terça-feira, 10 de julho de 2018

O legado para o desenvolvimento do Ceará permanece: Cláudio Ferreira Lima


Por Irna Cavalcante, jornalista de O Povo
Da elaboração do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) ao programa Ceará 2050, mais recente, o economista Cláudio Ferreira Lima, que faleceu ontem em Fortaleza, participou dos principais projetos estruturantes do Estado nos últimos 40 anos.
Foi enquanto assessor da Bancada do Nordeste, enviado a Brasília pelo Banco do Nordeste (BNB), que atuou de forma decisiva para a aprovação do FNE na Constituinte. Hoje este é um dos principais instrumentos de financiamento da Política Nacional de Desenvolvimento Regional. “Ele sabia dialogar e construir como poucos a aplicação das ideias que defendia”, afirma a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Tânia Bacelar.
Quando secretário de planejamento do governo Tasso Jereissati (PSDB), Cláudio formatou as bases do Projeto São José que leva abastecimento de água e saneamento rural para diversos municípios. E ajudou a conseguir recursos para o Porto do Pecém, duplicação do acesso à Fortaleza e às obras do Castanhão, conta o atual secretário do Planejamento e Gestão do Estado, Maia Júnior, que naquela época era titular da pasta de Transportes, Energia, Comunicações e Obras (Seteco).
Na Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), atuou como consultor de diversos projetos, dentre estes, o Integra Brasil. Foi assessor econômico da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e membro fundador do Pacto de Cooperação. Escreveu dois livros: “A Construção do Ceará: Temas de História Econômica” e “Gestão Compartilhada: o Pacto do Ceará”. “Foi um grande benfeitor do pensamento”, afirma o presidente da Fiec, Beto Studart.
Na gestão Camilo Santana (PT), foi secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) e depois assessor especial do Ceará 2050. “Cláudio deu uma grande contribuição não só como planejador. Dedicou uma vida para a ideia de desenvolvimento econômico e social do Estado”, afirma o jornalista Fábio Campos. 
Empenho que se dava mesmo em suas horas livres. O economista Raimundo Padilha conta que há oito anos eles se reuniam com regularidade para debater o futuro do Estado. “Sem qualquer conotação político-partidária. Era para discutir um Ceará melhor”.

Sobre o assunto

Ele era uma peça importante na construção da ideia de que o Ceará é parte da solução para o Brasil" (Carlos Prado, Membro do Conselho de Política Econômica da CNI).
Cláudio foi um grande defensor das causas do Nordeste e peça-chave para termos hoje o FNE" (Romildo Rolim, Presidente do BNB).
Fonte: O Povo, de 1/7/2018. Opinião. p.8.

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