sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

UM BLOG EM EVOLUÇÃO - 2010

Ao findar o ano de 2009, este blog computava 3.300 acessos em seu contador. Em 30/06/2010, chegou a 8.000, adicionando 4.700 acessos, significando um aumento relativo de 142,42%, no curso de um semestre. Hoje, 31/12/2010, o blog aproxima-se da marca de 14.700 acessos, com o implemento de 6.700 visitas, no segundo semestre, dois mil a mais do que o anterior; em relação ao ano de 2009, o crescimento do número de visitas foi excepcional.
O total de postagens passou de 210, em 2009, para 270, em 2010, com uma média de 22,5 inserções mensais.
A regularidade das postagens, bem como a sua diversidade temática, entre outros motivos, têm concorrido para assegurar a fidelidade dos visitantes tradicionais e aportar novos adeptos do blog.
Registro a minha gratidão a todos que me dignificaram com suas visitas.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

PRÊMIO IgNOBEL - 1999

Sociologia - Concedido a Steve Penfold, da York University, em Toronto, por fazer sua tese de Ph.D. sobre a história das lojas de donuts canadenses.
Física - Concedido ao Dr. Len Fisher, de Bath, Inglaterra, e Sydney, Austrália, por calcular o melhor modo de molhar um biscoito. Também, ao Professor Jean-Marc Vanden-Broeck, da University of East Anglia, Inglaterra, e Bélgica, por calcular como fazer um bico de chaleira que não derrame ou pingue.
Literatura - Concedido à Britsh Standards, por seu manual de seis páginas do modo apropriado de se fazer uma xícara de chá.
Educação Científica - Concedido à Secretaria Estadual de Educação do Kansas e à Secretaria Estadual de Educação do Colorado, por prescreverem que as crianças não devessem acreditar na teoria da evolução de Darwin tanto quanto não deveriam acreditar na teoria da gravidade de Newton, na teoria do eletromagnetismo de Faraday e Maxwell, ou na teoria de Louis Pasteur de que germes causam doenças.
Medicina - Concedido ao Dr. Arvid Vatle, de Stord, Noruega, por cuidadosamente coletar, classificar, e observar cada tipo de recipiente seus pacientes escolhiam quando entregavam amostras de urina.
Química - Concedido a Takeshi Makino, presidente da The Safety Detective Agency de Osaka, Japão, por seu envolvimento com S-Check, um spray de detecção de infidelidade que as esposas podem aplicar na roupa de baixo de seus maridos.
Biologia - Concedido ao Dr. Paul Bosland, director of The Chile Pepper Institute, New Mexico, State University, Las Cruces (Novo México), por cultivar uma pimenta não picante do tipo jalapenho.
Proteção Ambiental - Concedido a Hyuk-ho Kwon da Kolon Company of Seoul, Coreia do Sul, por inventar o terno executivo auto-perfumante.
Paz - Concedido a Charl Fourie e Michelle Wong, de Joanesburgo, África do Sul, por inventarem o Blaster, um alarme antiroubo para carros que consiste num circuito detector e num lança-chamas.
Cuidados Médicos - Concedido aos falecidos George Blonsky e Charlotte Blonsky, de Nova Iorque e San Jose (Califórnia), por inventarem um dispositivo para ajudar mulheres durante o parto -- a mulher é amarrada em uma mesa circular e então a mesa é girada em alta velocidade.

Fonte: wikipedia.org
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_IgNobel

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

EGRESSOS DE ESCOLAS ESTADUAIS NA UFC

Os jornais cearenses de maior circulação trouxeram, em 10/02/10, em duas páginas centrais do primeiro caderno, um destacado informe publicitário, produzido pela Secretaria da Educação do Ceará, narrando o notável aumento de 91%, na aprovação dos alunos da rede estadual de ensino verificado no Vestibular da UFC de 2010.
Apesar de deter 88% das matrículas no ensino médio cearense, em 2009, os alunos das escolas estaduais amealharam somente cerca de 5% das vagas em disputa, nesse certame, configurando uma pífia participação, digna de preocupação, e não de exaltação, conforme se depreende da auto-enaltecedora peça publicitária citada.
Se a quantidade não é expressiva, a qualidade do resultado está longe do tolerável, uma vez que a larga maioria dos aprovados concentra-se em cursos de baixa concorrência e de menores escores para ingresso, condições indicativas de menor competitividade dos seus pretendentes.
Com efeito, não houve um só aprovado em cursos tradicionais, como Arquitetura, Direito, Enfermagem, Farmácia e Odontologia; as exceções, de uma vaga ocupada em Medicina (Barbalha) e outra em Psicologia (Sobral), justificam-se porque os pontos de corte nas extensões interioranas são bem inferiores aos identificados nos mesmos cursos sediados na capital; dos três nomes listados em Engenharia Civil, um foi aprovado em Fortaleza, outro em Juazeiro do Norte e o terceiro, na verdade, sequer figura entre os selecionados pela UFC.
Mesmo contando o Ceará com uma ampla rede de ensino médio, composta por 538 escolas estaduais, dotadas de equipamentos essenciais, como bilbiotecas (504), laboratório de informática (529) e laboratório de ciências (367), que deveria fornecer resultados mais alentadores, nota-se uma convergência de aprovação de vestibulandos em certas “Ilhas Educacionais”, exemplificadas por alguns estabelecimentos: Colégio da Polícia Militar, Colégio dos Bombeiros, EEFM Adauto Bezerra, EEFM César Cals de Oliveira Filho, EEFM Justiniano de Serpa, o que pode refletir algum grau de indução pedagógica de seus dirigentes, agindo como fermento e convertendo a massa em um saboroso produto.
A vasta pulverização desses estudantes aprovados em escolas e em localidades cearenses favorece ao entendimento de que o esforço individual parece prevalecer como determinante principal para o êxito do vestibulando, cuja motivação e disposição pessoal superam a desmotivação imperante em seu meio escolar e comunitário.
Os que lutam por um ensino público de qualidade não devem se vangloriar, crendo, piamente, na magia dos números, transmutados maliciosamente, em sobejos progressos no campo educacional, cujos resultados, duradouros e persistentes, somente advirão da aplicação apropriada de somas continuadas e sem desperdícios.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor titular da UECE

* Publicado In: APESC Notícias, 10 (43): 4, dezembro de 2010. (Órgão de divulgação da Associação dos Professores do Ensino Superior do Ceará).

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ADVOGADO INTELIGENTE E CLIENTE BURRO

Na Inglaterra um réu estava a ser julgado por assassinato.
Havia evidências indiscutíveis sobre a culpa do réu, mas o cadáver não aparecera.
Quase no final da sua sustentação oral, o advogado, temendo que o seu cliente fosse condenado, recorreu a um truque:
- "Senhoras e senhores do júri, senhor Juiz, eu tenho uma surpresa para todos!" - disse o advogado olhando para o seu relógio...
- "Dentro de dois minutos, a pessoa que aqui se presume assassinada, entrará na sala deste Tribunal."
E olhou para a porta.
Os jurados, surpreendidos e também ansiosos, ficaram a olhar para a porta.
Decorreram dois longos minutos e nada aconteceu.
O advogado, então, completou:
- "Realmente, eu falei e todos olharam para a porta com a expectativa de ver a suposta vítima. Portanto, ficou claro que todos têm dúvida neste caso, ou seja, se alguém realmente foi morto. Por isso insisto para que considerem o meu cliente inocente". (In dubio pro reo).
Os jurados, visivelmente surpreendidos, retiraram-se para a decisão final.
Alguns minutos depois, o júri voltou e pronunciou o veredicto:
- "Culpado!"
"Mas como?" perguntou o advogado... "Eu vi todos olharem fixamente para a porta, é de se concluir que estavam em dúvida! Como condenar na dúvida?"
E o juiz esclareceu:
- "Sim, todos nós olhamos para a porta, menos o seu cliente..."
"MORAL DA HISTÓRIA: NÃO ADIANTA SER UM BOM ADVOGADO SE O CLIENTE FOR BURRO".
Fonte: Internet (circulando por e-mail)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O BRASIL ANEDÓTICO XXII

ALIMENTO DE POETAS
Domingos Barbosa - "Silhuetas", pág. 186.O poeta maranhense Souzandrade, republicano da velha guarda, que redigiu em Nova York O Globo, com José Carlos Rodrigues, recolheu-se depois de 15 de novembro, à companhia dos livros, na sua quinta de São Luiz, cercada de um muro enorme, que parecia de fortaleza. Sem recursos, começou a vender o muro, aos metros, para material de construções.
Filósofo e simples, não maldizia entretanto da vida.
- Como está o senhor? - saudavam-no os íntimos.
- Eu, menino?
E com um sorriso resignado:
- Comendo pedras!...

A PROFISSÃO NOBRE
Magalhães de Azeredo - "D. Pedro II", pág. 87.Um dia, em Cannes, conversava o imperador Pedro II com alguns brasileiros, quando declarou, gravemente:
- Se eu não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre, que a de dirigir as inteligências juvenis e preparar os homens do futuro!

TIRANIA DOMÉSTICA
Contado por Afrânio Peixoto
Gonçalves Dias foi casado, segundo se depreende da sua correspondência e do depoimento dos contemporâneos, com uma senhora de grandes virtudes mas ciumentíssima, e que exercia sobre ele grande ascendência. Certa vez, estando enfermo, de cama, conversava com um amigo quando ouviu os passos da senhora, que se aproximava. Rápido, o poeta calou-se, mergulhou a cabeça no cobertor, aquietando-se, intimidado.
Sentindo, porém, que a esposa se retirava, emergiu, de novo, para a conversa.
- É um anjo esta minha mulher, - declarou: - mas...
E abanando-se com a mão:
- Abafa-me demais!...

O SUBSÍDIO
Joaquim Nabuco - "Um estadista do Império", vol. I, pág. 85
Em 1843, a situação do Tesouro Imperial era das mais delicadas. Identificado com a sorte do país, Pedro II resolve abrir mão da quarta parte da sua dotação, para as urgências do Estado.
Levada à Câmara a notícia do fato,
Peixoto de Brito, palaciano assíduo, ergue vivas ao Imperador e declara seguir-lhe o exemplo abrindo mão da quarta parte do seu subsídio, insinuando à Câmara que esta devia fazer o mesmo.
A lembrança é recebida, porém, com reservas.
- Talvez o sr. deputado não seja casado, - interrompeu Carneiro da Cunha.
E fazendo rir a Câmara:
- Se fosse, julgo que não poderia logo, sem o consentimento de sua mulher, fazer esta cessão, porque a ela pertence a metade.

