sábado, 28 de fevereiro de 2015

O BRASIL ANEDÓTICO LXVIII



O ORGULHO DE PARANÁ
Joaquim Nabuco - "Um analista do Império", tomo I, pág. 400.
Era o Marquês do Paraná presidente do Gabinete, quando surgiu a candidatura do seu filho, Honório Carneiro Leão, a deputado geral por Minas Gerais, nas eleições de 1856. Informado do fato, o Imperador, em conversa com o seu ministro, procurou abordar o assunto, fazendo-lhe sentir o inconveniente de apresentar-se como candidato “o filho do presidente do Conselho”. Paraná era, porém, orgulhoso demais para deter-se.
- Eu, como Honório Hermeto Carneiro Leão, não preciso do favor do presidente Conselho para eleger um deputado por Minas! - declarou.
Ocorrendo, porém, a sua morte antes do pleito, o seu filho foi estrondosamente derrotado.
OS DOIS ORNAMENTADORES
J.M. de Macedo - "Memórias da Rua do Ouvidor", pág. 227.
À rua do Ouvidor, entre a atual rua Sachet e a dos Ourives, cortada pela Avenida, havia, outrora, a Livraria Mongie, em frente à qual era estabelecido o cabeleireiro Desmarais.
- Temos os dois a mesma profissão - dizia o livreiro ao seu velho amigo de palestras à porta. - Ambos nós adornamos as cabeças.
E concluía:
- Eu por dentro, e você por fora!
MORTE DE MARIZ E BARROS
Moreira de Azevedo - "Mosaico Brasileiro", pág. 394.
Nascido em 1835, Antônio Carlos de Mariz e Barros, filho do Visconde de Inhaúma, tinha apenas 31 anos e já se havia coberto de glória no Paraguai. A 7 de março de 1866, ao retirar-se o Tamandaré do bombardeio do forte de Itapirú, foi esse navio, do qual era comandante o moço oficial, atingido por uma granada inimiga, cujos destroços mataram e feriram grande número de homens da guarnição. Com uma das pernas esfacelada, tinha Mariz e Barros de submeter-se a uma amputação, e os médicos pediram-lhe que se deixasse cloroformizar.
- Prefiro um charuto, - declarou, rindo, o bravo marinheiro.
E foi fumando, e conversando alegre que se deixou amputar.
O terminar, porém, a operação, durante a qual não soltou, sequer, um gemido, cessou de sorrir e começou a empalidecer.
- Digam a meu pai que eu sempre honrei o seu nome, - pediu, em despedida, às mãos amigas que lhe eram estendidas.
E pendeu a cabeça, morto.
EFEITOS DO CASAMENTO
Melo de Morais Filho - "Artistas do meu tempo", pág. 175.
Após uma juventude acidentada e boêmia, que se comprazia em ferir os outros com as flechas de ouro da ironia, Laurindo Rabelo sentiu o coração tocado por uma funda simpatia pela moça que veio a ser depois sua esposa. Casou-se. E a modificação que sofreu, pelo menos por algum tempo, foi completa. Abandonou as rodas brejeiras, pôs de parte o costume de despertar inimizades. Até o violão, seu companheiro de infância, foi posto à margem. Os amigos interpelavam-no sobre mudança tão brusca. E ele respondia, rindo:
- Case-se o mar, que o mar ficará manso!
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927).

CONVITE: Celebração Eucarística da SMSL - Fevereiro/2015



A DIRETORIA DA SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS (SMSL) CONVIDA todos para participarem da Celebração Eucarística do mês de NOVEMBRO/2014, que será realizada HOJE (28/2/2015), às 18h30min, na Igreja de N. S. das GRAÇAS, do Hospital Geral do Exército, situado na Av. Des. Moreira, 1.500 – Aldeota, Fortaleza-CE.
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!
MUITO OBRIGADO!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Convite: TEMPESTADES E CALMARIAS





As congregações das Irmãs Doroteias e de Nossa Senhora do Retiro no Cenáculo e a família Furtado Arruda convidam para o lançamento de “Tempestades e Calmarias: a vida de Tiago e João”, da irmã Lúcia Maria Furtado Arruda.
O livro será apresentado por Marcelo Gurgel, membro da Academia Cearense de Medicina, da Sobrames/CE e do Instituto do Ceará.
Local: Casa de Orações Irmãs Doroteias.
Rua Paula Frassinete, 759 - Castelão.
Data: 28 de fevereiro de 2015 (sábado) Horário: 16h.
Nota: Na ocasião será também lançado o CD Cantos para Momentos de Oração da irmã Lúcia Arruda..
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Amigo da família Furtado Arruda

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

LÍNGUA MATERNA



Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
Uma das principais características da espécie humana, talvez a mais marcante, é o dom da linguagem; o comando de sons articulados que permite a transmissão de opiniões e anseios entre pessoas, chegando eventualmente ao diálogo.
As baleias, os golfinhos e os chimpanzés emitem certos sinais, códigos ou sons, em diferentes frequências, para se comunicarem entre si, mas isto ainda permanece no terreno das pesquisas.
O chimpanzé consegue reconhecer a própria imagem no espelho (capacidade que poucos animais apresentam); também são capazes de aprender certos tipos de linguagens, como a dos sinais. Apesar desses primatas, há milhões de anos, conseguirem retirar minhocas do húmus com um graveto e quebrar casca das nozes com pedaços de pedra, jamais aperfeiçoaram esses instrumentos.
O Homo sapiens (assim nos autointitulamos), originário do continente africano, ganhou mundo. Adaptamo-nos aos mais diversos climas da Terra. Inventamos “o aprendizado social” (capacidade de reproduzir comportamento, artes, engenhos observando informações do seu grupo), que passamos às gerações sucessivas.
Este conhecimento cumulativo, intergeracional, foi facilitado pela existência da linguagem e deve-se, sobretudo, à nossa capacidade de falar. A palavra foi inventada para contar.
A língua materna, ou língua nativa, a primeira língua que uma criança aprende, corresponde ao grupo étnico-linguístico onde foi gerado e nasceu. Excetuando-se o caso em que desde criança ouviram outro idioma, tornando-se bilíngues e "não podemos viver das exceções".
Basta atentarmos às dificuldades linguísticas por que passam os membros da União Europeia, cujos países falam mais 25 idiomas, afora os dialetos regionais. Não é de estranhar o número de tradutores contratados para tornar compreensíveis as determinações dessa União, apesar da Internet constituir-se num facilitador.
Cada idioma tem os seus idiotismos, frases especiais ou expressões idiomáticas.
A língua materna adentra-se ao aparelho mental da criança em curto espaço de tempo, dos seis aos oito meses de vida. Estudos atualizados mostram que nesse curto tempo da vida extrauterina está mais aberta a janela cerebral para a sonoridade da fala da mãe ou da mãe substituta. Mesmo naquelas crianças que foram ambientadas em duas línguas, pode-se perceber sotaque diverso. Tenho dúvida quanto a ser possível alguém falar um segundo idioma sem de quando em vez dizer uma palavra com entonação do idioma materno.
Concluo com algumas perguntas:
- Qual a causa de termos um único Prêmio Nobel de literatura lusófono?
- Não somos o quinto idioma mais falado no Mundo?
- Onde estão os nossos intelectuais, acadêmicos, universidades?
Deveriam estar engajados em busca de outra coisa que em reformas ortográficas que são achincalhadas, pois, os países lusófonos mudam a língua portuguesa de acordo com o ambiente onde ela é falada.
Esqueceram-se de que os computadores possuem sintaxe, mas não semântica?
 (*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Bebê “ariano perfeito” usado em propaganda nazista era uma criança judia



