Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Florestal é um país
situado no norte do continente Afrazil, muito rico em recursos minerais e
agrícolas, com grande dimensão territorial e banhado pelo oceano Ocitlam. Dizem
até que é um dos países do futuro. No entanto, a grande maioria da população
vive em condições não favoráveis. Os serviços básicos de educação, saúde e
segurança, dentre outros, são precários. Analisando-se o IDH, elaborado pelo
PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) da ONU, evidencia-se
uma deficiência significativa. Muita pobreza. Do ponto de vista político,
predomina uma pseudo-democracia. De um lado, a instável harmonia e
independência dos poderes constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário) e,
de outro, a pouca consistência, no sentido amplo, do processo de escolha dos
representantes do povo. Florestal adota o regime presidencialista. Na maioria
das vezes, os seus presidentes seguem o comportamento de um “déspota a curto
prazo”, tornando a situação ainda mais difícil. Com baixos índices educacionais
(cognitivos e comportamentais) dos habitantes do “rico” Florestal, surgem
problemas como a corrupção sistêmica, a discriminação, a falta de
oportunidades, etc. Este quadro lembra a fábula “o lobo e o leão” de Esopo.
“Certa vez um lobo estava levando para sua toca um cordeiro roubado, quando um
leão tomou-lhe a presa. Então o lobo lhe disse: você tomou desonestamente o que
era meu. E o leão revidou: por acaso você recebeu honestamente o cordeiro?
Moral da estória: delinquentes trocam acusações quando se veem em alguma
complicação”. Pobre Florestal! Que apareçam boas atitudes.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 14/7/2017.
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