segunda-feira, 3 de setembro de 2018

EDUCAÇÃO


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Concordamos com a ideia de que a educação deve ser proporcionada a todos por constituir um direito e uma condição para o pleno desenvolvimento da pessoa humana. Além de constituir um direito, a educação também é um dos principais fatores, senão o mais importante, do desenvolvimento dos países. É fundamental que as nações entendam, em primeiro lugar que a educação constitui não um gasto, mas um investimento. Em segundo lugar, este é um investimento de longo prazo que deve expressar o compromisso de gerações e ser elevado a um projeto do Estado Democrático, para além das divergências partidárias. Com o desenvolvimento de novas tecnologias e métodos produtivos são requeridas novas aptidões. Não basta acompanhar as transformações, há que se ter a capacidade de antecipá-las. Daí a necessidade da educação ao longo de toda a vida. Este é um processo irreversível. No Brasil, por exemplo, há um grande consenso em prol da educação quando se analisam os discursos das mais diversas lideranças políticas. Ao mesmo tempo a sociedade requer que os desafios colocados na educação sejam enfrentados com mais disposição, com melhor qualidade e com mais recursos financeiros. Resta, pois, o passo mais difícil – transformar a retórica em ações concretas e priorizar os investimentos na educação, nas múltiplas dimensões do acesso, equidade e qualidade. Este será o caminho do desenvolvimento equilibrado, com distribuição de renda e participação de todos na riqueza das nações – o verdadeiro desenvolvimento humano.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 24/8/2018.

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