Abro com
um "causo" da Justiça.
Esselentíssimo juiz
Ao
transitar pelos corredores do fórum, o advogado, que também era professor, foi
chamado por um dos juízes:
- Olha
só que erro ortográfico grosseiro temos nesta petição. Que coisa vergonhosa!
Estampado
logo na primeira linha do petitório lia-se:
"Esselentíssimo
juiz".
Gargalhando,
o magistrado perguntou ao advogado:
- Por
acaso, professor, esse advogado foi seu aluno na faculdade?
- Foi
sim - reconheceu o mestre. Mas onde está o erro ortográfico a que o senhor se
refere?
O juiz
pareceu surpreso:
- Ora,
meu caro, acaso você não sabe como se escreve a palavra Excelentíssimo?
Então
explicou o professor:
- Doutor
juiz, acredito que a expressão pode significar duas coisas diferentes.
Se o
colega desejava se referir à excelência dos seus serviços, o erro ortográfico
efetivamente é grosseiro. Entretanto, se fazia alusão à morosidade da prestação
jurisdicional, o equívoco reside apenas na junção inapropriada de duas
palavras.
O certo
então seria dizer:
"Esse
lentíssimo juiz".
...
Silêncio geral!
Depois
desse episódio, aquele magistrado nunca mais aceitou o tratamento de
"Excelentíssimo juiz", sem antes perguntar:
- Devo
receber a expressão como extremo de excelência ou como superlativo de lento?
Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).
https://www.migalhas.com.br/coluna/porandubas-politicas/392707/porandubas-n-819
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