UM HOMEM ANTIGO
Contada pelo Comandante Albino Maia.Érico Coelho morreu quase octogenário, tendo conservado, porém, até às proximidades da morte o mesmo garbo de figura, e um porte marcial de mosqueteiro. Por isso mesmo, não gostava que lhe falassem em idade, achando que os indivíduos têm, não a idade verdadeira, mas aquela que parecem ter.
Certo dia, uma senhorita estouvada resolveu tocar-lhe, em uma festa, nesse ponto delicado.
- Senador, - indagou, - que idade, mesmo, o senhor tem?
- Ah minha filha, - retrucou o republicano fluminense, detendo a sua irritação, - eu não sei ao certo a idade que tenho. Mas já devo ser muito velho.
E com tremores na barba:
- Imagine que eu sou de um tempo em que era falta de educação perguntar-se a idade dos outros!...

VIVER DO "PASSADO"
Humberto de Campos - Discurso na Academia Brasileira de Letras, 8 de maio de 1920.Nos últimos dias do século passado era famoso no Rio, pelos seus processos de adquirir dinheiro, um boêmio cuja habilidade se tornou proverbial. A sua fórmula, para promover a elasticidade das bolsas, era cômoda e comovente. Chegava-se a um amigo, e lastimava-se:
- Veja só! Eu já tive uma fortuna regular, com os meus prédios, as minhas apólices, a minha caderneta de Banco... E hoje sou isto!...
E após uma pausa:
- Você, que me viu tão feliz, não poderá me "passar" uma de cinco mil réis?
Comentando esse modo de vida, Emílio de Menezes explicava:
- Coitado do Rocha! O que ele diz é verdade. Ele teve posição, casa, fortuna. Hoje, vive do "passado"!...

Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927).

domingo, 26 de dezembro de 2010

MENSAGENS EM CARROS III

- Só o Ctrl+S salva (zoando "só Jesus salva”).
- A inveja é uma merda (colado em um Audi TT).
- Adesivo colado na traseira de um carro: se você estiver sem calcinha, dá uma risadinha.
- Sorria... sua mulher me ama.
- Como estou dirigindo? Mal? Foda-se, o carro é meu!
- 0 à 100 em 15 minutos (colado em uma Brasília).
- Na subida paciência, na descida, dá licença!
- Adesivo de um caminhão frigorífico: não sou palmeirense mas carrego a torcida.

sábado, 25 de dezembro de 2010

RELEMBRANDO O I CONGRESSO BRASILEIRO DE MÉDICOS CATÓLICOS


Sobejas razões - médicas, históricas e religiosas, levaram à republicação dos Anais do Primeiro Congresso Brasileiro de Médicos Católicos (I CBMC), realizado em Fortaleza, no ano de 1946, evento seminal para a criação da Faculdade de Medicina da UFC, consoante atesta o jornal O Povo: “Julho, 5 – Realiza-se em Fortaleza, o 1º Congresso de Médicos Católicos. Sabe-se que o espírito predominante é favorável à fundação de uma faculdade de medicina em Fortaleza. A idéia é boa, pois o Ceará já reclama que os seus jovens que desejam seguir a carreira daqui não mais precisem sair para Salvador ou Rio de Janeiro”. In: Costa, José Raimundo. Memória de um jornal. Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha, 1988. p.268.
O livro, para a sua concretização, teve o patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil e da Academia Cearense de Medicina e contou com o apoio das seguintes entidades: Associação Médica Cearense, Faculdade Católica de Fortaleza, Fundação Waldemar Alcântara, Instituto do Câncer do Ceará, Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará, Sociedade Brasileira dos Médicos Escritores (Nacional e Regional do Ceará), Sociedade Médica São Lucas, Unicred e Unimed de Fortaleza.
Paralelamente ao exercício da captação de recursos, esforços adicionais convergiram para contatar e chegar até às pessoas que pudessem escrever as contribuições, traçando o perfil dos conferencistas, dos membros da comissão organizadora e, inclusive, de alguns dos participantes do I CBMC, que viriam se juntar aos ensaios contextuais.
Como a maior parte dos expositores convidados era de fora do Ceará, contatos telefônicos e por e-mail foram feitos com médicos de vários estados da federação. Os sites de busca da internet foram ferramentas bastante utilizadas para completar as informações requisitadas em diversas panegíricos reunidos nesse livro.
A obra, em si, não se conteve na reprodução “fac-símile” dos Anais organizados pelo padre Monteiro da Cruz, SJ, tendo sido enriquecida por contribuições produzidas por diferentes autores, sob a forma de ensaios sobre o contexto social, político e religioso da época, e de biografias, que resgatam a memória de parte dos organizadores, expositores e até de alguns dos participantes desse congresso.
O prefácio, escrito pelo Prof. Dr. Mons. Manfredo Ramos, Diretor da Faculdade Católica de Fortaleza e membro da Academia Cearense de Letras, confere densidade teológica e científica, bem como reconhece o valor dessa publicação que mescla ciência e religião, de uma forma objetiva, coerente e humanizada.
A primorosa edição, em capa dura, demonstrativa do apuro gráfico com que foi engendrada e impressa, tem colhido os maiores encômios dos que a têm adquirido ou recebido exemplar. A obra foi lançada em abril, em Fortaleza, e em maio, em Brasília-DF, no Memorial JK, por ocasião do XIII Conclave da Federação Brasileira das Academias de Medicina.
Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina

* Publicado In: Jornal do médico, 6(35): 4, 2010. (Informativo Médico Independente do Ceará).

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

DISCURSO DOM MANUEL EDMILSON * NA SESSÃO NO SENADO




Dom Manuel Edmilson da Cruz
Bispo Emérito da Diocese de Limoeiro do Norte, Ceará


Discurso de Dom Manuel Edmilson da Cruz, Bispo Emérito da Diocese de Limoeiro do Norte - CE, durante a outorga da Comenda de Direitos Humanos Dom Helder Camara, conferida pelo Senado Federal, no dia 21 de dezembro de 2010.

A surpresa chegou aos meus ouvidos à noitinha, quinta-feira 16 de dezembro. Como o alvorecer da aurora e a vibração cantante de um bom-dia. Mais que surpresa: era como se alguém de extraordinária generosidade tivesse enfocado uma libélula projetando a sua leveza e levando-a a atingir as proporções de um águia ou de um condor
Passa por esse crivo o meu cordial agradecimento ao senhor Senador Inácio Arruda, aos seus ilustres Pares que o apoiaram e a todo Congresso Nacional.
Pensei, em vista dos meus oitenta e seis anos, em receber essa honraria por meio de um representante. Mas Congresso Nacional merece respeito. Verdadeiro Congresso Nacional é sinal de verdadeira democracia.
A honrosa condecoração, porém, dos Pais da "Pátria", (como diriam os Romanos "Patres Conscripti"), me faz refletir. Precatórios que se arrastam por décadas; aposentados, idosos com suas aposentadorias reduzidas; salários mínimos que crescem em ritmo de lesmas... depois de três meses de reivindicações e de greves, os condutores de ônibus do transporte coletivo urbano de Fortaleza, dos cerca de 26% de aumento pretendido, mal conseguiram e a duras penas, pouco mais de 6%, quer para a categoria, quer para o povo, principalmente os pobres da quinta maior cidade do nosso Brasil.
Pois é exatamente neste momento que o Congresso Nacional aprova o aumento de 61% dos honorários de seus Parlamentares que em poucos minutos chegam a essa decisão e ao efeito cascata resultante e o impõe ao povo brasileiro, o seu, o nosso povo. O povo brasileiro, hoje de concidadãos e concidadãs, ainda os considera Parlamentares? Graças ao bom Deus há exceções decerto em tudo isso. Mas excetuadas estas, a justiça, a verdade, o pundonor, a dignidade e a altivez do povo brasileiro já tem formado o seu conceito. Quem assim procedeu não é Parlamentar. É para lamentar. Prova disto? Colha na Internet.
Bem verdade é que a realidade não é assim tão simples e a desproporção numérica, um dado inarredável. Já existe - e é de uma grandeza bem aventurada! - o SUS; o Bolsa Família. Aí estão trinta milhões de brasileiros, que da linha de pobreza, às vezes até da indigência, alcançaram a classe média. É verdade a atuação do Ministério da Saúde. Existe o Ministério da Integração Nacional. É verdade! Mas não são raros os casos de pacientes que morreram de tanto esperar o tratamento de doença grave, por exemplo, de câncer, marcado para um e até para dois anos após a consulta. Maldita realidade desumana, desalmada! Ela já é em si uma maldição. E me faz proclamar em pleno Congresso Nacional, como já o fiz em Assembléia Estadual e em Câmara Municipal: Quem vota em político corrupto está votando na morte! Mesmo que ele paradoxalmente seja também uma pessoa muito boa, um grande homem. Ainda não do porte de um Nelson Mandela que, ao ser empossado Presidente da República do seu país, reduziu em 50% o valor dos seus honorários.
Considerações finais
Senhores e Senhoras,
Sinto-me primeiro, perplexo; depois, decidido. A condecoração hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi Dom Helder Camara. Desfigura-a, porém. Sem ressentimentos e agindo por amor e por respeito a todos os Senhores a Senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la! Ela é um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão, a cidadã contribuintes para o bem de todos com o suor de seu rosto e a dignidade do seu trabalho. É seu direito exigir justiça e eqüidade em se tratando de honorários e de salários. Se é seu direito e eu aceitar, estou procedendo contra os Direitos Humanos. Perderia todo o sentido este momento histórico. O aumento a ser ajustado deveria guardar sempre a mesma proporção que o aumento do salário mínimo e da aposentadoria. Isto não acontece. O que acontece, repito, é um atentado contra os Direitos Humanos do nosso povo.
A atitude que acabo de assumir, assumo-a com humildade. A todos suplico compreensão e a todos desejo a paz com os meus sinceros votos e uma oração por um abençoado e Feliz Natal e um próspero e Feliz Ano Novo!
DEUS SEJA BENDITO PARA SEMPRE.

