segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

TRÊS MIL TÍTULOS NO CURRICULUM VITAE

Anunciamos neste blog, na sexta-feira passada, dia 28/12/2012, ter alcançado três mil inserções em nosso curriculum vitae. Trata-se de um feito atingido por poucos profissionais, em termos meramente quantitativos, porém traduzível como indicativo de uma vida de farta dedicação ao trabalho. Quanto à qualidade desse currículo, não nos cabe fazer julgamento, o que deixamos para nossos pares.
Nesse documento testemunhal estão englobadas as nossas melhores realizações, enfeixando atividades científicas, de magistério, profissionais e culturais desenvolvidas no curso de uma vida de pouco mais de cinquenta e nove anos.
A nossa participação em concursos e exames a que nos submetemos, bem assim em bancas examinadoras, congressos, jornadas e reuniões, dos quais tomamos parte, põe em evidência, um dinamismo performático, consolidado em 35 anos de atuação, como professor e médico, e em 26 anos, sob o manto de economista, fatos que nos granjearam o respeito e nos tornaram merecedor de alguns prêmios e distinções.
Com efeito, atuamos como médico, economista, professor universitário, pesquisador e, quando nos resta algum tempo, convertemo-nos, também, em polígrafo. Com a autoria de uma série de livros sobre Saúde Pública e Medicina, nos últimos anos temos passeado nas letras, com maior desenvoltura nos gêneros da crônica e do ensaio literário, no mesmo compasso em que cultivamos a atividade de memorialista.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor titular da Uece

domingo, 30 de dezembro de 2012

A sobrinha e o trocadilho do Jânio

Quando Jânio era prefeito de São Paulo, um repórter impertinente mostrou-lhe umas fotos de sua sobrinha que haviam sido publicadas na revista Playboy e perguntou:
- O que o senhor me diz disso?
- Meu filho, disse o Jânio, se mais jovem fosse comê-la-ia. Mas como não o sou, como Eloá.
(Para quem não sabe... Eloá era a esposa do Jânio!)
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

O BRASIL ANEDÓTICO XLVIII

A MORTE DE BILAC
Coelho Neto - "Revista da Academia Brasileira de Letras", n° 42, de junho de 1925.
Com os seus sofrimentos de fígado, coração e rins agravados, Olavo Bilac recolhera-se aos seus aposentos de solteirão desde outubro de 1918. E a 28 de dezembro, quando o dia começava a raiar, morreu.
- Amanhece... - disse, fechando os olhos.
E no último alento:
- Vou escrever...
POPULARIDADE E VULGARIDADE
"Revista da Semana", número especial, de 28 de novembro de 1925.
Era o Duque de Caxias ministro da Guerra, quando o Imperador foi visitar, em sua companhia e com o seu séquito, um dos quartéis da capital. Chegando ali, percorreu o edifício todo, indo até à cozinha, onde se servia, na ocasião, o rancho aos soldados.
- Dê-me uma destas marmitas, - ordenou o soberano, indicando uma das rações de sopa.
Atendido, tomou Sua Majestade todo o conteúdo, declarando que, mesmo no Paço, jamais tomara sopa tão saborosa.
Disciplinado e disciplinador, Caxias não gostou da singeleza do monarca. E, ao portão do quartel, disse-lhe, brusco:
- Vossa Majestade há de desculpar a minha franqueza, mas, por esse processo, Vossa Majestade não se populariza.
E corajoso:
- Vossa Majestade "vulgariza-se"!
ARMISTÍCIO AOS ÍNDIOS
Moreira de Azevedo - "Mosaico Brasileiro", pág. 50.
Em 1808, o governo de Lisboa declarou guerra aos índios do Brasil, por meio de um manifesto em português castiço, que mandou espalhar no país.
- Vou pedir um armistício, - declarou, ao ler esse documento, o jornalista brasileiro Hipólito José da Costa, em quem era nativo o ódio à metrópole.
- Armistício para que? - indagou um amigo.
E ele:
- Para dar tempo aos índios de aprenderem a ler, a fim de apreciarem as razões aqui alegadas.
O TERNO DO HISTORIADOR
Humberto de Campos - Discurso de recepção na Academia Brasileira de Letras, maio de 1920.
Entre as figuras de relevo que serviam de alvo habitual à sátira impiedosa de Emílio de Menezes, estava Capistrano de Abreu, historiador ilustre, sábio respeitadíssimo, em torno do qual se criara uma glosadíssima lenda de desleixo, de abandono próprio, e, mesmo, de falta de higiene. Utilizando esta versão popular, contava o poeta:
- Uma vez o Capistrano mandou à tinturaria, para ser lavado, um terno com que andava há doze anos. Uma semana depois, aparece-lhe à porta um empregado da tinturaria, e entrega-lhe um embrulho pequenino, que lhe cabia na mão.
E como lhe perguntavam o que seria, Emílio concluía, invariável:
- Eram os botões, menino!
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927).

sábado, 29 de dezembro de 2012

A MULHER A AS MALAS

Até a década de 1970, se a mulher descobrisse uma traição ela perdoava e cuidava do marido com medo de ser abandonada...
Na década de 1980, se a mulher descobrisse uma traição juntava as próprias coisas na mala e ia embora...
Na década de 1990 se a mulher descobrisse uma traição juntava as coisas do marido na mala e o mandava embora...
Hoje, quando a mulher descobre a traição junta o marido em pedaços na mala e joga fora.
Entonces, vê se te cuida, galo velho....
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

UMA CATEQUISTA SEM VÍCIOS?

Essa decorou bem o catecismo...

No primeiro encontro. O homem pergunta à mulher se ela aceita um drink.
- Ah, não, o que eu diria à minha turma de Catecismo? - recusa ela.
Mais tarde, ele oferece um cigarro.
- Não, o que eu diria à minha turma de catecismo? - repete ela.
No caminho de casa, ele vê um motel.
Considerando que não tinha nada a perder, pergunta se ela gostaria de entrar e ela aceita.
- O que você vai dizer à sua turma de catecismo?
- O mesmo que sempre digo: 'Vocês não precisam beber nem fumar para se divertir’.
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Defesa de Tese em Saúde Coletiva (UECE) da Prof. Maria da Penha Passomai


Flagrante da do almoço, logo após a defesa de tese da Profa. Maria da Penha Baião Passamai. A recém-doutora está ao centro, ladeada pelas colegas Auristela e Olganê, por familiares (esposo e filha) e por Marcelo Gurgel Carlos da Silva.
(Foto cedida por Auristela).


Aconteceu na manhã de hoje (28/12/12), na Universidade Estadual do Ceará, a defesa de tese do programa de Doutorado em Saúde Coletiva em Associação Ampla da Universidade Estadual do Ceará, da Universidade Federal do Ceará e da Universidade de Fortaleza. A banca examinadora, composta pelos Profs. Drs. Helena Alves de Carvalho Sampaio, Ana Maria Iório Dias, Sandra Maia Farias Vasconcelos, Marcelo Gurgel Carlos da Silva e José Wellington Oliveira Lima, aprovou a Tese “Medida do letramento funcional em saúde de adultos no contexto do Sistema Único de Saúde: um caminho para a promoção da saúde e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis”, apresentada pela doutoranda MARIA DA PENHA BAIÃO PASSAMAI, orientada da Profa. Dra. Helena Alves de Carvalho Sampaio.
NOTA: Com essa participação, o nosso curriculum vitae chega à marca de três mil títulos.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor do Doutorado em Saúde Coletiva

O mito técnico

Por Ricardo Alcântara (*)
Repetiram-se com Luizianne Lins contradições que antes acometeram a quem, como ela, saltou – e não impunemente – do confortável discurso radical para a aspereza da prática gestora. Muito daquilo que, como vereadora, ela condenou, praticou quando prefeita.
Um exemplo citado com frequência é o loteamento de cargos públicos entre aliados que lhe deram sustentação política na Câmara dos Vereadores, o que explicaria em parte os bolsões de ineficácia de sua gestão, reconhecidos até mesmo por quem lhe deu apoio.
O prefeito eleito ofereceu como gesto de renovação – tal como houvera prometido em campanha – a indicação de muitos quadros técnicos para o seu secretariado. Roberto Cláudio não blefou: ilustres desconhecidos subirão à ribalta no dia primeiro.
Ouvi por conta das escolhas efusivas loas ao perfil da equipe. O termo, “técnico”, sempre mencionado no campo semântico oposto à “politicagem” – música para a opinião pública, escaldada na sangria do mensalão e nas derrapagens da gestão que se despede.
Houve pressa em firmar o atestado de boa conduta. Se a indicação de técnicos sinaliza a vontade do prefeito em dar presteza ao serviço público, ela não é, por si apenas, garantia de que as decisões estarão imunes ao mau contágio de interesses políticos indevidos.
Afinal, pela amplitude dos apoios recebidos, e a vultosa soma de recursos espalhada na campanha eleitoral, melhor aguardar um pouco mais. Logo veremos – e bem cedo – se às indicações técnicas corresponde a blindagem que os arautos se apressaram em vender.
Cargo de confiança entregue a técnico, sem força política própria, pode até significar o oposto: um biombo vulnerável a pressões de toda ordem. É no Palácio do Bispo que se define o que é inegociável. Limite, coloca quem foi eleito. O resto é perfumaria.
Se faltou eficiência em medida maior do que a aceitável em alguns setores da gestão que se despede, a cidade espera que a pretendida restauração da competência se dê em favor do interesse público e do bem comum. Enfim, que a boa técnica não sirva à má política.
(*) Jornalista e escritor. Publicado In: Pauta Livre.
Pauta Livre é cão sem dono. Se gostou, passe adiante.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Calote da Fortaleza Requenguela!

ATENÇÃO! Leiam por favor:
O e-mail abaixo nos foi enviado com todo o carinho e amor, e também com toda a insatisfação possível:
"Parabéns por suas informações. Pode divulgar que 12 intelectuais cearenses receberam CALOTE da Prefeitura de Fortaleza.
Prometeram-nos três mil reais para cada um e trabalhamos todo o mês de julho selecionando entre centenas de livros os escolhidos dos Editais da SECULTFOR.
Até agora nada de dinheiro para Sânzio de Azevedo, Aíla Sampaio, Hermínia Lima, Giselda Medeiros, Auxiliadora Lemenhe, Tércia Montenegro, Arlindo Araújo, Fernanda Coutinho, Batista de Lima, entre outros".
É!
É a nossa FORTALEZA REQUENGUELA!
21 de dezembro de 2012.

Quem sabe responder?
Em julho deste ano, um grupo de professores e intelectuais foi contatado pela Secretaria de Cultura do Município de Fortaleza, para integrar diversas bancas de avaliação de trabalhos inscritos em edital de publicação do referido órgão.
São eles: Aíla Sampaio, Ana Maria Roland, Angela Gutiérrez, Arlindo Araújo, Auxiliadora Lemenhe, Batista de Lima, Francisco Auto Filho, Fernanda Coutinho, Giselda Medeiros, Hermínia Lima, Sânzio de Azevedo e Tércia Montenegro.
O trabalho foi entregue dentro do prazo estipulado pela Secretaria de Cultura do Município, sendo que, para sua adequada realização, os professores tiveram que ceder parte de seu tempo para reuniões com a coordenação do projeto.
O pagamento teria o valor de R$ 3.000,00 para cada docente, com previsão de desembolso para final de agosto. De lá até então, a SCM, a seu critério, apenas entregou uma declaração conjunta, dando conta da alta relevância do trabalho para a cultura local.
Pergunta-se, então:
1) não teria sido adequada uma satisfação aos interessados, que tão bem atenderam os interesses do Órgão?
2) a atual administração da PMF vai honrar o compromisso assumido ou pretende deixar para a próxima gestão?
Os interessados gostariam de obter uma resposta.
Fonte: Circulando por e-mail.

