quarta-feira, 31 de agosto de 2011

SOLENIDADE DE ENCERRAMENTO DA XIV BIENAL DA ACM

Uma magnífica e bem organizada solenidade marcou o encerramento da Bienal da Academia Cearense de Medicina (ACM), coroando o pleno êxito da realização do evento  ACM, que contou com expressiva participação de confrades e confreiras de outras academias de estados brasileiros, e de conselheiros do Conselho Federal de Medicina.
Foi especialmente tocante a homenagem prestada pela Federação Brasileira de Academias de Medicina (FBAM) ao nosso querido Dr. Geraldo Wilson da Silveira.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva

terça-feira, 30 de agosto de 2011

PRÊMIO IgNOBEL - 2006

Acústica: D. Lynn Halpern, de Harvard Vanguard Medical Associates, a Universidade de Brandeis, a Northwestern University, Randolph Blake, das Universidade de Vanderbilt e Northwestern University e James Hillenbrand, das Western Michigan University e Northwestern University, por conduzirem experimentos para descobrir porque as pessoas não gostam do som de unhas riscando um quadro-negro.
Biologia: Bart Knols, da Wageningen Agricultural University, em Wageningen, Holanda; do National Institute for Medical Research, em Ifakara Centre, Tanzânia; e da Agência Internacional de Energia Atômica, em Viena, Áustria; e Ruurd de Jong, da Wageningen Agricultural University e da Santa Maria degli Angeli, Itális, por mostrarem que a fêmea do mosquito da malária é atraída tanto por queijo limburgo quanto por chulé.
Química: Antonio Mulet, José Javier Benedito e José Bon, da Universidade Politécnica de Valencia, Espanha, e Carmen Rosseló, da Universidade das Ilhas Baleares, em Palma de Mallorca, Espanha, pelo estudo Ultrasonic Velocity in Cheddar Cheese as Affected by Temperature (Velocidades Ultrasônicas no Queijo Cheddar Afetadas pela Temperatura).
Literatura: Daniel Oppenheimer, da Universidade de Princeton, pelo seu estudo “Consequences of Erudite Vernacular Utilized Irrespective of Necessity: Problems with Using Long Words Needlessly” (Consequências do vernáculo erudito utilizado sem necessidade: problemas de se usar palavras longas desnecessariamente).
Matemática: Nic Svenson e Piers Barnes, da Australian Commonwealth Scientific and Research Organization, por calcularem o número de fotografias que devem ser tiradas para assegurar que ninguém, em uma foto em grupo, apareça de olhos fechados.
Medicina: Francis M. Fesmire, da University of Tennessee College of Medicine, por seu estudo médico Termination of Intractable Hiccups with Digital Rectal Massage (“Interrupção de soluços incuráveis com massagem retal digital”); e Majed Odeh, Harry Bassan e Arie Oliven, da Bnai Zion Medical Center, Haifa, Israel, por seu subseqüente estudo médico também intitulado Termination of Intractable Hiccups with Digital Rectal Massage (“Interrupção de soluços incuráveis com massagem retal digital”).
Nutrição: Wasmia Al-Houty, da Universidade do Kuwait, e Faten Al-Mussalam, da Kuwait Envirnment Public Authority, por mostrarem que escaravelhos são enjoados para comer.
Ornitologia: Ivan R. Schwab, da University of California Davis, e o falecido Philip R. A. May, da University of California Los Angeles, por investigarem e explicarem porque o pica-pau não tem dor-de-cabeça.
Paz: Howard Stapleton, de Merthyr Tydfil, País de Gales, por inventar um repelente eletromecânico de adolescentes: um aparelho que emite sons agudos desagradáveis, ouvidos por adolescentes, mas não por adultos; posteriormente utilizado em toques de telefone celular audíveis aos adolescentes, mas não a seus professores (também ficou conhecido como “O Mosquito”).
Física: Basile Audoly e Sebastien Neukirch, da Université Pierre et Marie Curie, em Paris, por suas reflexões sobre porquê o espaguete seco sempre se quebra em mais do que dois pedaços.
Fonte: wikipedia.org

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

XIV BIENAL DA ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA


É com imensa satisfação que a Academia Cearense de Medicina (ACM) convida para as atividades de comemoração de 33 anos de nossa Academia (foi fundada em 12/05/1978, sendo a primeira de âmbito estadual no Brasil). A Bienal da ACM é realizada a cada dois anos e esta será a nossa XIV, tendo a Bioética como tema central do evento, que contará com o efetivo apoio do Conselho Federal de Medicina.
Por especial deferência ao Ceará, a FBAM (Federação Brasileira de Academias de Medicina) vai comemorar os seus 25 anos conosco e homenageando o nosso Dr. Geraldo Wilson da Silveira Gonçalves, seu Presidente de Honra. Pela mesma razão, e com maior honra ainda, estará conosco o Presidente do Conselho Federal de Medicina, também um dos patrocinadores do Evento.
A inscrição é gratuita, mas as vagas são limitadas, e pode ser feita pelo telefone 3223-2782 ou pelo e-mail: reunir@mcanet.com.br
Marcelo Gurgel Carlos da Silva

