quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

DESPEDIDAS DE UM ANNUS HORRIBILIS

           Finalmente o ano de 2020 expirou. Grosso modo, para a humanidade, foi um ano atípico, mas para a maioria dos seres humanos foi um Annus Horribilis, enquanto, para alguns, que saíram no lucro, locupletando-se com a desgraça alheia, pode-se até dizer que ele foi um Annus Mirabilis, ou seja, o horrível para muitos figurou como maravilhoso para uns poucos.

Em 17/03/2021, depois de participar da reunião que instalou o “Grupo de Trabalho de Enfrentamento à Covid-19 da Universidade Estadual do Ceará”, para o qual fui indicado membro efetivo por portaria do Magnífico Reitor da UECE, o Prof. Jackson Sampaio, decidi recolher-me no recôndito do lar para reduzir o grau de exposição ao novo coronavírus, uma vez que pertenço a grupos de maior risco à Covid-19, tanto por faixa etária como por portar comorbidades.

Em vista disso, na vigência do distanciamento social determinado pelas autoridades sanitárias, adotei um isolamento mais ampliado, engajando-me no teletrabalho (homework), que me foi extremamente produtivo.

Hoje, 31/12/2020, completo 287 dias de um confinamento domiciliar relativo, flexibilizado após os três meses iniciais de reclusão, o qual é apenas ocasionalmente rompido por motivos superiores, diante da impossibilidade da tarefa ser realizada remotamente.

Com efeito, ao longo de um período superior ao tempo de gestação do Homo sapiens, em que permaneci sob isolamento, consegui dar cumprimento à maior parcela das múltiplas atribuições profissionais e intelectuais que fazem parte do meu cotidiano.

Além das atividades rotineiras que desenvolvo em anos típicos, a chegada da Covid-19 trouxe-me outras demandas específicas que precisei assumir como sanitarista e formador de opinião e sobretudo como cidadão que, a despeito de não atuar como médico na linha de frente prestando cuidados de saúde às vítimas da presente pandemia, creio ter podido responder proativamente, oferecendo a minha contribuição ao embate contra essa epidemia avassaladora.

Em que pese essa substantiva produção intelectual, devidamente a ser incorporada ao meu curriculum vitae, bem melhor seria, para mim, se ela não tivesse existido, pela supressão do fator desencadeante, caso não estivéssemos experimentando tantos sofrimentos e perdas à conta do SARS-CoV-2.

Motivado pelo advento das vacinas específicas contra a Covid-19, espera-se que esse Annus Horribilis parta sem demora e leve junto o novo coronavírus aos confins do universo, longe e ao largo da espécie humana.

Roguemos ao Pai para que o Ano Novo que se avizinha seja um verdadeiro Annus Mirabilis, desta feita para toda a humanidade.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Professor titular de Saúde Pública da UECE

A UECE VISÍVEL

Por Vladimir Spinelli Chagas (*)

No mês passado falamos de algumas realizações de impacto da Uece, recebendo mensagens que nos incentivaram a outra incursão no tema.

Tratamos agora de uma área específica, o seu Centro de Estudos Sociais Aplicados - Cesa, que reúne os cursos de graduação em Administração, Serviço Social e Ciências Contábeis, todos muito bem avaliados no Enade.

Some-se à graduação, que abre a cada semestre mais de 230 vagas, os seus seis mestrados e três doutorados, próprios ou em parceria com outros Centros, e mais de uma dezena de cursos de especialização.

Mesmo considerando as evasões normais, ainda assim o número de novos graduados entregues anualmente à sociedade gira em torno de 400.

Por outro lado, nos últimos oito anos receberam seus certificados 742 especialistas, colaram grau 840 mestres e foram titulados oito doutores, neste caso por serem os cursos muito recentes, significando no total uma média superior a 200 pessoas com qualificação em nível de pós-graduação ao ano, em curva ascendente.

O Cesa mantém ambições de oferecer novas oportunidades de graduação em áreas como Economia, Direito e Turismo. Ressalte-se, neste último caso, não haver oferta pública no Estado, apesar da inquestionável importância da área.

Na pós-graduação trabalha-se no doutorado em Serviço Social, no mestrado em Ciências Contábeis e nos mestrados profissionais em Inovação Tecnológica e Gestão da Pequena Empresa e em Gastronomia e Desenvolvimento Social.

Outra ideia em desenvolvimento é do Núcleo de Estudos Superiores em Ciências Sociais Aplicadas para, amparado na graduação, na pós-graduação, em mais de duas dezenas de laboratórios e no seu pequeno mas altamente qualificado corpo docente, discente e técnico-administrativo fortalecer experiências já vivenciadas com o setor público e disponibilizar portfólio de competências em gestão pública e sustentabilidade, gestão de cidades, desenvolvimento de Zonas de Especial Interesse Social - Zeis, participação em planos como o Ceará 2050 e Fortaleza 2040, não descuidando das necessidades internas e as da iniciativa privada, a exemplo dos Elos Faltantes da Indústria. 

 (*) Professor da Uece, membro da Academia Cearense de Administração (Acad) e conselheiro do CRA-CE.

Fonte: Publicado In: O Povo, Opinião, de 2/11/20. p.22.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

A UECE "INVISÍVEL"

Por Vladimir Spinelli Chagas (*)

O título é uma provocação. A Uece é a primeira entre as estaduais no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e bem ranqueada no Times Higher Education. Não é pouco.

E no ano em que se completam 30 anos de criação da Fundação de Amparo à Pesquisa (Funcap), é importante ressaltar que a Uece não é apenas voltada, com excelência, para a formação de professores na capital e em seus seis campi do interior. É, também, parceira fundamental no desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação no Ceará e no Brasil.

Basta recordar os esforços na consolidação do seu Núcleo de Inovação Tecnológica - NIT, cujos resultados vieram amparar um projeto mais ousado ainda, com a criação, em 2009, da Rede dos Núcleos de Inovação Tecnológica do Ceará - Redenit-CE, que conquistou dois prêmios nacionais já na sua implantação.

Em 2006, a Uece foi escolhida, por seus méritos, para coordenar o doutorado em rede da Rede Nordeste de Biotecnologia - Renorbio, com inúmeros avanços na área e resultando em pelo menos sete patentes, somente de seus pesquisadores e o desenvolvimento de empresas de biotecnologia, em que se destacam as experiências com a água de coco em pó, uma das primeiras incentivadas pelo NIT-Uece.

Dois outros projetos de dimensão, o da transgênese na espécie caprina, com o nascimento, em 2008, dos dois primeiros caprinos transgênicos da América Latina e a pesquisa da primeira vacina de origem vegetal, tendo como base o feijão de corda.

Para hoje, o Lais (Laboratórios Associados de Inovação e Sustentabilidade) completou mais de 100 calibrações em anemômetros, utilizando o túnel de vento da Uece em parceria com a iniciativa privada; o Laboratório de Redes de Computadores de Segurança desenvolve tecnologia para captação de sinais vitais em pacientes internados em UTIs, com apoio de agentes da área de Saúde; pesquisadores depositaram pedido de patente para novo uso de vacina aviária no combate à Covid-19.

É a Uece "invisível" e sua inegável capacidade de contornar dificuldades, de se reinventar e de desenvolver, com qualidade, o papel de indutora do desenvolvimento científico e tecnológico.

(*) Professor da Uece, membro da Academia Cearense de Administração (Acad) e conselheiro do CRA-CE.

Fonte: Publicado In: O Povo, Opinião, de 5/10/20. p.22.

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

EM RESGATE DA MEMÓRIA DA FACULDADE DE MEDICINA DO CEARÁ

          As correntes coortes de médicos graduados pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), de um modo geral, ignoram os nomes dos médicos que, logo após a II Grande Guerra, albergados no Instituto de Ensino Médico, empenharam-se em fundar a então Faculdade de Medicina do Ceará, chegando, inclusive, a desconhecer aqueles que, devotadamente, foram os primeiros docentes da nova escola.

A partida terrena desses lentes, bem como a inobservância de um setor na UFC que restaure e preserve a sua história institucional, configuram um retrato desanimador, capaz de liquidar a memória de uma entidade possuidora de uma vasta folha de serviços ofertados ao Ceará, pelo que já diplomou de médicos e por seus atendimentos aos nossos cidadãos, aportando benefícios vultuosos ao povo cearense, aliada à valorosa contribuição conferida ao avanço da ciência médica na região nordestina. Ao que parece, nossos primeiros professores somente estavam sendo lembrados por seus continuadores nas antigas cátedras; adite-se que muitos desses sucessores jazem igualmente em repouso perpétuo, sentenciando uns e outros aos umbrais do esquecimento.

Foram cinco os principais fundadores da primeira instituição de formação médica cearense, retratados na lendária fotografia (vide foto) em que figuram, da esquerda para a direita: na frente, os Drs. Jurandir Marães Picanço e José Waldemar Alcântara e Silva e, na segunda fileira, os Drs. José Carlos da Costa Ribeiro, Newton Teófilo Gonçalves e Walter de Moura Cantídio, todos falecidos há alguns anos.

Em 1978, por ocasião das celebrações dos trinta anos de instalação da Faculdade de Medicina (FAMED) da UFC, foram registrados dois eventos inaugurativos especiais, ambos gerando uma esperança de conservação da história médica no Ceará: a Academia Cearense de Medicina (ACM) e o Remêmoro.

A ACM, solenemente inaugurada a 12/05/1978, tem a sua fundação amparada em um pequeno grupo de professores do Curso de Medicina da UFC, inicialmente composto por Drs. José Carlos Ribeiro, Joaquim Eduardo de Alencar, Geraldo Gonçalves, Edísio Tavares e Walter Cantídio, sem contar então com o seu idealizador, o Dr. Jurandir Picanço, uma vez que este falecera no ano pretérito. Nessas suas quatro décadas de funcionamento, apesar das dificuldades próprias das entidades associativas, esse sodalício tem exercido importante papel para a preservação do saber e da cultura médicas no Ceará, notadamente em prol da nossa história médica local.

O Remêmoro, montado no Campus do Porangabuçu, foi concebido como uma estrutura física seminal de um museu médico, no modelo do existente na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Para a consumação desse projeto, participaram ativamente diversos professores que contribuíram com objetos e materiais variados para suprir o acervo original, que incluía: livros antigos, fotografias, instrumental médico do princípio do século passado, equipamentos didáticos usados para o ensino médico nos primeiros anos da instituição e outros instrumentos.

Na sua inauguração, esse equipamento tornou pública uma exposição permanente de cerca de cinquenta painéis que exibiam a evolução da Medicina, ao longo dos séculos, fruto da doação da Alemanha Ocidental, intermediada pela Casa de Cultura Alemã da UFC, tendo à frente o seu diretor à época, o Prof. Berthold Zilly. Dessa coleção, subsistiram poucos e esparsos painéis, ora custodiados pela ACM.