O GALHO, O TERÇO E A BOLA

Antero Coelho Neto (*)
São 3 coisas que parecem não ter relação alguma entre si, mas são os principais objetos que os praticantes de caminhadas diárias, nas praças cearenses e Avenida Beira-Mar, levam nas mãos.
O galhinho de arruda simboliza nossas crendices tão curiosas e freqüentes. O terço, confirma nossa grande religiosidade católica. E a bolinha de borracha para os exercícios com os dedos das mãos para uma estimulação muscular durante a sua caminhada.
O galhinho e o terço, ambos fortes protetores, são utilizados pelas mulheres que caminham quase sempre em grupos, falando alegremente e, frequentemente, todas contando suas estórias familiares ao mesmo tempo. Estou criticando? Não, elas têm aquela bendita capacidade mental que as permite fazer várias coisas ao mesmo tempo.
A bolinha é utilizada pelos homens, velhos e novos, que buscam perfeição muscular ou saúde corporal. Muitos sozinhos e, quando em grupos, falando de problemas sociais, política ou futebol. Eu, que caminho sozinho, pelo meu próprio ritmo, fazendo de conta que não estou ouvindo, fico me deliciando com as “fofocas” que ouço.
E aí destaco os três importantes elementos para nossa longevidade: a atividade física, a boa fofoca e a religiosidade. Fico satisfeito ao comprovar, cada vez mais, o reconhecimento, pela nossa população, de suas importâncias, com o aumento de nossa longevidade. Principalmente pelas mulheres.
“Vida ativa” tem sido um Projeto da OMS, desde há vários anos, e então incorporei este determinante como essencial para a nossa vida com boa longevidade. Por isso, tem sido um “slogan” de nosso programa “Novas Idades”, transmitido pela Rádio Universitária-FM, todos os sábados, as 11:00 horas, para que os ouvintes possam alcançar uma maior longevidade: “Tenham uma Vida Ativa, Criativa e Saudável” destacam os Drs. João Macedo, Charlys Nogueira, Jarbas Roriz e o velho aqui que escreve, responsáveis pelo Programa.
Mas, também, tenho de destacar um outro fato que encontramos nas praçinhas e locais de caminhadas: os praticantes são quase todos  das classes média e alta. Muitos dispõem de automóveis (agora cada vez mais) e podem chegar aos locais apropriados. E aí vem a nítida demonstração de que os pobres não são praticantes de caminhadas diárias. Academias de ginásticas? Nem pensar. Pobre tem de trabalhar muito para poder viver e não tem tempo para caminhar ou fazer exercícios. Claro que alguns poucos têm já uma atividade física realizada nos seus trabalhos. São porem, cansativas e, algumas vezes, estafantes e traumáticas para determinadas partes do corpo. É isto aí, meus amigos ricos e da classe média, pobre não tem nem o “direito” de praticar atividade física recomendável. E fica mais fácil de adquirir várias doenças conhecidas e mais propenso às práticas proibidas, como beber e fumar.
Daí, pensei na possibilidade do próximo Prefeito de Fortaleza inovar, criando um programa de “Vida Ativa” com as praticas recomendadas para todos os seus funcionários e para a população pobre em geral, nos diferentes bairros da cidade. E que passem também a usar o galho, o terço ou a bola, alcançando uma maior longevidade, evitando esta alarmante obesidade atual e tendo mais satisfação de viver e momentos de felicidade no ano novo.
(*) Médico, professor e ex-presidente da Academia Cearense de Medicina.
Publicado In: O Povo, 26/12/2012.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

GASES AROMATIZADOS!!!


A tecnologia não para de avançar. Duas marcas inventaram um autocolante, para colocar na roupa interior: o neutralizador de odor dos gases (!). Uma das marcas Subtle Butt (Bunda Sutil) vende embalagens, com cinco unidades descartáveis que prometem neutralizar o odor graças a uma camada de carvão aplicada ao autocolante, custando apenas 11 dólares. O criador Kim Olenicoff explicou a uma revista que este produto “é ideal para usar num avião, escritório, elevadores com a namorada depois de uma refeição picante ou até mesmo para usar no seu cão”.
A outra marca intitula-se Flatulence Deoderizer (Desodorizante de Flatulência); essa marca vende autocolantes também com carvão, a 29 dólares. Ele neutraliza os odores, permite um intenso cheiro mentol cada vez que o utilizador expulsar uma ventosidade, além de deixar o rabicó geladinho.
Nota: A marca faz uma advertência: “não neutraliza o som!”. 
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

NATAL 2012

Brendan Coleman Mc Donald (*)
Mais uma vez o nascimento de Jesus está diante dos nossos olhos. O Filho de Deus, que se fez homem, nasce entre nós, torna-se o Deus conosco. Deus aproximou-se dos homens para salvá-los, num gesto de espantosa solidariedade. Cristo, o prometido de séculos, o esperado de gerações chegou. Ele veio não para nos condenar, mas para nos salvar.
“Na plenitude dos tempos Deus mandou seu Filho, nascido de uma mulher, para que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4,4-5). Nesta frase lapidar de Paulo está o motivo fundamental da encarnação do Filho de Deus: tornar-nos novamente filhos de Deus.
A universalidade das comemorações natalinas é algo assombroso em um mundo que aparenta estar divorciado do eterno e do transcendental. Nas mais diversas modalidades, mesmo sem conhecerem explicitamente o Cristo, e até rejeitando-o, os homens se alegram e desejam uns aos outros felicidade. Há preocupação em comunicar ao próximo o bem-estar.
Cada Natal transmite ao mundo lições de paz, de concórdia e de fraternidade. Porém, é triste ver um mito como “Papai Noel” ocupando o lugar do Menino Deus nos festejos natalinos. Um ícone do consumismo imposta à nossa cultura, não inspirado na verdade histórica e nos valores éticos.
O presépio, criado por São Francisco de Assis no séc. XIII, exprime uma lição a um mundo que valoriza exageradamente o dinheiro, o poder e o gozo. Quando os homens colocam como supremo árbitro o dinheiro o presépio nos prega o despojamento. Quando os homens querem resolver os problemas usando valores terrenos, a manjedoura nos fala dos valores transcendentais. Quando os homens se dividem pelo ódio e pela violência do silêncio de Belém emana uma magnífica proclamação de paz e de concórdia.
Observemos o mundo em que vivemos: corações amargurados, guerras, ódio, injustiça, egoísmo, chocante miséria, terrível fome, gravíssimas doenças, drogas, desrespeito à pessoa humana, e temos aí uma ideia do longo caminho a percorrer até a mensagem do Natal seja vitoriosa. São João falando da Encarnação do Filho de Deus no Natal expressa uma grande tristeza: “Veio para os seus e os seus não o receberam” (Jo 1,11). E nós recebemos no coração Cristo, Príncipe da Paz? Como diz o Apóstolo: “Cristo é nossa paz” (Ef 2, 14). A todos um feliz e santo Natal.
(*) Padre redentorista e assessor da CNBB Reg. NE1.
Publicado In: O Povo, 24/12/2012. p.7.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

FELICITAÇÕES NATALINAS - 2012

Minha mensagem para reflexão natalina vai com Machado de Assis.

