Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Concordamos
com a ideia de que a educação deve ser proporcionada a todos por constituir um
direito e uma condição para o pleno desenvolvimento da pessoa humana. Além de
constituir um direito, a educação também é um dos principais fatores, senão o
mais importante, do desenvolvimento dos países. É fundamental que as nações
entendam, em primeiro lugar que a educação constitui não um gasto, mas um
investimento. Em segundo lugar, este é um investimento de longo prazo que deve
expressar o compromisso de gerações e ser elevado a um projeto do Estado
Democrático, para além das divergências partidárias. Com o desenvolvimento de
novas tecnologias e métodos produtivos são requeridas novas aptidões. Não basta
acompanhar as transformações, há que se ter a capacidade de antecipá-las. Daí a
necessidade da educação ao longo de toda a vida. Este é um processo
irreversível. No Brasil, por exemplo, há um grande consenso em prol da educação
quando se analisam os discursos das mais diversas lideranças políticas. Ao
mesmo tempo a sociedade requer que os desafios colocados na educação sejam
enfrentados com mais disposição, com melhor qualidade e com mais recursos
financeiros. Resta, pois, o passo mais difícil – transformar a retórica em
ações concretas e priorizar os investimentos na educação, nas múltiplas
dimensões do acesso, equidade e qualidade. Este será o caminho do
desenvolvimento equilibrado, com distribuição de renda e participação de todos
na riqueza das nações – o verdadeiro desenvolvimento humano.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 24/8/2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário