Por Lauro Chaves Neto (*)
A
Quarta Revolução Industrial já é realidade em uma economia orientada por
softwares e dados. As plantas industriais se tornam
inteligentes com robôs e capital humano atuando colaborativamente, os sensores
coletam, enviam e recebem informações continuamente, gerando insights para a
gestão de desempenho, monitoramento de máquinas e processos, prevenção de
falhas, interrupções e acidentes.
Essa
é a era da conectividade, onde máquinas, sistemas e aplicações conversam entre
si, propiciando uma agilidade antes inimaginável. Três clusters tecnológicos
são fundamentais para a transformação digital da indústria: a
interação homem-máquina (robótica, realidade virtual e aumentada), inteligência
artificial e poder computacional (Clouds, IoT e Blockchain).
As
plantas das indústrias 4.0 devem ser quase integralmente
digitalizadas e, muitas vezes, autônomas, possibilitando a entrega de produtos
personalizados elaborados com elevada produtividade, custos eficientes e escala
adequada.
Para
que isso aconteça existe uma série de requisitos começando por big data e
analytics na coleta e análise de dados; machine learning e inteligência
artificial gerando insights para a tomada de decisão. É importante reforçar que
a lógica da Indústria 4.0 não está relacionada apenas à produção e sim a toda a
cadeia de geração de valores, ao desenvolvimento de pessoas, à
gestão de ativos e à pesquisa.
Os algoritmos ajudam
a indústria a antecipar tendências, riscos, produção e consumo. Toda essa gama
de dados deve ser armazenada e processada nas nuvens, assim como a comunicação
entre máquinas, dispositivos e softwares.
A
realidade da indústria 4.0 não existiria sem a Internet das Coisas (Iot)
que é a tecnologia que permite a conexão e a troca de informações. Já o IIoT
(Industrial Internet das Coisas) é o conjunto de dispositivos e sensores
autônomos conectados pela internet a aplicações 100% industriais.
As
principais tecnologias que suportam a Quarta Revolução Industrial dependem
também da chegada da tecnologia 5G, que por sua maior velocidade e
eficiência permite que a indústria 4.0 saia do campo das ideias e faça parte da
realidade.
(*) Consultor,
professor doutor da Uece e conselheiro do Conselho Federal de Economia.
Fonte: O Povo, de 12/12/22. Opinião. p.18.
Nenhum comentário:
Postar um comentário