Soneto de Natal

Um homem - era aquela noite amiga
Noite cristã, berço do Nazareno
Ao relembrar os dias de pequeno
E a viva dança, e a lépida cantiga.

Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.

Escolheu o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração, mas frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.

E, em vão, lutando contra o metro adverso
Só lhe saiu este pequeno verso:
Mudaria o Natal ou mudei eu?

Paz e Bem!
SHALOM
FELIZ NATAL E UM VENTUROSO 2013

domingo, 23 de dezembro de 2012

RECORDANDO DOM ALOÍSIO: cinco anos da sua partida terrena


Dom Lorscheider


Há cinco anos, partiu deste mundo menor sua eminência Dom Aloísio Lorscheider, que exerceu o seu pastoreio na Arquidiocese de Fortaleza por mais de vinte e dois anos.
A proposição do diploma de doutor honoris causa, para Dom Aloísio, que apresentamos ao Conselho Universitário da Universidade Estadual do Ceará (UECE) foi acolhida por unanimidade entre os membros do egrégio conselho.
Quando da outorga dessa láurea, o Cardeal Lorscheider confessou à assistência que aquela honraria o tocava, no imo do coração. Além de ter sido o proponente, coube-nos o dignificante encargo de fazer a saudação ao recipiendário, peça oratória elaborada com o esmero de experimentado ourives.
Marcelo Gurgel Discursa no lançamento do livro "Dom Aloísio"


A memória de Dom Aloísio é reverenciada por vários autores, seus biógrafos, dentre os quais nos incluímos com dois livros que traçam sua profícua e benfazeja trajetória de vida.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico integrante da SMSL

TV BABÁ PERFEITA


Fonte: Circulando por e-mail (internet).

CARIDADE X CIÚME

Outro dia, andando no movimentado calçadão com minha esposa, meus olhos viram uma dessas desafortunadas pessoas tidas como maltrapilhas, andarilhas, encontradas em qualquer cidade....
Algumas pessoas olhavam curiosas, outras admiradas.
Havia inclusive quem imediatamente olhasse para o outro lado, como se de alguma forma pudessem ser contaminadas, contagiadas por aquela pessoa.
Recordando um amigo que sempre me orientava "cuide dos doentes, alimente os famintos e vista os despidos e esfarrapados", fui movido por uma poderosa força interior e rapidamente fui alcançar a desafortunada pessoa.
Ela estava vestindo somente o que se pode descrever como trapos, farrapos mesmo, e carregando seu "tesouro" em duas sacolas de plástico... meu coração foi tocado pela condição precária desse ser humano desafortunado.
Sim, onde muitos só viam trapos, vi um ser humano de verdade!
Então, uma pequena voz dentro de minha cabeça ficou martelando... alcance essa criatura de Deus, fale com ela!!!
Toque-a com brandura e ofereça ajuda!
Foi o que eu fiz!

E o que aconteceu?
Minha esposa não entendeu minhas boas intenções...

É por isso que eu digo:
Esposa é igual a trator:
MUITO BOA PARA O TRABALHO......
MAS PARA PASSEAR... DEIXA MUITO A DESEJAR
Fonte: Internet (circulando por e-mail, sem créditos do autor).

sábado, 22 de dezembro de 2012

O BARBEIRO ZÉ DE DORA

Zé de Dora era um barbeiro de uma cidade potiguar, cidadezinha do interior do Rio Grande do Norte.
Um dia, logo após comprar o seu primeiro carro, resolveu logo ir a Natal dar um passeio.
Chegando em Natal, não tendo conhecimento de semáforos, saiu cortando tudo que era de sinal verde, amarelo e vermelho.
Ao ultrapassar os sinais em vermelho, os outros motoristas se dirigiam ao Zé de Dora com "..BARBEIRO".
Quanto mais chamavam o Zé de "Barbeiro", mas o Zé de Dora ficava orgulhoso.
Ao retornar ao seu lar, sua mulher foi logo perguntando:
- E aí, Zé, como se foi na capital?
Zé respondeu:
- Maria eu não de conto!! Tu sabe que em Natal eu sou mais conhecido do que aqui em nossa cidade? Vamos comigo para eu te mostrar.
Assim, saíram Zé de Dora e a mulher para passear em Natal.
Aqui chegando, lá vai Zé cruzando os semáforos sem se preocupar se estavam verde, amarelo ou vermelho.
Ao cruzar o primeiro semáforo vermelho, um motorista que quase batia no Zé gritou. "CORNO!!!!!!!".
Nessa hora Maria gritou:
- ZÉ, VAMOS VOLTAR PARA NOSSA CIDADE PORQUE AQUI O POVO ME CONHECE TAMBÉM.

FÉ & FÔLEGO

Conta-se que esse “causo” aconteceu na Santa Casa de Misericórdia de Sobral.
Seu Raimundo, um senhor de avançada idade, internado por insuficiência respiratória, estava “morre num morre”.
O Cônego Sadoc, insigne religioso e intelectual de grandes méritos, foi-lhe prestar conforto espiritual, e, para injetar-lhe um pouco de ânimo, disse-lhe:
– Seu Raimundo, tenha fé em Deus!
E o Seu Raimundo, dispneico, com a respiração ofegante, contestou suspirando:
– Seu... padre. .. Fé... até que eu tenho... O que... me falta ... é... “fogo” (fôlego).
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sobrames/CE e da ABRAMES
* Publicado, originalmente, In: SILVA, M.G.C. da. Medicina, meu humor! Fortaleza: Edição do Autor, 2012. p.111-2. Republicado In: SOBRAMES – CEARÁ. Murmúrios literários. Fortaleza: Sobrames-CE/Expressão, 2012. 296p. p.231.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Você sabe o que é um palíndromo?

Um  palíndromo é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos, normalmente, da esquerda para a direita e ao contrário.
Exemplos: OVO, OSSO, RADAR. O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil de conseguir quanto maior a frase; é o caso do conhecido:
SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS.
Diante do interesse pelo assunto (confesse, já leu a frase ao contrário), tomei a liberdade de selecionar alguns dos melhores palíndromos da língua de Camões...
ANOTARAM A DATA DA MARATONA
ASSIM A AIA IA A MISSA
A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA
A DROGA DA GORDA
A MALA NADA NA LAMA
A TORRE DA DERROTA
LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL
O CÉU SUECO
O GALO AMA O LAGO
O LOBO AMA O BOLO
O ROMANO ACATA AMORES A DAMAS AMADAS E ROMA ATACA O NAMORO
RIR, O BREVE VERBO RIR
A CARA RAJADA DA JARARACA
SAIRAM O TIO E OITO MARIAS
ZÉ DE LIMA RUA LAURA MIL E DEZ
Fonte: Prof. Pasquale Neto / http://mais.uol.com.br

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Residência Médica do ICC-2013: resultados pós-PROVAB

O Instituto do Câncer do Ceará, por meio da sua Escola Cearense de Oncologia, divulgará amanhã (21/12/12), em sua home page os resultados finais das provas de conhecimentos e da análise curricular aos inscritos para cumprir Residência Médica, a partir de 2013, nos programas da instituição credenciados pela CNRM, em que se apresentaram candidatos aprovados no PROVAB (Oftalmologia, Patologia e Radioterapia e Diagnóstico por Imagem).
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Coordenador da Seleção da RM do ICC

LULA E FAMÍLIA E O ROSEGATE

Gurgel pode pedir quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de Lula e família por causa do Rosegate
Por Jorge Serrão
O Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, se prepara para pedir, a qualquer momento, a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Luiz Inácio Lula da Silva & Família. A solicitação é um desdobramento do julgamento do Mensalão e servirá para alimentar de informações o Processo Investigatório. Correndo em segredo de Justiça no Supremo Tribuinal Federal, desde 2007, o trabalho investiga as relações de negócios entre o PT, o Banco BMG, e o mito Lula.
Gurgel quer saber como e onde Lula aplica os recursos que recebe nas palestras que vem dando. O Instituto Lula também pode ser alvo do Procurador, para saber quem são as pessoas físicas e jurídicas que andam financiando as atividades políticas de Lula. A grande preocupação do ex-presidente é com a Polícia e a Receita Federal. Lula foi informado de que servidores fora do controle do Governo – e agindo dentro da lei e do dever de ofício – teriam informações comprometedoras sobre ele e seus filhos. [destacando sempre que Lula é apenas um ex-presidente = sem foro privilegiado, sem nenhuma regalia = NADA = aliás o que ele sempre foi - já que até quando foi presidente da República ele continuou sendo NADA x NADA pois aviltou, apequenou aquele cargo.]
Lula pode ser surpreendido pelo pedido de Gurgel enquanto curte sua providencial viagem de duas semanas ao exterior. Até embarcar, no próximo dia 7 de dezembro, ficará de repouso e em tratamento médico e fisioterápico. No roteiro, longe dos olhares da mídia e dos microfones e câmeras de arapongagem, Lula deve se encontrar com a Presidenta Dilma, em Paris. Os dois precisam conversar muito – e seriamente. Por aqui, anda perigoso arriscar um bate-papo.
A ex-primeira-dama Marisa Letícia deve viajar com ele. Até porque a grande amiga Rosemery Nóvoa Noronha, que já o acompanhou em 24 viagens internacionais, não pode mais fazer tal serviço de assessoramento, por motivos óbvios. Mesmo PT da vida com tudo que é fofocado na mídia sobre o Rosegate, Marisa será uma defensora do homem que ama e de quem sempre esteve ao lado nos piores momentos. Estar ao lado de Lula, na viagem, ajudará na estratégia de reformar que Lula é uma pessoa “família” e que não se mete em rolos com amantes – como vem se especulando.
Agora, o recente estouro da tubulação de esgoto do Rosegate só se torna um ingrediente ainda mais explosivo contra Lula – que até hoje nunca foi seriamente investigado por nada e, milagrosamente e por conveniências político, econômicas e conjunturais, foi poupado de envolvimento no Mensalão. Por ironia, sem qualquer foro privilegiado ou imunidade, Lula poderá se dizer “vítima de uma devassa” (o sentido denotavivo ou conotativo das futuras palavras do grande líder ficam para a interpretação de cada um).
A maior preocupação de pessoas próximas a Lula é com a saúde dele. Pressões psicológicas – como as que vem sofrendo com o julgamento do Mensalão e o Rosegate – não fazem bem para quem se submete à disciplina de um tratamento pós-câncer de laringe – e deixa muitas sequelas físicas. A ordem médica para Lula é que descanse ao máximo e não se aproxime, em hipótese alguma, de bebidas alcóolicas e da famosa cigarrilha.
"Doutora Rose" gastou 45 mil euros na sua última viagem a Paris - gastos cobertos pelo cartão de crédito corporativo da presidência da República
Cartão na mira
O cartão de crédito corporativo é um bombástico calcanhar de $talinácio. Boatos fortes que vazam a Operação Porto Seguro revelam que Rosemary Nóvoa Noronha teria torrado US$ 200 mil dólares com o dinheirinho público de plástico nas 24 viagens que fez com seu melhor amigo Lula.
Só na última viagem a Paris, “Doutora Rose” teria gasto 45 mil euros.
Investigadas em auditoria do Tribunal de Contas da União, tais despesas podem fazer parte das investigações do recente inquérito que investiga o mega-esquema de corrupção e tráfico de influência.
Fonte: Extraído de www.alertatotal.net