domingo, 28 de agosto de 2011

O BRASIL ANEDÓTICO XXXI

A SABEDORIA DE FREI DIOGO
Moreira de Azevedo - "Mosaico Brasileiro", pág. 36.
O ano de 1702, de seca intensa, abrasava o nordeste, até Pernambuco. Alarmada, a população de Olinda foi procurar o bispo D. Frei Diogo de Jesus Jardim, pedindo-lhe licença para uma procissão de penitência.
- Nada de procissões, meus filhos, - protestou o velho prelado, notável pelas suas virtudes; - a verdadeira penitência consiste na emenda da vida e na reforma dos costumes. Emendai-vos, e a chuva há de cair.
A multidão retirou-se, contrita.
No dia seguinte começou a chover.
O MONARCA REPUBLICANO
Múcio Teixeira - "O Imperador visto de perto", pág. 69.
Ao visitar, em 1877, Vítor Hugo, cujo estro fulminava as testas coroadas do século, o Imperador Pedro II fez-lhe uma observação piedosa:
- Não queira mal aos "meus colegas". Eles vivem tão rodeados, tão enganados, que não podem ter as "nossas idéias".
E o poeta, com tristeza:
- Sois o único, Senhor, infelizmente...
A ÚNICA MAJESTADE
Múcio Teixeira - "O Imperador visto de perto", pág. 70.
Ernesto Sena - "Deodoro", pág. 149.
Após a apresentação da sua netinha Jeanne ao Imperador do Brasil, Vítor Hugo foi buscar pela mão o seu neto:
- Senhor, tenho a honra de apresentar o meu neto Jorge a Vossa Majestade.
O Imperador abraçou a criança, e, alisando-lhe os cabelos:
- Meu filho, aqui não há mais que uma majestade.
E indicando o poeta:
- Ei-la!
FALTA DE SORTE
Ernesto Sena - "Deodoro", pág. 149.
Quando presidente da República, era Deodoro procurado por dezenas de indivíduos que se diziam republicanos de longa data e que se consideravam, por isso, com direito a serem amparados pelo novo regime. Um deles, homem de idade avançada, queixava-se, certa vez, insistentemente, da ingratidão da pátria, pois que havia sido propagandista, e era republicano há mais de trinta anos.
- Ora, meu caro amigo, - atalhou Deodoro, - eu sou republicano a datar de 15 de novembro, e já cheguei a presidente da República. Logo, a República não é ingrata.
E estendendo-lhe a mão para despedi-lo:
- O senhor é que é caipora!
A ÁGUIA... E O "TICO-TICO"
Constâncio Alves - Revista da Academia Brasileira de Letras, n° 39, pág. 243.
Rui Barbosa era um espírito faminto de leituras. Lia tudo. Passava pelos olhos todos os jornais do Rio, quase todas as revistas, e não dispensava à cabeceira, para conciliar o sono, um romance policial.
Certa vez, em conversa com Constâncio Alves, citou o grande publicista um conto infantil, que lhe havia despertado interesse.
- Onde V. Excia. o leu? - teria indagado Constâncio.
E o mestre:
- Não estou certo; creio, porém, que foi no Tico-Tico...

sábado, 27 de agosto de 2011

MULHERES NA VIDA DE JESUS


MULHERES NA VIDA DE JESUS: a história das primeiras discípulas

Lúcia Arruda
Lúcia Arruda, cearense de Fortaleza, é religiosa da Congregação de Nossa Senhora do Retiro do Cenáculo. Licenciada em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Ceará, e graduada em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte, atualmente se dedica à orientação de retiros espirituais e cursos sobre o Eneagrama.
Sinopse
Por meio de ficção e realidade, lançamento da Paulus conta a história das primeiras discípulas de Jesus.
“Maria, chamada Madalena, da qual haviam saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, o procurador de Herodes; Susana e várias outras…” (Lc 8, 2-3). Quem eram essas mulheres e qual o papel que desempenharam na vida de Jesus e nas origens cristãs?” É a partir dessa reflexão que Lúcia Arruda convida o leitor a conhecer sua obra Mulheres na vida de Jesus –A história das primeiras discípulas.
Lançamento da PAULUS, o livro, escrito em forma de romance, destaca o cenário político e socioeconômico da época, além de retratar a história de algumas das primeiras figuras femininas que, segundo o Evangelho de Lucas (Lc 8,1-3), seguiam os passos de Jesus pelas cidades e aldeias.
“Narrando a história de três dessas mulheres, nossa intenção é tentar resgatar a visibilidade feminina no contexto do seguimento de Jesus. Para isso, procuramos representar o dia a dia dessas primeiras discípulas, do modo mais próximo possível da realidade, buscando fornecer um quadro verossímil de como poderia ter transcorrido o cotidiano de cada uma”, relata Lúcia.
As mulheres escolhidas pela autora tinham algo em comum: o fato de terem recebido graças de Jesus, ora relacionadas à cura de doenças, ora à libertação dos pecados. Maria Madalena e Joana são duas das personagens que têm suas histórias contadas na obra. A terceira é a mulher que, de acordo com o Evangelho de Lucas (Lc 7,36-50), ficou conhecida como a pecadora que lavou os pés de Jesus com suas lágrimas e os enxugou com seus cabelos. “Como Lucas não cita o nome desta mulher, eu resolvi chamá-la de Safira (…). O enredo mistura ficção e realidade, contendo uma dimensão da história que não foi relatada pelos autores do Novo Testamento”, explica.
Este trabalho, rico em detalhes, introduz o leitor ao início do cristianismo e propõe reflexões acerca de como a figura feminina era vista na época, utilizando passagens bíblicas que enriquecem o conteúdo apresentado. “Apesar de ser uma obra de ficção, o livro tem uma base histórica irrecusável e, de alguma maneira, alcançará o seu objetivo se contribuir para despertar as consciências para o valor intrínseco das mulheres e a importância do papel que elas desempenharam no movimento de Jesus e nas origens cristãs”, conclui a autora.
“MULHERES NA VIDA DE JESUS – A história das primeiras discípulas” relata a vida das mulheres que contribuíram com a missão de Jesus, além de destacar o papel que Ele exerceu ao resgatá-las da situação de exclusão em que viviam. Livro emocionante, questionador e instrutivo, excelente objeto de estudo para especialistas, estudantes e leigos interessados no assunto.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O MINEIRO E A MULHER NUA

Uma garota completamente nua entra no bar do mineiro e pede uma cachaça.
Ele prepara a bebida e, ao passar-lhe o copo, debruça-se sobre o balcão para observar, atentamente, seu corpo pelado.
Pouco depois a garota pede outra cachaça.
E o mineirinho volta a debruçar-se sobre o balcão e a olha com muita atenção.
Ela se irrita e questiona:
- Por que você está olhando tanto? Nunca viu uma mulher nua?
Educadamente, o mineirinho responde:
- É claru qui já vi uai! E eu vô falá uma coisa procê… É bão dimais da conta, sô! Mai num é prá issu queu tô oiano…
- Tô é querendo sabê dondi é cocê vai tirá o dinheiro pra pagá as pinga!
Fonte: Circulando por e-mail (internet)

