Um dos temas mais
debatidos e objeto de reflexão, ao longo do tempo, diz respeito à “evolução espiritual”. Envolve, é claro, conceitos inerentes à fé
e à razão. Estudiosos (filósofos, teólogos, cientistas, etc.) analisam o
comportamento das pessoas à luz do “crer ou não crer” em uma proposta. Um
desafio significativo para todos nós é o de conceber valores sem destruir os
outros. A polarização vem aumentando com o passar do tempo. São Bento, por
exemplo, foi um grande pensador e um homem alheio a qualquer forma negativa de
polêmica, preocupando-se muito com o ser humano. Atualmente, em razão do
progresso tecnológico e também do processo de globalização, as pessoas reagem
mais aos objetivos diferentes dos seus. Nesta linha de raciocínio, as
manifestações ecumênicas, respeitando-se a liberdade de pensamento, são
fundamentais para se conseguir um mundo melhor. Particularmente, sou católico
praticante, creio na palavra de Deus, externando o amor a Ele e ao próximo.
Todavia, acredito que todos de bom senso e de boa vontade, quer sejam crentes,
agnósticos ou ateus devem buscar a solidariedade, ou seja, o amor ao próximo.
Ademais, para Cristo é preferível um ateu justo e sincero do que um falso
cristão. A paz exterior, decorre da paz interior, isto é, da “evolução espiritual”. As virtudes teologais (fé, esperança e
caridade), assim como as virtudes cardeais ou centrais (prudência, temperança,
fortaleza e justiça) podem ser comuns a todos, independentemente, do
posicionamento religioso, pois são concedidas pela bondade de Deus. “Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa
tem a sua ocasião” (Ec 3,1).
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 2/3/2018.
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