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

UM BOM E JUSTO LADRÃO

Aconteceu em Fortaleza, Ceará
Por Tácita Gomides, Guilhermo Bonnotappa e Roberth Penachho
A professora C. L. B, 50 anos, docente da Rede Pública do Ceará, teve sua bolsa roubada dentro de um coletivo. Na bolsa havia R$ 1.100,00 (salário mensal de dois turnos da professora), talões de água, luz, telefone celular, prestação de uma casa popular e contas de um perfume da Avon e de uma bijuteria.
Ao ser preso, o ladrão de iniciais C.A.A, 23 anos, não estava mais com nenhum centavo. No entanto, para grande surpresa de todos, verificou-se que o "mão ligeira" havia pago os talões de água, luz e a prestação da casa da professora.
Indagado por nossa Equipe sobre os porquês de tão estranha atitude, o ladrão alegou somente que: "Minha consciência pesaria ao lembrar que uma simples professora, tão injustiçada pelos governos, corria o risco de ter água e luz cortadas, além de ameaças de despejo por falta de pagamento da casa". Sou ladrão, mas sou honesto", justificou.
Questionamos então por que ele não pagou também as prestações do celular, do perfume e da bijuteria, uma vez que sobrou dinheiro. "Tudo isso aí é supérfluo, a professora pode devolver se não conseguir pagar, não sou a favor de consumismo", concluiu.
Segundo um advogado da Defensoria Pública, que fará a defesa do "justo delinquente", sua pena será bastante reduzida em virtude dos procedimentos humanos incomuns encontrados no caso.
A professora, em um ligeiro depoimento a nossa Equipe, disse apenas que: "Estou muito emocionada, nunca esperei ser assaltada por um ladrão tão bom como esse".
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

SOLUÇÃO PARA A PRAÇA PORTUGAL


Praça Portugal, Fortaleza, nos anos sessenta (Arquivo Nirez)

A Praça Portugal, situada na confluência de duas importantes artérias de Fortaleza, sempre tem sido alvo da crítica generalizada de motoristas e de usuários de transportes coletivos, por estar contida em um balão, sempre congestionado e recordista de colisões.
Apesar desses percalços, já foi uma praça bonita, cujo pecado mortal, determinante do inverso, repousa, para a gestão atual do município, na sua localização física: o coração da Aldeota. Tal logradouro, por estar situada em uma área nobre da cidade, é relegado a um plano secundário, justo porque entende a nossa alcaidina que, para Fortaleza, o que interessa é a periferia, onde, aliás, também é bem mais fácil garimpar votos.
Na visão dos gestores da Fortaleza Bela, a manutenção e o reparo dos equipamentos públicos, posicionados em áreas de maior valorização econômica, deveriam ser encargos exclusivos dos burgueses que vivem no entorno ou nas imediações dos mesmos. Por conta disso, a Praça Portugal agoniza, em estado de degradação, e somente é apreciada na época natalina, quando se vê decorada, à conta, direta ou indiretamente, dos lojistas da região.
Várias têm sido as propostas, apresentadas em diferentes gestões municipais, para solução do problema: explosão ou implosão dessa praça, construção de um túnel ou de um viaduto em uma das avenidas que dá origem à mesma etc. Agora mesmo a Prefeitura, nos seus estertores finais, decidiu opinar sobre a questão, indicando a montagem de um sistema binário, de mão única, aplicável às avenidas Virgílio Távora e Desembargador Moreira. Essa medida, embora não pareça tão bizarra, deveria ser melhor estudada pela engenharia de tráfego e levar em conta a participação dos usuários e demais interessados, mormente os que mais respondem pela composição do orçamento municipal.
Os patrícios lusos que moram aqui, certamente não irão ficar felizes, se a praça que relembra as suas origens, vier a desaparecer do mapa da cidade. Quem vivenciou a Fortaleza, da gestão do ex-prefeito Lúcio Alcântara, também não vai perdoar essa malvadeza perpetrada contra um espaço público, onde floresceram tantos amores, ao tempo das “feirinhas”, de saudosa memória.
Que venham mudanças, porque é isso que a situação atual reclama, mas que a Prefeitura se lembre de que nem sempre as soluções novas resolvem às pendências antigas.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico e economista em Fortaleza

* Publicado In: O Povo. Fortaleza, 18 de dezembro de 2012. Caderno A (Opinião). p.7.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Resultados da Seleção da Residência Médica do ICC-2013

O Instituto do Câncer do Ceará, por meio da sua Escola Cearense de Oncologia, divulgará amanhã (18/12/12), em sua home page os resultados das provas de conhecimentos e da análise curricular aos inscritos para cumprir Residência Médica, a partir de 2013, nos programas da instituição credenciados pela CNRM, em que não se apresentaram candidatos que realizaram PROVAB (Cancerologia Clínica, Cancerologia Cirúrgica, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Mastologia e Radioterapia).
Dependendo da liberação dos nomes dos aprovados no PROVAB, projeta-se a divulgação dos resultados finais dos outros programas (Oftalmologia, Patologia e Radiologia e Diagnóstico por Imagem), até o dia 21 corrente.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Coordenador da Seleção da RM do ICC

