Padre Brendan Coleman (*)
Neste ano de 2014 a Semana Santa começa no Domingo de Ramos no dia 13 de
abril e termina no Domingo da Páscoa no dia 20 de abril. Com grande reverencia
celebramos, mais uma vez, os acontecimentos fundamentais de nossa fé, isto é, a
Páscoa de Cristo, a qual compreende tanto o mistério da cruz e da morte, quanto
à alegria do triunfo da Ressurreição.
A Semana Santa é a semana maior no calendário cristão, que nos faz
recordar e reviver os passos mais decisivos da jornada terrestre de Jesus. A
Semana Santa começa no Domingo de Ramos com sua entrada messiânica em
Jerusalém. Na Quinta-feira Santa, há a sagração dos Santos Óleos e a união das
paróquias da Arquidiocese de Fortaleza em torno da Igreja-Mãe, a Catedral, onde
é sagrada a matéria que será utilizada em alguns sacramentos durante todo o
ano. À tarde celebramos a Ceia do Senhor, o Sacrifício Eucarístico, enlace o
momento atual com a primeira missa. E o Lava-pés repete, na humildade e no
perdão a necessidade de imitar o Senhor.
Na Sexta-feira Santa a morte de Cristo na cruz, que trouxe ao mundo a
esperança e a redenção. O Sábado Santo com o silêncio do Senhor que repousa no
túmulo novo aberto na rocha. No Domingo da Páscoa celebramos a gloriosa
Ressurreição de Cristo. Morto numa cruz e sepultado, ressuscitou dos mortos.
Sua Ressurreição até hoje e para sempre alimenta as esperanças de um mundo
melhor e mais humano. Agora em nossa cidade de Fortaleza tudo isso se repete.
Entre as recomendações para a Semana Santa está a valorização da missa
do Crisma com a benção dos santos óleos e com a participação de todos os padres
da Arquidiocese, além dos fiéis. Na Quinta-feira Santa “Jesus se dá como
alimento aos Doze com as próprias mãos”. As leituras deste dia ilustram o
profundo sentido desta frase. Elas formam uma espécie de triplico: a
instituição da Eucaristia, a sua prefiguração do Cordeiro Pascal e a sua
tradução existencial no amor e no serviço fraterno.
Na Sexta-feira Santa ao lado do exercício da Via Sacra, próprio deste
dia, não devem ser omitidos os exercícios da celebração das Dores de Nossa
Senhora e da procissão do Enterro do Senhor. Na Vigília Pascal o toque dos
sinos anunciando a ressurreição, precede a leitura do Evangelho, homilia e a
liturgia batismal que se segue. Seria lamentável reduzir a Semana Santa um mero
feriadão com muito futebol, praia e passeio. Desejo a todos os leitores deste artigo as melhores bênçãos e as maiores alegrias da Páscoa.
(*) Padre Brendan Coleman Mc Donald é Redentorista e assessor da CNBB.
Fonte: O Povo, Caderno Espiritualidade, 20/04/2014.
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