domingo, 30 de maio de 2010

SENTENÇAS BIZARRAS II

Juiz que citou que "desgraça humana começou por causa da mulher" é processado
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) decidiu por unanimidade na terça-feira (15/09/09) abrir processo administrativo disciplinar contra o juiz Edilson Rumbelsperger Rodrigues. Ele terá a conduta analisada por ter se negado a aplicar a Lei Maria da Penha, por compreendê-la como inconstitucional, em casos de denúncias de agressão contra mulheres da cidade mineira de Sete Lagoas.
Rodrigues foi acusado de usar linguagem imprópria nos despachos de sua autoria, feitos em 2007, e de discriminação contra mulheres. Em nota, o juiz comenta a decisão do CNJ e afirma que combate "o feminismo exagerado consubstanciado em parte na Lei Maria da Penha, e que dela se aproveitou para buscar compensar um passivo feminino histórico, com algumas disposições de caráter vingativo".
Em uma das decisões dele à época, o CNJ revelou ter o magistrado citado que "a desgraça humana começou no Éden: por causa da mulher". Em outro trecho, Rodrigues afirmou ser a Lei Maria da Penha uma "heresia manifesta", divulgou o Conselho.
O relator do processo no CNJ, conselheiro Marcelo Neves, entendeu ter o juiz usado termos que revelaram preconceito e discriminação de gênero. "Trata-se de uma denúncia grave de discriminação à mulher", escreveu Neves.
Segundo a assessoria do Conselho, as sanções contra ele poderão ser aposentadoria compulsória ou transferência de comarca.
"O mundo é masculino"
O juiz Edílson Rodrigues ganhou notoriedade em 2007 pela recusa em acatar denúncias de agressões sofridas por mulheres em Sete Lagoas (MG) e pelas argumentações citadas em seus despachos.
O jornal "Folha de São Paulo", em matéria de outubro de 2007, revela que Rodrigues havia sugerido, entre outros, os seguintes argumentos para corroborar suas decisões:
"(...) O mundo é masculino. A ideia que temos de Deus é masculina. Jesus foi homem", escreveu o magistrado, para, em seguida, emendar: "Para não se ver eventualmente envolvido nas armadilhas dessa lei absurda, o homem terá de se manter tolo, mole, no sentido de se ver na contingência de ter de ceder facilmente às pressões", citou o jornal.
Após análise feita pela Corregedoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a pedido do MP (Ministério Público), o caso foi arquivado pelo órgão sob argumento de que um juiz não poderia ser punido por suas decisões.
Em 2008, uma representação da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, fez com que o CNJ começasse a analisar o caso.
Sem arrependimento
Por meio de nota emitida pela assessoria de imprensa do TJ de Minas, o juiz se pronunciou sobre a decisão do CNJ. Para ele, não houve "excesso de linguagem" nos seus despachos. Ele trabalha na 1ª Vara Criminal e da Infância e da Juventude de Sete Lagoas.
"Comprovadamente e juridicamente, penso que não houve excesso de linguagem, porque eu não ofendi a parte e nem a quem quer que seja. Eu me insurgi contra uma lei em tese, e, mesmo assim, parte dela", analisa Rodrigues.
Mais adiante, o magistrado afirma combater "a violência física, sexual e a psicológica praticadas mediante ameaça" e disse desejar a igualdade entre homens e mulheres.
No entanto, Rodrigues ressalta querer rechaçar também o que considera nefasto na lei.
"Combato, assim, o feminismo exagerado consubstanciado em parte na Lei Maria da Penha, e que dela se aproveitou para buscar compensar um passivo feminino histórico, com algumas disposições de caráter vingativo", explicou.
Em seguida acrescentou: "Combato um feminismo exagerado, que negligencia a função paterna, que quer igualdade sim, mas fazendo questão de serem mantidas intactas todas as benesses da feminilidade. Eu não defendo, pois, o homem, eu defendo a função paterna".
O juiz não demonstra arrependimento por entender que o assunto é polêmico e enseja opiniões distintas entre as pessoas. Ele frisou não concordar com punição de um magistrado por ele "expressar sua opinião sobre um assunto tão polêmico".
"Se eu voltasse atrás num único pensamento expressado em quaisquer de nossas decisões, eu o estaria fazendo por mera covardia, apenas para tentar me livrar da angústia desse embate. E covardia, talvez, seja o único defeito que magistrado algum pode se dar ao luxo de ter", concluiu.

Por Rayder Bragon Especial para o UOL Notícias
Fonte: Internet UOL Notícias 16/10/09
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/09/16/ult5772u5382.jhtm

