terça-feira, 27 de julho de 2021

VACINAÇÃO, RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL E COLETIVA

Por Magda Almeida (*)

Para evitar a pressão assistencial que a rápida disseminação da Covid pode causar precisamos de barreiras.

Estas barreiras vão desde comportamentos individuais para prevenção da infecção pelo Sars-Cov2, até medidas que dependem de ações do sistema de saúde, sendo a vacinação a mais importante até o momento.

Assim como o isolamento social, a imunidade de rebanho advinda da vacinação só poderá ocorrer com adesão da população.

As vacinas reduzem a chance de ficarmos doentes, a chance de precisar de hospitalização e a chance de morrer pela doença, mas para isso é preciso que seja feito o esquema vacinal completo com duas doses.

Todos os estudos de eficácia das vacinas disponíveis no Brasil para combater a Covid-19 mostraram a imunização completa somente alguns dias depois da segunda dose.

Estudo realizado na Universidade do Chile, onde a vacina CoronaVac também é a vacina mais aplicada (90%), identificou que uma única aplicação da vacina fornece proteção de apenas 3%.

Essa mesma proteção sobe para 56,5% duas semanas após a segunda dose.

É importante atentar-se para os diferentes intervalos, de 21 a 28 dias para Coronavac, e três meses para AstraZeneca. Porém, quem perdeu o prazo estabelecido no cartão de vacinação, deve procurar seu município para completar seu esquema vacinal.

Aqueles que tiveram Covid recentemente, foram orientados a esperar pelo menos 30 dias após os sintomas para receber a vacina. Não é necessário reiniciar a vacinação quando há atraso na segunda dose.

A busca ativa dos municípios pelos faltosos e a realização de mutirões para "repescagem" também oportunizam que as pessoas completem seu esquema vacinal.

Todos que tomaram a primeira dose das vacinas Coronavac e AstraZeneca devem comparecer aos centros de vacinação para a segunda aplicação com o seu cartão de vacinação e, assim, garantir a completa eficácia desses dois imunizantes, reduzindo a cadeia de transmissão no Ceará.

Para proteção da Covid, a vacinação tem que ser inteira, não pela metade.

(*) Médica. Secretária de Regulação e Vigilância da SESA. Professora da UFC.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 1/05/2021. Opinião. p.20.

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