quarta-feira, 23 de junho de 2021

IMPACTO DA VACINAÇÃO NAS CIDADES TURÍSTICAS

Por Eduardo Bismarck (*)

Iniciar a vacinação contra a Covid-19 foi uma das grandes etapas para que a normalidade fosse retomada gradualmente.

Entretanto, enquanto alguns países como Israel, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos estão na frente no número de doses administradas, o Brasil enfrenta uma larga dificuldade para imunizar a população, seja por escassez de doses, seja por falta de logística.

Diante desse contexto, a sustentabilidade econômica do turismo cearense corre o risco de permanecer um enorme limbo.

Inclusive, há agências turísticas divulgando "pacotes" combinando viagens e vacinações, evidenciando o chamado "turismo das vacinas" em destinos como a Flórida e a Califórnia, nos EUA, assim como outros destinos que aceitam vacinar visitantes.

No entanto, o Brasil segue sem perspectivas para a vacinação em massa, causando um grande impacto no turismo e na economia de praias mundialmente conhecidas como Canoa Quebrada e Jericoacoara, principais pontos turísticos do Estado.

Apesar desse cenário, o turismo no Ceará apresentou alta no primeiro mês de 2021, é o que revela a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados apontaram que o Estado registrou crescimento de 1,8% em janeiro de 2021 ante dezembro do ano passado. Entretanto, o setor acumulou uma leve retração, de 0,5%, para a receita nominal durante o período.

As medidas de suporte econômico aos trabalhadores e empresários do segmento turístico, como a recém-inclusão deles entre os beneficiários do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), a partir de uma emenda ao relatório proposta por mim, são de extrema importância.

Assim como a manutenção de todos os cuidados e protocolos, para que a crise sanitária não agrave ainda mais a realidade do turismo.

Porém somente estratégias eficazes para agilizar a vacinação em massa nesses destinos resolve a situação, do contrário o turismo continua perdendo e a economia perde mais ainda. Vacina no braço, comida no prato! Já! 

(*) Deputado federal.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 27/04/21. Opinião, p.20.

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