Eles são intolerantes. Os
bolivarianos não admitem que alguém pense diferente. Partem para o ataque, às
vezes contra a ideia e mais vezes contra a pessoa que ousou divergir do que
prega a sua seita.
Há 27 anos
colaboro com este jornal por meio de artigos sobre política e economia, sempre
na página de Opinião. Meu primeiro artigo, intitulado “Fantasia e Realidade”, data de 5 de
julho de 1990. Nele comento a comoção que causa aos brasileiros a perda de uma
Copa do Mundo, e sua indiferença ante os reais problemas do País.
Quero deixar
claro que sou de direita, sempre fui, e quando todos calavam diante do
patrulhamento, eu criticava neste jornal os governos Lula e Dilma e a sandice
da esquerda doente. Recebi críticas de leitores, nunca de jornalista da casa.
Afinal, escrevia na página de Opinião de um jornal plural.
Pois bem. Há
poucos dias (11/12/2017) publiquei neste jornal um artigo intitulado “A ordem se encontrou com o
progresso”, frase de autoria do economista Paulo Guedes, a propósito de suas
conversas com o pré-candidato Bolsonaro. E, como cidadão de um país onde é lei
a liberdade de pensamento e expressão, expus minha preferência pelo candidato
Bolsonaro, falei da sua parceria com o economista e da entrada do País numa era
de ordem e progresso – liberalismo na economia e conservadorismo nos costumes.
Como o pré-candidato é acusado de estatizante, por suas simpatias ao regime
militar, tomei a liberdade de lembrar que, nos anos 1960/70, o Brasil era um
país rural, carente de recursos financeiros e infraestrutura, e que as estatais
criadas na época pelos militares permitiram que migrássemos do 48º para o 8º
lugar no ranking das economias mundiais. E que hoje não há mais espaço para
estatais.
Pra quê falei
isso?! Um jornalista da casa, que dispõe de espaços abundantes no jornal pra
escrever as asneiras que lhe brotarem da cabeça oca, sentiu-se incomodado e
partiu aguerrido contra o audacioso articulista, acusando-o de “desvario”, de
“exaltação da ditadura”, de apresentar Bolsonaro como capaz de “salvar” o
Brasil. Diz que o articulista “pensa que é conservador, mas que seu pensamento
é uma metástase do conservadorismo” e que “é mesmo um reacionário”. Em seguida,
copiou e colou acusações levianas feitas pela petezada ao pré-candidato, e
socorreu-se de um autor do seu gosto que ninguém conhece.
Ora, meu jovem,
o Brasil acordou! Uma onda de conservadorismo de costumes e desejo de renovação
política invade o País, e as esquerdas, que já ditaram o pensamento nacional,
andam apavoradas e contra ela reagem! E então? Quem é o reacionário? Fique
sabendo: você, além de obtuso, é mal-educado!
(*) Coronel engenheiro reformado do Exército Brasileiro
e membro do Instituto do Ceará: Histórico, Geográfico e Antropológico, e do
Conselho de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Fonte: O Povo, de 20/12/2017.
Opinião. p. 10.
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