O Remêmoro, por gradual desinteresse, ou mesmo negligência, de alguns gestores universitários, maiormente os da própria unidade acadêmica que o acolhia fisicamente, foi desativado nos anos subsequentes, legando um vazio, até o presente não ocupado. Por oportuno, saliente-se que a Profa. Dra. Valéria Goes Ferreira Pinheiro, ao ensejo dos preparativos dos setenta anos da FAMED, acontecidos em 2018, instituiu uma comissão de professores, da qual tomavam parte Sílvia Bonfim Hipólito, Francisco das Chagas Medeiros, Roberto Misici, Ricardo Pereira Silva, dentre outros, que resgatou documentos e apetrechos, que recontam momentos efusivos da FAMED, valendo a iniciativa como proposição de soerguer o seu espaço Remêmoro.

É imperativo o reconhecimento de que a nossa FAMED da UFC cresceu e modernizou-se, incorporando uma tecnologia médica atualizada, com recursos pedagógicos efetivos. Entretanto, não transparece que o devido respeito à preservação da memória institucional tenha sido por ela observado a contento, condenando, portanto, à obscuridade grandes mestres, que edificaram e deixaram ao povo cearense essa sólida entidade acadêmica.

Os nomes de tão atuantes docentes, que hoje não mais convivem conosco, precisam ser reverenciados e seus feitos necessitam ser repassados às novas gerações de estudantes da FAMED, para que nossos estimados mestres sejam sempre recordados.

Isto posto, roga-se que se busquem os meios cabíveis para assegurar a preservação da memória institucional da FAMED da UFC.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva - CREMEC 2412

Medicina Preventiva e Social - RQE Nº: 483

Medicina do Trabalho - RQE Nº: 589

*Publicado In: Jornal Cremec, 143: 8, setembro-outubro de 2020. (Informativo oficial do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará).

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

BINGO DO LIMEIRA

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)

Sempre é bom recordar manifestações e atitudes de pessoas puras e sinceras. Gostaria de lembrar neste resumido texto a figura do inesquecível Zé Limeira. Torcedor do Ferroviário, admirador e amigo dos radialistas e comentaristas esportivos, bem como conhecedor da antiga música popular brasileira: Noel Rosa, Pixinguinha, Chico Alves, Marlene, Orlando Silva e muitos outros. Zé, como eu o chamava, foi o chefe dos engraxates no antigo Abrigo Central, próximo à praça do Ferreira. O Abrigo Central era um espaço extremamente democrático. Lá você encontrava políticos importantes, empresários, vendedores de mercadorias diversas, pedintes etc. Era o lugar onde Zé Limeira passava o dia. Gostava muito de política, não pertencia a nenhum Partido, conseguia ser amigo de todo mundo. Por torcer pelo Ferrim, como eu, surgiu a nossa amizade. Passou a me acompanhar nas três campanhas políticas para Deputado Federal. Percorremos vários municípios do Estado do Ceará, sempre por terra, numa D-20 e depois numa Ford Ranger. Viajávamos três: o motorista, chamado de sargento Garcia, por pesar mais de 110kgs, o Zé Limeira, que era o meu “marketeiro” e eu. Campanhas cansativas e muito difíceis. Não tinha dinheiro. Certo dia, chegamos num pequeno povoado, em busca de 120 votos, conforme disse o cabo eleitoral. Era a festa do Padroeiro: quermesse, roda gigante etc. Houve o bingo de uma “porca”. Zé comprou uma cartela e ganhou. Foi receber o prêmio e lhe deram uma “porca” de bicicleta. Danou-se, brigou com quem estava lá, mas conseguimos tirá-lo da confusão e sair com rapidez. Perdi os 120 votos. Todavia, ganhei muito mais por trabalho do Zé. Ele não sabia ler e nem escrever, no entanto fez dois livros: “Lembranças e lambanças”. O primeiro foi apresentado pela grande Raquel de Queiroz e o segundo tive a honra de prefaciá-lo. Assim era o Zé Limeira. Saudades.

(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.

Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 4/12/2020.

domingo, 27 de dezembro de 2020

SÉTIMA SESSÃO REMÊMORA DA ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA

         

        Como acontece desde 2014, a Academia Cearense de Medicina (ACM) realiza, na primeira quarta-feira de dezembro de cada ano, a Sessão Remêmora do sodalício quando se prestam homenagens aos acadêmicos que se tornariam centenários, caso seguissem vivos, e aos confrades que pereceram no ano em curso.

Essa solenidade sempre tinha lugar no Auditório da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Ceará; no entanto, em função da vigência da pandemia por Covid-10, que impõe restrição à feitura de solenidades presenciais, a Diretoria da ACM determinou que a sétima Sessão Remêmora do silogeu seria conduzida de forma virtual em 2 de dezembro de 2020.

O evento em tela foi coordenado pela confreira Aca. Ana Margarida Arruda Rosemberg, utilizando a Plataforma Zoom, que abriu a sala às 18h30 e assumiu as funções de gerenciar o acesso dos participantes e de ser mestre de cerimônias, ao tempo em que projetava os audiovisuais e liberava as falas dos expositores.

As saudações (in memoriam) aos acadêmicos centenários Edilson Gurgel Santos, José Carlos da Costa Ribeiro, José Edísio da Silva Tavares e Luís Braga França Ferreira foram proferidas, respectivamente, pelos seguintes acadêmicos: Aca. Maria Zélia Petrola Bezerra, Ac. Marcelo Gurgel Carlos da Silva, Ac. Vladimir Távora Fontoura Cruz e Ac. Fernando Pombo.

As homenagens (in memoriam) aos confrades Gilmário Mourão Teixeira, José Vieira de Magalhães e Thomaz de Araújo Corrêa, falecidos em 2020, ficaram sob a responsabilidade dos colegas: Aca. Ana Margarida Arruda Rosemberg, Ac. George Magalhães de Oliveira e Ac. João Martins de Sousa Torres, na mesma ordem.