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O BRASIL ANEDÓTICO XV

A IGREJA E O ESTADO
Ferreira da Rosa - "O Jornal", de 2 de dezembro de 1925
No tempo do Império, a Capela Imperial, que é hoje a Catedral, estava ligada às dependências do Paço (onde é hoje a Academia de Comércio) por meio de um passadiço sobre a rua Sete de Setembro. Outro passadiço sobre a rua da Misericórdia, ligava essas dependências ao próprio Paço, que é onde hoje fica o edifício dos Telégrafos. O governo provisório mandou derrubar esses passadiços, isolando os edifícios.
- É assim que se separa a Igreja do Estado! dizia-se no tempo.
AS RONHAS DE AFONSO PENA
Anedota recolhida pelo autor no Ceará
Quando Afonso Pena andou pelo Norte, na sua viagem presidencial, resolveu ir visitar o interior cearense, principalmente os açudes de Quixadá e Aracajú-Mirim, que haviam consumido, já, milhares de contos.
Na ocasião da partida para o interior, chegou o presidente à estação da Estrada de Ferro de Baturité, em Fortaleza, e saiu pela plataforma, a examinar o comboio. Ao dar com a locomotiva resfolegante, em que havia uma placa com o seu nome, franziu a testa, com aborrecimento.
- A placa é nova... - observou.
E como quem compreende aquela lisonja da última hora:
- Mas a máquina é velha...
OS "BÊBADOS"
Vieira Fazenda - "Antiqualhas e Memórias", pág. 75.
D. João VI, que mostrava sempre grande entusiasmo pelas festas de igreja, a ponto de ir à Penha assisti-las, nutria uma aversão irreprimível ao teatro. Forçado, porém, a ir a espetáculos de gala, como uma satisfação ao corpo diplomático, dormia a bom dormir na sua cadeira de espaldar, encontrando nesse divertimento a maior das estopadas.
Com o barulho da música, das palmas, ou o grito dos personagens da peça, acontecia-lhe, porém, despertar de vez em quando, estremunhado. Então abria a boca, passava as mãos pelos olhos, indagando, aborrecido, de quem se achasse mais próximo:
- Já se casaram, esses bêbados?
O COMPROMISSO
Tobias Monteiro - "Pesquisas e depoimentos", pág. 207.Três ou quatro dias antes de 15 de novembro, Benjamim Constant mostrou-se apreensivo com a situação de Floriano Peixoto. E confessou os seus receios a Deodoro.
- Não se aflija com isso, - aconselhou o general.
E contou, a propósito, que, tempos antes, Floriano, em conversa com ele, lhe dissera, pegando-lhe com dois dedos nos botões da farda:
- "Seu" Manuel, a Monarquia é inimiga disto!
E adiantara, logo:
- Se for para derrubá-la, estarei pronto.
O CAPACETE DO FUNDADOR
Frei Vicente do Salvador - "História do Brasil", pág. 191.
Acabava Mem de Sá de fundar a cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro, quando uns mercadores chegados do reino lhe foram pedir permissão para vender vinho por certo preço exorbitante.
- Concedo, - respondeu o Fundador, - com uma condição.
E arrancando o seu capacete:
- Há de ser este o quartilho!
A sua imposição foi obedecida, e, por muito tempo, o quartilho brasileiro ficou sendo aferido por um capacete, sendo assim muito maior que o de Portugal.
OS ÍMPETOS DE PEDRO I
Alberto Rangel - "Pedro I e a Marquesa de Santos", pág. 61.Ia, certa vez, o imperador em uma das suas visitas de amante à residência da marquesa de Santos, quando, à porta da casa, o seu guarda-roupa, José Caetano de Andrade Pinto, que o acompanhava, se deteve, escrupuloso:
Na soleira desta porta, Majestade! - exclamou, - terminam as minhas funções!
- Pois, considere-se demitido do meu serviço! - bradou Pedro 1.
No dia seguinte, porém, mandou chamar o funcionário demitido.
- Fique o dito por não dito, - comunicou.
E com gravidade:
- Refleti melhor: o senhor portou-se como devia.
A RIQUEZA PAULISTA
"Correio da Manhã", do Rio, de 24 de abril de 1927.
Era Martim Francisco Ribeiro de Andrada secretário da Fazenda do governo de São Paulo, quando foi espalhada a notícia de que o Tesouro atravessava uma situação delicada, lutando com dificuldade para satisfazer os seus compromissos. Alarmados com o boato, alguns credores correram ao secretário da Fazenda.
- É falso! - protestou Martim Francisco.
E com o seu orgulho de paulista:
- São Paulo, para pagar a sua divida, precisa de tempo para contar o dinheiro!

Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

MURILO MARTINS: um professor de sangue bom e muita fibra


O curriculum vitae do Dr. Murilo Martins exibe a sua invulgar capacidade para o fazer médico, secundado pelo exercício do magistério que o tem consagrado como mestre de muitas gerações de médicos.
Nascido em Caxias, no Maranhão, em 31 de março de 1929, adotou ele o Ceará como a sua terra-mãe, que o viu crescer e prosperar, tendo merecido o título de cidadão cearense.
Tão logo formado pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1953, deu início à vida docente, em 1954, como professor voluntário da então Faculdade de Medicina do Ceará.
No intuito de ampliar a sua formação médica, rumou para os Estados Unidos, onde cumpriu programa de pós-graduação: como interno, durante um ano, no Walther Memorial Hospital, em Chicago, e como médico-residente, por três anos, no Kansas University Medical Center, em Kansas City, EUA.
Em 1959, regressou o Dr. Murilo Martins a Fortaleza, após ter absorvido o melhor da mais moderna medicina aplicada no mundo desenvolvido, e portando na bagagem uma tese, em fase de acabamento, brilhantemente defendida em seu concurso de Livre-Docência, abrindo o seu caminho para a cátedra de Clínica Médica, conquistada em 1966, tornando-se um dos mais jovens catedráticos da Universidade Federal do Ceará (UFC). Foi também ele Professor Visitante, em distintas universidades estrangeiras: Paris XII, Cambridge, Oxford, Londres, Edimburgo, Sheffield e Miami, ratificando o justo reconhecimento, além-mar, por seus meritórios feitos científicos.
Em paralelo ao exercício de cargos diretivos, na UFC, como a chefia do Departamento de Medicina Clínica e a direção do Instituto de Medicina Preventiva (IMEP), o Dr. Murilo fez-se o maior indutor das Sessões Clínico-Patológicas, empreendidas com êxito, de 1959 a 1994, cabendo-lhe, ainda o mérito de ter sido fundador da Revista de Medicina da UFC, da qual foi o seu editor, durante 27 anos.
Sua vasta produção intelectual está expressa em cinqüenta e sete artigos, de inegável valor científico, e em doze livros, o que inclui obras de valor estimativo, histórico ou literário, além das científicas.
Foi o principal responsável pela implantação de um laboratório e uma Enfermaria de Hematologia, no Hospital Universitário Walter Cantídio, que se tornou referência para o Ceará e estados vizinhos, bem assim pela criação do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará – HEMOCE.
Por muito tempo, o Dr. Murilo Martins dedicou-se à tarefa de formar recursos humanos especializados em hematologia, fomentando a preparação dos hematologistas cearenses, e de outros profissionais da saúde, por meio dos cursos de especialização, ministrados no HEMOCE.
As figuras do médico e do professor, reunidas em uma só pessoa, alçaram-no ao cargo de Vice-Reitor da UFC, após exercer importantes funções acadêmicas, nessa universidade. A aposentadoria do Prof. Dr. Murilo Martins chegou-lhe em 1997, depois de ter passado quase quatro décadas prestando relevantes serviços à universidade; porém, permaneceu conectado à instituição, produzindo livros que narram a História da primeira escola médica do Ceará.
Ao abdicar de suas elevadas funções acadêmicas, assumiu o cargo de gestor da Secretaria de Desenvolvimento Social do Município de Fortaleza, pasta que englobava os setores de Saúde, Educação e Ação Social.
O Dr. Murilo revelou-se um intelectual de grandes méritos, tanto assim que, por votação secreta, foi aclamado imortal, passando a ocupar a cadeira número quatro da Academia Cearense de Letras. Em janeiro de 2005, o acerto da medida confirmou-se na eleição, entre seus pares, para assumir a presidência desse sodalício, em substituição ao Prof. Artur Eduardo Benevides, o atual “O Príncipe dos Poetas Cearenses”.
Por sua vez, a escolha da Medicina, como profissão, não se fez ao acaso, tal a intimidade mantida com os preceitos de humanização que regem o comportamento do homem, na sua experiência de vida terrena. Daí o Dr. José Murilo de Carvalho Martins, ser considerado, mais que um médico, uma legenda viva da ética e da cidadania, que só enobrece o Ceará e a sua gente.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina

*Publicado In: Jornal do médico, 6(32): 4, 2010. (Informativo Médico Independente do Ceará).

PRÊMIO IgNOBEL - 1994

Biologia - W. Brian Sweeney, Brian Krafte-Jacobs, Jeffrey W. Britton, e Wayne Hansen, pelo seu estudo "O Soldado com prisão-de-ventre: Prevalência sobre as Tropas Mobilizadas" (The Constipated Serviceman: Prevalence Among Deployed US Troops), e especialmente pela análise numérica da frequência de movimentos intestinais.
Paz - John Hagelin, da Universidade Maharishi e do Instituto da Ciência, Tecnologia e Política Pública, promulgador de pensamentos pacíficos, pela sua conclusão experimental de que 4.000 meditadores treinados causaram um decréscimo de 18% no índice de crimes violentos em Washington DC.
Medicina - Este prémio é atribuído em duas partes. Primeiro, ao Paciente X, anteriormente dos Fuzileiros dos EUA (US Marine Corps), vítima valente duma mordidela venenosa pela sua cascavel de estimação, pelo seu uso determinado de terapia de choques eléctricos. A seu pedido, cabos de ignição de automóvel foram ligados ao seu lábio, e o motor do carro ligado a 3.000 rpm durante cinco minutos. Segundo, aos Dr. Richard C. Dart do Centro de Venenos das Montanhas Rochosas (Rocky Mountain Poison Center) e Dr. Richard A. Gustafson do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Arizona, pelo seu bem fundamentado relatório médico "Falha de Tratamento de Choques Eléctricos para Envenenamentos por Cascavel" (Failure of Electric Shock Treatment for Rattlesnake Envenomation).
Entomologia - Robert A. Lopez de Westport, Nova Iorque, destemido veterinário e amigo de todas as criaturas grandes e pequenas, pela sua série de experiências na obtenção de parasitas dos ouvidos de gatos, inserindo-os no seu próprio ouvido e observando e analisando cuidadosamente os resultados.
Psicologia – Lee Kuan Yew, antigo Primeiro-Ministro de Cingapura, pelo seu estudo de trinta anos sobre os efeitos de punir três milhões de cidadãos de cada vez que eles cospem, mastigam goma de mascar, ou alimentam pombos.
Literatura – L. Ron Hubbard, ardente autor de Ficção Cientifica e fundador da igreja de Cientologia, pela sua crepitante bíblia Dianetics, que é altamente lucrativa para a humanidade, ou para uma parte dela.
Química - Ao Senador do Texas Bob Glasgow, avisado escritor de legislação lógica, por patrocinar a lei de controlo de droga de 1989, que tornou ilegal a compra, sem licença, de frascos, balões, tubos de ensaio, e restante material de laboratório de vidro.
Economia - A Juan Pablo Davila do Chile, incansável negociante de futuros financeiros e antigo empregado da companhia estatal chilena Codelco, por instruir o seu computador para "comprar" quando pretendia "vender". Subsequentemente, tentou compensar as suas perdas fazendo negócios com prejuizos crescentes, que finalmente resultaram numa perda de 0,5% do PNB Chileno. A sua proeza inspirou os seus conterrâneos a criar um novo verbo, "davilar", com o significado de "estropiar fenomenalmente as coisas".
Matematica - À Igreja Baptista Sulista do Alabama (Southern Baptist Church of Alabama), medidores matemáticos da moralidade, pela sua estimativa, concelho a concelho (county), de quantos cidadãos do Alabama irão para o Inferno se não se arrependerem.
Fonte: wikipedia.org
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_IgNobel