* Bispo Emérito da Diocese de Limoeiro do Norte, Ceará

COMENTÁRIO:
Encaminhei ao Jornal O Povo e ao Blog do Eliomar o seguinte comentário:
Caro Eliomar,

A atitude de Dom Edmilson, na solenidade do Senado, de outorga da Comenda dos Direitos Humanos Dom Helder Câmara, merece aplauso do cidadão comum, que, espoliado em seus ganhos monetários, por extorsivos impostos, foi afrontado por nossos congressistas aos darem a si um aumento abusivo de seus próprios vencimentos.
Dom Edmilson Cruz, homem sobre quem o avançar não mina a sua capacidade mental e espiritual, demonstrou, mais uma vez, coerência e coragem, ao recusar um galardão a que fazia jus.
Essa notícia deveria produzir maior repercussão na mídia.
Atenciosamente,

Marcelo Gurgel

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

RELEMBRANDO DOM ALOÍSIO: três anos da sua partida terrena

Há três anos deixou a nossa convivência sua eminência Aloísio, Cardeal Lorscheider. Para lembrar sua entrada na vida eterna, foi celebrada uma missa na Igreja de São Francisco de Assis, em Jacarecanga, presidida por Dom Edmilson da Cruz, que contou com a presença de representantes de movimentos sociais e religiosos ligados à Igreja Católica.
A memória de Dom Aloísio foi reverenciada por vários oradores.
Antes da missa, conversei com Dom Edmilson e elogiei a sua postura, coerente e consistente, em recusar a Comenda dos Direitos Humanos Dom Helder Câmara, outorgada pelo Senado, em protesto contra o aumento de 61,8% auto-concedido por nossos congressistas.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

QUEBRANDO O SILÊNCIO COM FRIO

Eis o relato de um fato acontecido na Assembleia Legislativa do Ceará.
Por várias legislaturas, o Ceará teve um deputado estadual que nunca recorreu à tribuna, para qualquer pronunciamento. Tratava-se de um político que, mesmo sendo ele detentor de larga influência e uma reconhecida liderança na região do Cariri, era completamente avesso à fala em nossa casa legislativa.
Um dia, ele parecia um tanto quanto inquieto, pondo a mão no pescoço, e levanta-se de sua cadeira, deixando os colegas atônitos, crendo que se dirigia ao púlpito para fazer uma peroração.
A surpresa de todos ficou por conta dele passar pelo parlatório, contornando-o, e, simplesmente, dirigir-se para fechar uma janela, situada logo adiante, e declarar célebres palavras:
– Tô com frio!
E nada mais disse, voltando ao seu lugar, onde permaneceu silente no resto do dia e também do seu mandato.
Prof. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina e da Sobrames/CE
* Publicado In: In: SOBRAMES – CEARÁ - Receitas literárias. Fortaleza: Sobrames-CE/Expressão, 2010. 240p. p.183.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O BÊBADO, O PADRE E A ARTRITE

Em um ônibus, um padre senta-se ao lado de um bêbado que, com dificuldade, lê o jornal.
De repente, com a voz 'empastada', o bêbado pergunta ao padre:
- O senhor sabe o que é artrite?
O padre pensa logo em aproveitar a oportunidade para dar um sermão ao bêbado e responde:
- É uma doença provocada pela vida pecaminosa e sem regras: excesso de consumo de álcool, certamente mulheres perdidas, promiscuidade, sexo, farras e outras coisas que nem ouso dizer...
O bêbado arregalou os olhos e continuou lendo o jornal.
Pouco depois o padre, achando que tinha sido muito duro com o bêbado, tenta amenizar:
- Há quanto tempo é que o senhor está com artrite?
- Eu???... Eu não tenho artrite!... Diz o jornal que quem tem é o nosso bispo!
Fonte: Internet (adaptado).

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O CRAVO NÃO BRIGOU COM A ROSA

Por Luiz Antonio Simas
O autor é mestre em História Social pela UFRJ e professor de História do ensino médio. Desenvolve pesquisas sobre a cultura popular carioca.

Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto.
Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo brigou com a rosa.
A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais.
Na nova letra "o cravo encontrou a rosa/ debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".
Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha. Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?
É Villa Lobos.
Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas. A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê.
A tia do maternal agora ensina assim: Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar.
Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca. Os amigos sabem de quem é Samba Lelê? Villa Lobos de novo.
Podiam até registrar a parceria. Ficaria assim: Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.
Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos.
Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil.
Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.
Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem, se saiu com essa e não procurei a referência no meu babalorixá virtual, Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado.
Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado.
Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias ou coisa que o valha.
Bicha louca, diria o velho.
Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado?
Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice.
O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem.
A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.
Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular pintor de roda-pé ou leão de chácara de baile infantil - de deficiente vertical.
O crioulo - vulgo picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) - só pode ser chamado de afrodescendente.
O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - é um cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente.
A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno - é apenas a dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos da contemporaneidade.
O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca, baleia assassina e bujão - é o cidadão que está fora do peso ideal.
O magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia Palito.
O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.
Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não dá. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.
O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestações das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra putaqueopariu cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.
Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova, aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tá mais pra lá do que pra cá, já tem motivos para sorrir na beira da sepultura. A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

domingo, 19 de dezembro de 2010

LANÇAMENTO DE “VIDA MÉDICA” – Ano 1, Nº 1

Começou a circular, nesta semana, a Revista “Vida Médica”, de responsabilidade do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (SIMEC). Com essa revista, de caráter informativo e profissional, o SIMEC abre mais um canal de comunicação com os seus sindicalizados e alcança parcela considerável dos médicos atuantes no Ceará.
Nesse número, assino a Seção “Medicina, Meu Humor”, com reprodução de três causos postados neste blog, a conferir: Historietas Infantis (Dezembro/2008), Nomes Exóticos (Março/2009) e HIV + É Bom (Março/2009).

sábado, 18 de dezembro de 2010

XIII PRÊMIO IDEAL CLUBE DE LITERATURA


Na noite de quinta-feira, dia 16/12/10, no Salão das Arcadas do Ideal Clube, em Fortaleza, aconteceu a solenidade de Premiação do XIII PRÊMIO IDEAL CLUBE DE LITERATURA, de 2010. Fomos um dos “Destaques” no Prêmio Rachel de Queiroz, com a publicação, na coletânea dos autores vencedores, do conto: “Tempo de seca e de sonho”, desse tradicional Prêmio Ideal Clube de Literatura, concedido pelo Ideal Clube, marcando a nossa estreia pública nesse gênero literário (Vide capa do livro).

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

HOMENAGEM DAS VOLUNTÁRIAS DA RADIOTERAPIA – ICC



Momento da entrega feita pelas senhoras Sônia Santana e Fátima Régis.

Recebi, em 15/12/10, tocante homenagem das Voluntárias da Radioterapia – ICC, por meio de uma placa de prata, gravada com a seguinte mensagem:
Dr. Marcelo Gurgel
As pessoas de sensibilidade e capacidade deixam marcadas suas presenças por onde passam e nós estamos felizes por termos a oportunidade de compartilhar do seu marcante trabalho.


Voluntárias da Radioterapia – ICC
16.12.09


Nota: Essa placa era para ter sido entregue em dezembro de 2009, porém a data agendada coincidiu com nossa posse na Academia Cearense de Farmácia.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

NATAL DO MESTRADO ACADÊMICO EM SAÚDE PÚBLICA

O Curso de Mestrado Acadêmico em Saúde Pública (CMASP) da UECE realizou, ontem, dia 15/12/10, a sua confraternização de Natal, reunindo os seus corpos discentes e docentes.
O evento foi abrilhantado pela participação de ilustres convidados, a saber: o Magnífico Reitor da UECE, Prof. Francisco de Assis Moura Araripe, o ex-Reitor da UECE e da Mackenzie, Prof. Manasses Fonteles, e o Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da UECE, Prof. Jackson Sampaio.
Hoje (16/12/10), foi confirmado o acolhimento do recurso impetrado pela UECE, junto à CAPES, que, reconhecendo o seu erro de avaliação do programa, corrigiu a nota de 3 (três) para 4 (quatro). O avanço da nota do CMASP, em grande parte, deve-se ao empenho da Profa. Salete Bessa, cujo mandato, infelizmente, expira no final deste mês.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

LANÇAMENTO DE “LITERAPIA” – Nº 19




A noite de ontem (14/12/10), no Hall Social do Ideal Clube, ocorreu o lançamento do Nº 19 da Literapia, a mais prestigiada revista literária do Ceará, na atualidade, mercê do seu primor visual e da qualidade das contribuições, em verso e em prosa, de autores de escol.
A revista tem por editor o intelectual Pedro Henrique Saraiva Leão, presidente da Academia Cearense de Letras e médico integrante da SOBRAMES/CE, e projeto gráfico do jornalista e ilustrador Geraldo Jesuíno.
A presente capa, o atrativo primeiro de suas edições, mantém a tradição de exibir uma mulher com um livro; porém, diferentemente das anteriores que recorriam a pinturas, desta feita foi exposta um modelo vivo em fotografia. A mimosa jovem que enfeita a capa, com sua beleza enigmática, é Ignez Carolina Accioly e Saraiva Leão, a preciosa princesinha do PHSL e da Mana. Ela não guarda semelhança com a Carolina, de olhos tristes, cantada por Chico Buarque, mas, por certo, ela perde-se em pensamento, contemplativa, como a divagar sobre o que leu há pouco.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

NATAL DA ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA

A Academia Cearense de Medicina, como faz anualmente, realizou a sua confraternização natalina. O evento aconteceu na noite de hoje (14/12/10), no Salão Meireles, do Ideal Clube e contou com a participação de expressivo número de acadêmicos titulares, a maioria deles fez-se acompanhar de seus diletos cônjuges.
A destacar na celebração, a belíssima saudação natalina, proferida pelo acadêmico Sérgio Gomes de Matos, sob a forma de um ensaio, pleno de erudição e digno de ser publicado, por seu apuro e sua riqueza histórica e literária.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

CAMPANHA PUBLICITÁRIA

Campanha publicitária do CITIBANK espalhada pela cidade de São Paulo, através de outdoors:

"Crie filhos em vez de herdeiros."
"Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete."
"Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela."
"Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama."
"Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas."
"Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?"
"Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos."
"Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas..."
"... e quem sabe assim você seja promovido a melhor (amigo / pai / mãe / filho / filha / namorada / namorado / marido / esposa / irmão / irmã.. etc.) do mundo!"
"Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos."

E para terminar, mensagem afixada na parede de uma farmácia:
"Não eduque seu filho para ser rico; eduque-o para ser feliz. Assim, ele saberá o valor das coisas, e não o seu preço."

Fonte: Internet (circulando por e-mail)

domingo, 12 de dezembro de 2010

LOGO NA ENTRADA OU NA SAÍDA

O Prof. Walder Sá ministrava aula prática aos seus alunos do quinto ano de Medicina, no Serviço de Proctologia do Hospital Universitário Walter Cantídio da UFC. Após examinar um paciente, um lavrador procedente no interior cearense, pontificou:
– Há um pequeno botão hemorroidário, logo na entrada – disse o médico, mostrando aos acadêmicos.
Nisso, o rurícola, deitado na posição de quem dirige suas orações à Meca, e ciente da sua condição masculina, virou o rosto e corrigiu:
– Entrada não, “dotô”; só saída.