A sessão solene em apreço, com duração de aproximadamente duas horas, foi acompanhada por mais de sessenta acessos de pessoas especialmente interessadas, como os familiares dos homenageados e muitos confrades e confreiras, todas inseridas em uma atmosfera prenhe de lembranças e de afetos.

Após as exposições dos panegíricos, foi concedido espaço para manifestação de agradecimento dos familiares dos homenageados e vários aproveitaram a oportunidade para se irmanarem nas recordações devotadas aos seus entes queridos que não mais convivem conosco.

A gravação integral da solenidade foi segmentada nos seus diferentes pronunciamentos, os quais foram postados no Blog da ACM (http://academiacearensedemedicina.blogspot.com/) e continuam disponíveis aos que desejam assistir ou rever a recente Sessão Remêmora, ou acessando diretamente In: http://academiacearensedemedicina.blogspot.com/2020/12/sessao-rememora-online-da-academia.html.

Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Da Academia Cearense de Medicina – Cad. 18

*Publicado In: Jornal do médico digital, 1(8): 58-60, dezembro de 2020. (Revista Médica Independente do Ceará).

sábado, 26 de dezembro de 2020

SEXTA SESSÃO REMÊMORA DA ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA

 

A Diretoria da Academia Cearense de Medicina (ACM), em sua reunião ordinária de agosto de 2014, aprovou a proposta do seu presidente Ac. Vladimir Távora de se fazer anualmente a Sessão Remêmora, uma solenidade única para se render homenagens póstumas aos acadêmicos falecidos no ano em curso e comemorativas de centenários de nascimento dos seus acadêmicos.

Isto posto, cumprindo a tradição, a ACM realizou na tarde de 4 de dezembro de 2019, no Auditório da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Ceará (UFC), a sua quinta Sessão Remêmora, quando foram prestadas homenagens a quatro confrades, sendo dois por centenários natalícios e dois outros por perdas sofridas em seu quadro associativo.

Em 2019, se vivos fossem, estar-se-ia celebrando o centenário os acadêmicos Haroldo Gondim Juaçaba e Heládio Feitosa de Castro, os quais foram reverenciados por Ac. Marcelo Gurgel Carlos Silva e Ac. Elias Geovani Boutala Salomão, respectivamente. Por coincidência, ambos homenageados viveram 90 anos e suas datas de nascimento e de falecimento foram muito próximas: Heládio Feitosa nasceu em Tauá-CE em 8/04/1919 e faleceu em Fortaleza em 17/06/2009, enquanto Haroldo Juaçaba veio ao mundo em Fortaleza em 31/03/1919 e da capital cearense partiu 1º/06/2009.

Os dois foram professores desde a 1ª turma da Faculdade de Medicina do Ceará e, após a institucionalização da UFC, seguiram no corpo docente da novel universidade, tendo Heládio Feitosa se dedicado ao ensino da área da Clínica e Haroldo Juaçaba ao da Cirurgia.

Em 18/01/2019, logo no começo do ano, a ACM sentiu-se duramente desfalcada com o desparecimento terreno do Ac. Raimundo Hélio Cirino Bessa, falecido aos 89 anos de idade, e três meses depois, quando ainda se estava muito ressentida por essa perda, viu-se diante do falecimento súbito, aos 72 anos, do Ac. Sérgio Gomes de Matos, na manhã de 24/04/2019.

Para relembrar o primeiro, o Ac. Hélio Bessa, coube ao Ac. Ricardo Pereira Silva traçar o perfil daquele que fora seu colega de especialidade, a cardiologia, e com quem compartilhara funções docentes no Departamento de Medicina Clínica da UFC; para reavivar as recordações do segundo companheiro, competiu ao Ac. João Evangelista Bezerra Filho, um grande amigo de extinto colega, discorrer sobre a trajetória de vida do médico intensivista e pneumologista Ac. Sérgio Gomes de Matos.

Hélio Bessa e Sérgio Gomes de Matos eram confrades muito presentes e atuantes na ACM, sendo eles pessoas queridas e alvo da estima de seus colegas e detentores de créditos profissionais pelo tanto que dignificaram a Medicina do Ceará.

Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Da Academia Cearense de Medicina – Cad. 18

*Publicado In: Jornal do médico digital, 1(8): 54-56, dezembro de 2020. (Revista Médica Independente do Ceará).


sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

NATAL, FESTA DE ALEGRIA, DA ESPERANÇA E DA LUZ

Por Pe. Reginaldo Manzotti (*)

Todos os anos a liturgia do Natal faz uma fissura no cronos, no tempo, na nossa história. O ontem se faz hoje e, assim, nós temos a oportunidade de viver o nascimento de Jesus. Não é simplesmente voltar ao passado, é atualizar e viver esse acontecimento, esse mistério que é muito maior que a nossa compreensão.

Neste ano tão sofrido, mais uma vez, Jesus nasce! Deus se desnuda diante de nós para trazer a luz, a esperança e o recomeço.

Pelo lado messiânico, quem é esse Menino? Quem garante que Jesus é o Salvador? Os méritos da Sua Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição. Se fizéssemos uma medalha para mostrar esse significado, teria de um lado a manjedoura e do outro a Cruz. O mesmo Menino que nasceu, não há dúvidas, é o Salvador como os anjos anunciaram: "Hoje nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor!" (Lc 2,11).

Aprendemos grandes lições nesse tempo de pandemia. Tudo é efêmero e o que fica é nosso encontro com Deus. Então, que sentido estamos dando à nossa breve existência? Começamos a ver a vida diferente, um dia de cada vez. E, vamos ser sinceros! A pandemia acendeu um alerta sobre nossas limitações e nossas fragilidades humanas.