segunda-feira, 24 de maio de 2010

RELANÇAMENTO DOS ANAIS DO I CBMC

Minhas senhoras, meus senhores ...
Paz e bem a todos!
Sobejas razões - médicas, históricas e religiosas, levaram à republicação dos Anais do Primeiro Congresso Brasileiro de Médicos Católicos, realizado em Fortaleza, no ano de 1946, evento seminal para a criação da Faculdade de Medicina da UFC, consoante atesta o jornal O Povo: “Julho, 5 – Realiza-se em Fortaleza, o 1º Congresso de Médicos Católicos. Sabe-se que o espírito predominante é favorável à fundação de uma faculdade de medicina em Fortaleza. A idéia é boa, pois o Ceará já reclama que os seus jovens que desejam seguir a carreira daqui não mais precisem sair para Salvador ou Rio de Janeiro”. In: Costa, José Raimundo. Memória de um jornal. Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha, 1988. p.268.
A obra, em si, não se conteve na reprodução “fac-símile” dos Anais organizados pelo padre Monteiro da Cruz, SJ, tendo sido enriquecida por contribuições produzidas por diferentes autores, sob a forma de ensaios sobre o contexto social, político e religioso da época, e de biografias, que resgatam a memória de parte dos organizadores, expositores e até de alguns dos participantes desse congresso.
Este livro, mercê da sua relevância, encontrou boa receptividade, testemunhada na sua aprovação e concessão de apoio financeiro, por parte das seguintes instituições, aqui listadas em ordem alfabética: Academia Cearense de Medicina, Associação Médica Cearense, Banco do Nordeste do Brasil, Fundação Waldemar Alcântara, Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará, Sociedade Brasileira dos Médicos Escritores (Nacional e Regional do Ceará), Sociedade Médica São Lucas, Unicred e Unimed de Fortaleza; a elas, o preito de gratidão do organizador e dos autores do livro.
Paralelamente ao exercício da captação de recursos, esforços adicionais convergiram para contatar e chegar até às pessoas que pudessem escrever as contribuições, traçando o perfil dos conferencistas, dos membros da comissão organizadora e, inclusive, de alguns dos participantes do I CBMC, que viriam se juntar aos ensaios contextuais programados, inicialmente, para figurar como apêndice da obra.
Como a maior parte dos expositores convidados era de fora do Ceará, contatos telefônicos e por e-mail foram feitos com colegas de vários estados da federação: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul etc. Os sites de busca da internet foram ferramentas bastante utilizadas para completar as informações requisitadas em diversos panegíricos reunidos neste livro.
Dividiram conosco, a autoria deste livro, em ordem alfabética, os seguintes elaboradores de textos: Ana Margarida Arruda Rosemberg, Pe. Aníbal de Sousa Melo, SJ (in memoriam), Antônio Pinto Domingues (in memoriam), Elsie Studart Gurgel de Oliveira, Ernesto Lentz de Carvalho Monteiro, Francisco Josênio Camelo Parente, Francisco Manfredo T. Ramos, Geraldo Wilson da Silveira Gonçalves, Gisafran Nazareno Mota Jucá, Heraldo Guedes Lobo, Janedson Baima Bezerra, José Edísio da Silva Tavares, José Ronaldo Mont’Alverne, Josué de Castro, Lúcio Gonçalo de Alcântara, Maria Helena Pitombeira, Maurício Cabral Benevides, Ocelo Pinheiro Vasconcelos, Paulo César Alves Carneiro, Paulo Eduardo Garcia Picanço e William Moffitt Harris.
Faz-se oportuno, tornar claro que a obra ora lançada não visou angariar recursos, em beneficio dos autores, com a venda de exemplares, transação prevista para acontecer somente no ato do lançamento, visto que a intenção primeira foi a da distribuição institucional a cargo das entidades patrocinadoras retro-aludidas. Desse modo, a renda integral auferida no lançamento foi revertida para a construção da Igreja de São Francisco de Assis, no bairro Jacarecanga, em Fortaleza, retomada após meio século de paralisação.
O que se espera é que o espírito renovado do I Congresso Brasileiro de Médicos Católicos, ocorrido no já distante ano de 1946, e manifestado nas páginas aqui reproduzidas, invada o coração dos homens de boa vontade, para que, dentro de mais algum tempo, a capital cearense possa contar com novo templo, sob as bênçãos do “pobrezinho de Assis”, o santo da devoção de muitos médicos católicos, agora convocados para a luta que se inicia.
Por fim, registre-se o agradecimento aos organizadores deste conclave, que permitiram o relançamento dessa obra, cuja feitura foi capitaneada pela Academia Cearense de Medicina, sendo importante anunciar, neste átimo, que um exemplar da mesma será doado a cada academia aqui representada, com o fito de compor o seu acervo bibliográfico institucional.
Muito Obrigado.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina
*Discurso pronunciado no Memorial JK, em Brasília, em 21/05/10, durante o XIII Conclave Da Federação Brasileira de Academias de Medicina .

sábado, 22 de maio de 2010

LANÇAMENTO DE LIVRO NO XIII CONCLAVE DA FBAM



Ontem à tarde, dia 21/05/10, em Brasília-DF, no Memorial JK, durante o XIII Conclave da Federação Brasileira de Academias de Medicina (FBAM), aconteceu o lançamento do livro “I Congresso Brasileiro de Médicos Católicos: textos e contextos” (vide foto). O evento produziu expressivo impacto entre os presentes, mercê da projeção de dois pequenos vídeos, um deles contendo os desenhos, cuidadosamente elaborados a bico de pena, e o outro, as fotografias que bem ilustram a publicação citada. Um exemplar da obra foi distribuído a cada uma das demais academias médicas do Brasil, obtendo grande repercussão entre os presentes, que salientaram a relevância da iniciativa e do patrocínio da Academia Cearense de Medicina.
Obs.: Foto gentilmente cedida pelo Dr. Lúcio Antônio Prado Dias, confrade da Academia Sergipana de Medicina.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

VIAGEM A BRASÍLIA: conclave de Academias de Medicina

Os membros titulares da Academia Cearense de Medicina (ACM) Antero Coelho Neto (Presidente recém-empossado da ACM), Paulo Picanço (ex-Presidente da ACM), José Vieira de Magalhães (Vice-Presidente da Federação Brasileira de Academias de Medicina) e Marcelo Gurgel Carlos da Silva (Diretor de Biblioteca, Arquivo e Museu da ACM) estarão em Brasília, de 20 a 22 de maio corrente, para participar do XIII Conclave da Federação Brasileira de Academias de Medicina. Durante o evento, será lançado o livro “I Congresso Brasileiro de Médicos Católicos: textos e contextos”, obra organizada pelo médico e professor Marcelo Gurgel.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

PIADAS DE ADVOGADO II

JUNTOS
Dois advogados, sócios em um escritório, saem juntos e vão almoçar. Já no meio da refeição um vira para o outro e reclama:
- Puxa vida, esquecemos de trancar o escritório!
E o outro responde:
- Não se preocupe, estamos os dois aqui.

ABSOLVIDO
Num julgamento o Juiz pergunta ao réu:
- Como o senhor matou sua esposa?
- A chifradas, meritíssimo!
- Absolvido! Legítima defesa.

NA FACULDADE
Aluno de Direito ao fazer prova oral:
- O que é uma fraude?
- É o que o senhor, Professor, está fazendo, responde o aluno.
O professor fica indignado:
- Ora essa, explique-se.
Então diz o aluno:
- Segundo o Código Penal, 'comete fraude todo aquele que se aproveita da ignorância do outro para o prejudicar'.

NO AR
O avião estava com problemas nos motores e o piloto pediu às comissárias de bordo para prepararem os passageiros para uma aterrissagem forçada.
Depois, ele chama uma atendente para saber se tudo está bem na cabine e ela responde:
- Todos estão preparados, com cinto de segurança e na posição adequada, menos um advogado, que está entregando o seu cartão aos passageiros!

Fonte: Internet (circulando por e-mail)

terça-feira, 18 de maio de 2010

ESCOLAS ESTADUAIS E A INTERIORIZAÇÃO DA UFC

Há quase dez anos, a UFC perpetrou uma das suas mais controvertidas ações, ao partir para a interiorização, começando pela instalação de duas extensões do curso de Medicina. A ousadia, alvo de duras críticas, não contra a interiorização, em si, do ensino superior federal, era de extremo risco, por ser iniciada levando um curso de elevada complexidade, que, aliás, naquele momento, atravessava uma situação vexatória, porquanto acabara de ser brindado com o conceito “E”, no Provão do MEC, em decorrência do boicote parcial da avaliação, determinada pelo movimento estudantil.
À época, Airton Monte, um conhecido e talentoso cronista, peremptoriamente, advertiu: “Quando a matriz vai mal, não se abre filial”. Essa frase tem aplicação geral, excetuando, talvez, nalguns casos, relacionamentos conjugais, mormente quando não se logra uma convivência harmônica.
No correr dos anos, em que pese os naturais percalços, a UFC, gradualmente, conseguiu consolidar os “Campi” do Cariri e de Sobral, que podem, por sinal, ser transformados em futuras universidades, e implantar um núcleo voltado para a tecnologia em informática, em Quixadá, experiências geradoras de inegáveis benefícios a essas regiões do interior cearense, onde esses empreendimentos estão localizados.
“Grosso modo”, esse crescimento foi conduzido observando as necessidades locais e a oferta existente dos cursos ministrados pelas universidades estaduais cearenses. No último Vestibular da UFC, para ingresso de 2010, das 5.504 vagas oferecidas, 890 (16,17%) pertenciam a dezoito cursos em funcionamento no “hinterland”, despertando uma concorrência de 8,88 candidato/vaga, superior à média da capital, e explicada pela forte atração dos cursos médicos. As vagas no interior observaram a seguinte distribuição: Cariri (450 em nove cursos), Sobral (290 em seis cursos) e Quixadá (150 em três cursos).
Todavia, esse esforço de interiorização da UFC, tem sido muito pouco aproveitado pelos alunos egressos da rede estadual de ensino, visto que, segundo dados divulgados pela SEDUC, apenas 47 deles foram selecionados, entre as 890 vagas postas em disputa, conferindo uma simplória participação da ordem de 5,28%. As quantidades de aprovados e as proporções, respectivamente, por “campi”, foram as seguintes: Cariri 19 (4,22%), Sobral 1 (0,34%) e Quixadá 27 (18%). Das três unidades, Quixadá teve o melhor resultado, em termos de aproveitamento dos alunos de escolas públicas, enquanto que, para Sobral, cabe a suspeição de que as vagas, em sua quase totalidade, estão sendo preenchidas pelos que provêm de instituições particulares de ensino, o que inclui os estudantes que deixam a capital, em busca do interior, face à concorrência ser mais amena ou menos combativa.
Como responsável pelo desenvolvimento do Ceará e por amainar as diferenças regionais, cabe ao Governo do Estado melhorar a qualidade do ensino público nas cidades e micro-regiões, que albergam faculdades e cursos superiores, a fim de tornar os estudantes mais competitivos nos exames vestibulares, o que resultará na contenção de parte do fluxo migratório para Fortaleza, representada por aqueles que almejam uma formação educacional superior.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor titular da UECE
* Publicado In: APESC Notícias, 10 (41):4, maio de 2010. (Órgão de divulgação da Associação dos Professores do Ensino Superior do Ceará).

segunda-feira, 17 de maio de 2010

ENTRE DEUS E UM SEMIDEUS BRASILEIRO


Charge autoexplicável.

Fonte: Circulando por e-mail (internet).

domingo, 16 de maio de 2010

DITOS DA INTERNET III

17. Quem ama um 486, Pentium 5 lhe parece.
18. Quem clica seus males multiplica.
19. Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.
20. Quem envia o que quer, recebe o que não quer.
21. Quem não tem banda larga, caça com modem.
22. Quem nunca errou, que aperte a primeira tecla.
23. Quem semeia e-mails, colhe spams.
24. Quem tem dedo vai a Roma.com

Fonte: Internet (circulando por e-mail)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

FILHOS... DE ROMA

A beata e piedosa Maria Antônia ia pela rua, em um vilarejo lusitano, quando cruzou com o sacerdote.
O padre disse-lhe:
- "Bom dia. Por acaso você não é a Maria Antônia, a quem casei já há dois anos na minha antiga diocese?"
Ela respondeu:
- "Sim Padre, sou eu mesma".
O sacerdote perguntou:
- Mas não me lembro de ter batizado um filho seu. Não teve nenhum?"
Ela respondeu:
- "Não Padre, ainda não."
O padre disse:
- "Bem, na próxima semana viajo para Roma. Por isso se você quiser, acendo lá uma vela por você e seu marido, para que recebam a benção de poder ter filhos."
Ela respondeu:
- "Oh Padre, muito obrigada, ficamos ambos muito gratos."
Alguns anos mais tarde encontraram-se novamente. O sacerdote ancião perguntou:
- "Bom dia, Maria Antônia. Como está agora? Já teve filhos?"
Ela respondeu:
- "Oh, sim Padre, 3 pares de gêmeos e mais 4. No total 10!"
Disse o padre:
- Bendito seja o Senhor. Que maravilha. E onde está o seu marido?
- "Está a caminho de Roma, para ver se apaga a porra da vela"

quinta-feira, 13 de maio de 2010

VINICIUS BARROS LEAL

No dia 13 de abril de 2010 a medicina cearense perdeu um insigne discípulo: o professor Antonius Holanda de Barros Leal. Formado pela Faculdade de Medicina de Pernambuco, fez curso de especialização em Pediatria no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Dedicou-se à área de Pediatria tendo sido professor da UFC, médico da Legião Brasileira de Assistência, diretor do posto de saúde de Porangaba e, por mais de 20 anos, diretor do Asilo de Menores Juvenal de Carvalho. Ainda na área médica, notabilizou-se como presidente do Centro Médico Cearense e da Sociedade Cearense de Pediatria, diretor do Patrimônio e mordomo da nossa Santa Casa de Misericórdia. Serviu à cidade de Fortaleza como vereador, eleito em 1951.
No mundo das letras destacou-se como colaborador assíduo do O POVO, Unitário e das revistas Verdes Mares, Itaytira, Revista do Instituto do Ceará e Revista da Academia Cearense de Letras. Seu maior interesse recaia sobre temas de história tendo publicado vários artigos e livros sobre o assunto, muitos premiados, entre os quais merecem destaque História da Medicina do Ceará, História de Baturité, O bumba-meu-boi - uma nova abordagem e A colonização portuguesa no Ceará. Como disse Raimundo Girão é ``um escritor que não sabe parar``. Graças ao seu trabalho na área da cultura, foi membro atuante do Instituto do Ceará, da Academia Cearense de Letras, da Academia Cearense de Medicina e sócio correspondente do Instituto Histórico do Maranhão, do Instituto Brasileiro de Genealogia e do Instituto Cultural do Cariri.
Porém, o que poucos sabem é que Vinicius Barros Leal era um grande amigo de seus amigos e tinha o coração dedicado aos seus clientes. Como ex-presidente da Sociedade São Lucas, todos os anos organizava, juntamente com o Padre Monteiro da Cruz, o retiro dos médicos católicos. Guardava por Vinicius uma grande estima, pois além de trabalharmos juntos nas lides de nossa Faculdade de Medicina, foi ele que me deu “as boas vinda” quando ingressei no centenário Instituto do Ceará, Histórico, Geográfico e Antropológico.

JOSÉ MURILO MARTINS Prof. emérito da UFC e membro da Academia Cearense de Letras .

Publicado In: O Povo, de 05 maio de 2010.

EM TEMPO: a Missa de 30º dia do falecimento do Prof. Vinicius Barros Leal acontecerá hoje, dia 13/05/10, às 19 horas na Capela das Irmãs Missionárias, na Av. Rui Barbosa.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

RÉVEILLON DOS MILHÕES

Pelo terceiro ano consecutivo, Fortaleza torra, literalmente, montes de recursos, para oferecer, nos moldes de cidades com economia próspera e consolidada, um espetáculo de ostentação e exuberância, replicando um estrondoso Réveillon que anestesia, temporariamente, as crônicas mazelas do nosso dia-a-dia.
Não cabe aqui, neste instante, discorrer sobre os milhões de reais estourados durante os dezesseis minutos da queima de fogos de artifícios e dos exorbitantes pagamentos de cachês a artistas alienígenas que, por pouco tempo de apresentação, no aterro da Praia de Iracema, levaram boas somas para os seus estados de origem.
Há, por certo, um outro milhão em jogo, aliás, puramente jogado na mídia, como sendo o contingente de pessoas reunidas naquele espaço aberto de beira de praia, durante o Réveillon de 2010, para ver o espetáculo de luz e som, capaz de ferir as retinas e estourar os ouvidos, tudo isso para ganhar os aplausos da multidão que no outro dia vai chorar o leite derramado, sem ter mais o que fazer ou dizer. Pobres garis, atores mal pagos desse “day after”.
Considerando o parâmetro adotado, de cinco pessoas por metro quadrado, para conter essa avalanche de gente, seria necessário dispor, naquele exíguo pedaço de chão, nada menos do que duzentos mil metros quadrados, ou vinte hectares inteiramente livres de edificações, o que somente seria conseguido se boa parte do povo fosse de mar adentro, respeitando-se, no caso, o limite territorial das milhas náuticas, e com farta distribuição de bóias aos convivas, para coibir eventuais naufrágios.
A despeito de tudo isso, para uma urbe que com seus arredores possui cerca de três milhões de habitantes, a cifra em questão revelaria, até de forma grosseira, que uma de cada três pessoas da capital passara a virada do ano na Praia de Iracema. Se forem conjeturadas algumas exclusões, como as crianças e os idosos, os que viajaram para o interior ou outros estados, e outros mais que não têm o dom da ubiqüidade, pode-se intuir que a proporção de presentes seria de um para dois, o que daria a entender que só poucos permaneceram em casa, comemorando, com familiares, a entrada do Ano Novo, nesta Fortitudine de Nossa Senhora da Assunção, ou mesmo dormindo o sono dos justos e dos injustos, sozinhos ou acompanhados.
É balela supor que expressiva parcela do tal milhão fosse engrossada por centenas de milhares de turistas aqui aportados à conta exclusiva do propalado Réveillon, haja vista a existência de motivações até mais “nobres” do que essa, e que avalizam o fluxo turístico para Fortaleza. É bom lembrar que o número de camas da rede hoteleira local é inferior ao de leitos hospitalares, aos quais se agregam os disponíveis em abrigos institucionais e os ocupados por indivíduos retidos por invalidez, dando, como certo que nenhum dos seus ocupantes, naturalmente, foi ao aterro de Iracema, ver a queima do dinheiro público. E é porque as contas do Réveillon da Prefeitura, referentes ao ano passado, sequer foram aprovadas pelo TCM.
Claro está que, ainda que fossem consideradas as ruelas das imediações daquele logradouro, há uma absoluta incompatibilidade entre continente e conteúdo, e nem formando pirâmides humanas, uns sobre os outros, chegar-se-ia ao redondo e midiático milhão, atribuído à multidão que de tão comprimida nem conseguia acompanhar o Zeca Pagodinho na sua cantoria de respeitáveis cifras: “Deixa a vida me levar” pode até se deixar substituir por “deixa eu levar os milhões dos incautos cabeças-chatas”.
Agindo dessa forma, é bem provável que a mídia tenha se reportado a um popular cereal encontrado no Mercado São Sebastião, e que no caso do “Réveillon dos Milhões” tenha virado manchete, por conta de uma super-avantajada dimensão, digna de figurar no Guiness Book.
Fica aqui um registro: nada contra festas, que afinal é a alegria do povo, mas que elas só aconteçam, quando esse mesmo povo não tiver necessidades maiores, que precisam ser cobertas pelo poder público.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico e economista

* Publicado In: Café literário. Fortaleza, 16 de março de 2010. p.3.

domingo, 9 de maio de 2010

DÚVIDAS DE ADVOGADAS LOURAS III

19 – Para que ocorra um tiro à queima roupa é preciso que a vítima esteja vestida?
20 – Se enfiarmos o dedo na tomada de preços dá choque econômico?
21 – Quando uma prostituta usa uma camisinha durante o ato sexual, podemos dizer que ocorreu uma legítima defesa putativa?
22 – Qual a influência da macumba no despacho saneador?
23 – O infanticídio ocorre quando alguém dá para uma criança uma Fanta envenenada?
24 – O Superior Tribunal de Justiça tem esse nome porque fica no último andar do edifício?
25 – Analogia é a ciência que estuda a vida das anãs?
26 – Massa Falida é um bolo que não deu certo?
27 – Aplicação das Normas Jurídicas no Espaço ocorre quando há julgamento na lua?

Fonte: Internet (circulando por e-mail)

PROVA DE REDAÇÃO DA UFBA III

Vejam só o que alguns dos vestibulandos foram capazes de escrever na prova de redação da Universidade Federal da Bahia, tendo como o tema: ‘A TV FORMA, INFORMA OU DEFORMA?’

11. ‘A TV ezerce poder, levando informações diárias e porque não dizer horárias’.

12. ‘E nós estamos nos diluindo a cada dia e não se pode dizer que a TV não tem nada a ver com isso’.

13. ‘A televisão leva fatos a trilhares de pessoas’.

14. ‘A TV acomoda aos tele inspectadores’.

15. ‘A informação fornecida pela TV é pacífica de falhas’.

16. ‘A televisão pode ser definida como uma faca de trezgumes. Ela tanto pode formar, como informar, como deformar’.

Fonte: Circulando por e-mail, com a informação de que a seleção foi feita por um dos professores avaliadores.

sábado, 8 de maio de 2010

PALESTRA SOBRE CAPISTRANO DE ABREU NA ACCLARJ



Dia 05/05/10, na última quarta-feira, ao ensejo da 235ª reunião da Academia Cearense de Ciências, Letras e Artes do Rio de Janeiro – ACCLARJ, realizada na sede da Federação Brasileira das Academias de Letras, em concorrida solenidade que lotou o auditório, proferi palestra sobre a vida e obra de Capistrano de Abreu, recebendo calorosos aplausos dos presentes e suscitando comentários e elogios do Presidente Dr. Luiz Gondim de Araújo Lins e da Vice-Presidente da ACCLARJ, a Dra. Arair Paiva, que, na qualidade de conterrânea de Capistrano de Abreu, ressaltou as lembranças de Maranguape, sua terra natal, trazidas pela exposição, belamente acompanhada da seqüência de slides tendo o Hino do Ceará, como trilha musical.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

MEMBRO HONORÁRIO DA ACCLARJ


Na quarta-feira passada, dia 05/05/10, na sede da Federação Brasileira das Academias de Letras, recebi das mãos do médico e escritor carioca Dr. Luiz Gondim de Araújo Lins, Presidente da Academia Cearense de Ciências, Letras e Artes do Rio de Janeiro – ACCLARJ, o diploma de “Membro Honorário” dessa entidade.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

VIAGEM PARA SÃO PAULO E RIO

Viajo, na madrugada de hoje, para São Paulo, para participar do Fórum de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, patrocinado pela CAPES, que se realizará na Faculdade de Saúde Pública da USP, nos dias 3 e 4 de maio de 2010.
Após a reunião de SP, sigo para o Rio de Janeiro, onde, atendendo a convites, proferirei três conferências. A primeira, na Academia Cearense de Ciências, Letras e Artes do Rio de Janeiro, sobre “Capistrano de Abreu”, em 5 de maio, ocasião em que serei empossado como “Membro Honorário” da entidade; a segunda exposição será dia 6 de maio, pela manhã, na Faculdade de Medicina da UFRJ, versando sobre “Epidemiologia do Câncer de Mama”; e a terceira, na tarde desse mesmo dia, acontecerá na Academia Brasileira de Médicos Escritores, quando falarei sobre “Os médicos literatos do Ceará”.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