Prof. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina e da Sobrames/CE


* Publicado In: SOBRAMES – CEARÁ - Receitas literárias. Fortaleza: Sobrames-CE/Expressão, 2010. 240p. p.183.

sábado, 11 de dezembro de 2010

CRIANÇA INTELIGENTE...

Caminhava com a minha filha de 4 anos, quando ela apanhou qualquer coisa do chão e ia por na boca.
Expliquei a ela para nunca fazer isso.
- Mas por quê? - perguntou ela.
Respondi que se estava no chão estava sujo, cheio de micróbios que causam doenças.
Nesse momento, minha filha olhou-me com admiração e perguntou:
- Mamãe, como você sabe tudo isso? Você é tão inteligente!

Rapidamente refleti, e respondi-lhe:
- Todas as mamães sabem estas coisas. Quando alguém quer ser mamãe, tem que fazer um grande teste e tem que saber todas estas coisas, senão, não pode ser mamãe.
Caminhamos em silêncio cerca de 2, 3 minutos. Vi que ela pensava ainda sobre o assunto e de repente disse:
- Ah, já entendi. Se você não passasse no teste, você era o papai!
- Exatamente! - respondi com um enorme sorriso...

* Recomendação: E agora, quando parar de rir, envie isto a todas as outras mamães...
E aos papais que tenham humor!

Fonte: Internet (circulando por e-mail).

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

ERA MUITO RELIGIOSA...

A Creide era muito religiosa e cumpria os mandamentos de Deus. Casou-se e teve 11 filhos. Depois o marido morreu.
Passado pouco tempo, voltou a casar. Teve mais 17 filhos. Depois, o segundo marido morre.
Cinco semanas mais tarde, a Creide morre.
No funeral, o padre, olhando a defunta no caixão, comenta:
- "Ah!.. Finalmente juntos."
Uma velhota que se encontrava perto perguntou:
- "Desculpe padre.. mas quando diz finalmente juntos, refere-se à defunta e o seu primeiro marido, ou à defunta e o seu segundo marido?"
- "Refiro-me aos joelhos dela...".

Fonte: Internet (circulando por e-mail).

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

PORTUGUESA NAMORANDO

Maria está no carro com o namorado Joaquim num namoro desenfreado.
Beijo pra lá, beijo pra cá, e às tantas...
- Não quer ir para o banco de trás? (diz ele, visivelmente excitado).
- Para o banco de trás? Não.
Bom, o namoro continua, mais beijo, mais aperto, mais amasso e...
- Não quer mesmo ir para o banco de trás? (perguntou ele, ainda com mais vontade).
- Não, não quero.
O pobre rapaz, já meio desnorteado, continua no beija-beija, esfrega-esfrega até que...
- Tem certeza de que não quer ir para o banco de trás? (já desesperado).
- Mas que coisa! Já te disse que não! Claro que não!
Desesperadíssimo, pergunta:
- Mas por quê?
- Porque prefiro ficar aqui, perto de você.
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

AINDA O ICMS E AS BEBIDAS ALCOOLICAS

Hugo de Brito Machado
Professor Titular de Direito Tributário da UFC
Presidente do Instituto Cearense de Estudos Tributários

Artigo em que afirmei a inconstitucionalidade da redução da alíquota do ICMS sobre bebidas alcoólicas fez com que me chegassem críticas e documentos, que examinei cuidadosamente na tentativa de encontrar algum ponto no qual eu estivesse enganado. Entretanto, fiquei mais fortemente convencido da flagrante inconstitucionalidade de muitos dos dispositivos do projeto de lei que o Governador do Estado encaminhou à Assembléia Legislativa com a Mensagem n° 7.223, de 19 de novembro de 2010.
Realmente, o projeto em questão altera três leis estaduais e afronta a Constituição Federal em diversos de seus dispositivos. É riquíssimo em delegações, atribuindo ao regulamento o trato de assuntos sobre os quais somente a lei pode dispor. Viola, portanto, o art. 150, inciso I, da Constituição Federal, que consagra o princípio da legalidade tributária. E com isto libera o governo para fazer futuras alterações na legislação do ICMS sem que fique a depender da Assembléia. Além disto, estabelece tratamento diferenciado não previsto na Constituição, em razão da procedência e do destino de mercadorias, violando assim o seu art. 152, que veda expressamente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
No que diz respeito às bebidas alcoólicas o projeto reduz a alíquota do ICMS nas importações de vinhos e sidras, e das denominadas bebidas quentes, exceto aguardente, de vinte e cinco para doze por cento. Com isto, segundo os seus defensores, o projeto estaria apenas evitando a burocracia na restituição aos importadores do crédito relativo ao excedente do imposto na importação relativamente ao devido na saída dessas mercadorias, pois a alíquota do ICMS nas operações interestaduais é de doze por cento. Entretanto, ainda que se pudesse admitir tal argumento, a inconstitucionalidade seria flagrante porque a redução de alíquotas, em qualquer situação, só é constitucional se em função da essencialidade das mercadorias (CF/88, art. 155, § 2°, inciso III). E ninguém dirá que bebidas alcoólicas são mercadorias essenciais.
Na verdade, porém, nada justifica o favorecimento aos importadores de bebidas alcoólicas, mesmo em relação ao recebimento de eventuais créditos de imposto, o que para os contribuintes em geral é muito difícil, ou até impossível. Mas o projeto em questão, além de reduzir a alíquota no ICMS na importação, ainda estabelece que em relação às bebidas alcoólicas não será exigida qualquer complementação do imposto nas operações que as destinem a outros Estados, ainda que vendidas a consumidor final. Como se vê, o favorecimento é enorme, pois o ônus total do ICMS sobre tais mercadorias será de apenas doze por cento sobre o valor das importações. O importador pode obter o lucro que o mercado lhe permitir, sem pagar o imposto sobre o valor agregado. O ônus do ICMS sobre bebidas alcoólicas será menos da metade do ônus que esse imposto representa para as mercadorias em geral. Uma verdadeira inversão do que estabelece nossa Constituição Federal.
* Publicado In: Diário do Nordeste.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

VIAGEM A SÃO PAULO: banca examinadora na USP

Hoje estou em São Paulo, para participar de uma banca examinadora de tese de doutorado na Faculdade de Saúde Pública, da Universidade de São Paulo. A data, para mim, em especial, traz à lembrança de que, há exatos vinte anos, defendi a minha tese de doutoramento em Saúde Pública, nessa mesma instituição. Tenho retorno programado à Fortaleza, na madrugada de amanhã.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A BOA E VELHA LÍNGUA DUPLA

Por Olavo de Carvalho
Se há algo que a História confirma sem um único exemplo em contrário, é isto: Toda e qualquer verdade ou idéia valiosa que algum dia chegou ao conhecimento dos seres humanos foi descoberta de um ou alguns indivíduos isolados; ao disseminar-se entre as massas, perde o impulso originário e se cristaliza em fórmulas ocas, infindavelmente repetíveis, que se podem preencher com os sentidos mais diversos e usar para os mais diversos fins. Tudo começa na inspiração e termina em macaqueação.
Sempre foi assim e sempre será.
O que distingue o pensamento dito “moderno”, do século XVIII em diante, e o diferencia radicalmente de todos os anteriores, é sua capacidade de gerar teorias que vêm prontinhas para ser massificadas, e que extraem daí, precisamente daí, todo o prestígio “intelectual” que possam vir a desfrutar. É como se saltassem por cima da etapa de inspiração solitária e já se enunciassem, desde o berço, como apelo às massas. Isso começou a acontecer desde o momento em que os homens de idéias perderam a fé no conhecimento da verdade e passaram a buscar, em vez dela, o afinamento com o “espírito da época”. Quantos filósofos e escritores, hoje em dia, não são abertamente louvados, não porque tenham descoberto alguma verdade, algum valor essencial, mas apenas e sobretudo porque expressaram, com seus erros e mentiras, as aspirações mais loucas e abjetas do “seu tempo”? Se não fosse por isso, tipos como Maquiavel, Diderot, Marx, Freud ou até mesmo Darwin não teriam hoje em dia um só admirador devoto. Seriam lidos, se tanto, como documentos históricos de um passado desprezível.
O traço distintivo das teorias a que me refiro é a ambigüidade congênita. Nada afirmam de muito claro, desdizem-se a cada linha, esquivam-se com destreza luciferina à confrontação com os fatos e, quando acuadas contra a parede por alguma objeção demolidora, mudam de significado com a maior facilidade, cantando vitória quando conseguem mostrar que o adversário nada provou contra o que elas não tinham dito.
É claro que a aptidão de uma teoria para essa transmutação proteiforme não aparece toda de uma vez. A continuação dos debates e o zelo dos discípulos em preservar a imagem do mestre é que trazem à mostra o potencial de desconversa escorregadia contido na exposição da idéia originária.
O darwinismo, por exemplo, começou como uma “teoria do design inteligente”, tentando mostrar a lógica de uma intencionalidade divina por trás da variedade das formas naturais. Hoje aparece como a antítese mais extrema de todo “design inteligente”, sem que ninguém nos explique como é possível que duas teorias simetricamente opostas continuem sendo uma só e a mesma.
A psicanálise, então, tem tantas versões que o que quer que você diga contra uma delas pode ser sempre reciclado como argumento em favor de alguma outra – e os ganhos de todas revertem sempre, é claro, em favor do dr. Freud. A facilidade mesma com que uma teoria se converte em suas contrárias é louvada como prova do mais alto mérito intelectual: o que importa não é a “veracidade”, mas a “fecundidade”.
Mas a teoria mais capaz de explorar em proveito próprio tudo o que a desminta é, com toda a certeza, o marxismo. Tudo o que ele diz já vem, na fonte, em duas versões: uma que diz sim, a outra que diz não. Qualquer das duas que saia vencedora aumentará formidavelmente o crédito da teoria marxista.
Como Marx se esquiva de esclarecer qual o coeficiente de influência que as causas econômicas têm na produção das mutações históricas em comparação com outras causas, você pode optar por um determinismo econômico integral ou pela completa inocuidade das causas econômicas e continuar se declarando, nos dois casos, um puro marxista. Ernesto Laclau chega a declarar que a mera propaganda cria a classe oprimida incumbida de legitimá-la ex post facto, e ninguém deixa de considerá-lo, por isso, um luminar do pensamento marxista.
A própria idéia marxista da práxis – a mistura inextricável de teoria e prática – parece criada sob medida para tirar proveito das situações mais opostas: o que desmente o marxismo em teoria pode favorecer o movimento comunista na prática (é o caso das idéias de Laclau); as derrotas do comunismo na política prática podem sempre ser alegadas como efeitos de “desvios” e, portanto, como confirmações da teoria marxista (Trótski falando de Stálin).
A duplicidade de línguas no marxismo aparece não só nas grandes linhas da teoria e da estratégia, mas nas atitudes dos intelectuais marxistas ante qualquer acontecimento da vida cultural ou política. Tudo aí tem duas caras, cada uma exibida ou encoberta, em rodízio, conforme as conveniências do momento. Em 1967, quando a União dos Escritores da URSS proclamava Soljenítsin um tipo execrável e perigosíssimo, o filósofo comunista Georg Lukács jurava que o autor de Um Dia na Vida de Ivan Denissovitch tinha uma visão ortodoxamente marxista das coisas. O movimento comunista ficava assim preparado para as duas eventualidades: se o romancista viesse a ser ignorado no Ocidente, já estava garantido o seu lugar na lata de lixo da História; se fizesse sucesso, seria um sucesso do marxismo. Alguns exemplos próximos de nós ilustram o jogo com ainda mais clareza. Lula e o comandante das Farc, Raul Reyes, podem presidir juntos as assembléias do Foro de São Paulo e em seguida alegar que nunca fizeram nada em parceria. As Farc podem publicar em sociedade com o PT a mais importante revista de discussão marxista do continente (America Libre) e ao mesmo tempo ser proclamadas, na mídia, umas malditas traidoras que abandonaram o marxismo para entregar-se à pura cobiça de dinheiro. Se as Farc vencem, o Foro de São Paulo vence junto com elas. Se perdem, ele sai limpo.
A língua dupla caracteriza as serpentes, no mundo natural, o diabo, no reino do espírito, e as idéias queridas da modernidade, no mundo humano e histórico.
* Publicado In: Diário do Comércio, 28 de novembro de 2010.

