terça-feira, 23 de maio de 2017

A PRESENÇA FEMININA NA ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA


Trinta anos depois da fundação da Faculdade de Medicina do Ceará, inauguração em 12/05/1948, organizou-se uma nova instituição médica local - a Academia Cearense de Medicina (ACM), criada com o propósito maior de zelar pela História da Medicina no Ceará.
A ACM foi constituída por 26 sócios fundadores, escolhidos dentre médicos renomados e de méritos reconhecidos, para ocuparem as cadeiras, cujos patronos eram médicos falecidos, com valiosas contribuições à Medicina do Ceará.
Instalada em 12/05/1978, no Jubileu de Pérola da Faculdade de Medicina do Ceará, a ACM, empossou na ocasião os seus fundadores e primeiros ocupantes das cadeiras.
Todos os primeiros ocupantes de cadeiras, como seus respectivos patronos, eram homens configurando um fato aparentemente inusitado. A ausência de mulheres acadêmicas guardava consonância com a hegemonia masculina dos médicos da época e com o dispositivo estatutário que exigia 25 anos de graduado para o ingresso na ACM.
Embora a primeira turma formada no Ceará, a de 1953, fossem duas mulheres e apenas um homem, em maio de 1978, não havia médicas com o tempo mínimo de formatura para admissão, tanto de egressas da UFC, como de outras faculdades de fora, porquanto era difícil uma jovem sair daqui para cursar Medicina.
A primeira mulher admitida na ACM foi Glaura Ferrer, empossada em 15/09/89; a segunda foi Maria Gonzaga Pinheiro, que tomou posse em 12/05/95 (falecida em 6/01/10), e a terceira, Maria (Helena) da Silva Pitombeira, empossada em 14/05/99.
Com a virada do milênio, mais três médicas foram empossadas nesse sodalício: Lúcia Maria Alcântara (24/11/05), Adriana Costa e Forti (13/05/05) e Lise Mary Alves de Lima (20/01/07).
Em anos mais recentes, a ACM acolheu em seus quadros: Maria Zélia Petrola Jorge Bezerra (18/11/11), Ana Margarida A. Rosemberg (14/11/14) e Márcia Alcântara (29/04/16).
As atuais oito confreiras, com suas presenças, abrilhantam a arcádia médica cearense, conferindo um toque muito especial advindo da condição feminina.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina – Cad. 18
* Publicado In: Jornal do Médico em Revista, 13(85): 16, março-abril de 2017. (Revista Médica Independente do Ceará).

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