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

HOSPITAL HAROLDO JUAÇABA

Por Pedro Henrique Saraiva Leão (*)
A caridade sempre foi a maior virtude do Cristianismo. Assim, ao longo da Idade Média, em Roma originaram-se os hospitais. O primeiro deles, público, foi criado ao tempo do Imperador Claudius. Nasceram, em hostes militares, como fundações pias, para a prática da caridade.
Basicamente hospedarias, forneciam alimentos, calor, e abrigo para pobres, doentes, feridos. Em verdade, eram “hospitéis”. Também ali, Fabíola, nobre e rica romana convertida ao Cristianismo, primeira enfermeira reconhecida como tal, fundou o pioneiro hospital de caridade, dando origem às futuras Santas Casas da Misericórdia.
Àquela época tais hospitais denominavam-se lazaretos, lembrando Lazaro, o leproso da Bíblia, e a então altíssima incidência dessa moléstia. Desde os tempos mais obscuros, abundam nosocômios (hospitais) com nomes de santos: Santa Maria, São Bartolomeu, São Tomaz, São George, São Carlos, todos em Londres; São Benedito (Roma), Santo Antônio (Paris), São Sebastião (Nuremberg), Santa Maria Nuova (Florença), e aqui São Raimundo e São José.
Para esta lista ser hagiologicamente (relativa aos santos) completa, criou-se o Hospital de Todos os Santos, talvez pela ânsia de acumular padroeiros. Especulando, atribuiríamos isso à influência da Igreja Católica, insistindo no caráter expiatório das doenças, presumivelmente enviadas do céu para castigar e “redimir” os pecadores, e à impotência da Medicina naquelas recuadas eras. Essas circunstâncias condicionavam os enfermos a recorrer à divindade e seus santos, seus advogados.
Modernamente, a despeito do alto poder da Medicina, não seria prudente para nós, cristãos, descurar da corte celeste. Contudo, é bem batizarmos tais lugares com nomes de santos modernos, mantenedores da nossa integridade física e mental. Devemos homenagear não as doenças, mas aqueles que as combatem. Destarte, louve-se alguns nomes no Ceará: Hospital Pontes Neto (Quixeramobim), César Cals, José Frota, Waldemar Alcântara.
Ademais, a palavra “câncer”, cunhada por Hipócrates, por semelhar o caranguejo, a mover-se devagar em todas as direções, hoje virou tabu, substituída por “aquela doença”, “pertinaz moléstia”. Impressionou até aos mestres da Teoria Literária, e Marisa Lajolo afirmou ser o melhor exemplo do medo provocado por certas palavras, como mencionado no meu livro “Câncer Colo-retal” (Ed. UFC, 1984).
Tal palavra equivale ao temor criado pela peste, lepra, sífilis, tuberculose, d’antanho, ou a AIDS, de hoje. Para alguns é um anátema (maldição) ou estigma (marca deixada por ferida). Ninguém quer-se referido, ferrado como canceroso. Por tudo isso, o nosso Hospital do Câncer devia chamar-se Hospital Haroldo Juaçaba, paladino no seu combate neste Estado. Escolhido pela Faculdade de Medicina da UFC, saudei-o como professor emérito em 18/4/1991. Esta ideia luminosa, logo por mim desposada, é do eminente sociólogo, antropólogo Gilmar de Carvalho. Parabéns, professor!
(*) Médico e presidente da Academia Cearense de Letras
ph.saraivaleao@bol.com.br
Publicado In: O Povo/ Opinião, 25/05/2011.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

MEU FUTURO ALUNO...

Na sala de aula, a professora estava analisando com seus alunos o poema de Carlos Drummond de Andrade:
“No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho.
E eu nunca me esquecerei
Que no meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho”.
Depois de ter explicado que, ao analisarmos um poema, podemos detectar as características da personalidade do autor implícitas no texto, a professora pergunta:
- Joãozinho, qual a característica de Carlos Drummond de Andrade que você pode perceber neste poema?
- Se ele não era traficante, era usuário.
CASO VERIDICO!!!!!!
Fonte: Circulando por e-mail (internet)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

JAPONÊS OFENDIDO

Uma multinacional japonesa radicada no Brasil recebeu um engenheiro da matriz para ministrar um curso aos seus funcionários.
Passados alguns dias o japonês chegou para o presidente da empresa e reclamou:
- Japonês muito chateado com brasileiros, né?!
- Mas porquê, o que aconteceu?
- Japonês não gostou do apelido que corocaram, né?!
- Mas que apelido foi esse?
- Brasileiros chama japonês de "hemorróida".
- Mas isso é uma vergonha!!!! - diz o presidente, e convoca seus funcionários para uma reunião.
- Vocês não têm vergonha de fazer uma coisa dessas? Chamar esse senhor de hemorróida? Eu não quero mais ouvir isso aqui de hoje em diante. Chamem-no pelo seu nome. Aliás, como é mesmo seu nome?
- SAI SANG DU KU
Fonte: Circulando por e-mail (internet)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

APREÇO À EDUCAÇÃO

Por Prof. José Cajuaz Filho
Fortaleza, CE
Já se está cansado de ouvir, mesmo assim ainda se acredita, que o progresso de um povo está na educação. Essa cantilena está se esclerosando, pois na prática a realidade é muito diferente sobretudo na área política.
Os políticos dão mais valor às obras que aparecem aos olhos dos eleitores incautos que àquelas que não aparecem, mas que produzem um efeito desenvolvimentista fabuloso como a educação.
A educação é um direito de todos e um dever do Estado. Assim reza a Carta Magna do País. Então ela dever ser prioridade no projeto de governo do Estado Brasileiro e de suas unidades federativas.
Educação não é somente a transmissão de conhecimentos. Isso é importante. Ela vai mais além. A família, a escola e outras entidades têm o dever de formar bons e dignos cidadãos que vão atuar nos vários segmentos da sociedade.
Por falta de educação é que se veem, hoje, os desmandos campeando em todas as áreas da sociedade.
No mosaico da sociedade há várias profissões que a compõem. A cada profissão deve corresponder um salário digno, pois cada profissão é digna. A Sagrada Escritura isso reconhece. Em I Timóteo 5-18, encontra-se essa afirmação: Dignus est operarius mercede sua. O trabalhador é digno de sua recompensa. Portanto salário digno para todas as profissões, e todo trabalho merece recompensa.
Ele, salário, é o meio de realização e de sobrevivência daqueles que trabalham Como viverão os que trabalham sem essa recompensa?
É alta ignorância afirmar que se deve trabalhar somente por ideal. Assim seria se já se vivesse no plano ideal. O ser humano é um composto de matéria e espírito. Então deve haver a junção das duas pilastras que fazem com que o trabalho seja prazeroso: o ideal e a sobrevivência. Caso contrário o trabalho se torna um martírio.
Não existe educação de qualidade sem salário digno, pois, entre os vários vértices da educação, ela se apoia em dois: professores qualificados e motivados e infraestrutura. Sem salário digno não há motivação não só em educação, mas também em qualquer outro setor.
A época do trabalho escravo já passou? Parece que não. Prova. Li, com indignação, no Diário do Nordeste, a seguinte declaração do governador do Ceará, Cid Gomes: “Quem quer dar aulas faz isso por gosto e não por salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado.”
Que beleza de declaração, sobretudo partindo daquele que deve obedecer religiosamente à Constituição! Como nosso governador valoriza a educação e os estabeleci mentos de ensino do estado! Seguindo a linha do governador, será que ele é assim, todos os políticos deviam dizer: Quem faz política, faz isso por gosto e não por salário. Se quer ganhar melhor sai da política e vai para a empresa privada.
Será que apareceria candidato a qualquer cargo político sem estes salários astronômicos? Não, com toda certeza, porque com o salário polpudo, com as grandes mordomias que ninguém tem, ainda existem os espertos que se sentem insatisfeitos e vão atrás de propinas, levam dinheiro na cueca, buscam completar o gordo salário com o mensalão, o mensalinho, o cartão corporativo, o desvio de verbas, os 10% sobre as obras realizadas e outras coisas mais que eles inventam com tanta criatividade.
Governador, por que o senhor não dispensa seu salário de R$12.000,00 e trabalha por gosto? Por que os ex-governadores não dispensam esse minguado salário? E os deputados, os vereadores e os ministros? Por que só os professores?
Parabéns, governador, pelo apreço que o senhor tem à educação, à valorização do ensino público do seu estado e aos professores. O Ceará está na vanguarda da valorização da educação. Que beleza! Parabéns de novo, governador.
Fonte: Revista Missões
Pastoral da Comunicação pascom@paroquiasantoafonso.org.br