A professora Hessy Taft, 80, segura o exemplar da revista nazista 'Sonne ins Haus', com sua foto na capa (Reprodução/The Telegraph)
A foto ganhadora de um concurso que escolheu o "bebê ariano ideal", promovido pelo partido nazista alemão em 1935 era, na verdade, de uma criança judia. A afirmação foi feita pela professora Hessy Taft, 80, protagonista da foto, ao jornal alemão "Bild".
Antes de a 2ª Guerra Mundial começar, a mãe de Hessy Taft, então com seis meses, levou a menina para ser fotografada por Hans Ballin em Berlim, capital da Alemanha.
A mãe de Hessy teria ficado surpresa e com medo ao ver a foto da menina estampada na capa da revista nazista "Sonne ins Haus." Ela retornou ao estúdio de Ballin para indagá-lo sobre o fato. Ele confessou ter enviado a foto de Hassy para o concurso do "bebê ariano perfeito". "Eu queria ridicularizar os nazistas", teria dito Hans à mãe da criança.
Os pais mantiveram a menina escondida depois do incidente, com medo de que a sua identidade judia fosse descoberta. Além da capa da revista, a foto de Hessy passou a circular amplamente em cartões postais da propaganda nazista.

Hessy Taft, 80, quando tinha seis meses (Reprodução/Huffington Post)
 "Agora eu posso dar risada", disse Hassy ao "Bild". "Porém, se os nazistas soubessem [naquela época] quem eu realmente era, eu não estaria viva." Ela diz ter alguma "satisfação" na "pequena vingança" da qual fez parte involuntariamente.
O pai de Hessy chegou a ser preso pela Gestapo em 1938, mas com a intervenção de seu contador, membro do partido nazista, acabou libertado. Depois da prisão, a família mudou-se para Paris.
Hessy, que trabalha como professora de química em Nova York (EUA), doou o exemplar da revista com a foto na capa ao Memorial do Holocausto Yad Vashem, em Israel. (Com Telegraph)
Fonte: Do UOL, em São Paulo, 2/07/2014.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

O cinza, a Grécia e o colorido bestial do Brasil

Para se saber como um povo está sendo governado, conheça a sua música”. – Confúcio

Passei os dias do carnaval meio hibernando. Saí apenas para confirmar o que já intuíra em face dos comentários lidos em várias origens. O filme “Cinquenta tons de cinza” é fraco. Tal como o livro que não li, deve interessar apenas aos que ainda não percorreram as estradas da vida, da leitura e da filmografia.  Parece meio inverossímil que a autora E. L. James tenha conseguido vender um milhão de exemplares. A propaganda, repetida, pode fazer milagres, especialmente quando escudada no conjunto de mídias que cria o “desejo” de ver o diferente e o “proibido”. O que se salva é a fotografia, esforço estético da diretora Sam Taylor-Wood.
Como esperado, a maioria do público era jovem, especialmente mocinhas, pois a indicação permite aos maiores de 16 anos “desvendar” as tendências sado do personagem central. Até nisso houve esperteza na classificação. Por outro lado, a personagem feminina, jovem semiliberada, ainda virgem é filha de mãe vaidosa. Já no quarto casamento, a mãe reside longe e dá breves telefonemas de ofício, sem afeto.
A personagem mora com uma colega mais “escolada” e, como é natural pelos hormônios latentes, cai no conto de fadas do jovem empresário rico, bem apessoado, enigmático, misógino, cercado de secretárias sensuais e com fissura psicanalítica. Foi  adotado aos quatro anos.
Gastei duzentas palavras com a baboseira acima e disserto agora sobre a velha/nova Grécia e o seu atual governo populista/socialista, apoiado por partido de direita. A Ática patina na sua cor simbólica azul em face de corrupção endêmica que permeia a máquina burocrática e a (in) decisão de ouvir e seguir as regras impostas pelo centralismo europeu.
Angela Merkel, sem nunca sorrir, comanda processo de austeridade que ou redime ou fará sucumbir a ideia da Comunidade Europeia que dita normas e afasta os tentáculos de um Putin sedento por anexações – a Ucrânia seria apenas o começo -para fazer renascer a mãe Rússia, cheia de problemas estruturais, mas motivada pelo voluntarismo de seu dirigente.
Aqui no Brasil, tão surreal que se deixa parar por dias, embalado pelos grandes e críticos bonecos das ruas de Olinda e pela cadência dos seus maracatus. Bem diferentes do langor que o cantor e animador Pingo de Fortaleza e o pintor/antropólogo Descartes Gadelha, tentam, como salva-vidas que são, manter abertos no curto circuito da avenida Domingos Olímpio.  A dita  avenida  é esnobada pela maior parte da juventude,  das famílias e dos turistas que se espraiam nas areias quentes de todo o litoral cearense, do Icapuí a Camocim, onde o mar é refrescado pelo rio Coreaú.
Mas há, sobretudo, a atração industriada pela “baianidade” repetida, nos tons altos dos seus trios elétricos que atraem a muitos. “Só não vai quem já morreu”. Carlinhos Brown, Gilberto Gil, Ivete Sangalo e, “last but not least”, Cláudia Leite e Daniela  Mercury dão as cartas, recauchutam suas faces, suas pernas, cantam e pulam para assegurar que estarão de volta no próximo Carnaval.
No Rio, a convivência entre sambistas de verdade, contraventores disfarçados - que dominam a maioria das pacificadas escolas de todos os grupos-, artistas querendo aparecer, turistas/pagantes que se fantasiam, patrocinadores de camarotes e políticos desavisados fazem a festa pela madrugada. Tudo sob o controle do tempo hegemônico da vênus platinada a determinar horários.
A área de concentração se transforma em “xixizódromo” coletivo, até que o relógio oficial determine o início do desfile cronometrado no estuário sambódromo da Marques de Sapucaí. Ressalte-se, em nome do vero Rio, que resistem com forças e desorganizações calculadas, os blocos/cordões diurnos de ruas e de bairros, com o seu humor carioca em nova fase, cáustico com os políticos, desde os tempos de Pereira Passos, Vargas e, agora, certamente, contemplando os referidos nas quizilas em curso.
São Paulo, em meio à “crise hídrica”, apelido de falta d’água, reverbera seu poder com um também sambódromo e múltiplas escolas, por absoluta falta de imaginação, e mostra que por lá existe samba no pé e gente que, por duas vezes, dá mais de dois milhões de votos ao Tiririca. E, assim, paro por aqui e me recolho na platitude desta terra em que se plantando tudo dá. E como dá.
João Soares Neto é escritor e membro da Academia Cearense de Letras.
Fonte: DN, Sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A IMPORTÂNCIA DA RELIGIOSIDADE


Antero Coelho Neto (*)
Desde há muitos anos, as ciências têm demonstrado o valor da religiosidade, da espiritualidade, para a nossa longevidade e qualidade de vida. Está provado que, durante diferentes momentos e razões da fé, meditação, orações, cantos e transes religiosos, o nosso corpo (através da hipófise) produz neuro-transmissores como a adrenalina, epinefrina e a serotonina, que são importantes para o funcionamento do organismo. A serotonina, por exemplo, é denominada a substância do prazer, da felicidade. Assim sendo, são essenciais à vida.