domingo, 5 de dezembro de 2010

AS FORÇAS QUE REGEM A VIDA E A MORTE


Detalhe da capa de "Tempos de Guerra e de Paz", de Marcelo Gurgel (Org.), num processo de montagem

ENSAIO
Por Carlos Augusto Viana

A reunião de artigos e de ensaios, de diferentes naturezas e de diversos autores, visando à composição de um livro, é sempre um desafio. A começar pela busca de certa unidade, isto é, uma acomodação de textos que, de certa forma, estabeleçam entre si vasos comunicantes. Marcelo Gurgel, ao organizar esse volume, obteve pleno êxito nessa difícil empreitada.

A princípio, dividiu a obra em sete partes, consoante o material de interesse. Em "Museus e museólogos: ensaios sobre a formação", a especificidade da temática ultrapassa as fronteiras de um conhecimento restrito, constituindo um levantamento de questões a despertar o interesse de leigos, a partir de detalhes configuradores desse campo de saber: as relações entre os museus e a coletividade, os museus e a transmissão do conhecimento, as políticas culturais.
"Resistência nas Termópilas: é melhor, lutaremos na sombra" agrega artigos e ensaios que se concentram nas relações de poder, ora num histórico das guerras do Mundo Antigo, ora a análise de como o cinema aborda o espírito bélico, tendo como fulcro o filme "Os 300 de Esparta". O leitor terá acesso a informações curiosas e, evidentemente, enriquecedoras.
A terceira parte "Bombardeio de Guernica: ensaio para uma grande guerra" reconstrói a Guerra Civil Espanhola", e o bombardeio sobre a cidade - uma das mais antigas do povo basco - é descrito com uma riqueza de detalhes impressionante, bem como merece realce a leitura de diversas composições pictóricas que dizem respeito à crueldade humana.
"Otávio Bonfim : o bairro das dores e dos amores", a quarta parte do livro, compreende textos que se enquadram no gênero crônica, uma vez que o olho sobre a cena cotidiana colhe usos e costumes e estabelece uma ponte entre o passado e o presente; os flagrantes do dia-a-dia, a cor local, coisas e seres, tudo conduz o leitor a reflexões acerca da passagem do tempo, da precariedade do homem e de sua hora.
A tonalidade histórica volta a aparecer no livro, em seu quinto momento, sob o título "A Resistência Francesa: sob a cruz de Lorena". Os autores partem de um ponto particular com o intento de que o geral seja atingido; isto é, a resistência dos franceses à ocupação alemã, quando da Segunda Guerra, funciona como metonímia da própria resistência dos povos à ocupação de seu território por invasores, tanto que os autores percorrem também vários momentos da História da humanidade em que tal ocorreu deveras.
Em "A França Ocupada: ensaios na clandestinidade", há um desdobramento do grupo anterior, recaindo o discurso sobre pessoas que, com suas marcas, vivenciaram atos de resistência ou, por outro lado, sofreram os horrores da guerra.
O livro se fecha com artigos e ensaios sobre o escritor Maurice Druon, autor de "O Menino do Dedo Verde"; nesse sentido, além de aspectos biográficos e bibliográficos, o leitor poderá também penetrar na ficção desse escritor Francês, pois vários tópicos de sua criação literária são analisados pelos autores.
A leitura de "Tempos de Guerra e de Paz", obra sob a organização de Marcelo Gurgel, é um caminho aberto a várias possibilidades: se, de um lado, o leitor colhe informações preciosas sobre aspectos da História humana; por outro, é conduzido ao passado, implicando, também, uma forma de conhecimento do presente. Trata-se de um livro que tanto nos conduz à reflexão quanto nos diverte com colheitas singelas de cenas cotidianas.
Em meio à diversidade de pontos de vista, de gêneros e mesmo das temáticas abordadas por cada um dos autores, há uma confluência que reside no tratamento da linguagem. Pouco importa a complexidade do texto, a escritura apresenta-se sempre simples, objetiva, desembocado numa leitura fácil, ainda que aos cuidados de reflexões agudas e pertinentes.


Tempos de Guerra e de Paz: Ensaios da Vida
Marcelo Gurgel Carlos da Silva (Org.)
UECE 2010 160 Páginas R$ 25,00
Ensaios de diversos autores: museus, literatura e guerras
CARLOS AUGUSTO VIANA
EDITOR
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=896913

* Publicado no Suplemento Cultura do Diário do Nordeste, de 05/12/2010.

sábado, 4 de dezembro de 2010

GUERRA DE PREÇOS

Regina Elias
Psicóloga, mestre em Saúde Pública pela UECE

A redução do ICMS de bebidas importadas destinadas a outros estados tende a estimular o consumo dentro e fora do Estado do Ceará.
Na audiência pública do dia 30 de novembro, o Secretário da Fazenda e seu antecessor explicaram a mensagem em pauta na Assembléia Legislativa, mas não convenceram nenhuma das entidades presentes. Nesta ocasião, foi feito uníssono apelo para que o item das bebidas alcoólicas seja retirado da proposta.
Embora Mauro Filho diga que tudo já foi esclarecido e que não haverá diminuição do preço, ninguém de bom senso concorda com ele.
A “facilitação operacional” da importação de bebidas quentes irá atrair grandes importadores para cá. Essas empresas terão a vantagem do custo do frete, pela localização estratégica dos nossos portos. As novas atacadistas irão competir com as já existentes nos outros estados e, obviamente, a concorrência entre elas irá baixar o preço de todos.
Quanto mais vendedores, maior a oferta, menor o preço. Nenhum atacadista dos outros estados vai abrir mão do negócio. Para se adaptar à concorrência, vão procurar novos consumidores ou ampliar o consumo dos antigos.
O alcoolismo vai aumentar, sim! E todos os seus problemas também: doenças, acidentes, agressões, faltas ao trabalho, desemprego dos consumidores, invalidez, violência doméstica, desestruturação familiar, sexo desprotegido, gravidez indesejada, AIDS...
Com a chegada de navios cheios de bebidas, o consumo vai aumentar e mais mortes vão acontecer. As migalhas arrecadadas com o imposto não vão cobrir as despesas do IJF, que atende pacientes graves de todos os estados vizinhos. Também não vão cobrir os custos do Sara Kubitschek, dos transplantes de fígado, das UTIs que já não têm vagas...
A “gentileza” para com os importadores atacadistas de bebidas resultará em desespero para milhares de mulheres e crianças. O álcool não atinge só quem bebe. Ele faz sofrer os familiares, os vizinhos e até os desconhecidos daquele que decidiu tomar mais uma dose.
Será que o governador tem consciência de todos esses aspectos?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O ADVOGADO E A HERANÇA

Quando Eduardo, filho único, belo, promissor e jovem advogado, descobriu que herdaria uma fortuna de seu pai, viúvo, inválido devido a uma doença terminal, decidiu que era o momento certo de encontrar uma mulher que fosse a companheira ideal para a vida tranquila e farta que se avizinhava.
Num certo dia conheceu, nas dependências da Ordem, a advogada mais bonita que já tinha visto em toda a sua vida. Sua extraordinária beleza, o porte elegante, o corpo curvilíneo, a inteligência, a maneira de falar... deixaram-no sem respiração.
- Eu posso parecer um advogado comum - disse, enquanto iniciava um diálogo tentando conquistá-la - mas dentro de dois ou três meses o meu pai vai morrer e herdarei 20 milhões de euros.
Impressionada, a bela advogada foi para casa com ele naquela noite...

Três dias depois, tornou-se sua madrasta.

Fonte: Internet (circulando por e-mail).