O Natal vem nos fazer entender que, sendo humanos, somos divinos. Com a encarnação do Seu Filho Jesus, Deus faz o humano se misturar ao eterno. Uma das lembranças mais lindas que guardo da Terra Santa é da gruta da Natividade. A Basílica é grande, mas a gruta em que Jesus nasceu é tão pequena que temos de entrar meio encurvados. No Natal, o Senhor nos manda ficar de joelhos e deixar cair um pouco da arrogância e da indiferença. Não importa a aparência, a cor da pele, a condição social, somos todos iguais: humanos e divinos.

Este ano a realidade é diferente. Não poderemos abraçar, nosso sorriso será escondido pela máscara, mas podemos dizer às pessoas que estão perto como elas são importantes para nós. Não tenhamos medo de renascer, de voltar à essência da nossa humanidade. Aproveitemos o Natal para tentar recuperar dentro de nós o que temos de melhor e deixemos brilhar em nossas vidas a luz divina do Menino Deus, que vem trazer a verdadeira paz e nos unir no amor.

Abençoado e feliz Natal! 

(*) Fundador e presidente da Associação Evangelizar é Preciso e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR).

Fonte: O Povo, de 19/12/2020. Opinião. p.22.

Crônica: “O AVC isquêmico de mamãe” ... e outros causos

O AVC isquêmico de mamãe

Dona Teresinha na UTI parecia de férias nas ilhas gregas. Pra começo de conversa: "Ô lugar lindo, esse aqui! Pudesse, passava mais tempo!" - dizia às colegas na visita vespertina.

- Fale com o médico, mamãe! De repente ele...

- Já falei! Quando, passou ontem aqui, eu pedi um golinho do café dele...

- O quê, mamãe?

- Inda dei uma mordida na tora de bolo. No sábado, se rolar um suco de manga...

Descobri que o que encantava minha espirituosa genitora naquele complexo ambiente hospitalar era gente pra conversar, comida da melhor qualidade e diferente, atenção de todos (médicos, enfermeiras, fisioterapeuta).

- E o ar-condicionado, no ponto!

- Melhor que o ventilador véi de só duas palhetas da sua casa. Concordo!

- Médico aqui dá no meio da canela. Falei do mal, prepare o pau. Taí um chegando!

Clínico se aproxima já fazendo festa. Converseiro medonho com mamãe, que dá o rumo da prosa, tentando conquistar a confiança.

- Dotô, o senhor parece com meu marido quando servia no tiro de guerra.

- É mesmo, dona Teresinha? - admira-se o médico.

- É... Tadinho dele! Mais de uma semana e eu aqui!

- Saudade do love também adoece!

- É falta das enroladas que eu faço com o bichim, mesmo!

- Enroladas?

- Ele me pede a latinha de detefon pra matar formiga e, como não comprei, boto goma dentro e entrego...

- Dona Teresinha, estou passado!

- Outro dia, pediu chophytol pro fígado e eu botei um caroço de feijão preto na mão e empurrei-lhe goela abaixo.

Papo bacana, mas é hora de o doutor mostrar os exames e dizer o que tinha levado dona Teresinha a internar-se na emergência do hospital, após a queda que levou no cemitério ao pisar em falso num formigueiro.

- A senhora teve um AVC isquêmico.

Mamãe se ri, como se nenhuma novidade houvesse na notícia.

- Eu sabia! Mas confesso, dotô: tá com uma semana que eu não bebo cerveja.

- Negócio é mais sério, dona Teresinha. A senhora teve um AVC isquêmico!

- Eu sabia, eu sabia!

- Sem ver a ressonância, impossível saber.

- Doutor, eu sou uma mulher cheia de "isquema"!!!

Pela hóstia!

Por falar nos "isquemas" de mãe, domingo ela saiu de casa morrendo de sede direto pra missa, não queria se atrasar. Pacientemente esperou a comunhão. Foi pra fila e aguardou o padre dar-lhe a hóstia. Mãe bateu o olho pro sacristão e, meio que cochichando...

- Me dê um copo d'água, meu fí! Senão a hóstia num desce.

Inesquecível amnésia

Mamãe pede ao Tonho, meu irmão caçula, que, no mercantil com ela, não esquecesse de lembrar da caixa de fósforo, do pano de coar café, dos dois quilos de farinha e do pote de margarina vegetal. Meu irmão, já se desculpando, caso esquecesse de algo...

- Ô mãe! Peça essas coisas não, eu sou muito inesquecível!

Fonte: O POVO, de 7/02/2020. Coluna “Crônicas”, de Tarcísio Matos. p.2.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Qualificação do Doutorado em Saúde Coletiva (UECE) de Shirley de Oliveira Lima

Aconteceu na manhã de ontem (23/12/2020), terça-feira, de forma remota, em Plataforma virtual, o Exame de Qualificação de Doutorado de uma nossa coorientada do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual do Ceará (PPSAC-UECE).

A banca examinadora, composta por Maria Helena Lima Sousa, José Manuel Peixoto Caldas, Maria Corina Amaral e Antonio Rodrigues Ferreira Junior (suplente), aprovou o projeto de Tese “Análise situacional, financeira e custo-consequência dos danos causados por eventos adversos ocorridos durante a assistência à saúde em hospitais do Sistema Único de Saúde no Ceará (Brasil)”, apresentado pela doutoranda SEBASTIANA SHIRLEY DE OLIVEIRA LIMA, orientanda da Profa. Dra. Maria Helena Lima Sousa e nossa.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Professor do PPSAC-UECE

PROTOCOLO COVID PARA MONTAR PRESÉPIO NESTE ANO

Quem for montar presépio: ATENÇÃO!

1. O número máximo de pastores será de seis e deverão manter a distância de um metro e meio um do outro, além de atentar ao uso obrigatório de máscaras!

2. A entrada no presépio será fechada a partir das 10 da noite;

3. Não será permitida a presença do anjo devido ao efeito aerossol. Ele deverá permanecer no céu, em home office;

4. Por serem da mesma família, José, Maria e o Menino Jesus poderão ficar juntos no presépio; mas deverá haver um cordão de isolamento ao redor da manjedoura (protocolo covid para neonato)

5. Os Reis Magos deverão chegar com antecedência, ficar em quarentena, e se submeter ao exame de PCR. Os camelos deverão permanecer no vilarejo mais próximo;

6. O ouro, incenso, mirra, assim como todos os presentes para o Bebê Jesus deverão ser higienizados com álcool 70%;

7. Os avós de Jesus, por serem do grupo de risco, deverão assistir ao nascimento à distância;

8. O número de animais deve ser 50% do habitual. Ovelhas, cabras, patos e gansos estão liberados, mas fora da área da manjedoura; e

9. Todas as pessoas não essenciais ao nascimento de Jesus (o marceneiro, o ferreiro, o padeiro, o Papai Noel, o Mickey, etc.) não poderão participar desta edição do Natal.

Obrigado.

Fonte: Internet (circulando por e-mails e iPhones). Sem autoria explícita.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Defesa de Dissertação em Saúde Coletiva (UECE) de Idaclece Rodrigues de Matos

Aconteceu na tarde de ontem (22/12/20), na Universidade Estadual do Ceará, via virtual pelo Google Meet, mais uma defesa de Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPSAC) da UECE.

A banca examinadora, composta pelos Profs. Drs. Maria Helena Lima Sousa, Manfredo Luiz Lins e Silva, Antonio Rodrigues Ferreira Junior e Marcelo Gurgel Carlos da Silva (suplente), aprovou a DissertaçãoAvaliação econômica parcial de custos dos procedimentos de parto vaginal e cesárea e viabiliade financeira da rede cegonha no Ceará (Brasil)”, de conclusão do Curso de Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual do Ceará do Ceará, apresentada pelo mestrando IDACLECE RODRIGUES DE MATOS, orientado da Profa. Dra. Maria Helena Lima Sousa.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Professor do PPSAC-UECE

FOLCLORE POLÍTICO L

Sinceridade e sagacidade

Zé Cavalcanti, ex-deputado paraibano, conta em seu livro A Política e os Políticos, que um coronel do sertão, ao passar o comando de seus domínios para o filho, aconselhou:

- Meu rapaz, se queres ser bem-sucedido na política, cultiva estas duas verdades: a sinceridade e a sagacidade.

- O que é sinceridade, meu pai?

- É manter a palavra empenhada, custe o que custar.

- E o que é sagacidade?

- É nunca empenhar a palavra, custe o que custar.

Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).

Nota do Blog: Em 21/05/2016 comecei a postar neste Blog os causos que recebi do jornalista e escritor potiguar Francisco Gaudêncio Torquato do Rego, ao longo dos anos de 2016 e 2017, que, infelizmente, com a presente postagem, hoje se encerra como um presente natalino aos nossos leitores. Essas postagens sempre atraíram muitos acessos, o que lamento terminar por esgotamento do insumo.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva (Editor do Blog)

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Defesa de Dissertação em Gestão em Saúde (UECE) de Vanda Cláudia Baltazar de Mesquita

Aconteceu na tarde de ontem (21/12/20), na Universidade Estadual do Ceará, via virtual pelo Google Meet, mais uma defesa de Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPSAC) da UECE.

A banca examinadora, composta pelos Profs. Drs. Maria Helena Lima Sousa, Márcio de Souza Cavalcante, Marcelo Gurgel Carlos da Silva e Antônio Rodrigues Ferreira Junior (suplente), aprovou a DissertaçãoDesenvolvimento de manual para implementação do uso racional de medicamentos em hospital pediátrico em Fortaleza”, de conclusão do Curso de Mestrado Profissional em Gestão em Saúde – MEPGES, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual do Ceará do Ceará, apresentada pela mestranda VANDA CLÁUDIA BALTAZAR DE MESQUITA, orientada da Profa. Dra. Maria Helena Lima Sousa.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Professor do PPSAC-UECE

Defesa de Tese em Saúde Coletiva (UECE) de Lourdes Suelen Pontes Costa

Aconteceu na tarde de ontem (21/12/2020), via virtual pelo Google Meet, mais uma defesa de tese do Doutorado em Saúde Coletiva do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPSAC) da UECE.

A banca examinadora, composta pelos Profs. Drs. Maria Salete Bessa Jorge, Geziel dos Santos de Souza, Lúcia Conde de Oliveira, Thereza Maria Magalhães Moreira, Jamine Borges de Morais e Marcelo Gurgel Carlos da Silva (suplente), aprovou a Tese “Rede de atenção psicossocial e sua integração com a urgência e emergência: construção de indicadores de saúde mental”, apresentada pela doutoranda LOURDES SUELEN PONTES COSTA e orientada da Profa. Dra. Maria Salete Bessa Jorge.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Professor do PPSAC-UECE

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Defesa de Tese em Saúde Coletiva (UECE) de Maria Raquel Rodrigues Carvalho

Aconteceu na manhã de hoje (21/12/2020), via virtual pelo Google Meet, mais uma defesa de tese do Doutorado em Saúde Coletiva do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPSAC) da UECE.