sábado, 20 de agosto de 2011

FRANCISCO MONTEIRO (Chico Passeata): um sanitarista das grandes causas


Francisco das Chagas Dias Monteiro (o Chico Passeata), nascido em Fortaleza, em 7 de novembro de 1947, iniciou a sua graduação na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), em janeiro de 1966, porém devido às severas e descabidas sanções da ditadura castrense, decorrentes da sua militância política, somente veio a concluir o curso médico em julho de 1976.
Cursou Especialização em Saúde Pública na Universidade Estadual de Campinas, (Unicamp), em 1984, obtendo o título de especialista em Saúde Pública. Em 1995, ingressou no Mestrado Acadêmico em Saúde Pública da UFC, encerrado em 1997, com a defesa da dissertação: “O Instituto de Medicina Preventiva (IMEP): uma História do Ensino da Medicina Preventiva na Universidade Federal do Ceará”, produto da maior relevância para o conhecimento da História da Saúde Pública no Ceará, digna de ser preservada, sob a forma de um livro póstumo, chancelado por instituições públicas cearenses.
Em 2000, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, diante dos seus títulos acadêmicos, conferiu-lhe o Certificado de Registro de Qualificação de especialista em Medicina Sanitária. Era também especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira da Clínica Médica.
Começou a sua atuação profissional, em julho de 1976, logo após a formatura, no Hospital de Aratuba, município serrano situado no maciço de Baturité, Ceará, detentor de uma forte ação social, imprimida pelas Comunidades Eclesiais de Base, sob a influência da Teologia da Libertação, uma corrente de cunho socialista abrigada na Igreja Católica. Nesse vínculo celetista, que perdurou até dezembro de 1978, trabalhou na assistência médica hospitalar e na saúde da comunidade, com atividades de promoção da saúde e de prevenção, apoiando as ações encetadas pela Fundação SESP, nos lugarejos de Aratuba. Sua vivência nessa comunidade foi tão edificante que, para muitos, durante um certo tempo de sua vida, ficou conhecido por “Chico Aratuba”.
Em 1979, aproveitando a oportunidade da pós-graduação em Farmacologia na Unicamp, para sua esposa Helena Serra Azul, aceitou o convite para trabalhar, como médico, na Secretaria Municipal de Saúde de Campinas-SP, para onde carrearia sua experiência de campo, lidando com populações economicamente marginalizadas. Nesse órgão, exerceu as funções de Coordenador do Posto de Saúde do Jardim das Bandeiras, Assessor do Secretário de Saúde e Supervisor Regional de Saúde de Campinas. Ao tempo de sua permanência campineira, foi médico da Prefeitura Municipal de Itapira, prestando atendimento em Posto de Saúde, na forma de plantão, em região rural de assalariados agrícolas, e da Prefeitura Municipal de Paulínia, lotado no Pronto Socorro de Paulínia. O seu engajamento político, indicativo do entrosamento na comunidade de Campinas, fê-lo lograr expressiva votação do eleitorado local, deixando porém de conquistar o cobiçado cargo de vereador à conta do quociente partidário.
Em 1986, retornou ao Ceará, para assumir: o cargo de confiança de Diretor de Assistência Médica, da Secretaria de Saúde do Município de Fortaleza; o contrato de médico do Hospital Geral de Maracanaú; e o cargo de médico concursado da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, na qual viria a ser Assessor Especial do Secretário de Saúde em 1986 e a partir de 2007.
Em 1990, foi empossado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), como servidor público federal, com enquadramento funcional no regime jurídico único, passando a realizar serviços médicos de vigilância sanitária de Portos e Aeroportos. Por esse organismo era Secretário Geral do SINAGÊNCIAS (Sindicato dos Servidores das Agências de Regulação Nacional), desde 2004, e Presidente da Associação Nacional dos Servidores da Vigilância Sanitária Federal, de 1998 a 2007.
No ano de 1997, guindado ao cargo de Secretário de Saúde do Município de Canindé-CE, foi ele, em grande parte, responsável pela instalação do Programa Saúde da Família (PSF).
Desde 2007, na Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA), vinha exercendo a função de Assessor Especial do Secretário de Saúde, acumulando, entre outras atribuições, a de Coordenador da Comissão organizadora do processo simplificado para contratação por tempo determinado de profissionais de saúde, bem assim o de Coordenador de Atenção Integral à Saúde do Homem, em exercício desde agosto de 2009.
Chico Monteiro teve importante atuação direta em fóruns que conduziram à constituição do Sistema Único de Saúde, tendo sido membro da Relatoria das VIII, IX e X Conferências Nacionais de Saúde, e participado de vários conselhos, em diferentes instâncias administrativas, merecendo mencionar os seguintes: membro do Conselho Estadual de Saúde, de 1987 a 1997; membro do Conselho Municipal de Saúde de Fortaleza, em 1998, e de 2004 a 2007; representante titular do Conselho Federal de Medicina junto ao Conselho Nacional de Saúde, de 2002 a 2006; e membro da Comissão Intersetorial de Vigilância Sanitária e Farmacoepidemiologia, em 2009.
