Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
A humanidade vive, no momento, uma época de incerteza caracterizada
pela falta de solidariedade, por um lado, e pelo excesso de radicalismo e
fundamentalismo, por outro. Estes comportamentos levam a crises de violência em
todos os seus aspectos: guerra, fome, desemprego, dificuldades sociais,
desagregação familiar, falta de perspectiva, etc. A ganância de determinados
países motiva uma desconfiança que prejudica o entendimento e gera
desigualdades e desequilíbrios políticos, econômicos, sociais e culturais.
Nessa linha de raciocínio, surgem a exploração desordenada dos recursos
naturais não renováveis, a miséria crescente de milhões de pessoas, a corrida
armamentista, a ausência de uma paz estável, o terrorismo, dentre outros
problemas. O radicalismo tem influenciado de forma negativa as alterações de
comportamento e de organização social, nos países socialistas e capitalistas.
Crises, desemprego, miséria, endividamento e violência decorrem de movimentos
radicais que não buscam soluções, mas modelos errôneos do ponto de vista
socioeconômico e político. Todavia, é extremamente difícil encontrar um modelo
sociológico, filosófico e ideológico, capaz de gerar um clima de harmonia e
generosidade. É urgente a necessidade de ações e programas que, voltados,
principalmente, para a área social, promovam e consolidem oportunidades ao
povo. O Estado existe não para ser opressor, mas para assegurar os princípios
básicos da democracia. Precisamos nos voltar para o conhecimento das verdades
essenciais, objetivando alcançar os valores éticos indicadores de um mundo
baseado nos conceitos de justiça e de igualdade de oportunidades.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 4/11/2016.
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