Sabemos também, que as mulheres vivem mais do que os homens, estatisticamente, por continuarem a produzir o “hormônio do crescimento”, após os 40 ou 50 anos, o que não acontece com os homens. Além disso, tem sido demonstrado, em várias pesquisas, que a profunda e expressiva religiosidade feminina, o prazer de conversar, a satisfação com a vida familiar, o saber dirigir e controlar o prazer sexual etc., aumentam ainda mais, sua capacidade de viver. (8,2 anos no Brasil).
Por isso esse meu destaque, neste momento em que vivemos o drama do grave atentado à paz da população francesa e mundial, por razões ditas religiosas e outras, agressivas, em nome da liberdade de expressão.
E aí lembro do meu próprio passado quando, ao saber do valor da religiosidade, passei a estudá-la, nas suas diferentes características, para a nossa qualidade de vida. Estava na OMS, participando de vários projetos de saúde e qualidade de vida da população e contatei, com cientistas que estudavam as religiões e seus efeitos nos indivíduos e grupos sociais. Passei a pesquisar e estudar também, o Deismo e o Uniteismo e seus valores para os deístas, uniteístas e agnósticos. Suas consequências e vantagens orgânicas e psíquicas. Então senti ainda mais, o valor da religiosidade para a nossa vida. Religiosidade com tranquilidade, sabedoria, humanismo, amor e valorização do nosso corpo e espírito. Valor para uma vida, com qualidade e longevidade.
O momento atual é de grande pesar e preocupação, quando vemos terroristas, em grupos pequenos, independentes e violentos, matarem, indiscriminadamente e cruelmente, em nome de um deus. Para onde estamos indo? A impressão dada é que não progredimos, não evoluímos, e estamos revivendo antigos passados de barbárie.
Nenhuma religião prega a violência, o terrorismo e, menos ainda, o radicalismo irracional, esquizofrênico e criminoso.
Falsas seitas, ramos ditos religiosos e violentos, desvirtuam e modificam os preceitos básicos de seus iniciadores e criadores, demonstrando uma enorme falta de “consciência”. Deus nos deu uma córtex cerebral desenvolvida, para nos diferenciar dos animais irracionais.
(*) Médico, professor e ex-presidente da Academia Cearense de Medicina.
Fonte: O Povo, Opinião, de 27/1/2015. p.8.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

COCEIRA FUTEBOL CLUBE

Batista de Lima (*)

Está comprovado que o clube de futebol que possui o maior número de jogadores é o Coceira Futebol Clube. Já não é nem mais um clube, já é uma irmandade internacional. São poucos os jogadores que não pertencem a esse conglomerado de atletas. É muito fácil identificar aqueles que fazem parte do Coceira. Basta aproximar um microfone do atleta que ele vai logo se identificando. Se ele se coçar, e quase sempre acontece, é porque pertence ao Coceira Futebol Clube.
O Coceira, como é vulgarmente chamado, não possui sede nem diretoria, nem estatuto. E pior, não possui nem torcida, mas é o maior clube do mundo e sai dos gramados, passa pelas salas de entrevistas, entra pelos canais de comunicação e invade nossas casas a qualquer hora, com tanta coceira que já há muito torcedor contaminado com a moda de se coçar atleticamente. Já é comum encontrar em reuniões sociais, pessoas, homem, principalmente, que se coçam como se atletas fossem.
Já foram consultados até cientistas de renome ao lado de pangarés do pensamento, mas não se chegou ainda a uma conclusão convincente e única sobre o fenômeno. Um psicólogo quase alcoólatra chegou a afirmar que é tudo uma questão de nervosismo. Disse que, segundo Lacan, esse tipo de manifestação externa é a metáfora, o sintoma de uma realidade interna que o atleta não revela. Essa teoria foi contestada por um atleta amador, segundo o qual, no seu tempo de atividade futebolística, ele se coçava por causa de um tipo de mucuim de grama.
Essa teoria, em seguida, foi contestada pelos torcedores do futsal. Afinal os atletas de quadra também se coçam e não têm contato com grama. Uma dona de casa e mãe de 14 meninos concluiu, na pesquisa, que é tudo uma questão de sujeira. Segundo ela, quando o suor aflora, tudo que é piolho, lêndea, pixilinga e pulga começam a se movimentar incomodados e se vingam no couro cabeludo do coitado do atleta. Ao seu lado uma vizinha, disse que, no caso, era só usar Neocid, que matava tudo.
Fato é que já há um pesquisador de universidade estrangeira, propenso a pesquisar para tese de doutoramento o real motivo de tanta coceira. Acha ele que essa mania é infecciosa pois já há muita gente, fora das quatro linhas do profissionalismo, com esse sestro incorrigível. Já flagraram um coronel se coçando em plena solenidade de formatura, um cardeal em celebração religiosa e um faquir que de tanto se coçar, esqueceu a cobra e foi mordido por ela.
Fato é que a grande imprensa já olha de trivela para o fenômeno, pelo medo da contaminação em repórteres e cinegrafistas. Os otorrinos estão “lavando a burra” com esse surto, pois a mania de coçar o ouvido com o dedo mindinho termina por transformá-lo em cotonete e empurrar o cerol do ouvido para os tímpanos, o que leva à necessidade de limpeza médica. É grande a presença de atletas nessas clínicas com problemas de audição. Prova é que, em campo, às vezes, o juiz apita e alguns não ouvem nada.
Um cientista europeu embrenhou-se nos rincões da África e apoiando-se nas teorias evolucionistas de Darwin concluiu que a origem de toda a coceira humana é proveniente dos nossos ancestrais macacos. Depois afirmou que o crescimento do futebol africano e a consequente exportação dos seus melhores atletas fez com que a coceira ancestral se disseminasse no mundo inteiro como um prognóstico da aldeia global definitiva em que estamos. O coitado foi preso por racismo e essa teoria já foi posta em prática por alguns torcedores que estão sendo processados ou presos.
Finalmente, pode-se dizer que a polêmica sobre o assunto vai durar muito ainda. Para o torcedor, no entanto, não importa se o jogador se coça, se tira a camisa quando faz o gol, para melhor se coçar e espantar os mucuins. Fato é que a coceira existe e é real. Mesmo depois do banho nos intervalos e nos finais de jogo, ela continua atazanando os atletas. É tanto que já estão inventando um sabonete especial, acompanhado de um xampu antisséptico que vai ser o fim da coceira. Para especialistas em marketing, isso é apenas jogada comercial, afinal, não há nada escrito nos códigos do Direito que proiba alguém de se coçar, isso desde o bicho de pé, passando pela frieira, coçar-se pode se transformar num gostoso prazer.
(*) Professor da Unifor e da Uece e membro da Academia Cearense de Letras.
Fonte: Diário do Nordeste/Caderno3, de 6/01/2015.