Francisco das Chagas Dias Monteiro consagrou, igualmente, parte dos seus esforços em prol das melhores condições de trabalho médico, militância começada em 1978, ao integrar o “Movimento Renovação Médica”, com vistas à mudança diretiva do Centro Médico Cearense, então capitaneado no Ceará pelo gentil-homem Paulo Marcelo Martins Rodrigues, sendo essa mobilização considerada embrião e fermento do efervescente movimento das “Diretas Já”, passo fundamental para a redemocratização do Brasil. Sua contribuição se fez presente na condição de Conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, desde 1988, com mandato que se estenderia até 2013; Vice Presidente, Secretário de Relações Sindicais e Conselheiro Fiscal da Federação Nacional dos Médicos, de 1988 a 2005; Segundo Secretário do Conselho Federal de Medicina, de 1999 a 2002; Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará, de 1988 a 1989, e integrante do conselho fiscal desse sindicato, para o mandato de 2009 a 2012.
Por sua vinculação ao Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva (NESC), lecionou disciplinas “Introdução à Prática Médica” e de “Introdução à Saúde Coletiva”, para várias turmas de Medicina da UFC, na década de 1990. Foi ainda, como representante da comunidade extramuros, membro do Conselho Universitário da UFC, no ano de 2005, dignificando o controle social externo na instituição de ensino superior.
Chico era um homem de ideias, e, sobretudo, do debate em torno de suas convicções, no intuito de convertê-las em ações concretas que resultassem em avanços e conquistas para o SUS, do qual foi um ardoroso defensor, desde o nascedouro, quando se discutia, no País, a Reforma Sanitária, perfilando-se, a esse tempo, ao lado de grandes sanitaristas liderados por Sérgio Arouca. Para isso, ele marcou presença em mais de trezentos eventos, incluindo congressos, jornadas, fóruns etc., figurando, na maior parte das vezes, como expositor ou ativo debatedor, e não um mero espectador dos fatos em marcha.
Ainda que o seu engajamento na atividade acadêmica fosse pontual e transitório, sua produção bibliográfica, constante no seu curriculum vitae, inserido na Plataforma Lattes, até 14/09/2009, dava conta das seguintes cifras: textos em jornais de notícias/revistas (16), trabalhos completos publicados em anais de congressos (23), Resumos publicados em anais de congressos (16) e Resumos publicados em anais de congressos (artigos) (44).
No perfil que traçou de si próprio, em seu currículo Lattes, apontou: “Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Saúde Pública e Clínica Médica, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde pública, saúde da família, controle social, medicina preventiva, defesa da qualidade de trabalho e salário na área de saúde”.
Em 1991, Francisco Monteiro participou, pela primeira vez, da Antologia Anual editada pela Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – Regional do Ceará (SOBRAMES/CE), e, desde então, com exceção da edição de 2004, tomou parte em todas as antologias, somando 19 participações e acumulando 168 inserções literárias. Atualmente, era membro da Diretoria da SOBRAMES/CE, empossada em 2010. Poeta e escritor, com dois livros de poemas publicados: Sobrevivências (Ao Livro Técnico / Premius, 2002) e Contraponto (Ao Livro Técnico / Premius, 2004), aos quais se juntavam dezenas de figurações em antologias e coletâneas e centenas de poesias inéditas, mantidas em suas gavetas pessoais ou espalhadas em mãos de terceiros.
Os prêmios e títulos recebidos foram consistentes, em qualidade, não em profusão que espelhassem a vida dedicada que teve em prol das grandes causas da Saúde Pública brasileira, cabendo explicitar os que se seguem: Paraninfo da Turma de Medicina, Turma de Formandos da Medicina (1996); Votos de Congratulação da Câmara Municipal de Fortaleza, pela recondução na presidência da ANSEVS (2001); Sócio-Honorário da Sociedade Cearense de Medicina de Família (2003); Comenda Sindical Médica do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (2004); e Menção Honrosa no IX Prêmio Ideal Clube de Literatura, no gênero poesia (2006).
A “dama do forcado” que, em vão, tentara arrebatar-lhe a vida em 2010, voltou à carga, de modo insidioso, sorrateiramente entranhada, pinçando-o, maliciosamente, como as tenazes de um caranguejo, e o subtraindo do mundo dos viventes em 12 de agosto de 2011. Por ironia do destino, a sombria figura, comumente retratada como um esqueleto humano portando uma foice, ceifou-o no auge de sua produção intelectual, exatamente no dia do lançamento do livro Promovendo a política estadual de atenção integral à saúde do homem: situação de saúde e experiências municipais na atenção à saúde do homem”, obra coordenada pelo médico Francisco Monteiro (Chico Passeata), na qualidade de responsável pelo Projeto de Implantação do Programa de Atenção Integral à Saúde do Homem, da SESA.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor titular de Saúde Pública-Uece
Da Academia Cearense de Medicina

