segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

OS (MAUS) EXEMPLOS DO FUTEBOL

Por Heitor Férrer (*)

Já adianto que adoro futebol e sou fã da seleção brasileira, apesar dos 7x1 e apesar de já estarmos há 20 anos sem ganhar uma Copa do Mundo. Adianto, também, que sou frequentador do estádio Castelão (hoje "Arena Castelão", o que não entendo). Já confesso que, em casa, estou sempre ligado nos canais de esporte para assistir a um bom futebol dos times nacionais ou do campeonato inglês, espanhol, francês… Portanto, vou falar com propriedade de quem vê futebol e assiste às malandragens dos jogadores, principalmente dos jogadores brasileiros.

Assim como eu, existem milhões de outras pessoas que veem futebol, o que obriga essa atividade a ter responsabilidade ética e ser bom exemplo para o mundo. O primeiro grande mau exemplo do futebol está nos salários dos jogadores. Embora regido pelo mercado, são números estratosféricos. Como imaginar um profissional, seja ele de qual área for, ganhar R$ 840 milhões/ano, R$ 70 milhões/mês, R$ 2 milhões/dia, como é o caso do Neymar "Cai-Cai", craque, porém longe de ser um atleta e muito mais longe ainda de ser exemplo para o mundo, por seu deplorável comportamento dentro e fora do campo.

Exposto este primeiro grande mau exemplo, causa-nos indignação o comportamento dos jogadores que, na nítida intenção de enganar o árbitro, usam de má-fé, de conduta desonesta e aética, ofendendo com suas encenações a esses milhões que prestigiam o futebol.

A Fifa tem que endurecer o combate a essas artimanhas em respeito a quem assiste a esses espetáculos de desonestidade, péssimos maus exemplos.

Nada mais insuportável ver um jogador ser tocado levemente no tórax e vê-lo rolar no gramado com a mão no rosto, fazendo crer que o soco foi no rosto, o que torna a falta grave. Não dá pra aceitar, diante das câmeras e auxílio do VAR, o jogador sem, sequer, ser tocado cair dentro da grande área para simular um pênalti.

É indignante ver um goleiro inventar uma falta e ficar meia hora no chão, se contorcendo do nada para esfriar o jogo, fazendo cera, quando seu time está sob pressão do adversário.

Há de se fazer mudanças para punir esses que não respeitam quem prestigia o futebol e os faz ganhar milhões por dia.

A Fifa tem que inovar regras no futebol em nome da ética, da honestidade e do bom exemplo, sem se falar na violência das torcidas organizadas...

(*) Médico e ex-Deputado estadual (Solidariedade).

Fonte: Publicado In: O Povo, de 17/11/2023. Opinião. p.21.

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