TUDO A VER...

Esposa reclama de falta de apetite sexual do marido após cirurgia a que foi submetido!!!!
Um recente artigo no Kentucky Post Informava que uma mulher, A.M. (a sua beleza é similar a de uma ex-dirigente de uma estatal), entrou com um processo contra o Hospital St. Luke, alegando que logo após o seu marido ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica naquele hospital, tinha perdido por completo o interesse pelo sexo.
Um representante do hospital respondeu:
- "Estimada senhora A.M.:
A cirurgia que fizemos em seu marido foi para corrigir a sua miopia e agora temos a certeza de que foi um sucesso".
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

sábado, 21 de fevereiro de 2015

BRINDE DA RECEITA FEDERAL


Foto: Imagem circulando por e-mail (internet), sem autoria explícita
Com a proposição da Presidente Dilma de corrigir a tabela de imposto de renda por valor abaixo da inflação apurada em 2014, o que expropriará ainda mais o já espoliado contribuinte brasileiro, bem que a Receita Federal poderia propiciar a cada cidadão o brinde acima para figurar na mesa de trabalho, lembrando-o o quanto ele é estimado por nossos governantes.

Prof. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico e economista em Fortaleza

Baiano é internado com exaustão após trabalhar meio período...

M Zorzanelli
Algumas pessoas simplesmente trabalham demais. O auxiliar de serviços gerais Jovenildo, de Salvador (BA), não suportou a pesada carga de trabalho a que foi submetido nesta quinta-feira. Depois de cinco dias de folga do carnaval, Jovenildo chegou na firma em que trabalha às 9h para saber se eles iriam “emendar” a quinta e a sexta e, para sua surpresa, havia trabalho.
Ele passou das 9h às 12h mais ou menos separando uns documentos e foi e voltou ao banco!”, disse a mulher de Jovenildo. “Foi demais para ele, coitado, não aguentou, começou a tremer, se debateu um pouco e desmaiou de exaustão
O médico que atendeu Jovenildo diz que isso é comum. “É igual quando a pessoa está morrendo de sede, você não pode dar um copo de água senão ela morre, tem que dar aos poucos. A mesma coisa com o trabalho, tem que fazer 15 minutos hoje, 20 amanhã, para em dezembro estar fazendo umas cinco horas por dia
Fonte: Sensacionalista/UOL, de 19/02/2015.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

PASSADO PRESENTE

Pedro Henrique Saraiva Leão (*)
Em 30 de junho de 1829 nascia no Rio de Janeiro – pelas mãos do doutor Joaquim Cândido Soares de Medeiros – a primeira sociedade de médicos no Brasil, depois Academia Imperial e logo Academia Nacional de Medicina. Esta sempre foi mais carioca, paulista, gaúcha e mineira do que dos outros brasileiros, especialmente destas bandas setentrionais do Norte/Nordeste. Apenas três cearenses são ali membros titulares, os doutores Ernane Aboim, Mário Correia Lima, e Manassés Claudino. Como sócio honorário foi recentemente aceito nosso conterrâneo Djacir Figueiredo.
No Ceará, 149 anos após, surgiu a Academia Cearense de Medicina, patronada por Antônio Justa, em 12 de maio de 1978, à qual tenho a honra de pertencer desde janeiro de 2001. Esta teria sido concebida como outro palco para a pioneira Faculdade de Medicina do Ceará, criada ao lado do Theatro José de Alencar, em 12 de maio de 1948. Realizava-se assim o sonho do doutor Jurandir Picanço, acolitado por José Carlos Ribeiro, Newton Gonçalves, Waldemar Alcântara e Walter Cantídio, seus fundadores, historicamente reunidos em conhecida fotografia. A Comissão Organizadora da novel instituição ostentava Haroldo Juaçaba, um dos ícones da cirurgia no Ceará. (In Newton Gonçalves “Prosa Dispersa”. Editora da Universidade Federal do Ceará, 1995, e “Medicina na Terra da Luz – AMC 100 anos”, de Garcia, A.K., Neves, F.C., e Sales T. C. Fortaleza, 2014).
As academias datam da Idade Média, como grêmios de indivíduos instruídos, zelosos do progresso nas artes, na literatura, ciência, música e/ou outras atividades intelectuais. Uma das mais antigas é a de Florença (Itália, 1442) e famosíssima ficou a Academia dela Crusca, ali, em 1582. “Crusca” significa “farelo”, ou aquele joio, daninho que contamina o trigo. A missão desse colegiado era purificar o toscano, a língua literária da Renascença. Tais congregações literárias têm como meta precípua (principal) cultivar sua respectiva linguagem, e divulgar a escritura dos seus membros, assim tornando-a imortal, posto serem terrenos próprios, transitórios.
Por original índole primam sobremaneira na preservação da sua memória, mercê de um compromisso de solidariedade com seus mortos. Exercendo tão louvável, cristã deferência, o atual presidente da Academia Cearense de Medicina – doutor Vladimir Távora Fontoura Cruz – costuma abrir suas reuniões lendo atas de sessões de décadas passadas, em reverência a atores já ausentes daquele palco. Comporta-se atanasicamente, i.e., do grego “a” = sem, e “tanatos” = morte. Por inspiração sua prestou-lhes enaltecedora homenagem em dezembro último, em solenidade denominada “1ª Sessão Remêmora”, recordando seis colegas desaparecidos esse ano ou então centenários.
Foram estes os doutores “encantados”, como chamou o também médico Guimarães Rosa, e os seguintes aqueles que lhes fizeram o merecido panegírico (elogio público): João Barbosa Pires de Paula Pessoa (dr. Sérgio Pessoa), Artur Enéas V. Filho (dr. Flávio Leitão), Edilson Gurgel Santos (dr. Evangelista B. Filho), Alber F. Vasconcelos (dr. Vladimir Távora), Aluysio Soriano Aderaldo (dr. George Magalhães), e F. Aluísio Pinheiro (dr. Ronaldo Mont’Alverne). Na plateia, como diria o/a romancista inglês/a George Eliot (+ 1880), ouvia-se ao longe o coro invisível daqueles imortais que viviam de novo.
(*) Médico, ex-presidente e atual secretário geral da Academia Cearense de Letras.
Fonte: O Povo, Opinião, de 27/1/2015. p.8.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Campanha da Fraternidade quer aprofundar diálogo entre Igreja e sociedade

Por Marclo Camargo/Agência Brasil
A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta quarta-feira, 18, a Campanha da Fraternidade 2015. O tema escolhido este ano é Fraternidade: Igreja e Sociedade e o lema "Eu vim para servir". A ideia é aprofundar, a partir do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade como serviço ao povo brasileiro.