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

LEI INEBRIANTE

Fala-se que quando a Medicina erra, mata-se no varejo; porém, quando erra a Economia, liquida-se no atacado. A segunda assertiva vem bem a propósito do projeto de lei, ora em tramitação na Assembléia Legislativa do Ceará, que estipula uma drástica redução do ICMS incidente sobre bebidas alcoólicas, ditas “quentes”, de origem importada.
O governo estadual apregoa um pequeno rol de vantagens, como a criação de um pólo de distribuição de bebidas na região Nordeste, servindo isso para se contrapor ao oligopólio distribuidor de uns poucos estados do Sul e do Sudeste, e até conjectura cifras, dos milhões que o estado vai arrecadar em tributos, atraindo distribuidores, e da geração de parcos 1.200 postos de trabalho.
O controvertido projeto suscitou uma série de protestos de entidades médicas e de profissionais da área da saúde e encontrou forte resistência de deputados médicos e, inusitadamente, cindiu a sólida base de apoio ao governo, negando-se, simplesmente, a homologar a vontade emanada do poder executivo estadual.
A polêmica lei está na contramão da tendência mundial de sobretaxar produtos nocivos à saúde humana, como cigarros e bebidas alcoólicas, para inibir o consumo, diante dos malefícios que trazem aos usuários, e à sociedade, em função da forte externalidade negativa associada ao uso desses produtos.
A questão não é apenas de trazer à baila os sabidos e graves efeitos do consumo do álcool, mas mesmo no plano econômico-financeiro, tão caro aos brios dos gestores, uma apurada análise de custo-benefício demonstraria uma conta desfavorável ao erário, dissipando-se os eventuais ganhos arrecadatórios iniciais em sobejos gastos, a médio e longo prazo, em outros setores.
É um acinte à inteligência dos cearenses crer que as bebidas importadas não serão consumidas aqui e uma desconsideração aos brasileiros de outros estados a Terra da Luz tornar-se um indutor de alcoolismo.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico e economista

* Publicado In: Jornal O Povo. Fortaleza, 2 de dezembro de 2010. Caderno A (Opinião). p.6.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ILMO & ILMA

Como representante institucional, participei da mesa de honra de uma solenidade de colação de grau de uma faculdade particular de Fortaleza.
O mestre de cerimônias convida uma representante discente para ler uma mensagem, do tipo autoajuda, dirigida aos seus colegas formandos.
A concludente vai ao palco e começa a leitura:
– Ilma Sra. Beatriz Alcântara, representante do Governador do Estado do Ceará, Dr. Lúcio Alcântara.
Achei estranho porque a ilustre escritora da Academia Cearense de Letras tinha o prenome composto de Maria Beatriz, e eu desconhecia aquela prótese nominal.
– Ilma Sra. Fulana, representante do Sr. Secretário da Educação Básica do Estado do Ceará, Dr. Jaime Cavalcante.
De novo, a sonoridade protética despertou-me estranheza, que se exacerbou ao ouvir da ilustríssima colanda:
– Ilmo Sr. Beltrano, Diretor da nossa faculdade.
Daí em diante, estupefato com o que ouvi, precisei conter o riso, pondo a mão no queixo e cobrindo parcialmente a boca, evitando exteriorizar uma fácies sardônica, para um público superior a mil pessoas, ali reunidas.
A oradora docente prosseguiu, aplicando o pronome de tratamento, e desfilando o rol de Ilma & Ilmo das autoridades, incluindo um tal de Ilmo Marcelo Gurgel.
Prof. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina e da Sobrames/CE
* Publicado In: SOBRAMES – CEARÁ - Receitas literárias. Fortaleza: Sobrames-CE/Expressão, 2010. 240p. p.182-3.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

RAIMUNDINHA, A NORDESTINA

As mulheres, em reunião mundial, resolveram fazer um complô contra os homens. Decretaram que, a partir daquela data, não iriam fazer mais nada em casa.
Três meses depois, em outra reunião, elas decidiram contar o que tinha acontecido a partir de então.
Primeiro, a francesa:
"Eu quando cheguei em casa fui logo dizendo ao meu marido: A partir de hoje não faço mais nada aqui em casa. Não cozinho um grão de arroz..."
No 1º dia não vi nada.
No 2º dia não vi nada.
No 3º dia já o vi cozinhando seu arroz, fritando um ovo... e ele está pensando em abrir um restaurante!!!
Aí a norte-americana contou:
"Quando cheguei em casa fui logo avisando a novidade: Não lavo mais uma peça de roupa. Nem uma cueca..."
No 1º dia não vi nada.
No 2º dia também não vi nada.
No 3º dia já o vi indo para o tanque, lavando suas cuecas.... ele já tem um sócio pra abrir uma lavanderia!!!
Aí foi a vez da brasileira, Raimundinha, nordestina, ali, do Ceará:
"Chegando em casa já fui logo gritando forte: Não faço mais porra nenhuma aqui em casa, mas nada mesmo..."
No 1º dia não vi nada.
No 2º dia não vi nada.
No 3º dia continuei não vendo nada..
No 4º dia fui voltando a enxergar, o olho já foi desinchando, e já dava pra ver o vulto dos meninos...
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O BRASIL ANEDÓTICO XXI

UM TROCADILHO
Informação do professor Raul Pederneiras.Guimarães Passos era, como se sabe, tuberculoso, e vivia em perpétua luta com a moléstia insidiosa. Um dia, aparece nas livrarias o Tratado de Versificação Portuguesa, do autor dos Versos de um Simples, e cujo produto ele reservava para uma viagem à Europa, onde pretendia curar-se.
- Coitado do Guima! - comentou Emílio de Menezes uma tarde, na antiga Colombo.
E simulando pena:
- Desde que o conheço, que ele, coitado, tem "tratado de ver se fica são"!...
O "JOGO DE CENA"
Raul Fernandes - Discurso na Academia Fluminense de Letras, 1924.
Nilo Peçanha, como orador, impressionava mais pelo gesto do que pela palavra. Em uma das suas excursões pelo interior, acabava ele de discursar em Rio-Bonito, quando um tabaréu que ouvira Sizenando Nabuco como advogado e Ciro de Azevedo, que começara como promotor daquela comarca, se acercou do chefe fluminense.
- Sim, senhor, Sr. doutor! - exclamou.
E com entusiasmo:
- Oradores, conheci dois na minha vida: Sizenando Nabuco e Ciro de Azevedo. Mas "jogo de cena" como o seu, nunca vi!
A ESPINGARDA VELHA
Tobias Monteiro - "Pesquisas e Depoimentos", pág. 246.
Na manhã de 15 de novembro, Floriano foi à casa de Deodoro, a convite deste, para se entenderem definitivamente sobre o movimento preparado. Floriano admitia a hipótese de uma conciliação. Deodoro insistiu pela manifestação armada. Floriano cedeu.
- Enfim - declarou - se a coisa é contra os "casacas", lá tenho a minha espingarda velha!
PECADO OU VIRTUDE
Leôncio Correia - "Correio da Manhã", 17 de julho de 1927.Era o general Osório ministro da Guerra, quando, tendo-se aberto uma vaga de brigadeiro, levou ao Imperador, em um dos despachos, o decreto promovendo um coronel de brilhantíssima fé de ofício. O soberano deixou ficar o decreto e, no despacho seguinte, recorreu a um subterfúgio qualquer, para evitar a promoção.
- Majestade - objetou o ministro, - o oficial cujo nome apresento como digno do novo posto, é, como homem e como soldado, absolutamente merecedor de respeito. Se, entretanto, Vossa Majestade tem conhecimento de algum fato em contrário, será serviço a mim e ao Exército revelá-lo.
- É muito moço... - declarou o Imperador, como desculpa.
- Pois, melhor, - tornou o ministro.
- Poderá, mais a miúdo, inspecionar as nossas fronteiras.
Pedro II olhou em torno, e, chegando a boca ao ouvido do ministro:
- E dizem que é muito mulherengo...
A essas palavras, Osório desatou a rir:
- Mas, isso é até uma virtude, Majestade! Se isso impedisse promoção...
E com os seus modos francos:
- Eu ainda hoje seria soldado raso!..
O "NEGRINHO" REAL
Alberto Rangel - "Pedro I e a Marquesa de Santos", pág. 97
Certa vez, regressava Pedro 1 de um passeio aos subúrbios, quando, em caminho, encontrou D. Domitila, a futura marquesa de Santos, que vinha de liteira. De um salto, apeou-se do cavalo, conversou um pouco à portinhola e, após um momento, afastando um dos escravos, suspendeu a liteira, pelos varais.
- Como V. A. é forte! - fez a sedutora brasileira, num suspiro de admiração. - Como V. A. é forte!
Chamados os oficiais da escolta, mandou Pedro I que estes substituíssem, num trecho do caminho, os pretos que carregavam a namorada. Esta ria, encantada. E ele, feliz:
- Nunca mais V. Excia. terá uns "negrinhos" como estes!
BURRICE GERAL
Osório Duque-Estrada - Discurso de recepção na Academia Brasileira de Letras.Desbraguilhado de boca, Sílvio Romero não escolhia meios de expressão, quando se via aborrecido ou cansado. Professor da Faculdade de Direito, entrou ele, um dia, na sala, quando se sentiu, de súbito, incomodado de saúde.
- Não dou aula hoje, - declarou, enfadado, aos alunos que esperavam, atentos, a sua palavra.
E levantando-se:
- Estou hoje muito burro para falar; e vocês ainda mais burros para me compreenderem!
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927).

domingo, 28 de novembro de 2010

Heitor Férrer e a redução do ICMS sobre bebidas alcoólicas

Heitor diz que a redução do ICMS sobre bebidas aumentará a violência
O deputado Heitor Férrer criticou a mensagem do Poder Executivo que reduz a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de bebidas alcoólicas. Para ele, há uma ligação direta entre consumo de bebida alcoólica e violência. “Isto é matemático. Não há o que discutir. Quando o governo diminui imposto aposta no aumento do consumo e apostar no aumento do consumo de álcool é apostar no aumento da violência”, argumentou. Heitor rebateu seu colega Mauro Filho, que defende a proposta do governo.

Heitor requer realização de audiência pública sobre ICMS de bebidas alcoólicas
O deputado Heitor Férrer voltou a discursar cobrando a realização de audiência na Assembleia para debater a redução de ICMS para bebidas alcoólicas. Ele solicitou à presidência da Casa a realização de audiência pública para debater o assunto com órgãos da sociedade e do governo. “Espero que o requerimento seja aprovado; caso contrário será um erro grave da Assembleia não permitir que entidades e sociedade civil possam discutir uma matéria tão polêmica”, pontuou.
Fonte: Heitor Férrer Deputado Estadual [informativo@heitorferrer.com]

sábado, 27 de novembro de 2010

POR UMA CULTURA DE PAZ

José Maria Pontes
Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará

O governo estadual enviou uma mensagem para a Assembleia Legislativa reduzindo para 12% a alíquota do ICMS para as bebidas importadas como: whisky, vodka, gim e outras. Segundo o deputado Mauro Filho, o Estado do Ceará para competir com Santa Catarina e São Paulo, que têm respectivamente alíquotas de 3% e 7%, também tem que baixar para mais arrecadar. Respeito muito o deputado como economista, porém ele tem uma visão técnica do problema, onde o que interessa são os números.
Eu, como médico, tenho uma visão mais humanística dos problemas e de suas soluções. Esta competição de quem tem um imposto mais baixo para mais arrecadar não me interessa. Segundo Mauro Filho, essas bebidas serão destinadas às outras unidades da Federação e não vão baixar o preço no nosso mercado, não aumentando assim os danos causados pelo álcool no nosso Estado. Pergunto: onde essa bebida for consumida, Maranhão, Piauí, Bahia ou qualquer outro estado, não estará o álcool elevando os danos para as áreas de segurança pública, de saúde e social?
Os danos do álcool são muitos, todos já estudados e passam pelo aumento da violência urbana, nas estradas e doméstica; pelo aumento do número de afogamento, suicídio, separação entre casais, quedas e outros tipos de violências. O alcoolismo como doença tem desfeito muitas famílias e vem aumentando em muito a procura aos nossos hospitais psiquiátrico e de trauma. Hoje, o álcool é o maior problema de saúde pública em nosso País e é também a porta de entrada para as outras drogas.
A literatura nacional e mesmo mundial prega como a melhor estratégia para reduzir os danos causados pelo álcool o aumento da sua taxação. Os médicos e os profissionais que trabalham a problemática do álcool têm repudiado esta mensagem que reduz imposto das bebidas importadas, pois a vida não tem preço.
Uma cultura de paz é o que desejamos para o nosso País.
* Publicado, em O Povo, no Caderno Opinião, do dia 26/11/10.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ESCRAVIDÃO DE BEBIDAS

