quarta-feira, 14 de agosto de 2019

O VERDE ALÉM DO MAR



Por Artur Bruno (*)
Não é novidade o Ceará ser reconhecido por suas praias: a temperatura da água, as extensas faixas de terra com inúmeras opções de lazer casam com paisagens exuberantes. Mas, de uns tempos pra cá, isso vem se modificando. E para melhor.
Temos, no Ceará, 26 Unidades de Conservação (UCs) estaduais, gerenciadas pela Secretaria do Meio Ambiente. Em Fortaleza, contamos com a maior reserva ecológica em áreas urbanas do Norte e Nordeste: o Parque Estadual do Cocó. O Parque, regulamentado pelo governador Camilo Santana em 2017, oferece, ao longo dos seus 1.571 hectares, opções de educação ambiental, esporte e lazer.
De fato, de nada adiantaria este tesouro ecológico sem equipamentos convidando as pessoas a ocupá-lo. Áreas como o entorno do anfiteatro e a área Adahil Barreto foram remodeladas e recebem milhares de pessoas todos os meses. Nas manhãs de domingo, o Projeto Viva o Parque propicia à população a oportunidade de reaproximar-se da natureza através de atividades de educação ambiental, práticas esportivas, lazer e recreação.
O Projeto conta com uma programação diversificada: oficinas ambientais, aulas de dança, palestras, contação de histórias infantis, brincadeiras tradicionais, trilhas ecológicas, massagem, apresentações culturais, entre outras. Além das atividades oferecidas, as famílias realizam piqueniques, aniversários, encontros de amigos.
O Viva o Parque deu tão certo que ganhou versões em outras UCs. Em Caucaia, por exemplo, o Parque Estadual Botânico também oferece o Programa. Em Fortaleza, a Floresta do Curió e o Ceará-Maranguapinho - esta última no bairro da Canindezinho - também já possuem esta alternativa. São bairros periféricos, onde os moradores possuem poucas ou nenhuma opção de espaço de entretenimento.
Enfim, trata-se de uma nova cultura, de apreciar um verde que está além da famosa cor dos nossos mares. É o lado mais lúdico da educação ambiental: quanto mais nos apegarmos à necessidade destes espaços preservados, usando-os de forma correta, maiores serão as chances de tornarmos nosso Ceará um estado sustentável.
(*) Secretário do Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMA) do Estado do Ceará. Sócio do Instituto do Ceará.
Fonte: Publicado In: O Povo, Opinião, de 30/7/19. p.18.

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