A campanha propõe ainda buscar novos métodos, atitudes e linguagens na missão da Igreja de levar a palavra a cada pessoa. O secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, lembrou que o momento escolhido para o lançamento da campanha – o início da Quaresma – é considerado de extrema importância para a Igreja. "Queremos ajudar a construir uma sociedade mais humana e mais divina", disse. "Sermos pessoas de fermento na massa. Esse é o desejo da campanha."
Durante a cerimônia, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, destacou o compromisso do governo com a emancipação dos pobres. "Defendemos os pobres, não a pobreza. Queremos que os pobres se libertem", disse. "Queremos que as pessoas se tornem protagonistas, sujeitos de sua vida e de sua história."
Para a secretária executiva do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, pastora Romi Márcia Bencke, a campanha destaca a necessidade de promover o debate de valores éticos e também do papel missionário da Igreja. "O tema da campanha deste ano nos desafia para uma ética global de responsabilidades. Nos ajuda a refletir sobre o nosso papel enquanto igrejas e enquanto religiões."
Por fim, o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos Vinícius Furtado, defendeu medidas urgentes para a proteção e o acolhimento aos mais pobres e uma reforma política no país. "A luta por dignidade, justiça e igualdade é o elo que deve nos unir", disse. "Precisamos dar um passo adiante na atual situação de um sistema político desigual. Há a necessidade de todas as instituições participarem desse esforço em busca de um sistema político igualitário."
Fonte: Agência Brasil, 18/2/15.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

SEM INOVAR NÃO DÁ PARA CONTINUAR O SUS

Por Breitner Gomes Chaves (*)

A atual estrutura de saúde pública tem sido sustentada por anos praticamente de forma inalterada. Ao longo da instalação incipiente do Sistema Único de Saúde foi consolidando-se um plano de assistência “pobre para pobres”, tendo seu ápice a recém implantação do programa “Mais Médicos”.
De forma desordenada, gestores de todo o Brasil tentam a todo custo manter a velha estratégia de saúde da família, apenas com novas roupagens, mas ainda focada no aumento do volume de produção e no marketing político, sem agregar definitivamente valor ao paciente.
A decadente política esquece um principio básico: para construir novos resultados, é preciso mudar a estratégia. Na verdade, a chamada rede de atenção à saúde consiste em um emaranhado de serviços fragmentados, onerosos, sem complementaridade de linhas de cuidado e sistematização.
Em saúde, tudo que não agrega valor aos pacientes deve ser considerado como desperdício. É preciso fazer sempre a pergunta: esse processo realmente agrega valor ao paciente? Se a resposta for não, a operação dentro do processo deve de imediato ser substituída, corrigida ou eliminada de forma muito honesta e transparente. Essa simples pergunta, quando bem aplicada, é capaz de realizar uma intensa transformação dos sistemas de saúde.
É preciso desconstruir por completo o atual modelo de atendimento da atenção básica, abandonando a ilusão de velhos clichês e jargões acadêmicos para apresentar melhorias concretas, mensuráveis, com foco em resultados e, principalmente, voltados para as necessidades dos pacientes, traduzidos não em números de cadeia produtiva, mas em qualidade de vida e retorno as atividades funcionais dos usuários, ou seja, resultados que realmente importem a estes.
Qualquer melhoria em um sistema de saúde sem uma centralização de todos os serviços localmente em uma única unidade de gestão como ocorre nos modelos atuais é árdua e dispendiosa. Sem isso, toda discussão sobre redes de atenção são vãs.
Após a centralização e o devido realocamento de linhas de cuidado, o segundo passo seria retirar o foco do volume de produção de atendimento para atuar nas condições de saúde dos pacientes, agregando cuidados a grupos com necessidade similares e times de atenção integral.
Consiste uma hipocrisia velada e histérica afirmar que o foco está no paciente sem a existência de mensuração dos resultados obtidos das condições de saúde destes. É preciso ter coragem para substituir o paradigma da produção e demanda imediata para o manejo das reais necessidades dos usuários do SUS.
Estima-se que 70-80% da população brasileira dependa exclusivamente do sistema publico de saúde. O setor carece de ideais inovadoras e de executivos de saúde atuando de forma profissional, blindando o segmento de interesses particulares de grupos políticos. Neste campo, querer demonstrar serviço partidário é extremamente lesivo à população, tanto do ponto de vista orçamentário como de mortalidade.
(*) Médico e mestre em Saúde Pública pela Uece.
Publicado In: O Povo, Jornal do Leitor, de 11/2/15. p.9.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O sorvete de baunilha e o Pontiac da GM

Olhem como qualquer reclamação de um cliente pode levar a uma descoberta totalmente inesperada do seu produto. Parece coisa de louco, mas não é.

Esta é a moral de uma história que está circulando de boca em boca entre os principais especialistas norte-americanos em atendimento ao cliente.
A história começa quando o gerente da divisão de carros da Pontiac, da GM dos EUA, recebeu uma curiosa carta de reclamação de um cliente. Eis o que ele escreveu:
"Esta é a segunda vez que mando uma carta para vocês, e não os culpo por não responder. Eu posso parecer louco, mas o fato é que nós temos uma tradição em nossa família, que é a de tomar sorvete depois do jantar. Repetimos este hábito todas as noites, variando apenas o tipo do sorvete, e eu sou o encarregado de ir comprá-lo.
Recentemente comprei um novo Pontiac e, desde então, minhas idas à sorveteria se transformaram num problema. Sempre que eu compro sorvete de baunilha, quando saio da loja para o carro, o carro não funciona; se compro qualquer outro tipo de sorvete, o carro funciona normalmente.
Os senhores devem achar que eu estou realmente louco, mas não importa o quão tola possa parecer minha reclamação. O fato é que estou muito irritado com meu Pontiac"
A carta gerou tantas piadas do pessoal da GM que o presidente da empresa acabou recebendo uma cópia da reclamação. Ele resolveu levar a sério e mandou um engenheiro conversar com o autor da carta.
O funcionário e o reclamante, um senhor bem-sucedido na vida, foram juntos à sorveteria no fatídico Pontiac. O engenheiro sugeriu sabor baunilha para testar a reclamação e o carro efetivamente não funcionou.
O funcionário da GM voltou nos dias seguintes, à mesma hora, e fez o mesmo trajeto, e só variou o sabor do sorvete. Mais uma vez, o carro só não pegava na volta, quando o sabor escolhido era baunilha.
O problema acabou virando uma obsessão para o engenheiro, que passou a fazer experiências diárias, anotando todos os detalhes possíveis e, depois de duas semanas, chegou à primeira grande descoberta : quando escolhia baunilha, o comprador gastava menos tempo, porque não precisava ficar escolhendo o tipo de sorvete e este estava bem na sua frente.
Examinando o carro, o engenheiro fez nova descoberta: como o tempo de compra era muito mais reduzido no caso da baunilha, em comparação com o tempo dos outros sabores, o motor não chegava a esfriar; com isso, os vapores de combustível não se dissipavam, impedindo que a nova partida fosse instantânea. A partir deste episódio, a Pontiac mudou o sistema de alimentação de combustível e introduziu a alteração em todos os modelos a partir desta linha.
Mais do que isso, o autor da reclamação ganhou um carro novo, além da reforma do que não pegava com sorvete de baunilha.
A GM distribuiu também um memorando interno, exigindo que seus funcionários levem a sério até as reclamações mais estapafúrdias, "porque pode ser que uma grande inovação esteja por trás de um sorvete de baunilha" diz a carta da GM.
Isso serve para as empresas nacionais, que não têm o costume de dar atenção a seus clientes, tratando-os até mal.
Com certeza, esse consumidor americano comprará outro Pontiac, porque qualidade não está apenas dentro da empresa: está, também, no atendimento que dispensamos aos nossos clientes.
Moral: "Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar o seu semelhante." (Albert Schweitzer)
Fonte: circulando por e-mail (internet). De autoria ignorada.