Regina Stella Elias
Psicóloga e mestre em Saúde Pública pela Uece
Há uma ameaça grave entre nós. Setores que lucram com as bebidas alcoólicas estão querendo usar os portos e a localização estratégica do Ceará para fazer entrar no território brasileiro uísques e outras bebidas importadas a custo mínimo.
O Governo do Ceará sinaliza a intenção de facilitar essa invasão alcoólica com a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O projeto tramita na Assembleia Legislativa. A ilusão dos defensores dessa proposta é que a chegada de bebidas em grande volume traria um aumento da arrecadação do Estado.
Muita gente encara o consumo de bebidas alcoólicas com tanta naturalidade que nem se dá conta dos perigos e danos que ela acarreta. Só percebe o lado bom e lucrativo da questão.
Há mais de 100 anos, a escravidão dos negros também era encarada com naturalidade. Fazia parte da cultura e do cotidiano. Pessoas tidas como inteligentes lucravam com a servidão, sem se preocupar com o sofrimento decorrente.
Partiu do Ceará a histórica iniciativa de romper com o pacto da escravidão. Um corajoso cearense, “Chico da Matilde”, líder dos jangadeiros na época, decidiu que, pelos portos cearenses, não mais seriam transportados escravos, por mais dinheiro que isso representasse. Pelo seu ato de bravura ficou conhecido como “Dragão do Mar” e o Ceará, um dos primeiros Estados a abolir a escravidão, passou a ser considerado “Terra da Luz”.
O desafio de hoje é muito parecido. Querem usar nossos portos para fazer adentrar, em imenso volume, bebidas que escravizam muita gente; trazem doenças, violência, sofrimento e morte. Embora o álcool gere lucro para alguns, nada justifica que nossos governantes se omitam diante das desgraças que seu abuso acarreta.
Pedimos ao nosso governador e aos nossos deputados que se inspirem na coragem de Dragão do Mar para romper com esta outra forma de escravidão que tenta também fazer uso de nossos portos. Cancelem, revoguem, repudiem a indecente proposta de reduzir os impostos das bebidas alcoólicas quentes importadas. Optem pela saúde , pela Vida, pela Luz.
* Publicado no caderno Opinião, do Jornal O Povo, dia 25/11/2010.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

MENOS IMPOSTOS, MAIS SANGUE

Osmar Diógenes Parente
Psicólogo e especialista em Dependência Química

Tenho certeza, caro governador, da sua competência e criatividade. Reflita um pouquinho mais a respeito de sua “brilhante ideia” de diminuir de 33% para 7% a alíquota de imposto de bebidas quentes. Ao retirar essa proposta da Assembleia Legislativa, vossa excelência poupa nossos deputados de serem cúmplices de tamanha violência às nossas famílias.
O Ceará é o lugar onde mais se faz uso de álcool no Brasil. Adolescentes já iniciam o hábito de beber antes dos 14/15 anos.
Governador, é triste conviver com o sofrimento de pais e familiares de alcoolistas. A bebida, por ser a “porta de entrada” para as drogas ilícitas, é a droga mais perversa que existe. Destrói os vínculos familiares, tira a paz e a alegria de muitas vidas.
Pesquisas comprovam que 75% dos leitos hospitalares públicos são ocupados, nos finais de semana, por conta do uso abusivo de álcool e outras drogas. Vale a pena diminuir esse imposto de 33% para 7%? Será que os custos governamentais com saúde não serão maiores do que se estima arrecadar com esse projeto?
Acredito que podemos fazer mais e mais por nossa juventude, por nossos filhos, netos e amigos. Não podemos concordar com essa medida de diminuição de impostos para as bebidas alcoólicas. Isso poderá se tornar um grande estímulo ao consumo abusivo do álcool.
O correto seria dificultar o acesso ao álcool por nossos jovens, fiscalizar os supermercados e as lojas de conveniência dos postos de gasolina da cidade que continuam vendendo bebidas alcoólicas nas noites e madrugadas.
Sei senhor governador que estou representando, pelo menos, 15% da sociedade que padece, desamparada, com o gravíssimo problema do alcoolismo e da dependência química de drogas ilícitas. Fica, portanto, meu apelo, a minha sugestão e a minha indignação.
* Publicado, em O Povo, no Caderno Opinião, do dia 23/10/10.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

MENSAGENS EM CARROS II

- O homem foi feito primeiro que a mulher, para a mulher não dar palpite.
- Respeite a mulher do próximo, principalmente se o próximo estiver muito próximo.
- Eu sempre me importei com a beleza interior da mulher. Uma vez dentro... beleza!
- 99% da beleza feminina sai com água e sabão.
- Comecei a beber por causa de uma mulher, e nunca tive a oportunidade de agradecê-la.
- O verdadeiro homem não é aquele que conquista várias mulheres, mas sim aquele que conquista uma mulher várias vezes.
- Não se esqueça, Jesus te ama... mas eu não!
- ENTROMETEU - (adesivo colado em um corsa branco com vidros pretos.)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

SOBRE “TEMPOS DE GUERRA E DE PAZ: ensaios da vida”


Foram reunidos, neste livro, trinta e quatro ensaios, que estão distribuídos em sete capítulos, cinco deles oriundos de matérias publicadas no jornal Diário do Nordeste (DN), especificamente no Suplemento Cultural, editado pelo notável poeta e escritor Carlos Augusto Pereira Vianna, ilustre membro da Academia Cearense de Letras.
Os cinco capítulos, tornados públicos no jornal DN, foram os seguintes: Museus e Museólogos: ensaios sobre a formação; Resistência nas Termópilas: é melhor, lutaremos na sombra!; Bombardeio de Guernica: ensaio para uma grande guerra; Otávio Bonfim: o bairro das Dores e dos Amores; e A Resistência Francesa: sob a cruz de Lorena. A eles se juntaram dois cadernos, que, sobretudo, por motivo de agenda, permaneceram inéditos, no caso, a saber: A França Ocupada: ensaios na clandestinidade e Maurice Druon: o senhor França.
Os colaboradores convidados destacam-se como profissionais de inegáveis pendores literários e detentores de uma formação educacional formidável, que os distinguem no meio cultural cearense. Seus nomes são: Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg, Carlos Roger Sales da Ponte, Dalgimar Beserra de Menezes, Elsie Studart Gurgel de Oliveira, Fábio Perdigão Vasconcelos, Fernando Queiroz Monte, Francisco Josênio Camelo Parente, Francisco Régis Lopes Ramos, Marcelo Gurgel Carlos da Silva (organizador), Mauro de Assis Paula, Romeu Duarte Junior e Zacharias Bezerra de Oliveira. O organizador da presente coletânea comparece com catorze dos títulos dispostos nessa publicação.
A escolha do título do livro “Tempos de guerra e de paz: ensaios da vida” espelhou-se na dualidade da vida: há tempos de guerra e há tempos de paz, significando as próprias alternâncias do viver, transmutadas em ensaios, para apreciação do ledor.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Prof. Titular da UECE

Nota: A obra integra o III Lançamento Coletivo da Editora da UECE, a ocorrer no Auditório Paulo Petrola, da Reitoria da UECE, no dia 25/11/10, às 17 horas, durante a XV Semana Universitária.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

CONVITE: III LANÇAMENTO COLETIVO DA EDITORA DA UECE


A Reitoria da Universidade Estadual do Ceará, ao ensejo da XV Semana Universitária, convida para o III Lançamento Coletivo da EdUece.
Entre as obras, constam dois títulos de autoria de Marcelo Gurgel Carlos da Silva, com o re-lançamento de nosso livro “Falando com Arte: os meus, os seus, os nossos discursos”, e a apresentação da nossa mais nova produção literária “Tempos de Guerra e de Paz: ensaios da vida”.
Data: 24 de novembro de 2010 (quarta-feira), às 17h.
Local: Auditório Paulo Petrola – Reitoria da Uece (Campus do Itaperi).

domingo, 21 de novembro de 2010

UMA QUESTÃO DE PRIORIDADE

Uma senhora bem idosa estava no convés de um navio de cruzeiro segurando seu chapéu firmemente com as duas mãos para não ser levado pelo vento.
Um cavalheiro se aproxima e diz:
- Me perdoe, senhora... não pretendo incomodar, mas a senhora já notou que o vento está levantando bem alto o seu vestido?
- Já, sim, mas é que eu preciso de ambas as mãos para segurar o chapéu.
- Mas, senhora.... a senhora deve saber que suas partes íntimas estão sendo expostas! - disse o cavalheiro.
A senhora olhou para baixo, depois para cima, e respondeu:
- Cavalheiro, qualquer coisa que o Sr. esteja vendo aqui em baixo tem 85 anos.O chapéu eu comprei ontem!
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

