Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Nos últimos 25 anos,
podemos dizer que a Economia brasileira, irmã gêmea da Política, apresentou
pontos positivos e negativos. Fica difícil, neste resumido texto, citar todos
os fenômenos. No entanto, mostramos apenas quatro itens que proporcionaram
oscilações no ambiente nacional. De modo cronológico, para melhor, a
estabilização monetária (Plano Real) e a expansão das exportações de
commodities; para pior, a Emenda Constitucional da reeleição e a corrupção
endêmica e sistêmica. Ademais, vale ressaltar, dois pontos complicadores: os
três Poderes da União algumas vezes, não funcionaram com independência e
harmonia entre si, conforme estabelecido no Art. 2º da Constituição, e os
desentendimentos evolvendo outros países. O cenário atual do País não é fácil,
porém a realização de determinadas reformas, permitindo os equilíbrios fiscal,
monetário e cambial poderão conduzir o Brasil para uma melhor situação política
e socioeconômica. Os resultados não serão imediatos, mas de médio e longo
prazo. Pesquisamos alguns relatórios e textos elaborados por Instituições
nacionais e internacionais (IPEA, BACEN, IBGE, FMI, etc.) e observamos para
2019, desde que não ocorram oscilações bruscas no País e fora dele, sinais de
melhoria da Economia brasileira, tais como: 1. Taxa de juros (Selic) estável em
7,25% ao ano; 2. Variação do PIB de 2,7%; 3. Déficit primário passando de -2,0%
(2018) para -1,0% (2019); 4. Relação investimentos/ PIB da ordem de 6,4% (a
maior desde 2012); 5. Taxa de desemprego caindo de 12,5% (2018) para 11,6%
(2019), gerando 800 mil empregos; 6. IPCA (taxa de inflação) da ordem de 4,0%,
abaixo da meta de 4,5% ao ano; 7. Taxa de câmbio (R$/US$) variando entre 3,6 e
3,8, o que permitirá a expansão do comércio exterior. Diante destes poucos mas
importantes indicadores, a Economia poderá iniciar um processo de recuperação.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 18/1/2019.
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