SOBRE AMIZADES

Por João Soares Neto
Muito já foi dito sobre amizade. Poemas, crônicas, ensaios, romances e estudos sociais têm percorrido as nuanças do que realmente significa a palavra amizade. A escritora americana Jan Yager, citada por Ana Paula de Oliveira, em “Equilíbrio”, caderno da Folha de São Paulo, em abril de 2004, autora do livro “When Friendship Hurts” (Quando a amizade machuca), refere: “Ter um mau amigo pode fazer alguém duvidar de si mesmo, de suas próprias habilidades. Em casos extremos, pode também colocar ambos em situação de risco”.
Ela indica 21 tipos de não bons hábitos. Praticam-nos o que: não cumpre o prometido; usa a relação para pedir algo; espalha o que ouviu em segredo; foge da sua consciência por álcool ou drogas; mente para encobrir falhas de caráter; fala pelos cotovelos com estranhos; usa a amizade para obter favores ou facilidades; inveja o que outro tenha, seja o que for; acha-se melhor; só vê defeitos; vive de baixo-astral; agride por palavras ou atos; alega não ser querido; depende e abusa da vontade do outro até para viver; o veraz aconselhador; ser íntimo; passa a imitar o outro; quer dominar a amizade; sufocar por atenções.
Estendi-me. Creio que a síntese vale para todos. Os de muito ou os de poucos amigos. A complexidade das relações humanas, hoje banalizadas em telefonemas, nas redes sociais e na difusão de estórias. Em textos factuais e o que mais se imaginar, obrigam-nos a refletir sobre como somos para o outro, e como os outros nos veem ou nos usam. Amigos são os sem adjetivações.
João Soares Neto é escritor e membro da Academia Cearense de Letras.
Fonte: DN, Domingo, 8 de fevereiro de 2015.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A IMPORTÂNCIA DO MARKETING NO NORDESTE

Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
Como notícia e pensamento um puxa o outro me lembrei de uma velha história do escritor francês Júlio Verne (1828-1905) e para os menores de 40 anos de idade vênia para refrescar a memória nessa época de internet. 

O tal escritor tinha como especialidade escrever livros de aventura e ficção científica. Escreveu pra lá de 100 livros e foi traduzido em 148 línguas. Creio que, se não me falha a retentiva, por volta de 1956 fizeram um filme em Hollywood baseado em um dos seus títulos de maior vendagem: “A Volta ao Mundo em 80 Dias”.
A sinopse do filme ou fita, como se dizia antigamente é a seguinte: um nobre inglês fez uma aposta que daria a volta ao mundo em 80 dias, em um balão. Fez-se acompanhar de um criado e voou mundo afora, teve muitas aventuras. O lorde ganhou a aposta. Naquela época não existia internet e as novidades vinham na maior parte pelo cinema.
Eu tinha um colega de Faculdade de Medicina do Recife vindo do interior cearense. Nas festas de São João ia passar com os pais. Já habituado com o mundo, gostava de ler muito se entusiasmou pelo marketing (mercadologia no vernáculo), e chegando a casa, encontrou o pai macambúzio. Ele era o dono do cinema da cidade. Tinha gasto uma fortuna para alugar um filme que era sucesso. Qual era? Justo ‘A Volta ao Mundo em 80 Dias’. Mesmo na noite de sábado, dia de feira, apenas uns gatos pingados.
Desespero do velho. Teria que vender algumas cabeças de gado. O filho preocupado sugeriu ao pai:
– Pai porque o senhor não troca o título do letreiro? – O nome dele veio da América. ‘Gringo sabe que faz’, – retruca o velho sertanejo ainda mais abusado com a insolência do filho: – Desculpe pai mas por que o senhor não troca o nome por maneira de falar local? – Jeito? Que jeito? – Resmungava o velho sertanejo. – Pai... troca o nome deste filme para:
Quasi treis meis fora de casa.
A bilheteria estourou. Viva o marketing!
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).

A MULHER DE SÓCRATES

José Jackson Coelho Sampaio (*)

Por qual vereda, nervura ou artéria cultural, na travessia da memória das gerações, foi sendo construída a imagem que temos da mulher de Sócrates? A princípio Xantipa, companheira desinibida e altiva, capaz do diálogo, parecia, inclusive, bela. Ao longo do tempo tornou-se a personificação de feiura, intolerância e irritabilidade.
Tantas guerras, e os homens rareavam, então foi autorizado aos sobreviventes terem outra mulher e a segunda mulher de Sócrates, Mirto, lhe deu mais filhos, e esta foi uma experiência muito amarga para Xantipa. O costume dele de devaneios reflexivos em meio a qualquer atividade, pouco prático em relação à sobrevivência, ensinando gratuitamente e cultivando a pobreza, foi outra experiência muito amarga, deixando Xantipa sempre ao azar da boa vontade de seus amigos e discípulos.
Capaz do amor, sabia-se vaso utilitário para a reprodução e não suportava a ternura e o desejo de Sócrates postos em Alcibíades. Também não suportava a dedicação aos discípulos, como Platão ou Xenofonte, cuja orientação se dava a qualquer momento ou lugar, bastando ser pedida. Ou a condescendência com que respondia ao deboche com que o amigo Aristófanes o tratava em suas peças teatrais.
Filho de escultor e de parteira, o filósofo entendeu que o parto do conhecimento exigia trabalho para extraí-lo da pedra bruta do saber vivido, removendo o acidental. Pelo ácido da ironia corroia os preconceitos e a suja espuma do senso comum. Pela maiêutica revelava a serena sabedoria inadvertida à consciência do sabedor acomodado. Nos costumes, porém, não escapou de sua época.
Xantipa cuidava, apoiava e alimentava a todos, sabia não alçar-se à ética e à estética do desejo, perdia a forma juvenil, não era e nem tinha discípulo, protegia Sócrates da maledicência dos inimigos, mas não conseguiu convencê-lo a fugir de Atenas e escapar da acusação de corruptor dos jovens por estimular a competência crítica. Xantipa cuidava, apoiava e alimentava, sem reconhecimento. E nem hoje a respeitamos.
(*) Professor titular em saúde pública e reitor da Uece.
Publicado In: O Povo, Opinião, de 27/12/14. p.8.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

“THEIR WAY”. Ou: O fim do PT está próximo...

