De família rica, ela contrariou a tudo e
todos para seguir sua vocação, conta o médico Alfredo Guarischi, que escreveu
um artigo em homenagem aos profissionais de Enfermagem
Ficamos
muito felizes com o Dr. Alfredo Guarisch, que escreveu um artigo sobre a
enfermeira Florence Nightingale, publicado no jornal O Globo, no dia 8 de maio.
Foi uma bela homenagem aos enfermeiros, e um reconhecimento ao trabalho que
fazem diariamente. Essa é uma feliz demonstração de como as profissões, de
todas as áreas, podem e devem caminhar juntas. (Conselho Federal de Enfermagem).
Por Alfredo Guarischi
Natural
de Florença, Florence iniciou os estudos como enfermeira no Egito. Trabalhou
posteriormente na Alemanha e na França, retornando a Londres para chefiar o
Instituto de Cuidados de Senhoras Carentes e Doentes.
Florence
Nightingale (1820-1910) nasceu em Florença. Sua família tinha casas no campo e
em Londres e tudo mais que o dinheiro podia comprar, porém o que mais desejava
era ajudar os necessitados. Aos 20 anos de idade, implorava aos seus pais
poderosos que abdicassem do desejo de ter uma menina prendada, esperando um
casamento pomposo, e a deixassem com seu entusiasmo pela matemática e pela
estatística.
Não lhe
faltaram pretendentes, mas queria ser enfermeira, numa época em que essa
profissão não era tida como adequada para uma moça educada e muito menos de
família rica como a dela. Seria terrível deixar uma filha ser enfermeira. Aos
29 anos, viajou pela Europa para ver o trabalho da enfermagem em diferentes
hospitais, iniciando seus estudos como enfermeira no Egito. Trabalhou
posteriormente na Alemanha e na França, retornando a Londres para chefiar o
Instituto de Cuidados de Senhoras Carentes e Doentes.
Em
reconhecimento ao seu trabalho, o Ministério da Defesa solicitou que ela
criasse o primeiro grupo de enfermeiras para atender os feridos na Guerra da
Criméia, na qual Inglaterra, França e Turquia se uniram contra a Rússia. Ela
desafiou os generais médicos ingleses demonstrando que os soldados feridos
tinham dez vezes mais chances de morrer de uma doença hospitalar, como cólera,
tifo e falta de higiene, do que no campo de batalha. Melhorando as condições
sanitárias dos hospitais militares, sistematizando a lavagem das mãos e das
enfermarias, a mortalidade caiu de 60% para 42%.
Fonte: Jornal O Globo, 8/05/2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário