Médico-Psicoterapeuta
O Brasil
ainda não se encontra devidamente estruturado do ponto de vista cultural. Com o
advento da Internet, a responsabilidade do jornalismo profissional aumenta cada
vez mais, pois é sabido que as notícias mais importantes são vinculadas através
da Mídia Profissional. Muito embora 75% das notícias lidas na internet venham de compartilhamentos via
E-mail ou redes sociais (Pew Research
Center), na eleição passada (2014), para presidente da República, 61% das
notícias tiveram origem jornalística, segundo pesquisa Datafolha.
Aparentemente,
os ventos estão a favor da internet, facebook, tweeters, WhatsApp, e de
outros dispositivos que irão aparecer, com toda certeza, trazendo novidades
agregadas. Todavia, será que a mídia profissional está cedendo lugar para as
denominadas mídias sociais? Acredito que elas sejam complementares. As redes
denominadas sociais seguem a moda que dita a TV, os jornais e os noticiários
empresariais ou governamentais.
No
Brasil e em outros países a TV, o rádio, os jornais impressos e outros meios de
comunicação ocupam um lugar destacado na informação ao grande público. Bastaria
citar as novelas e os seus sucessos, que passaram a ser parte do imaginário dos
brasileiros. Elas invadem os lares dos "nobres" e dos
"pobres", e são assistidas em casas e apartamentos de luxo, favelas,
mocambos, palafitas. Suas antenas são visíveis na maioria dos telhados das
moradias. E algumas delas, inclusive, se dão ao luxo de evidenciar uma antena
parabólica, bem como a TV a cabo por assinatura, como se isso fosse sinônimo de
um "status quo". O grande desafio, entretanto, será, o de fazer delas
(as novelas), algo de positivo, que exerça um papel importante na formação das
pessoas.
Cautela
com o que noticiam e – mais grave – com o que deixam de noticiar (omitem), senhoras
e senhores jornalistas! O profissional de jornalismo não deve esquecer, que,
quando bem praticada, não existe profissão mais bela e interessante, embora
nenhuma outra exija maior talento, tato e vivacidade. Não ponham a culpa nas
mídias sociais e não se eximam das vossas responsabilidades.
O
escritor Lev Tolstoi (1862-1910) dizia: - Eu escrevo livros e sei o mal que podem causar!
Imaginem
agora, com o enxame de parafernálias eletrônicas trazidas pelo Mercado!
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco.
Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE)
e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES). Consultante Honorário da
Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).
Nenhum comentário:
Postar um comentário