Por
Padre Rafhael Silva Maciel (*)
No Jubileu da Misericórdia, papa Francisco nomeou alguns
sacerdotes como missionários da misericórdia, para que, em seu nome, anunciassem
e promovessem o sacramento da reconciliação naquela ocasião jubilar, inclusive
com prerrogativas de absolver validamente pecados reservados à sua autoridade.
Terminado aquele jubileu, o papa quis estender algumas de
suas iniciativas pastorais, e prorrogou o mandato dos missionários da
misericórdia. Disse o Pontífice: “Refletindo
sobre o grande serviço que prestastes à Igreja, e sobre todo o bem que fizestes
e oferecestes a tantos crentes com a vossa pregação e, acima de tudo, com a
celebração do sacramento da reconciliação, julguei oportuno que o vosso mandato
pudesse ser prolongado por mais um pouco de tempo”.
Assim, os missionários da misericórdia, nascidos do
coração pastoral de Francisco, são na Igreja um legado do Ano Jubilar da
Misericórdia. Desta forma, o Santo Padre deseja que a “Porta Santa” da
reconciliação esteja aberta a quantos a procurem de modo sincero e com
autêntico espírito de arrependimento. Na verdade, o apostolado dos
missionários, ensina o papa, “é um apelo a
procurar e receber o perdão do Pai. Como se vê, Deus tem necessidade de homens
que levem ao mundo o seu perdão e a sua misericórdia”.
Em tempos de guerra, seja entre povos, seja entre
pessoas, guerras de vaidade e de orgulho, é preciso levar adiante a obra da
reconciliação “para que a unidade desejada
por Deus em Cristo prevaleça sobre a ação negativa do maligno que se aproveita
de tantos meios atuais (...), mas que se forem mal-usados, em vez de unir
separam”.
Sem dúvida, todos os sacerdotes devem ser homens
misericordiosos; mas, referente aos missionários por ele instituídos, o Santo
Padre reforça: “Queridos irmãos, recomeçai a
partir deste encontro com a alegria de ser confirmados no ministério da
misericórdia. Confirmados antes de tudo na grata confiança de serdes vós em
primeiro lugar chamados a renascer sempre de novo ‘do alto’, do amor de Deus.
E, ao mesmo tempo, confirmados na missão de oferecer a todos o sinal de Jesus
‘elevado’ da terra, para que a comunidade seja sinal e instrumento de unidade
no meio do mundo”.
(*) Presbítero
da Arquidiocese de Fortaleza; Missionário da Misericórdia.
Fonte: O Povo, de 20/4/2018.
Opinião. p.27.
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