Quando o Amor é de Graça XIX: Amores (se) Vãos

Raymundo Netto especial para O POVO


Drummond, Vinicius, Bandeira, Quintana e Paulo Mendes Campos

"Depois de te perder, te encontro, com certeza,
talvez num tempo da delicadeza,
Onde não diremos nada; nada aconteceu.
Apenas seguirei, como encantado, ao lado teu." (Chico)
A primeira garota a despertar-me o sentimento de esquecer de mim tinha nome de flor, entretanto, nada de peitos, nem bunda, as pernas eram finas e os cabelos escureciam o rosto alvo, decorado em sardas, de quase não ver os olhos acastanhados. Ora, ela contentava apenas 9 anos! Nem sei como se deu, nem como começou. Lembro apenas de seu sorriso e do inocente desinteresse a minha figura esquálida, repleta de apelidos, protegida dos colegas moleques pela irmã mais velha.
No ano seguinte, mudando de escola, encantei-me por outra garota, mais madura, com 10 anos, que habituava cobrir as mechas negras em gorro de crochê azul. Eu, nos finais de semana, por não suportar-me em saudades, ia ao mercadinho em frente a sua casa, com a desculpa de comprar biscoitos, mastigados com a lentidão da espera de a qualquer momento vê-la — e apenas isso — passar por trás do muro baixo.
Com o fiar dos anos, a adolescência, percebi: passava à calçada uma, apaixonava-me. Cruzava por ali outra, também. E assim se movia a torcicolos o coração de menino para lá e para cá, enamorando-se intensamente, sempre de súbito, por estranhas das quais nunca foi merecedor sequer de descuidoso olhar.
Aos 13, num esboço de reflexão prematura, pensei: alguma coisa está errada! Desconfiei se não constatava ali a promessa de um tarado, um pervertido. Promessa essa, decerto, não cumprida ao longo de uma vida sempre muito solitária, ensimesmada e pensativa. Na época, ironicamente, o desejo de seguir a carreira sacerdotal, a Bernardo Guimarães — eu gênio e a cidade proibida, Margarida —, nada de envolvimentos que pudessem atrapalhar o destino já escolhido. Ainda assim, entre os intervalos dos serviços de igreja, passava horas infindas da mais pura adolescência ouvindo músicas melosas, gastando-me em sinceras e bizarras quadrinhas apaixonadas. Que sacrilégio, hoje sei, com tanto que já se disse em completude sobre o amor... Talvez, por isso, quando um candidato a poeta mostra-me seus versos, dá-me logo a vontade de dizer-lhe: “Desista enquanto há tempo! A boa poesia é sempre muito difícil e a falha, assim como ao violino, é imperdoável”.
Não surpreende então que meu primeiro beijo tenha-me chegado em uma tarda noite aos 20 anos — por iniciativa de uma garota de ideias cacheadas e com nome de pintura —, e durado dois anos de um tempo que no próprio se encerrou, deixando-me largo ensinamento: a melhor coisa do fim de um primeiro amor é descobrir ser possível ter início um segundo, assim como também concluí-lo e partir para um terceiro ou a um quarto. Tudo é questão de decisão. Para os mais românticos, os quase religiosos, isso é demasiadamente herético, cabendo um protesto magatônico de eu não saber de fato o que é amar ou ser amado. Sim, considero a possibilidade de caber-me tal maldição do egoísmo, do desamor profundo e da esterilidade de um coração ateu, embora compreenda que grande fosse esse amor não caberia nele a vaidade ou afetação. Sabe-se lá se “l'amour n'est pas pour moi”, como apontava-me uma amiga aos gritos de uma canção. É-se possível o maior amor do mundo ser aquele do momento, sem tempo de mágoa, remorso ou ressentimento, apenas brilho no peito livre de um tudo, mesmo de não caber na memória o rosto da amada, posto tal chama viniciana, a levar, como sonho, por poucas horas, um dia ou dois, ou tão contrário a si mesmo, como amor camoniano, por uma vida inteira. Para mim, o amor anda de mãos dadas e é no beijo perfeito que devora o seu espírito. Agora, sentado à janela a emoldurar um imenso céu estrelado que não existe em minha vida, trago na pele o que vem de Drummond, o mesmo que me matou em desastre: “Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão, e na concha vazia do amor à procura medrosa, paciente, de mais e mais amor. Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa, amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.”
Fonte: Blog Almanacultura

domingo, 16 de dezembro de 2012

Olha aí o velhinho...



O velhinho caminhava tranquilamente quando passa em frente a um prostíbulo.
Uma prostituta grita:
- “Oi, vovô!, Por que não experimenta?”
O velhinho responde:
- “Não, filha, já não posso!”
A prostituta:
- “Ânimo! Venha, vamos tentar!”

O velhinho entra e funciona como um jovem de 25 anos e sem descanso.
- “Puxa", diz a prostituta, “E ainda dizia que já não pode mais?”
O velhinho responde:
-“Aaah, transar eu posso, o que não posso é pagar!”

- “Não há aposentadoria que aguente!”
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

A COR DAS FEZES

Nos idos dos anos setenta, no Ambulatório de Clínica Médica do Hospital das Clínicas, uma interna atendia a uma paciente, observando uma seqüência de perguntas de um roteiro aplicado na anamnese. Para explorar possíveis transtornos do sistema digestório, havia uma série de perguntas, dentre as quais algumas relacionadas às características das fezes do cliente (freqüência, consistência, volume, cor etc.).
No preenchimento dessas informações, a futura médica perguntou:
– Qual é, atualmente, a cor das suas fezes?
– Como assim, doutorinha?– indagou a paciente.
– A cor: marrom, amarela, esbranquiçada, escura – esclareceu a aluna.
– Ah, sim! É cor de bosta mesmo, doutora – respondeu, crente do suposto óbvio exigido pela pergunta.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sobrames/CE e da ABRAMES
* Publicado, originalmente, In: SILVA, M.G.C. da. Medicina, meu humor! Fortaleza: Edição do Autor, 2012. p.107. Republicado In: SOBRAMES – CEARÁ. Murmúrios literários. Fortaleza: Sobrames-CE/Expressão, 2012. 296p. p.231.

sábado, 15 de dezembro de 2012

CHARGE DAS LOURAS V



Fonte: Circulando por e-mail (internet).

