sexta-feira, 29 de novembro de 2024

FOLCLORE POLÍTICO: Porandubas 819

Abro com um "causo" da Justiça.

Esselentíssimo juiz

Ao transitar pelos corredores do fórum, o advogado, que também era professor, foi chamado por um dos juízes:

- Olha só que erro ortográfico grosseiro temos nesta petição. Que coisa vergonhosa!

Estampado logo na primeira linha do petitório lia-se:

"Esselentíssimo juiz".

Gargalhando, o magistrado perguntou ao advogado:

- Por acaso, professor, esse advogado foi seu aluno na faculdade?

- Foi sim - reconheceu o mestre. Mas onde está o erro ortográfico a que o senhor se refere?

O juiz pareceu surpreso:

- Ora, meu caro, acaso você não sabe como se escreve a palavra Excelentíssimo?

Então explicou o professor:

- Doutor juiz, acredito que a expressão pode significar duas coisas diferentes.

Se o colega desejava se referir à excelência dos seus serviços, o erro ortográfico efetivamente é grosseiro. Entretanto, se fazia alusão à morosidade da prestação jurisdicional, o equívoco reside apenas na junção inapropriada de duas palavras.

O certo então seria dizer:

"Esse lentíssimo juiz".

... Silêncio geral!

Depois desse episódio, aquele magistrado nunca mais aceitou o tratamento de "Excelentíssimo juiz", sem antes perguntar:

- Devo receber a expressão como extremo de excelência ou como superlativo de lento?

Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).

https://www.migalhas.com.br/coluna/porandubas-politicas/392707/porandubas-n-819

Nenhum comentário:

 

Free Blog Counter
Poker Blog