Por Reinaldo Azevedo

 “Their way”. Ou: O fim do PT está próximo. Ou mais claramente: O PT está morto!
Não encontrei a explicação, mas deve ser boa, para Pedro Barusco chamar Renato Duque, o petista que comandava a diretoria de Serviços da Petrobras, de “My way”. Para refrescar a memória, como se preciso fosse: em depoimento prestado à Justiça Federal em novembro, Barusco afirmou que João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, deve ter amealhado em propina algo entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões só na diretoria de Duque. O acusador, como sabemos, fez acordo de delação premiada e aceitou devolver US$ 97 milhões.
Pois é. Esse é o jeito deles: “their way”. A música “My Way”, uma versão de Paul Anka, ganhou o mundo na voz daquele que era conhecido, metonimicamente, como “A Voz”: Frank Sinatra. A letra é eloquente e poderia servir como uma crônica do, como direi?, “jeito” petista de fazer as coisas.
Agora o fim está próximo,
e eu encaro a etapa final.
Meu amigo, eu vou falar com clareza,
vou expor meu caso. Tenho certeza
de que vivi plenamente.
Percorri cada uma e todas as estradas
e mais, muito mais:
eu fiz isso do meu jeito.

A música original é do francês (nascido no Egito) Claude François. Não tem aquele tom, digamos, existencialista da versão americana. Os franceses são mais dramáticos e desesperados tanto no amor como na revolução. Vejam aí.
Eu desperto e a procuro,
Mas você não acorda. Como de costume.
Eu estendo o lençol sobre o seu corpo.
Temo que você esteja com frio. Como de costume.
Minhas mãos acariciam seu cabelo
sem que eu perceba. Como de costume.
Mas você me dá as costas.
Como de costume.

Pois é, meus caros. O fim do PT está próximo, como na versão celebrizada por Sinatra. O partido começa a se defrontar com a sua própria história. É claro que não estou aqui a anunciar a desaparição do Partido dos Trabalhadores. Eu anuncio aqui, isto sim, a morte daquele “ente de razão” que tentou se organizar como o imperativo categórico.
 
Eu anuncio aqui a morte daquela legenda que ambicionou dominar todo o espectro político, da extrema direita à extrema esquerda.
Eu anuncio aqui a morte daquele partido que sonhou substituir a sociedade por um aparelho burocrático.
Eu anuncio aqui a morte daquele partido que ousou imaginar uma reforma política que o eternizasse no poder.
Eu anuncio aqui a morte daquele partido que planejava o “controle da imprensa”.
Eu anuncio aqui a morte daquele partido que, enquanto acenava com a escatologia socialista, conspirou para manter o empresariado debaixo do seu cabresto.
Eu anuncio aqui a morte daquele partido que fez da trapaça, da mentira e do estelionato eleitoral categorias de pensamento.
Eu anuncio aqui a morte da sociedade sonhada pelos petralhas.
No fim de “Comme d’habitude”, o eu-lírico diz que, como de costume, ele se deitará na cama com a parceira e até farão amor. Mas será tudo fingimento — “como de costume”.
A era do fingimento acabou. O PT se organizou para golpear a democracia. Como de costume. E estamos cansados disso.
O nosso jeito é a democracia. E isso quer dizer que o PT não tem jeito. E chegou ao fim.
Fonte: Veja/Minha Coluna na Folha, de 6/02/2015.

NO DIA DOS US$ 200 MILHÕES...

Por Reinaldo Azevedo

No dia dos US$ 200 milhões, eu me lembrei que, segundo vice-presidente do PT, os verdadeiros inimigos do Brasil somos eu e mais oito.
Caberá aos órgãos competentes verificar se o que diz Pedro Barusco é ou não verdade. Segundo ele, João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, levou entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões de propina, decorrentes de contratos de empreiteiras com a Petrobras entre 2003 e 2013. Ele próprio, Barusco (falarei mais dele), devolverá US$ 97 milhões aos cofres públicos. Que a Petrobras tenha sido tomada por uma quadrilha, bem, creio que já não haja dúvida a respeito. Agora que o PT começou a morrer — ou, segundo certo ponto de vista, já morreu — cumpre lembrar um fato notável de sua trajetória.
No dia 16 de junho do ano passado, durante a Copa do Mundo, Alberto Cantalice, vice-presidente do partido, publicou no site da legenda um texto odiento, estimulando a caça às bruxas, e fez uma lista — sim, uma lista negra — de jornalistas e comunicadores que, segundo ele, faziam e fazem mal ao Brasil. Ele estava descontente com as críticas àquele projeto do PT que entregava parte da administração federal aos conselhos populares — que nada mais são do que esbirros do PT. Leiam o que escreveu:
“Divulgadores de uma democracia sem povo apontaram suas armas, agora, contra o decreto da Presidência da República que amplia a interlocução e a participação da população nos conselhos, para melhor direcionamento das políticas públicas.
Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobão, Danilo Gentili, Marcelo Madureira, entre outros menos votados, suas pregações nas páginas dos veículos conservadores estimulam setores reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes. Seus paroxismos odientos revelaram-se com maior clarividência na Copa do Mundo.”
É verdade! Quem gosta de pobre é o PT. Basta ver o que a gestão do partido fez com a Petrobras, que é patrimônio do povo brasileiro. Nunca ocorreu aos “companheiros” que esses nove que eles escolheram para odiar defendem que pobres e ricos tenham aeroportos decentes. Segundo o jeito petista de fazer as coisas, a verdadeira igualdade consiste em oferecer aeroportos que não prestam para todos, sem distinção entre pobres e ricos.
Em junho do ano passado, o PT enfrentava algumas dificuldades, sim, e a popularidade de Dilma não andava lá essas coisas, mas a reeleição ainda era considerada, como se verificou, a hipótese mais plausível. E os companheiros já faziam seus planos para o quarto mandato, embora fosse evidente, havia pelo menos dois anos, que o país caminhava para a lona.
Nesta quinta, ao tomar conhecimento do depoimento de Pedro Barusco e ao ser informado de que agentes federais tiveram de pular o muro da casa de Vaccari para conduzi-lo para um depoimento, eu me lembrei da lista negra de Cantalice. Eu me lembrei de que, segundo o chefão petista, somos nós, aqueles nove, os verdadeiros inimigos do Brasil. Só para registro: no dia seguinte à publicação do texto deste senhor, as ameaças de agressão e morte que habitualmente chegam a este blog de multiplicaram.
E lembro: não houve uma só entidade ligada à imprensa ou à liberdade de expressão que tenha criticado o PT. O protesto partiu da França, da entidade “Repórteres Sem Fronteiras”. Se bem que houve, sim, um jornalista que se inflamou no Brasil: Janio de Freitas. Contra o PT? Não! Contra a “Repórteres Sem Fronteiras”. Endossou, assim, o comportamento fascistoide do petismo.
Entendo pessoas como Cantalice e seus petralhas. Imaginem como seria doce a vida dessa turma se toda a imprensa se comportasse como os patriotas dos blogs sujos, que trocam uma opinião por um anúncio estatal — inclusive da Petrobras. O chato para esse partido moribundo é que, a cada dia, fica mais claro onde estão os vilões. Em breve, a lista de Cantalice dos “inimigos do Brasil” incluirá mais ou menos 200 milhões de… brasileiros!
Fonte: Veja/Minha Coluna na Folha, de 6/02/2015.

