quinta-feira, 27 de setembro de 2018

VITAMINAS


Por Weiber Xavier (*)
A indústria de multivitaminas movimenta um mercado em torno de 12 bilhões de dólares por ano. Pelo menos metade da população americana consome um suplemento vitamínico diário. Em um editorial na revista Annals of Internal Medicine, intitulado "Basta, é o suficiente: Pare de desperdiçar dinheiro em suplementos vitamínicos e minerais", os pesquisadores da Johns Hopkins analisaram evidências sobre suplementos, incluindo três estudos recentes:
Uma análise de pesquisa envolvendo mais de 400.000 pessoas, que descobriu que as multivitaminas não reduziram o risco de doenças cardíacas ou câncer.
Um estudo que acompanhou o funcionamento mental e o uso de multivitamínicos em 5.947 homens por 12 anos descobriu que as multivitaminas não reduzem o risco de declínio mental, como perda de memória ou raciocínio lento.
Um estudo de 1.708 sobreviventes de ataques cardíacos que tomaram um multivitamínico de alta dose ou placebo por até 55 meses. As taxas de ataques cardíacos posteriores, cirurgias cardíacas e mortes foram semelhantes nos dois grupos.
Os pesquisadores concluíram que as multivitaminas não reduzem o risco de doenças cardíacas, câncer, declínio cognitivo (como perda de memória e raciocínio lento) ou uma morte prematura. Eles também notaram que, em estudos anteriores, os suplementos de vitamina E e beta-caroteno parecem ser prejudiciais, especialmente em altas doses. Em resumo: "As pílulas não são um atalho para melhorar a saúde e a prevenção de doenças crônicas".
Infelizmente, hoje, vemos pessoas que parecem que vão a uma viagem espacial ou moram na Lua tamanha a quantidade de suplementos, pílulas e cápsulas, esquecendo os próprios alimentos e os benefícios reais de uma dieta adequada.
Maior evidência de recomendação tem-se em manter o peso ideal e reduzir a quantidade de gordura saturada e trans, sal e açúcar em uma dieta saudável, de forma balanceada com frutas, legumes, proteínas entre outros alimentos.
A forma natural de obter as vitaminas e minerais que necessitamos, ou seja, através de alimentos é o que de fato precisamos.
(*) Médico e professor de Medicina da UniChristus.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 25/7/2018. Opinião. p.18.

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