Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
A humanidade vive, no
momento, uma época de incerteza caracterizada pela falta de solidariedade, de
tolerância, de espírito público, de entendimento, por um lado, e pelo excesso
de individualismo, de indiferença, de radicalismo, por outro. Estes
comportamentos levam a crises de violência em todos os seus aspectos. A
ganância gera desigualdades e desequilíbrios políticos, econômicos, sociais e
culturais. O radicalismo tem influenciado de forma negativa as alterações de
comportamento e de organização social. É urgente a necessidade de ações e
programas que promovam oportunidades ao povo. Tais inquietações fazem nos
lembrar de Gandhi: “A força de um homem e de
um povo está na não violência”, bem como de
Santo Tomás de Aquino: “Há homens cuja
fraqueza de inteligência não lhes permite ir além das coisas corpóreas”. Precisamos, estrategicamente pensar no futuro. Para
tanto, sem preconceitos, é fundamental a leitura de filósofos e cientistas como
Aristóteles, Santo Agostinho, Kant, Hegel, Engels, Ricardo, Marx, Weber e
tantos outros. Não obstante as diferenças culturais dos povos, existem
características básicas que devem ser comuns: a justiça; a perspectiva de
mobilidade social, implicando no conceito de igualdade de oportunidades; a
soberania popular, evidenciada por convicções democráticas e não por forças
autoritárias; também a busca permanente da paz. Nunca procuremos a
subserviência para alcançarmos uma pseudofelicidade, mas sim a inquietação
sincera como forma de chegar à liberdade. O Estado existe não para ser
opressor, mas para assegurar os princípios básicos da democracia. Precisamos
nos voltar para o conhecimento das verdades essenciais, objetivando alcançar os
valores éticos e morais indicadores de uma sociedade baseada no conceito de
justiça. Deus nos ajudará, tenhamos esperança.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 11/1/2019.
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