Lançamento de “Florilège Poétique”, de Francisco Carvalho

A noite de ontem, 19 de agosto de 2011, no Centro Cultural Oboé, aconteceu o lançamento de “FLORILEGE POÉTIQUE, livro de poemas escolhidos do grande poeta brasileiro Francisco Carvalho, traduzido com apuro pelo Prof. Jean-Pierre Rousseau. A obra foi editada em Paris, por João António Rebelo Heitor, da Convivium Lusophone.
A organização do lançamento ficou aos cuidados da professora e escritora Regina Fiúza. Sob o entusiasmo de João Heitor, que apresentou a obra e o tradutor, o evento foi marcado pela leitura de poesias selecionadas, em português, seguida da correspondente tradução francesa. Ao término, todos juntos leram o poema “Gato no sofá” / “Chat sur le sofa”, com as estrofes alternando português e francês.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

MULHER, MEDICINA, LITERATURA

Sempre reverenciei as três. A primeira pois dela provindo; as outras, por ter-me casado com a segunda, mantendo a terceira por amante. Em verdade vos digo: Eva foi e é a véspera de todos nós. Formam a minha eterna trindade, parafraseando um ex-estudante de Medicina, o poeta inglês John Keats.
No Novo Testamento já havia três mulheres: Maria de Betânia, irmã de Lazaro; Maria de Magdala, ou Madalena, esta amando Jesus vivo, morto e ressuscitado, e aquela que lhes perfumou os pés.
Creio ter sido do poeta Pablo Neruda a advertência: “no hacieras a la mujer ni con il pétalo de una rosa”. São Paulo, falando aos corintios, afirmou: “A mulher é a glória do homem”. E digo: são, os nossos alfa e ômega.
Aliás, a mulher teve um parto gemelar (gêmeos) ao parir Literatura e Medicina; com a palavra o poeta Homero, primeiríssimo a descrever ferimentos, na “Ilíada” (tradução de Haroldo de Campos, SP: Ed. Mandarin, 2002), e na “Odisseia”.
Assim, sempre fui feminista, deplorando os que lhe chamam “rapaz”, como se feitas fossem à sua truculenta, coronolesca semelhança. Os franceses reconhecem em tudo sua presença: “cherchez la femme”. Isto desde o nariz de Cleopatra ter mudado o destino do mundo.
O primeiro enfermeiro foi Fabiola, em Roma. A primeira escola médica europeia surgiu em Salerno, no século X, e no milênio seguinte, sua figura solar também foi feminina: Trotula. O “Regimen Sanitatis Salernitanum” continha 842 versos para os médicos decorarem. Daí, ser velha a Literatura!
Madame Curie (Varsóvia, 1867 – França, 1934 por leucemia) pesquisadora original da radioatividade, recebeu dois prêmios Nobel: Física, e Química. Nos Estados Unidos, Helen Taussig pesquisou a talidomida, e, com Alfred Blalock, bolou a operação para o “bebê azul” (1944), malformação congênita obstrutora da circulação sanguínea para o coração. As flechas de Cupido também tangeram o carro da Medicina, pois as luvas cirúrgicas foram mandadas confeccionar pelo cirurgião americano William Halsted, para sua enfermeira e depois esposa Caroline Hampton.
Com “Iracema”, José de Alencar criou o gênero romance no Brasil. A propósito, lembramos que a Unimed Fortaleza – no afã de aumentar a frequentação da ficção literária pelos médicos – oferecerá, nos dias 22, 24 e 26 próximos (com prioridade no Norte e Nordeste), um curso homônimo, com esse salutar objetivo, e na Academia Cearense de Letras (a mais antiga do Brasil) a professora doutora Ângela Gultierrez, abrirá o Ciclo de Conferências/2011, no dia 23 de agosto, com a programação estendendo-se até 22 de novembro deste ano.
Aliás, já dizia Castro Alves: “Livros, livros à mancheia, e manda o povo pensar”.
Pedro Henrique Saraiva Leão
Médico e presidente da Academia Cearense de Letras
pedrohenrique.leao@unimedfortaleza.com.br
Fonte: Publicado In: O Povo, Opinião,17.08.2011

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

MISSA DE SÉTIMO DIA POR CHICO PASSEATA


Hoje (18/08/11), às 18 horas, na Igreja do Cristo Rei, será celebrada a Missa da Ressurreição, em sufrágio da alma do Dr. Francisco das Chagas Dias Monteiro (o Chico Passeata). Antes da missa, no Salão Paroquial, serão prestadas homenagens póstumas ao combativo sanitarista, que há sete dias faleceu no auge de sua capacidade produtiva, deixando uma imensa saudade a tomar conta da legião de amigos do peito por ele conquistada.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

INTERCÂMBIO UECE-UNIVERSIDAD CATÓLICA SAN ANTÓNIO

As professoras Isabel Morales Moreno, Immaculada Viedma e Carmen Conesa, da Universidad Católica San António (UCSA), de Múrcia, após duas semanas de permanência entre nós, tratando de intercâmbio técnico e institucional, retornaram ontem à Espanha. As docentes Diana Jimenez e Adriana Oliveira, também integrantes da comitiva espanhola, prosseguirão conosco até o final de agosto, dando seguimento a um projeto de pesquisa de mútuo interesse.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PALESTRA: “A História do Ensino da Enfermagem no Ceará”

Amanhã, dia 16/08/2011, às 9 horas, no Auditório do antigo PROFAE, da UECE – Campus do Itaperi, terei a grata satisfação de proferir a Palestra: “A HISTÓRIA DO ENSINO DA ENFERMAGEM NO CEARÁ”, como aula inaugural do semestre letivo 2011.2, do Curso de Mestrado Acadêmico em Cuidados Clínicos em Enfermagem.
O convite, reproduzindo a apresentação acontecida na Academia Cearense de Medicina, em 8/06/2011, é extensivo a enfermeiros e demais profissionais interessados no tema a ser exposto.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva

domingo, 14 de agosto de 2011

FALECIMENTO DO PROF. FROTA PINTO

O Secretário Geral da Academia Cearense de Medicina, Dr. Vladimir Távora Fontoura Cruz, com profunda tristeza, comunica o falecimento, ocorrido nesta manhã de domingo, Dia dos Pais, do estimado professor de psiquiatria da UFC e confrade Acad. GERARDO FROTA DE SOUSA PINTO.
O velório será no Ternura, a partir das 11 horas, e o sepultamento às 16 horas, de hoje (14/08/2011).

MONOTONIA DA VIDA

Quando estudamos os estilos de vida de diferentes pessoas, grupos e populações verificamos, com frequência, que muitos tentam evitar a monotonia da repetição dos acontecimentos e necessidades diárias da vida buscando transformações. E aí, muitas vezes, está o perigo de mudar para algo prejudicial ou que não esteja de acordo com os limites de suas necessidades. E mais, outros procuram variações das quantidades com a intenção de adquirir satisfação de viver.
Como exemplo, um dos grandes problemas atuais é o aumento acentuado da obesidade em todas as classes sociais. E temos o enorme desafio da obesidade nos idosos alem das várias doenças próprias da idade.
A monotonia da vida é cantada em prosa e verso há anos. Fernando Pessoa já dizia: “Em sua essência, a vida é monótona. A felicidade consiste pois numa adaptação razoavelmente exata à monotonia da vida”.
Para mim é uma ocorrência muito difícil da vida. Como muitos, gostaria de ter tempo para realizar meus planos. Constitui um preço alto que pagamos para viver. Mas as nossas grandes “inimigas” são as necessidades fisiológicas. As psicológicas, sociais, financeiras, religiosas e profissionais, quando bem mobilizadas e utilizadas, são as que nos causam satisfação de viver e felicidade.
Certo também que, quando não bem trabalhadas, levam aos possíveis problemas da monotonia da vida com diferentes tipos de doenças, estresses, depressões, psicoses, etc., além do tempo perdido de vida.
Falando das necessidades fisiológicas e de suas duas causas fundamentais de “perdas de tempo”, a alimentação e o sono, temos a certeza da indicação de fazer alguma coisa para diminuir ou mesmo evitar essas necessidades. Sabemos também que isto não é fácil de fazer. Calculei usar de 10 a 14 horas para o café da manhã, lanches, almoço, jantar e sono. E, para almoçar, ainda tenho de perder tempo me vestindo e indo para um self service perto de casa ou restaurante.
Pode se transformar numa desgastante monotonia se não manejarmos bem os elementos envolvidos! Tomo então a minha gostosa taça de vinho tinto e procuro degustar algo que seja saboroso e tenha as necessárias características de nutrição saudável e suficiente, como tem me ensinado minha filha nutricionista.
Estes momentos podem ser extremamente agradáveis e de grande satisfação. O difícil, mais uma vez, é ter a capacidade de manter o equilíbrio entre necessidade e prazer. Tenho recebido notícias de organizações importantes de qualidade de vida e de longevidade saudável que alguns centros de pesquisas estão trabalhando na elaboração sintética de alimentos, com calorias, componentes químicos necessários, reagentes e produtos indispensáveis à vida e concentrados em pequenas cápsulas ou soluções. E mais, promovendo sensações de sabor e de bem-estar prolongado. E aí me vem a preocupação do poder da indústria farmacêutica vendendo alimentação “barata e rápida”. Já pensaram no que poderá acontecer?
Outros pesquisam a função hormonal e sonífera da glândula Pineal, com a possibilidade de obter material suficiente para as chamadas “pílulas do antisono” sem causar qualquer problema em nossa fisiologia, o que tem sido muito difícil. Muitos que necessitam ou querem tempo para trabalhar ou gozar a vida nas festas, comendo e bebendo, vão querer. Com certeza.
Professor Antero Coelho Neto
Presidente da Academia Cearense de Medicina
*Publicado In: O Povo, Opinião, de 10.08.2011

sábado, 13 de agosto de 2011

QUO VADIS CHICO

A partir da madrugada de hoje, 12.08.2011, o camarada “Chico” iniciou uma nova “passeata”, agora pelos jardins do céu.
Nada de celas, nem de instrumentos de tortura. As vozes emudeceram e ao invés de um “vamos em frente, brigando por nossos ideais”, o que se ouve é um choro contido de quem sabe acabou de tombar um bravo.
A serra que era tão azul, vestiu-se de preto. E não era para menos. Afinal, todos estão de luto pela chegada ao fim, da passeata terrena de Chico.
Ninguém pode imaginar que de mito de gerações de médicos, o Chico acabe virando santo das populações mais sofridas, nas brenhas deste Ceará velho de guerra. Mas onde houver um posto do SUS instalado, o dedo de Chico vai estar lá, como a dizer: “eu dei quase tudo de mim, para modificar o quadro de miséria da saúde pública, neste pedaço de chão”.
Hoje, é esse chão que acolhe os restos mortais de Chico. Desde a madrugada, a sua alma voou em direção ao céu, onde ele já deu início à “passeata da vitória”.
Elsie Studart Gurgel de Oliveira
Técnica em Assuntos Educacionais
Nota: Texto lido pela Dra. Teresinha Braga Monte, em homenagem póstuma ao Dr. Chico Monteiro, o Chico Passeata, durante a missa de corpo presente oficiada ontem (12.08.2011), às 15h30, na Funerária Eternus.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

AO CAMARADA CHICO PASSEATA

A sociedade cearense e a medicina, em particular, emudecem hoje (12/08/11), diante da perda do seu valoroso varão, o cidadão Francisco das Chagas Dias Monteiro, mais conhecido por “Chico Passeata”, alcunha oriunda de sua combativa militância estudantil, quando pôs sua integridade física sob risco, para dar combate ingente às forças repressivas, vigentes no Brasil pós-64, insurgindo-se ele, com palavras e ações cívicas, contra o estado de exceção então imposto.
O seu posicionamento político, calcado na franca defesa dos seus ideais, rendeu-lhe dissabores, extensivos aos seus familiares, que testemunharam sua via crucis, marcada por sucessivas e irregulares detenções, seguidas de uma condenação, pela justiça militar, cumprida por longos e penosos meses na ilha de Itamaracá.
Em suas diversas passagens, pelos cárceres, conheceu na própria pele e nas suas entranhas, o peso da nefasta intervenção de algozes que, obstinadamente, tentaram minar o seu espírito de luta, mediante a coação e a coerção, com emprego sistemático da tortura física e psicológica, sequer poupando a sua amada Helena Serra Azul, a fiel companheira de mais de quatro décadas de convivência.
Esses percalços de sua juventude truncaram a sua carreira acadêmica, iniciada em 1966, na Faculdade de Medicina da UFC, impedindo-o de se formar em 1971, ao lado dos colegas da Turma Andreas Vesalius, e retardando, em quatro anos e meio, a sua diplomação, como médico, o que aconteceu em evento realizado, na reitoria da universidade, em julho de 1976, para apenas dez diplomados. Apesar da defasagem temporal, os egressos de 1971, que ora se preparam para celebrar os quarenta anos de formatura, sempre o consideraram como um dos integrantes da briosa turma.
Já como médico, cada vez mais Chico Monteiro, porém sem anistiar a sua veia de condutor das marchas de protesto, abraçou, com alentadas determinação e disposição, as grandes causas sociais que afligem o povo brasileiro, notadamente aquelas comprometedoras das condições de saúde. Em resposta a essas carências de seus concidadãos, tornou-se um médico-sanitarista, pela prática, adquirida ao longo de sua atuação médica, começada em Aratuba, inserida no bojo das ações das Comunidades Eclesiais de Base, passando por Paulínia, Campinas, Canindé, especialmente voltada para a Atenção Primária de Saúde, e pela formação técnica e educacional, conquistada na Especialização em Saúde Pública na Unicamp e no Mestrado de Saúde Pública na UFC.
A feliz combinação de experiência de campo e preparo acadêmico com o fervor de seu empenho fizeram dele um baluarte para a construção do Sistema Único de Saúde no Ceará e também no Brasil. Foi presença marcante, por sua desprendida dedicação à Saúde Pública, nas variadas entidades da classe médica cearense (Associação Médica Cearense, Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará, Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará etc.), e nos fóruns, que levaram à edificação do SUS, a exemplo das Conferências Nacionais de Saúde, e nos Conselhos de Saúde, incluindo o nacional (CNS), do qual foi membro titular, representando a categoria médica.
Apesar de tantos infortúnios juvenis, Chico Monteiro não transparecia guardar ressentimentos daqueles que travaram a consecução dos seus propósitos, levantando-se após os tombos, e carregando a sua pesada cruz, sem um irmão cireneico para ajudá-lo, mas até encontrava forças para consolar e animar os companheiros de labuta cotidiana. A firmeza na defesa de suas convicções não lhe tolhia o acolhimento de escutar outros, de voz discordante, trilhando o diálogo como forma de tomar decisões consistentes.
Talvez por sua sensibilidade de poeta, exibida em dezenove antologias da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – Regional do Ceará, somando 168 poemas publicados, o aguerrido Chico apascentará ovelhas celestiais, como uma reluzente estrela, a brilhar no firmamento, servindo igualmente de farol, aos que aqui permanecem, a fim de que perseverem no alcance de tão nobres ideais, os quais o destemido Chico tanto perseguiu.
Com um abraço amigo,
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico-sanitarista
Nota: O corpo do Dr. Chico Monteiro está sendo velado na Funerária Eternus. A missa de corpo presente será oficiada às 15 horas e o sepultamento ocorrerá às 17 horas no Parque da Paz.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ENTREVISTA DE EMPREGO!

