quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

OS VERBOS DA NOSSA VIDA

Antero Coelho Neto (*)
É cada vez maior a certeza da necessidade de o idoso trabalhar, ativar ou mobilizar os diferentes tipos de memórias. Em alguns idosos a memória cognitiva (datas, nomes, fatos, etc.) é a que mais rápido vai desaparecendo, enquanto as outras memórias denominadas “fundamentais” (associativa, interpretativa e dedutiva) podem demorar mais. Mas todas necessitam de exercícios constantes e efetivos.
Com o aumento do número de idosos e das idades atingidas, a perda de memória tem se tornado vital. Para isto, vale a mobilização de nossa “consciência” nas suas formas ativa (ações comuns da vida), produtiva (produzindo elementos orgânicos e químicos: neurotransmissores e antitoxinas) e analítica (analisando nosso comportamento e fazendo as devidas correções).
A elaboração escrita de nosso “plano de vida” constitui excelente prática de exercício mental. O idoso deve planejar sua vida para futuros curtos, buscando os objetivos mais prováveis e possíveis. E, com a prática, isto torna-se uma grande satisfação e contribui muito para a melhoria da qualidade de vida.
Comprovar a realização, com sucesso, do que foi planejado, é sempre muito bom. É uma demonstração de nossa capacidade humana. Aconselhamos a elaboração anual, utilizando os verbos mais importantes para a nossa consciência, para a consciência de cada um. Para muitos pesquisadores são vários os verbos importantes da vida humana. Para mim, e em ordem de valor, eu classificaria: ser, amar, sentir, saber, querer, fazer e ter. E para você?
A valorização desses verbos é interpretada diferentemente pelas pessoas, o que determina os diferentes resultados de comportamentos humanos. Com o uso constante e bem treinado desses verbos chegamos a efetivar coisas, fatos e situações que jamais pensaríamos poder fazer acontecer. Eles podem transformar completamente a nossa vida. Vários centros de pesquisas em Psicologia, desenvolvimento humano, melhoria da qualidade de vida e longevidade saudável têm efetuado estudos importantes sobre a mobilização de nossa consciência aplicando o “valor dos verbos” para nossas vidas. E também na manutenção de nossas memórias, podemos encontrar diferentes tipos de práticas de exercícios utilizando palavras fundamentais.
O que destaco agora é que o idoso planeje a sua vida utilizando os seus verbos fundamentais, para facilitar e valorizar o que deseja alcançar. Usando frases curtas e diretas poderá explicitar, com mais facilidade e certeza, aquilo que deseja alcançar naquele ano planejado. Serei, amarei, terei, sentirei, saberei e farei poderão iniciar frases curtas explicitando o desejado.
Muitos dos meus alunos de cursos, palestras e programas de melhoria da qualidade de vida e longevidade ativa, criativa e saudável, ministrados em várias oportunidades, têm perguntado isto. Neste início de ano, vamos escrever o que desejamos e vamos realizar? No próximo ano vocês me dizem se tiveram êxitos. Eu estarei aqui cobrando.
(*) Professor, Médico e Presidente da Academia Cearense de Medicina.
Publicado In: O Povo, 25/01/2012.

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