda.

IDEIA FIXA É COISA DE LOUCO

Meraldo Zisman (*)

Médico-Psicoterapeuta

…apesar de respeitar a opinião de cada pessoa, a apreciação é um evento emocional e os acontecimentos — sejam bons ou ruins— são fidedignos. Como médico ou simples cidadão tenho por obrigação alertar sobre o agravamento dessa negação à vacinação.

Aqui no Brasil estamos aceitando a polarização política. Raiva, brigas, famílias se decompondo, antigas amizades apartadas, muitos deus-nos-acuda motivados por diferenças ideológicas ou políticas. Virou um “nós contra eles” agudíssimo, fora de ocasião e destrutivo. Muitos estão sofrendo o impacto desses debates que, em muitos casos, afetam a própria saúde psicossomática. Lembro sermos seres gregários (animais que vivem em grupo e se juntam por instinto ou, se desejarem, por natureza). A nossa própria família de origem é exemplo meridiano dessa tendência.

Escrevo este artigo como simples cidadão brasileiro e médico, sem acusar a mídia como a única culpada por tamanha balbúrdia entre nossas diferenças individuais, ainda que dentro do mesmo grupo social.

Percorramos o fato de tomar ou não tomar vacina?

Para uma tentativa de resposta, afirmo: apesar de respeitar a opinião de cada pessoa, a apreciação é um evento emocional e os acontecimentos — sejam bons ou ruins— são fidedignos. Como médico ou simples cidadão tenho por obrigação alertar sobre o agravamento dessa negação à vacinação.

Passeando por Sigmund Freud, gostaria primeiro, de lembrar… as conhecidas personalidades narcísicas que admiram exageradamente sua imagem e nutrem uma paixão por si mesmo – e adiciono: não aceitam opinião que divirja da sua.

Não mudam, nem diante dos fatos. Por suas opiniões, próprias ou herdadas do grupo ao qual avaliam pertencer e no caso particular das “polarizações políticas”, tornam-se arautos de negatividades e desesperanças que agridem nosso maior bem que é a Vida Humana.

Para esses enviesados pouco importam as evidências acumuladas. Pouco lhes importa se a polarização política traz como consequência a ausência de empatia de um para com o outro. Cautela, leitor, quanto às generalizações, elas são sempre muito perigosas. No caso, essa dicotomia é uma forma de narcisismo – separa o seu Eu dos outros, como se você fosse um gigante da moralidade, talvez o único ser perfeito na face da Terra.

Será que você é algum anjo? Algum enviado do Senhor? Um descrente da ciência ou niilista político que, como tal, deseja fundamentalmente a destruição de todas as forças políticas, religiosas e sociais que, na verdade, são essenciais para um futuro melhor. E acrescento: se todo mundo não presta e o único certo é aquele que generaliza o tal de ‘politicamente correto’, ele próprio termina por ficar paralisado e vai para casa. Tem medo de ser rejeitado pelo seu grupo. Desiste de lutar. Fica enclausurado em um conformismo individualista e, pior, não se junta aos homens e mulheres de bem para lutar contra a Pandemia. Fica conformado em nada mudar. Não tem jeito. E não tem mesmo jeito, o mundo é todo imperfeito, como é possível alguém ficar dizendo para si mesmo:— detenho dentro de mim toda a Moral e toda a Ética? Sou um Ser perfeito e único!  Se todos e tudo são imperfeitos e eu sou o único perfeito, para que lutar?… Já ganhei a batalha (perdida)!

O velho Freud tinha razão quando escreveu: “É costume de um tolo pôr a culpa no outro e de um indivíduo sábio agir”. E acrescento: tais indivíduos, quando erram, em vez de se culparem por sua opinião, passam a colocar nos outros a responsabilidade pelo erro.

Lembre-se: “O conformismo é o desespero de quem não luta mais”, ensina o adágio popular, tão antigo quanto a nossa legendária fuga à responsabilidade sobre nossos atos e conceitos, o que leva inexoravelmente à Fênix do Totalitarismo.

Este velho médico, simples esculápio de província, teve sua atenção chamada pela manchete publicada no Diário de Pernambuco:

BOLSONARO CEDE E INFORMA QUE SERÁ VACINADO NESTE SÁBADO DE ALELUIA (EDIÇÃO DIA 3 E 4 DE ABRIL DE 2020)

Advirto: parece que o presidente não mudou de apreciação, mas assistindo ao somatório dos fatos mudou de opinião quanto à vacinação e sua pertinência. Por isso reafirmo ser a “ideia fixa” uma exclusividade dos loucos.  Mudar de postura, antes tarde do que nunca, é que é racional. Já hoje, 04/04/2021, a CNN noticiou que o presidente não se vacinou. Dado tudo isso, este velho esculápio já não sabe em quem acreditar. Porém, enfatizo: se o presidente Bolsonaro não se vacinou, há que lembrar o que ensinou o Rabino Maimônides (Ram bam) -1138-1204): “Os fatos moldam a opinião e não o contrário. As opiniões não moldam os fatos. As coisas existem e são verdadeiras ou não existem, independentemente das crenças e opiniões das pessoas”.

O meu desejo é que se criem fatos concretos e, para isso, que se vacinem todos os que quiserem e puderem.

(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE), da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES) e da Academia Recifense de Letras. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).

 

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