A estória não é recente, mas vale a lembrança.
- Vamos começar com perguntas simples, conhecimentos gerais, história, geografia, ciências, personalidades.
- Quem foi Stalin?
- Um cara que cantava estalando os dedos.
- E Lênin?
- Tocava nos Beatles.
- O senhor não quer dizer Lennon?
- Esse fazia dupla com a Lilian.
- Ah... Leno!
- Não... Cantano. (rsrss)
- Vamos mudar de assunto. O que é equação?
- É a arte de montar uma égua.
- E equitação?
- É quando a gente paga todas a nossas dívidas.
- O que é um quelônio?
- É um tipo de mineral radioativo.
- Não seria plutônio?
- Não... esse é o nome completo do cachorro do Mickey.
- O que é fotossíntese?
- Denominação técnica para um retratinho 3 x 4.
- O que é um símio?
- Um cara que nasceu na Símia.
- Na Símia? E qual é a capital da Símia?
- Nessa tu me pegou: não me lembro agora.
- Quem era Pancho Vila?
- Companheiro de Dom Caixote.
- O que é um caudilho?
- Um osso que tem na ponta da coluna e segundo os cientistas, comprova que o homem tinha rabo e descende do macaco.
- Onde fica a vesícula?
- Debaixo da clavícula.
- Onde ficam os glúteos e para que servem?
- Ficam na garganta e servem para engolir.
- Onde fica o baço?
- Não é baço. É braço. São dois e ficam antes das mãos.
- Para que servem as fibras óticas?
- Para movimentar os olhos.
- Onde fica o Triângulo das Bermudas?
- Qualquer costureira sabe: entre o cós e o gavião.
- Quem descobriu a Lei da Gravidade?
- Um médico ginecologista francês, o Dr.Jeckyl.
- Putz! E quem foi Sócrates?
- Sócrates? Jogou na seleção. Tá vendo? Também conheço futebol; não é por ser curintiano, que tenho que ser inguinorante!

Pois não é que o cara foi aprovado e admitido? Trabalhou um ano, perdeu o dedinho da mão esquerda, aposentou. Foi para o sindicato e, bem..... O resto todo mundo sabe no que deu!!!!
Fonte: internet (circulando por e-mail).

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

MISSA DE SÉTIMO DIA POR PROF. WASHINGTON BARATTA

Hoje, completam-se sete dias do falecimento do Prof. Washington Carneiro Baratta Monteiro, professor aposentado da Universidade Federal do Ceará, na qual lecionou Microbiologia, por várias décadas, às sucessivas levas de estudantes da área da saúde, e de Medicina, em particular.
Homem de elevado conceito entre os seus pares, tanto no magistério superior como na atividade médica, era conhecido por suas integridade moral e responsabilidade de fazer com zelo as tarefas que lhe fossem confiadas. Profissional atuante nas várias entidades de classe, tendo presidido o Centro Médico Cearense, o Conselho Regional de Medicina e a Academia Cearense de Medicina, da qual foi um dos seus fundadores.
A família Baratta Monteiro, por intermédio de anúncio publicado nos jornais locais, convida familiares e amigos, para a missa de sétimo dia, a ser oficiada em sufrágio de sua alma, hoje, dia 10/08/11, às 19h30, na Igreja do Seminário da Prainha, situada na Av. Mons. Tabosa com Av. D. Manuel.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

PONTO NEGRO

Certo dia, um professor chegou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova-relâmpago.
Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria. O professor foi entregando, então, a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume.
Depois que todos receberam, pediu que desvirassem a folha. Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro, no meio da folha. O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse o seguinte:
- Agora, vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo.
Todos os alunos, confusos, começaram, então, a difícil e inexplicável tarefa. Terminado o tempo, o mestre recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta.
Todas, sem exceção, definiram o ponto negro, tentando dar explicações por sua presença no centro da folha. Terminada a leitura, a sala em silêncio, o professor então começou a explicar:
- Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós. Ninguém na sala falou sobre a folha em branco. Todos centralizaram suas atenções no ponto negro.
Assim acontece em nossas vidas. Temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros.
A vida é um presente da natureza dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado.
Temos motivos para comemorar sempre. A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá o sustento, os milagres que diariamente presenciamos.
No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro! O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um amigo.
Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente.
Pense nisso!
Tire os olhos dos pontos negros de sua vida. Aproveite cada bênção, cada momento a natureza lhe dá.
Creia que o choro pode durar a noite toda, mas a alegria logo vem no amanhecer. (Salmo 30 – 5).
Tenha essa certeza, tranqüilize-se e .... SEJA FELIZ
Fonte: internet (circulando por e-mail).

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

FALANDO COM EFE

O cara chega ao restaurante, senta-se e acenando com o braço, diz:
- Faz favor, firmeza, fineza fazer frango frito!
- Pois não, com quê, cavalheiro?
- Farofa, feijão e fritas!
- Deseja beber alguma coisa?
- Fanta!
- Um pãozinho para esperar a refeição?
- Faça fatiado!
O garçom serve o cliente inconformado com o fato dele falar tudo com F, e volta depois que o sujeito termina a refeição.
- Vai querer sobremesa?
- Frutas frescas!
- Tem alguma preferência?
- Figo!
Depois da sobremesa, ainda curioso, o garçom pergunta:
- O senhor deseja um café?
- Forte!
Quando o sujeito termina o café, o garçom lhe faz algumas perguntas:
- E então, como estava o cafezinho?
- Frio, fraco, fedorento, formiguinhas flutuando no fundo e fazendo fofoca!
Aí o garçom decide desafiá-lo a fim de testar até onde ele vai.
- Qual é sua graça?
- Fernando Fagundes Faria Filho!
- De onde o senhor vem?
- Fortaleza!
- O senhor trabalha?
- Fui ferreiro!
- Deixou o serviço?
- Fui forçado!
- Por que?
- Faltou ferro!
- E o que o senhor fazia?
- Ferrolho, ferradura, faca... Ferragens!
- O senhor torce por algum time?
- Fui Ferroviário!
- E deixou de ser por que?
- Fez feio!
- Qual é o seu time agora?
- Fortaleza!
- O senhor é casado?
- Fui!
- E sua esposa?
- Faleceu!
- De que?
- Fome e frio!
O garçom perde a calma e diz:
- Escute aqui, se você falar mais dez palavras com a letra F, pode se levantar e ir embora sem pagar a conta!
- Foi formidável, figura. Fazendo fiado, fácil, fácil fico freguês!
O homem levanta-se e sai andando, mas o garçom grita:
- Hei, espere aí! Ainda falta uma palavra!
O homem responde, sem se virar:
- F...-se!!!!
Fonte: Internet (circulando por e-mail). Autor não mencionado
 

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