Este país tem uma gente muito estranha. Primeiro, apoiam um
governo corrupto que destrói estatais - e se declaram estatistas - e isso causa
13 milhões de desempregos. Depois vão para as ruas se manifestar contra as
medidas corretivas do mal que causaram. Não querem terceirização, que garante
direitos do pessoal terceirizado, e não querem a atualização das leis
trabalhistas, em lugar da antiquada CLT, que desestimula o emprego. Não querem
tampouco uma reforma da Previdência, fonte de gigantescos déficits que
desequilibram as contas públicas e geram inflação e juros altos. Preferem
deixar como está, até que todas aposentadorias se estiolem, pela mesma
incapacidade de pagar que hoje afeta estados como Rio de Janeiro e Rio Grande
do Sul.
Aparentemente é masoquismo, já que não pode ser burrice,
simplesmente. Na verdade é fanatismo. E, como tal, cegueira. O resultado é o
suicídio, com a falência do estado, tão amado por eles. Como alvo, costumam
apontar para o empresário, o que emprega. Apontam no grande, mas sempre acertam
no pequeno, o que emprega, no campo ou na cidade, cinco, 10 pessoas. Este é
afetado mais fortemente, porque a grande empresa tem munição de reserva,
advogados, recursos. No campo, quando o Ministério Público do Trabalho age, a
consequência é pior que uma catástrofe meteorológica.
Pode-se concluir, como ouvi do Deputado Nilson Leitão, do Mato
Grosso e integrante da Comissão do Trabalho, que a minoria mais perseguida,
mais vítima de preconceito neste país é quem gera emprego, quem emprega. Esse
paga 42% de impostos, tem que se submeter a uma gigantesca burocracia, gasta o
dobro do que paga ao seu empregado, é chamado de burguês, é hostilizado,
invadido, por movimentos sociais, é multado pelo Ministério Público do
Trabalho, pela Receita Federal, pelos fiscais municipais, até que desiste e
fecha o pequeno negócio, a pequena atividade de serviço, ou industrial, ou
agropecuária, e fecha emprego, e desiste de participar do PIB.
Isso não deve acontecer por acaso. Pessoas raivosas, infelizes,
frustradas, que pretendem destruir o país, as estatais, as escolas, as
famílias, devem ser de alguma seita masoquista, suicida, já que estamos todos
no mesmo país, e sofremos todos as mesmas consequências. É raiva de não terem
conseguido sugar a Petrobrás até o fim? Usar o poder em benefício próprio traz
por consequência o enfraquecimento de tudo no país: instituições, moral
nacional, esperança, confiança e acaba com o que, no grupo escolar,
declamávamos do poeta Olavo Bilac: Ama, com fé e orgulho, a Terra em que
nasceste”.
(*) jornalista e
comentarista político.
Fonte: O texto acima está circulando por e-mails
e i-phones. Foi postado recentemente
em vários Blogs.
Um comentário:
Belo texto, uma pena ter poucas sábia como você!
Postar um comentário