O CHEFE DO GALINHEIRO

Por Reinaldo Azevedo
Leia trecho:

Uma espécie de jacobinismo sem utopia – formado de preconceitos contra o capital e sem nenhuma imaginação– estava tomando conta do noticiário sobre a Operação Lava Jato. Alguém ainda acabaria sugerindo que se enforcasse o último defensor do Estado burguês com a tripa do último empreiteiro.
A distorção era fruto da hegemonia cultural das esquerdas no geral e do petismo em particular, financiada, em parte, pelos... empreiteiros! A história não é plana.
Era assim até ontem – refiro-me ao tempo físico propriamente, não ao histórico.
Nesta quinta, veio à luz parte do conteúdo do depoimento de Pedro Barusco à Justiça. Ele estima que, entre 2003 e 2013, João Vaccari Neto, o tesoureiro do PT, recebeu entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões de propina decorrente de contratos das empreiteiras com a Petrobras.
As empreiteiras são, até aqui, as vilãs do petrolão – e não sugiro que sejam transformadas nem em vítimas nem em heroínas. A questão é saber quem dispõe do aparato legal para regular, punir e reprimir. É o Estado. E esse Estado, fica cada vez mais evidente, foi tomado de assalto.
(...)
Não se trata de saber se empreiteiros corrompem porque o PT se deixa corromper ou se o PT se deixa corromper porque empreiteiros corrompem.
É besteira indagar quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha. A resposta não está entre a ontologia e a zoologia.
A questão que importa é saber quem mandava no galinheiro.
Fonte: Veja/Minha Coluna na Folha, de 6/02/2015.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

O PREJUÍZO QUE A POSTERGAÇÃO TRAZ AO ESTADO

Por jornalista Érico Firmino
O padre Gotardo Lemos, que morreu na semana passada, era um dos professores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) que venceram ação contra o Estado desde 1996, mas ainda não receberam. A pendenga atravessou oito mandatos de cinco governadores. Mais de mil professores seriam beneficiados, mas 241 morreram a espera de que se concretize o direito que foi reconhecido até no Supremo Tribunal Federal (STF).
Professores das universidades estaduais reivindicam pagamento de piso estabelecido pelo decreto 18.292, de 1986, do então governador Gonzaga Mota. Ao assumir o Executivo, em 1987, Tasso Jereissati cancelou o decreto. Os docentes foram à Justiça do Trabalho e venceram. A questão transitou em julgado em 1996.
Então, o governo foi ao Supremo Tribunal Federal (STF), questionar a competência da Justiça do Trabalho para decidir a questão. Nova derrota, confirmada em 2007, quando o governador era o hoje ministro da Educação, Cid Gomes. Desde então, sucedem-se as iniciativas da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para postergar o pagamento.
A demora provocou situações constrangedoras, no mínimo, para o Estado. Foram aplicadas multas por litigância de má-fé e recursos das universidades chegaram a ficar bloqueados. Foi pedida, pela Justiça, instauração de inquérito criminal pela Polícia Federal contra o procurador-geral, o secretário do Planejamento e os três reitores, pela demora em cumprir a decisão.
A juíza do Trabalho Christianne Fernandes Diógenes escreveu que o governo “abusa do seu direito de defesa ao querer postergar para o dia que nunca há de vir o cumprimento da obrigação de fazer”. A também juíza do Trabalho Karla Yacy da Silva disse que “só resta à Justiça, para que a mesma não fique desmoralizada, requisitar intervenção federal no ente estadual, por reiteradas desobediências às ordens judiciais”, embora admita que a medida seria extremamente controversa, por não ser tema pacífico no STF.
A essa altura, nem importa discutir se o piso de 1986 era correto ou não. A Justiça deu sua palavra final. Há o aspecto humano, de professores que tiveram direito reconhecido, mas não conseguem receber. Há o Judiciário, que se desmoraliza pela decisão que não é cumprida. Mas há ainda o problema criado para o próprio Estado.
O impacto da aplicação do teto é calculado pelos professores em algo como R$ 4,65 milhões ao mês. Com o acumulado, já seria um custo próximo de R$ 400 milhões. E que seguirá crescendo enquanto não for pago. Há divergências sobre esse valor, mas já passa – há muitos anos – da hora de se chegar a entendimento sobre o montante e começar a pagar ao menos daqui para frente, para essa bola de neve não seguir crescendo. E que se negocie os atrasados. A se continuar empurrando com a barriga, só crescerá uma bola de neve que cairá na cabeça de algum governador.
Fonte: O Povo, Coluna Política, de 13/02/2015. p.18.

Curso de Medicina da Uece brilha no V Encontro de Iniciação Científica do ICC


José Andreolli Faustino de Andrade e Prof. Dr. Marcelo Gurgel.
O Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará (Uece) foi muito bem aquinhoado no V Encontro de Iniciação Científica do Instituto do Câncer do Ceará - ICC, arrebatando os primeiro e terceiro lugares, dos três prêmios conferidos, escolhidos por comissão de avaliadores, dentre os 21 trabalhos apresentados.

A solenidade de entrega dos Prêmios foi na manhã de ontem, sexta-feira (13/02/15), no Auditório Lúcio Alcântara do ICC, logo após a conferência sobre a “Pesquisa Translacional”, pronunciada pelo Prof. Dr. Fernando Cunha, da Faculdade de Medicina da USP-Ribeirão Preto.
Estimativas da incidência e mortalidade por câncer, em 2015, no Ceará e suas microrregiões” foi o título do trabalho que deu o 1º lugar ao estudante José Andreolli Faustino de Andrade, acadêmico de Medicina da Uece, orientado da Profa. Dra. Miren Maite Uribe Arregi.
O 2º lugar ficou com a estudante de Medicina da UFC Lethícia David Prado, com o estudo “Envolvimento de quimiocinas e seus receptores e de leucotrieno B4 na patogênese da esteato-hepatite induzida por irinotecano”, desenvolvido sob a orientação do Prof. Dr. Ronaldo Albuquerque Ribeiro.
A autora da pesquisa classificada em terceiro lugar, cujo tema era “Desenvolvimento de malignidade em pacientes receptores de transplante órgãos sólidos: um estudo clínico e epidemiológico”, foi Gabriela Maia Coelho, estudante de Medicina da Uece, que teve por orientador o Prof. Dr. Marcos Venício Alves Lima

Os acadêmicos laureados José Andreolli, Gabriela Maia Coelho, Faustino de Andrade e Lethícia David Prado exibem os certificados da premiação, acompanhados dos Professores Marcos Venício Alves Lima, Ronaldo Albuquerque Ribeiro, Marcelo Gurgel Carlos da Silva e Manfredo Luis Lins e Silva, o Superintendente da Escola Cearense de Oncologia.
 Prof. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Docente do Curso de Medicina-Uece
 

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