NATAL DA SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS -2012


A Sociedade Médica São Lucas - SMSL, entidade médica católica de evangelização entre médicos, realiza na manhã de hoje, dia 15/12/12, no Edifício-Sede da Unimed Fortaleza, situada na Av. Santos Dumont, a sua comemoração do Natal, com uma Celebração Eucarística, presidida pelo Padre Luiz Gabriel.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico integrante da SMSL

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Homenagens do Instituto do Câncer do Ceará – 2012


O Instituto do Câncer do Ceará (ICC), em comemoração pelo seu 68º aniversário de fundação, acontecido no dia 25/11/12, realizará na manhã de hoje (14/12/12), às 8h30min, solenidade em que prestará homenagens a seus benfeitores: Pe. Brendan Coleman McDonald, Sra. Maura Miranda e Sra. Helena Carvalho, e fará a oficialização do nome do serviço de radioterapia do HOSPITAL HAROLDO JUAÇABA, que passa a denominar-se CENTRO DE RADIOTERAPIA DRA. LÚCIA ALCÂNTARA DE ALBUQUERQUE.
Caberá a mim a elevada honra de fazer o discurso de saudação aos homenageados.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico do ICC

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Royalties cariocas X outros brasileiros no “Veta Dilma”

Resposta de um mineiro ao pedido de cariocas sobre os royalties do petróleo

Por Antônio Carlos Rocha Carneiro
Minas Gerais carregou o Brasil e a Europa nas costas durante 150 anos, nos ciclos do ouro e diamante! Ficaram para os mineiros os buracos e a degradação ambiental! Depois veio o ciclo do minério de ferro, até hoje principal item da pauta de exportações brasileiras, que rendeu ao Rio de Janeiro uma das maiores indústrias siderúrgicas do Brasil, a CSN, e a sede da VALE. Curioso é que o Rio de Janeiro não produz um único grama de minério de ferro, mas recebeu a siderúrgica rendendo impostos e gerando empregos e a sede da mineradora recebendo royalties de exploração de minério.
Mais uma vez Minas Gerais carregando o Brasil nas costas e, de vinte anos para cá, ajudada pelo Pará em razão das reservas de minério de ferro descobertas nesse Estado. Outra vez ficam para os mineiros e paraenses os buracos e a devastação ambiental. Isso sem falar da água; quem estudou geografia sabe que Minas Gerais é a “caixa d’água do Brasil”, aqui nascem praticamente todos os rios responsáveis pela geração de energia hidráulica e, embora a usina de FURNAS seja em MG, a sede é no Rio.
Causa estranheza essa posição de alguns cariocas/fluminenses, pois toda riqueza do subsolo, inclusive marítimo, pertence a UNIÃO. Ao contrário do ouro, do diamante e do minério de ferro que estão sob o território mineiro, as jazidas do pré-sal estão a 400 quilômetros do litoral do Rio do Janeiro e nenhum Estado Brasileiro, inclusive o RJ, tem recursos aplicados na pesquisa, exploração e refino de petróleo, pois todo dinheiro é da UNIÃO que é a principal acionista da PETROBRAS.
Acho piada de mal gosto quando esses políticos fluminenses falam em “Estados produtores de petróleo” sabendo dessas características da exploração do petróleo e dos eternos benefícios que o RJ recebe, tais como jogos Pan-Americanos, olimpíadas, etc.
Acho um absurdo ver crianças de outras regiões mais pobres do Brasil estudando em salas de aula sem luz, sentadas duas ou três numa mesma cadeira, quando há cadeira, enquanto que a prefeitura de Macaé/RJ gasta, torra, esbanja, joga fora dinheiro pintando de cores berrantes passeios públicos!
Proponho que todos brasileiros dos outros Estados façam o protesto VOTA DILMA e mandem e-mails para seus deputados e senadores para acompanhar de perto essa questão do pré-sal. É como disse certa vez um compositor, cujo nome me esqueci, “o Rio de Janeiro é um Estado de frente para o mar e de costas para o Brasil”.
Sérgio Cabral, vá te catar!
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

OTÁVIO BONFIM: das Dores e dos Amores



Praça da Liberdade no Otávio Bonfim: Estátua de Farias Brito e Igreja N. Sra. das Dores


Entre Lisboa e Fortaleza, uma bela coincidência: lá, Alfama, o bairro histórico, guarda nos seus restaurantes e bares, a nostalgia do fado, servindo de pano de fundo as freguesias da Sé e de Santo Estevão, com seus centenários templos de religiosidade. Por cá, o Otávio Bonfim, o bairro das Dores e dos Amores, na visão do escrevinhador, onde se encontra encravada a Igreja de Nossa Senhora das Dores, e no qual floresceram tantos amores, cristalizados no tempo e na memória de moradores e paroquianos, que ali conheceram os seus melhores dias.
Tudo isso está sintetizado no livro: “Otávio Bonfim, das Dores e dos Amores: sob o olhar de uma família”, cujo título lembra, com sutileza, o cantar triste do fado, propondo-se o autor (M.G.C.S.) a fotografar com as lentes da emoção, um perímetro urbano, cinco décadas de permanência nas suas ruas e vielas, familiares, amigos, personagens de destaque e figuras pitorescas, que fizeram, do bairro, uma lenda, e da experiência de vida nas suas paragens, uma grande saudade.
O livro, composto por crônicas, anatomicamente, está dividido em cinco partes que compreendem: I. Os Ancestrais, que discorre sobre a saga de avós, pais e tios do autor, que viveram no bairro Otávio Bonfim; II. Os Filhos, revelando a trajetória de vida da segunda geração, criada no bairro, representada pelos herdeiros sanguíneos de Luiz Carlos da Silva e Elda Gurgel e Silva; III. A Vida Familiar, expondo traços do cotidiano da família Gurgel Carlos da Silva, no contexto do ambiente social; IV. O Entorno, tratando mais explicitamente das cousas mundanas do bairro; e V. Paz e Bem!, cujo mote sacro reside na contribuição dos frades franciscanos ao desenvolvimento local, realçado pela pungente atuação de Frei Teodoro Haerke: franciscano zeloso e desportista nato; Frei Hildebrando Kruthaup: empreendedor audacioso e humanista; Frei Lauro Schwarte: um apóstolo da juventude; e Frei Humberto Wallschlag: um evangelizador social. As duas primeiras partes, focadas no clã familiar, conectam-se com as duas últimas, centradas na comunidade, pela parte mediana posicionando nossa família no meio social e comunitário.
Tudo acima faz parte do livro que vai além da mensagem explícita nos textos. É um livro vivo, fiel às lembranças acumuladas na memória de uma família, com a clara intenção de provocar transformações nos seus leitores. É que ninguém fica impune ao exercício de sofrer, amar e recordar.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico e economista em Fortaleza
* Publicado In: O Povo. Fortaleza, 11 de dezembro de 2012. Jornal do Leitor. p.2.
 

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