Email que circulou na Internet, retirado do
programa “60 Minutos” de estação de
TV americana. O entrevistador, Mike Wallace, lança perguntas para o entrevistado Morgan Freeman, 75, ator e diretor cinematográfico negro
americano:
Mike: Mês da consciência negra. Que acha disso?
Morgan: Ridículo.
Mike: Por quê?
Morgan: Você vai confinar toda a minha história em um
único mês. Ora, por favor... O que você faria com sua história? Qual é o mês da
consciência branca?
Mike: Bem... sou judeu.
Morgan: Ok... Qual o mês da consciência judaica?
Mike: Não existe.
Morgan: Oh...oh... Por que não? Você quer que exista um?
Mike: Não, não.
Morgan: Tudo bem. Eu também não. Não quero um mês da
consciência negra. A história dos negros é a história da América.
Mike: E como vamos nos livrar do racismo?
Morgan: Parando de falar sobre isso. Vou parar de chamá-lo
de branco. E o que lhe peço é que pare de me chamar de... negro. Eu o conheço
por Mike Wallace. Você me conhece por Morgan Freeman.
Lição cristalina tiramos desse diálogo. Se queremos
acabar com o racismo ou aliviá-lo, paremos de falar sobre isso. Racismo no
Brasil sempre existiu e existirá. Só que, até 20 ou 30 anos, era racismo
brando, tolerável, enrustido nas cabeças de alguns. Cada cabeça uma sentença,
diz o provérbio. Alguns não gostam de pessoas de pele escura, traços afro;
outros não gostam de pessoas com traços orientais. Sejamos francos: A maioria
dos brasileiros gosta da cor e dos traços europeus. É consequência de termos
sido colonizados por europeus, e a civilização ocidental repousa em parte
nisso. Mas daí até repudiar quem não se enquadra nesse padrão, há distância
enorme.
Combater o racismo jogando holofotes nessa questão
e promovendo o ódio entre os diferentes é erro tão crasso quanto incentivar a
luta de classes, a guerrinha entre capital e trabalho. Nisso a esquerda doente
é mestra. Prova é essa história de cotas para negros nas universidades, e agora
no serviço público. Se queriam criar animosidade entre brasileiros, não podiam
ter achado melhor caminho. Imaginem uma pessoa pobre de pele clara sentindo-se
preterida num vestibular ou concurso por outra, de qualificação intelectual
inferior, que resolveu se declarar negra... qual o seu grau de revolta... e
como passará a “amar” os negros...É a velha mania de gerar ressentimentos e
ódios na sociedade. Dividir o povo brasileiro em brancos e negros (o que é
falácia pois somos basicamente mestiços) é a mais nova forma de luta de classes
que esses maus brasileiros resolveram explorar.
(*) Membro efetivo do Instituto do Ceará e
dos conselhos de assuntos legislativos da Fiec e da CNI.
Publicado In: O Povo. Fortaleza, 24/11/2014.
Caderno A (Opinião). p.9.
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