quinta-feira, 8 de junho de 2017

DESGLOBALIZAÇÃO

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
O processo de globalização sempre existiu ao longo do tempo. Historicamente não é novidade. É claro que no passado ela ocorria de forma espontânea e natural, com pouca ou nenhuma regulamentação. Prevalecia a lei dos mais fortes ou daqueles tecnologicamente mais avançados. Dando um salto na História, sem prejudicar a linha de raciocínio, o processo ficou mais organizado após a Segunda Guerra Mundial, com a criação de Instituições Internacionais como a ONU, o Banco Mundial, o FMI e, posteriormente, com o fim da Guerra Fria e a queda do Muro de Berlim. Em novembro de 1989 em um encontro ocorrido na capital dos EEUU, convocado pelo “Institute for International Economics”, criaram o que se chamou de “Consenso de Washington”, abrangendo dez regras básicas para promover o ajustamento macronômico. Além de mencionar disciplina fiscal, investimentos, e outras medidas, deu-se prioridade à abertura comercial e ao câmbio de mercado, objetivando fortalecer a globalização. De início, os Países do grupo da chamada direita defendiam as diretrizes; já aqueles de esquerda eram contra. Por exemplo, EEUU e Grã-Bretanha, de um lado, e China e Rússia, de outro. Ocorreram alterações significativas, envolvendo épocas boas e momentos de crises econômico-financeiras, de desemprego, de desentendimento, de violência, etc. Hoje, a esquerda é a favor e a direita é contra a globalização. Basta examinar o BREXIT, o preconceituoso “Trumpnanismo” e o posicionamento não confiável chinês. Realmente, a politica é dinâmica. Esperamos que prevaleçam a ética, a justiça e a paz, nesse cenário de incertezas.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 27/1/2017.

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