A banca examinadora, composta pelos Profs. Drs. Maria Salete Bessa Jorge, Jamine Borges de Morais, Geziel dos Santos de Souza, Lúcia Conde de Oliveira, Thereza Maria Magalhães Moreira, Paula Frassinetti Castello Branco Camurça Fernandes, Raquel Sampaio Florêncio (suplente) e Marcelo Gurgel Carlos da Silva (suplente), aprovou a Tese “Construção e validação de tecnologia para o Sistema Único de Saúde (SUS): sistema de monitoramento das unidades de pronto atendimento (SIMON UPA)”, apresentada pela doutoranda MARIA RAQUEL RODRIGUES CARVALHO e orientada da Profa. Dra. Maria Salete Bessa Jorge.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Professor do PPSAC-UECE

COMPORTAMENTO

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)

Já ressaltamos, neste espaço, em 20 de novembro do corrente ano, também de forma resumida, que o capital social poderia ser analisado sob dois aspectos complementares: tradicional e comportamental. Acreditamos, inclusive, que os investimentos e gastos sociais só evidenciarão eficácia permanente e estratégica desde que ocorram modificações no comportamento do setor público, bem como no das pessoas. Ademais, valeria a pena destacar que é importante não confundir a educação cognitiva- capacidade de adquirir conhecimento mediante métodos convencionais- com a educação comportamental. Com relação ao setor público não é conveniente a busca do poder pelo poder, pois os integrantes daquele setor são escolhidos para servir e não para serem servidos. Por sua vez, orientações “maquiavélicas” não conduzem um povo a uma situação de tranquilidade política, democrática, de ordenamento jurídico, de crescimento com distribuição de renda, numa perspectiva de redução das desigualdades. Sob o ângulo das pessoas (aspecto individual) a manifestação da justa solidariedade somente será alcançada quando houver a valorização dos sentimentos espirituais e não apenas materiais. Como disse São Tomás de Aquino: “Há homens cuja fraqueza de inteligência não lhes permitiu ir além das coisas corpóreas”. A existência humana não significa viver, porém procurar um bom motivo para viver. A verdade é irmã gêmea da virtude e o sentido da vida é observado por aqueles que possuem boas atitudes. No momento, “o mundo está em cólicas”, como disse certa vez Oto Lara Rezende. Portanto, o comportamento (capital social) da humanidade precisa ser repensado para termos paz, justiça e amor. Segundo Albert Einstein: “O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade” e mais: “A imaginação é mais importante que o conhecimento”.

(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.

Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 27/11/2020.

domingo, 20 de dezembro de 2020

DOIS IDOSOS NA PISCINA DO COPA

Certa manhã, na piscina do Copacabana Palace, estava um senhor idoso, sentado à sombra, quando chega uma senhora idosa, que se acomoda numa espreguiçadeira para tomar sol.

O idoso, ainda com arroubos de Don Juan, decide fazer alguma coisa para impressionar a senhorinha. Levanta-se, vai até a borda da piscina, faz algumas flexões e pula na água, nadando 100 metros crawl e 100 metros borboleta em pouquíssimo tempo.

Ao sair da piscina, vê a senhorinha olhando, admirada. Ela diz a ele. "parabéns, está em ótima forma".  E ele diz: "Obrigado, fui campeão de natação e medalhista de prata em 1979."

A seguir, senhorinha, levanta-se, encaminha-se à piscina, faz algumas flexões, salta na água, e faz 200 metros em nado livre, em tempo menor do que o senhorzinho.

Ao sair da água, ela vê que o idoso está boquiaberto, batendo palmas para ela.

Então, ele pergunta: "a senhora também foi medalhista olímpica?"

"Não", diz a velhinha, com um sorriso maroto, "fui prostituta em Veneza".

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

O POLÍTICO CAUTELOSO

Um político muito importante estava namorando uma atriz de cinema havia alguns meses. Finalmente, ele decidiu que iria pedi-la casamento.

Mas, como primeiro ele queria ser cauteloso e tomar a decisão certa, contratou um detetive particular para investigar a família da atriz, seu passado e os relacionamentos românticos que ela teve.

Depois de alguns dias, o político recebeu o relatório do detetive, que dizia o seguinte:

Senhor, a senhorita investigada tem uma reputação sem qualquer mancha. Seu passado é totalmente limpo, assim como o de sua família. Ela vem de uma família com um histórico muito respeitável. Não encontramos nenhuma informação em seu desabono ou de sua família.

No entanto, de acordo com uma de minhas fontes, que recusou-se a citar nomes, nos últimos meses, ela foi vista namorando um político de reputação duvidosa.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

sábado, 19 de dezembro de 2020

JÚPITER E SATURNO SE ALINHARÃO

Por Jenny Rapson

Júpiter e Saturno se alinharão para nos dar a primeira estrela de Natal em 800 anos. Acredite ou não, estamos prestes a ver a primeira estrela do Natal em quase 800 anos.

Uma estrela de Natal é, na verdade, quando Júpiter e Saturno se alinham tão intimamente na última semana de dezembro que eles criam um ponto de luz radiante para aqueles de nós olhando para cima da Terra.

Um alinhamento entre esses dois planetas ocorre apenas a cada 20 anos, então eles são raros, mas o alinhamento tão próximo, fornecendo colírio para os olhos astronômicos dessas proporções, não acontecia desde a Idade Média, ocorrendo em 4 de março de 1226.

Uma estrela de Natal que não acontecia desde a idade média literal? Acho que é exatamente o símbolo de que precisamos em 2020.

Muitos de nós estaremos separados fisicamente de nossos entes queridos este ano, e muitos mais estão sofrendo por uma separação dolorosa causada pela morte.

Apesar de toda essa dor, apesar de muitas grandes celebrações serem canceladas, apesar da perda de parentes, o Natal não foi cancelado.

