sábado, 7 de janeiro de 2017

HAROLDO JUAÇABA NA TERRA BÁRBARA


É próprio da vida: começo, meio e fim. Com a feitura de um livro, não é diferente. Primeiro, a introdução; depois, os muitos capítulos que representam o corpo da obra; e, finalmente, o último argumento (Ultima Ratio).
Por que se fez essa obra sobre Haroldo Juaçaba? – Há justificativa para tudo.
Com referência a mais uma publicação da Coleção Terra Bárbara, editada pela Fundação Demócrito Rocha (FDF), a explicação está no fato de que já não era sem tempo reverenciar a memória de Haroldo Gondim Juaçaba, ele que ganhou unanimidade, em termos de bem-querer, tal como quer a expressão latina: a maiori usque ad minus, ou, em português, “desde o maior até o menor”.
O histórico de vida de Haroldo Gondim Juaçaba, no livro das Edições Demócrito Rocha, segue uma linha do tempo, em formato de roda, para dar vez a uma imagem em constante movimento, consubstanciada na dinâmica das suas ações.
A introdução do livro ressalta Haroldo Juaçaba, como modelo de médico, mestre e cidadão. Os dez capítulos enfeixados neste livro trazem a público as vertentes de uma personalidade essencialmente plural, expostas na seguinte ordem: 1. Um homem de família; 2. Uma unanimidade médica; 3. O mestre de muitas gerações; 4. O refino da cultura; 5. O homem que clinicava; 6. Um referencial de equilíbrio; 7. A face oculta do atleta; 8. Um homem de atitudes; 9. O homem que virou referência; e 10. Um curriculum vitae exemplar.
Na Ultima Ratio recorre-se a uma epígrafe de Elsie Studart que, parafraseando Shakespeare, referiu: “Haroldo Juaçaba nasceu grande, atingiu a grandeza e cabe a nós lançar a grandeza sobre ele.” A verdade, em tudo isso, é que já não se faz mais um Haroldo Gondim Juaçaba como este, celebrado como homem com H maiúsculo. Exatamente o H de Haroldo, a legendária figura dessa “terra bárbara”, que foi também de Bárbara de Alencar.
Infelizmente, por razões editoriais e operacionais, a primeira autora, professora Elsie Studart, que tanto ansiava por esta obra publicada, não viu materializar esse sonho, porque o Criador a chamou para junto de Si, antecipadamente A ela, a nossa justa homenagem póstuma.
Por fim, presta-se o agradecimento à família Juaçaba, à direção do Instituto do Câncer do Ceará (ICC) e aos editores da FDR, pela viabilização desta obra, cuja lançamento, em avant-première, deu-se em 25/11/2016, ao ensejo da celebração dos 72 anos de fundação do ICC.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico do Instituto do Câncer do Ceará

Fonte: O Povo, de 26/12/2016. Opinião. p.17.

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