domingo, 2 de maio de 2010

UM MINISTRO EXTEMPORÂNEO

O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, tem demonstrado, desde o início de sua gestão, um enorme apego midiático ao se meter em searas polêmicas que trazem os holofotes para a sua imagem, ao ponto de ser cogitado, ainda em 2007, como um possível candidato à sucessão presidencial de 2010.
Tal intenção foi logo dissipada pela imprensa, quando se descobriu a origem lusitana do ministro, nascido nos arrebaldes lisboetas, em franca dissonância com uma cláusula pétrea constitucional que reserva o cargo máximo de comando do País aos brasileiros natos.
É bem verdade que se o senhor Lula o quisesse sucessor, com sua crescente veia autoritária, para impor o que bem quer ao seu partido e ao povo brasileiro, como fez ao lançar a candidatura presidencial da Sra. Dilma Roussef, seria capaz de pulverizar o mármore mais nobre, nem que fosse com dinamite, para prevalecer a sua vontade, ou recorrer a uma estratégia subliminar, aos poucos, escoimado no jargão da “água mole em pedra dura...”.
Um dos primeiros embates que o Sr. Temporão se envolveu foi o da legalização do aborto, uma questão assaz complexa e reduzida por ele apenas à faceta médica, sendo obrigado a recuar quando algumas igrejas cristãs protestaram e sua ideia não teve guarida na ótica do governante-mor do Brasil.
Em junho de 2008, com o estardalhaço de praxe, e como se fora uma prioridade nacional, anunciou a assinatura de portaria autorizando o Sistema Único de Saúde a pagar pela cirurgia de mudança de sexo, um procedimento de alta complexidade e elevado custo, e problema mais afeito à questão de opção pessoal, das escolhas afetivas de cada indivíduo, olvidando as grandes mazelas sanitárias, endêmicas ou epidêmicas, que acometem milhões de brasileiros.
Agora, em abril de 2010, para gáudio de tantos, posto ser o último ano da sua gestão, o Prof. Dr. Temporão, ao divulgar os resultados de recente levantamento da hipertensão arterial no Brasil, apontando um aumento da prevalência dessa enfermidade entre adultos, e, principalmente, no segmento dos idosos, recomendou, entre outras medidas já consagradas de combate à doença hipertensiva, que as pessoas fizessem sexo cinco vezes por semana, ou até cinco vezes ao dia, freqüência que talvez somente seja alcançada por profissionais do sexo.
A prática de sexo, mormente com amor e com a pessoa amada, sem dúvida é importante para uma vida saudável, inserindo-se plenamente no contexto da desejada qualidade de vida de cada cidadão. Contudo, fazer sexo, como tratamento da hipertensão, além da banalização de atos concernentes à intimidade das pessoas, é uma medida descabida, que pode causar sérios transtornos físicos em indivíduos cuja saúde esteja comprometida por doenças ou pelo natural processo de envelhecimento, e aportar conflitos psíquicos aos que, por motivos de ordem religiosa, precisam preservar a castidade.
Por outro lado, se a evidência científica respaldar a “sexoterapia” anti-hipertensiva como conduta eficaz, e o Ministério da Saúde acolher tal modalidade de tratamento, como dá a entender o senhor ministro, o poder público, lastreado no princípio que rege o SUS, da “Saúde como direito de todos e dever do Estado”, deverá dispor desse serviço em suas unidades, para atender inclusive aqueles, carentes e solitários, que não têm o aconchego conjugal, nem que, para isso, necessite contratar, algo que pode ser terceirizado, ou nomear, mediante concurso, profissionais do sexo, criando assim, quem sabe, mais uma carreira de Estado, a ser exercida em prostíbulos oficiais ou em lupanares considerados centros de referência.
Para assegurar a manutenção, a contento, de um programa de controle da hipertensão arterial, a “sexoterapia” proposta, além dos encargos financeiros em recursos humanos, trará gastos adicionais com preservativos, para impedir a maior propagação da AIDS, e com caros medicamentos para disfunção erétil, afinal querer não é poder; bem a propósito, por sinal, o medicamento pioneiro e sucesso comercial na terapia do citado distúrbio terá sua patente expirada nos próximos dias, o que ensejará o aparecimento de genéricos, com preços mais convidativos, passíveis de configurar um fator positivo ao programa de controle em alusão.
Há de se prever também dotação com vistas à indenização pública a familiares de algum idoso ou portador de debilidade física que venha a sucumbir em decorrência do hercúleo esforço de cumprir a recomendação ministerial, na freqüência de cinco vezes ou na posologia indicada, semanal ou diária, proeza digna de um Casanova, de uma Messalina ou das grandes cortesãs, calejadas que foram na arte da fornicação.
Da aurora ao ocaso da sua gestão à frente da pasta da saúde, o ministro Temporão, foi, mais uma vez, extemporâneo na contemporaneidade de suas ações; mas, por certo, ganhará, no futuro, um lugar especial, acoitado entre os administradores folclóricos do Brasil, o que muito entristecerá os patrícios portugueses, porquanto a proposição em tela já está sendo alvo da chacota na imprensa europeia, preocupada com a necessidade de se conceder licença a muitos trabalhadores hipertensos ou de risco para doença hipertensiva.

Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico Sanitarista e Economista da Saúde

sábado, 1 de maio de 2010

NOITE DE GRAÇAS


Havia cerca de sete anos, quando, pela vez primeira, chegou-me às mãos os Anais do Primeiro Congresso Brasileiro de Médicos Católicos, realizado em nossa capital, no período de 01 a 07 de julho de 1946. Era um exemplar em fotocópia e aramado, mas bem apresentado. No primeiro momento, o sentimento que me invadiu foi de estupefação e emoção. Nunca imaginei que ele existisse. E, ainda, apaixonado por velharia como eu sou... (costumo dizer que minha mulher pode envelhecer sem temor).
Na época, eu exercia, sem mérito algum, a função mais digna da minha humilde vida: a presidência da Sociedade Médica São Lucas. Penso que, por isso, me foi confiado essa valiosa pérola, pelas mãos, salvo “alzheimiano” engano, do nosso querido e inesquecível, Dr. Vinicius de Barros Leal.
No segundo momento, após lê-lo e relê-lo, freneticamente, me embeveci com sua contemporaneidade e com a riqueza cristã do seu conteúdo. Não se tratava, apenas, de uma encantadora velharia, mas um documento compulsório para a biblioteca dos crentes esculápios. Apaixonei-me de vez. Lembro ter divulgado todo o meu entusiasmo com os amigos que, à época, mais me acercavam. Imaginei a importância de sua divulgação junto à classe médica. Minhas limitações midiáticas, porém, me arrefeceu o ânimo. Lamentável!
Qual não foi a minha surpresa (mais uma “coisa de Deus”), quando, em uma das missas mensais do ano passado, o Dr. Marcelo Gurgel me apresentou um dos seus exemplares originais descoberto em um “sebo”. Como o entusiasmo dele parecia com o meu, pensei: agora, vai! Pois, incontinenti, ele manifestou seu desejo de republicação, em fac-símile, talvez, acrescido de algum material atual, como acabou acontecendo.
Após período de exaustiva pesquisa e trabalho do laureado literato citado, o céu esteve em festas, no dia 08 de abril mais recente, no auditório do Oboé Eventos, quando aconteceu a republicação da obra, em solenidade majestosa e emocionante, cheia de glória e graças, sob os desígnios do Pai. Muitos foram os momentos de emoção. A classe médica se fez representar por vários dos seus maiores expoentes. Destaquemos a presença lúcida de vários colegas participantes daquele memorável evento, apesar dos mais de sessentas anos passados. A apresentação do livro (capa dura e “vivo de lindo”) foi feita pela inteligência do Monsenhor Manfredo Ramos, com a serena anuência de Dom Edmilson Cruz. A Sociedade Médica São Lucas e a Academia Cearense de Medicina prestaram significativa homenagem a Sra. Heloisa Juaçaba, intérprete, ao piano, das sessões culturais daquele evento. Não menos sensíveis, foram as peças musicais interpretadas e o clima de irmandade entre os presentes.
Assim posto, resta-nos dois desafios: fazer chegar à classe médica, com sentido ecumênico, exemplares deste livro e, quem sabe, maturar a realização do Quarto Congresso em nosso torrão. Imaginem nossos netos providenciando a republicação em fac-símile dos anais deste último evento. Imaginaram? Então, tá!
Janedson Baima
Filho de Deus
* Publicado In: Boletim Informativo da Sociedade Médica São Lucas, 6(36):6, 2010.
Na foto acima, da esquerda para a direita, encontram-se os médicos Janedson Baima, Sólon Albuquerque e Fernando Mesquita
 

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