O alinhamento de Júpiter e Saturno em 21 de dezembro servirá como um lembrete físico brilhante disso. A alegria pode ser mais difícil de obter, mas não é cancelada. O bebê milagroso ainda nasceu há 2.000 anos. Deus ainda assumiu a carne para nos mostrar o que é o amor incondicional. Esse milagre ainda é verdadeiro todos os dias de todos os anos, seja um ano bom ou ruim.

Família ainda é preciosa. A vida, mesmo quando é tão, tão difícil, mesmo quando é tudo menos “normal”, ainda é um presente.

A estrela de Natal será mais visível em 21 de dezembro, cerca de 45 minutos após o pôr do sol no céu sudoeste. Mas estará conosco durante toda a quarta semana de dezembro.

Não posso deixar de me perguntar se Deus organizou esta celebração celestial apenas para nos lembrar de Sua mão em nossas vidas exatamente quando mais precisávamos.

Marque em seus calendários e defina todos os lembretes de telefone para este show de luzes das estrelas de Natal que uma vez na vida!

Espero que você compartilhe com seus filhos, porque eles não verão novamente até março de 2080, quando será decididamente menos natalino!

Mas quando o fizerem, sei que se lembrarão de compartilhar aquele momento especial de observação das estrelas com você durante um ano particularmente louco de sua infância. Eles se lembrarão de que a alegria é sempre possível e que as maravilhas literalmente nunca param. E eu sei que eles vão sorrir.

Não muito longe, em uma manjedoura, o Salvador do mundo nasceu. . .

Fonte: Internet (circulando por e-mails e iPhones).

CENTENÁRIO DE DOM ANTÔNIO FRAGOSO

Por Frei Aloísio Fragoso

Nos dias e mundo de hoje há sempre menos espaço para a presença de profetas e o exercício da profecia. Assistimos com tristeza à despedida de figuras brilhantes de bispos, consagrados à tarefa de profetizar, homens de têmpera e de fé, que nos ensinaram como construir o Reino de Deus sem nos descuidar do Reino da Terra, e nos convenceram que os dois convergem para o mesmo fim. Foram-se Dom Hélder, Dom Paulo Evaristo, Dom Luciano, Dom Aloísio Lorscheider e outros mais do Brasil e de outros países.

Hoje, 10 de dezembro, um deles, Dom Antônio Fragoso, completaria 100 anos, se vivo fosse entre nós.

Eles viveram a saga comum a todos os grandes profetas bíblicos, conforme o testemunho de Jeremias:  "Seduziste-me, Senhor, e eu me deixei seduzir". Algumas vezes tiveram a tentação do profeta Elias. Perseguido pela rainha, incompreendido em sua missão, cansado e desiludido, caminhou mata a dentro, sentou-se à sombra de uma grande árvore e desabafou: "Agora, Senhor, basta! Não aguento mais! Manda-me a morte. Eu não sou melhor do que os meus pais". A resposta de Deus foi deixar o profeta adormecer sobre sua dor e, a seguir, enviar um mensageiro com este recado: "Levanta! Come e bebe, pois ainda tens um longo caminho a percorrer".

Foi assim com Dom Fragoso. Para ele o mensageiro de Deus foram os desprotegidos do Nordeste, os trabalhadores e trabalhadoras, os marginalizados e excluídos. Por eles entregou-se para que Deus o fizesse forte em suas fraquezas.

Não devemos deixar-nos abater pelo desaparecimento dos profetas. Esta sensação natural de orfandade é só aparente. Os caminhos de Deus não estão subordinados aos nossos cálculos e lógica. Quando parece que a semente aniquilou-se, é que ela está apodrecendo no útero da terra para brotar viva e fecunda.

Foi isso talvez o que Dom Fragoso quis dizer quando, tendo deixado sua diocese, recolheu-se a uma comunidade pobre e deu por encerrada sua missão de profetizar em outra terras.

Faz alguns anos, fui procurado por uma senhora de idade avançada, que me disse: "quando Dom Fragoso foi sagrado bispo, eu tinha 13 anos. Fui encarregada de recitar um poema em sua homenagem.” E ela me entregou seu poema em uma folha de papel amarelada. Vejam só o que diziam as últimas estrofes:

"Senhor, permite que minha prece,

Neste instante,

Meu brado,

Que ecoa confiante,

Chegue em efusão

Às portas do sacrário

E te segrede

A Ti, Hóstia sagrada:

É necessário que eu parta,

Que siga minha estrada,

Mas te entrego com amor

Meu coração operário.

Seguirei, Senhor, meu itinerário,

Mas novas massas espessas

De operários

Venham semeá-lo.

Abrirei com amor

A alma e o coração.

Para que em meu caminho

Cumpra minha missão.

É necessário que eu vá buscá-las."

A autora expressa o desejo oculto e profundo do novo bispo (na época, assistente da JOC, Juventude Operária Católica): encontrar operários, trabalhadores, e a eles dedicar, de modo especial, o seu pastoreio. Era uma súplica profética. Ao longo dos anos seguintes, este anseio ampliou-se, multiplicou-se, gerou conflitos, perseguições e conversões, foi ao encontro dos que tinham fome e sede de Justiça, dos que precisavam reconquistar seus direitos inalienáveis, sua esperança, sua dignidade.

Não sabemos o que Deus tem preparado para os próximos anos. Mas de uma coisa não tenhamos dúvida: o suor, sangue, o sacrifício e as lágrimas de profetas como Dom Fragoso tornam-se matéria-prima nas mãos de Deus, para a construção do novo, do inesperado.

Pedimos que lá no céu, seu merecido lugar, ele se junte os demais bispos profetas, que recordamos com saudade e carência, e sejam nossos padroeiros no combate sem tréguas em favor da Justiça e da fraternidade.

Frei Aloísio Fragoso

Recife, 10/12/2020

Fonte: Internet (circulando por e-mails e iPhones).

 

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