sábado, 20 de novembro de 2010

DEZ ANOS DE SAUDADES


Meu pai, hoje, 02/11/2010, Dia de Finados, fomos à nossa necrópole, para lhe deixar uma preciosa companhia em seu machadiano leito derradeiro, em que, hipocraticamente, descansa desta curta vida. Sua irmã primogênita, a nossa querida Tatinha, retornou à mansão de Deus, e, em atendimento ao que ela pedira, seus despojos se juntaram aos dos seus familiares mais próximos, genitores e seus irmãos, que consigo compartilham desse seu jazigo, no campo santo do São João Batista.
Há sete anos, o tio Zezinho, como bom professor de História do Brasil que era, faleceu no Dia da Pátria. Agora, dos seus tão amados irmãos, somente resta, entre nós, o caçula, tio Valter.
Neste novembro, dia 20, se completam dez anos de sua partida, para a morada eterna, e, enquanto escuto o Requiem em ré menor K 626 de Mozart, as saudades afloram, e ponho-me a digitar uma pretensa carta, que não será enviada pela ECT, nem pela via eletrônica, à conta da falta de um endereço definido, talvez situado nos páramos celestiais, onde, por certo, não há conexão de internet. No entanto, como destinatário desta missiva, sinto que o senhor gostaria de ter ciência da trajetória de vida dos seus entes queridos.
Em momentos de saudades, recorro a Santo Agostinho, ante a morte, que assim se expressou: “A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do caminho. Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês continuarei sendo. Dêem-me o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre falaram. Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador. ... Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do caminho... Você que aí ficou, siga em frente. A vida continua, linda e bela como sempre.”
Por isso, meu pai, trago-lhe boas notícias, pinçadas entre tantas coisas agradáveis que aconteceram no seio da sua família, que continua crescendo. Seis dos seus netos, então adolescentes, em 2000, casaram e quatro deles já geraram seis bisnetos, na presente década, para compor sua descendência. Todos os netos chegaram ao ensino superior e a maioria deles foi diplomada, estando inserida no mercado de trabalho e/ou envolvida em pós-graduação.
Seus filhos continuam progredindo na vida profissional, colecionando feitos que o encheriam de júbilo. Ao recordar da sua alegria, quando, em 1999, fui aprovado com nota máxima, no concurso para professor titular da Uece, fico a imaginar o seu incontido envaidecimento, diante da investidura da sua filha Meuris, como professora titular concursada da afamada Unicamp. Com a formatura do Luciano, em Direito, somam quatro filhos abraçados à mesma carreira jurídica, que tão bem exerceu com dignidade e competência, até a quase exaustão de suas forças físicas. Magna terminou mais um curso de especialização. Mirna, após a obtenção do diploma de Mestrado, está atualmente na Espanha, cumprindo parte do programa de doutoramento na Universidade de Santiago de Compostela. Sérgio prossegue o doutorado em Direito em Buenos Aires.
Talvez o melhor produto da família, na presente década, foi o desenrolado no correr de 2007, quando nos juntamos para organizar e escrever “Dos Canaviais aos Tribunais: a vida de Luiz Carlos da Silva”, um livro que resgata a sua bela história de vida, servindo de exemplo da reverência à figura paterna, cujo lançamento deu-se, em janeiro de 2008, comemorando o seu nonagésimo aniversário, caso estivesse vivo. Além de reforçar os laços fraternos, entre os seus descendentes diretos, a obra foi demais reveladora, por tornar público o seu passado literário, de um escritor de vastos recursos, condição ignorada por muitos.
Como desdobramento dessa realização, foi publicado um segundo livro, discorrendo sobre o nosso bairro Otávio Bonfim, sob o olhar de nossa família, e ainda usamos parte de sua biografia, para compor o personagem central de um romance epistolar e de uma peça de teatro, combinando realidade e ficção.
Em 09/09/10, a sua família esteve reunida para celebrar os oitenta anos da nossa matriarca, a sua Elda, com quem manteve o vínculo matrimonial por 53 anos, rompido pela sua saída terrena. Aos domingos, à noite, seus filhos estão sempre com ela, para uma ceia, enquanto conversam e traçam planos de novas empreitadas.
Pois é, pai. Nós que aqui ficamos, ainda que envoltos em saudades, por sua partida deste mundo, seguimos adiante, progredindo, mas velando por sua memória, até que Deus faça o nosso reencontro espiritual, em Sua morada eterna.
Com as lembranças do seu saudoso filho.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado In: Jornal O Povo. Fortaleza, 20 de novembro de 2010. Jornal do Leitor. p.2.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

CALAR A BOCA

Mulher: Doutor, eu não sei o que fazer, toda vez que meu marido chega bêbado ele me enche de porrada.
Médico: Eu tenho um remédio muito bom para isso. Quando seu marido chegar em casa embriagado, basta tomar meio copo de chá de camomila e começar o bochechar. Apenas bocheche e bocheche.
Duas semanas depois, ela retorna ao médico, e parecia ter nascido de novo.
Mulher: Doutor, sua ideia foi brilhante! Toda vez que meu marido chegou em casa bêbado, eu bochechei muitas vezes com chá de camomila e ele não me bateu.
Médico: Você viu como calar a boca funciona?
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ACORDA, EU SOU ADVOGADO

Pedro tornou-se um advogado especialista, não queria saber de outra função que não fosse a sua especialidade. Um dia, em casa, Maria reclamou:
- Querido, o ferro não esquenta. Dê uma olhada, por favor...
- Querida, acooordaaaaaa!!! Eu não sou eletricista!!!
No outro dia:
- Querido, a pia entupiu. Você não quer dar uma olhadinha?
- Querida, acoooordaaaaaa!!! Eu não sou encanador!!! Eu sou um advogado.
Na segunda-feira seguinte:
- Querido, a torradeira está pegando fogo!
- Querida, vê se acooordaaaaaaa!!! Eu não sou bombeiro, eu sou advogado!!!
No fim de semana, descansando, o Pedro descobre que tudo o que a Maria havia reclamado estava em perfeito funcionamento.
E ele pergunta:
- Querida, quem fez todos esses reparos?
- Ora, querido, você lembra daquele seu amigo engenheiro que você trouxe para jantar aqui no sábado passado?
- Sim, lembro.
- Então, ele se prontificou a consertar tudo.
- Como assim? Ele fez tudo de graça?
- É claro que não! Ele me disse que eu poderia pagar de duas formas: eu faria outro prato igual ao que ele jantou aqui ou lhe dava o prazer de um sexo bem animal.....
- E o que você fez?
- Querido... Aaaalllllôôôôôô... Acoooooordaaaaaaaaa!!!!! Eu não sou cozinheira!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Fonte: Internet (circulando por e-mail).

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Dom Aloísio Lorscheider


Já em “Dom Aloísio Lorscheider: doutor honoris causa da UECE”, a capa, de fulgurante beleza, acoplou uma fotografia do homenageado, com sua indumentária cardinalícia, porém em franco contraste com um semblante de serenidade e transparecendo as suas candura e simplicidade, ao tempo em que fita o leitor e oferece, por seu arranjo gráfico, no sopé, onde o branco de sua alva esmaece, gradualmente, confundindo-se com o fundo em cor salmão, a idéia de levitação. Emoldurou a quarta capa, o expressivo testemunho de outro notável prelado da Igreja Católica Apostólica Romana, Dom Paulo Evaristo, Cardeal Arns.
Ref.: SILVA, M.G.C. da (org.). Dom Aloísio Lorscheider: doutor honoris causa da UECE. Fortaleza: EdUECE/LCR, 2005. 128p.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

VIAGEM A SÃO LUÍS-MA: Fórum da Pós-Graduação em Saúde Coletiva

Sigo, logo mais, às 11 horas, à capital do Maranhão, para participar do Fórum de Coordenadores de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, que ocorrerá nos dia 16 e 17 de novembro em curso, devendo retornar na quinta-feira, dia 18/11/10. A nossa participação prende-se, sobretudo, ao fato de ter sido eleito, em 9/11/10, o próximo Coordenador do Mestrado Acadêmico em Saúde Pública da UECE, função a ser assumida em janeiro de 2011.

domingo, 14 de novembro de 2010

O PEDIDO DA AMANTE...

Ricardo está no motel com a amante, curtindo o pós-coito, quando ela resolve interromper o silêncio:
- Ricardo, por que você não corta essa barba?
- Ah... se dependesse só de mim... Você sabe que minha mulher seria capaz de me matar se eu aparecesse sem barba... ela me ama assim!
- Ora, querido - insiste a amante - Faça isso por mim, por favor...
- Não sei não, querida.... sabe, minha mulher me ama muito, não tenho coragem de decepcioná-la...
- Mas você sabe que eu também te amo muito... pense no caso, por favor...
O sujeito continua dizendo que não dá, até que não resiste às súplicas da amante e resolve atender ao pedido.
Depois do trabalho ele passa no barbeiro, em seguida vai a um jantar de negócios e quando chega em casa a esposa já está dormindo.
Assim que ele se deita, sente a mão da esposa afagando o seu rosto lisinho e com a sua voz sonolenta diz:
- Paulão!!! Seu m..., f... de uma p..., você ainda está aqui? Vai embora... O barbudinho já está pra chegar!!!
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

sábado, 13 de novembro de 2010

LATINISTA GAGO

Uma universidade cearense precisava contratar um professor substituto de latim. Dois processos seletivos públicos foram realizados, e apesar dos vários candidatos inscritos, as bancas examinadoras reprovaram todos quantos haviam se candidatado, em ambos certames, considerando sofrível o seu desempenho.
Isso obrigou a realização de uma rara terceira seleção para o mesmo setor de estudos. Essa dificuldade é inteiramente explicável, já que a língua da Roma Antiga, da qual derivou, entre outras, a portuguesa, não é lecionada no ensino médio, subsistindo, tão somente, com modesta carga horária, em cursos de Letras e nos seminários católicos, resultando em raríssimos professores e religiosos que sabem latim.
Ciente dessa limitação, fiquei contente ao constar na “home page” da universidade, finalmente, a aprovação de um lente no terceiro concurso. Ao encontrar, o colega presidente da banca, um bravo latinista batavo, felicitei-o pela entrada de um novo docente:
– Parabéns, professor! Até que enfim, conseguimos um docente substituto de latim.
– Não creio que mereçamos parabéns – ele respondeu.
– Mas por quê? Não era uma necessidade imperiosa absorver um outro docente? – indaguei de pronto.
– Sim, naturalmente que sim. Tanto que fizemos, por três vezes, a dita seleção – retrucou ele – acrescentando: precisamos urgente de reposição docente.
– E qual é a razão da sua insatisfação? O ingresso dele não vai possibilitar que o senhor disponha de mais tempo para dedicar-se ao Mestrado em Filosofia?
– Em parte, sim, obviamente – contestou o meu interlocutor.
– Então, por que essa espécie de frustração? Conte-me, por favor, o que houve.
– Bem! Tal como das vezes anteriores, tivemos muitos concorrentes; mas, diferentemente das precedentes, quando todos participantes foram reprovados na prova escrita, nesta última um candidato passou na escrita e foi habilitado para a prova prática.
– Menos mal, dessa vez! Pelo menos um chegou à segunda fase e foi aprovado nela – falei com ar triunfante.
– Não sei, sinceramente, se ele mereceu a aprovação. Fui voto vencido, prevalecendo a posição dos dois companheiros da banca, já exaustos de tanta seleção e sensibilizados pelo imperativo do afastamento de meu auxiliar, que está cumprindo pós-doutorado no exterior, o que ensejou a abertura dessa vaga de substituto.
– Mas, professor, qual é mesmo o problema dele, para não merecer a sua aceitação? Ou em latim: ter o seu “nihil obstat”?
– Bem! É que ele é GAGO.
F iquei imaginando, cá com os meus botões, como seria uma gaguejante aula de latim, do mestre atrapalhado com o nominativo e o genitivo de “rosa-rosae”, o exemplo mais elementar da 1ª declinação: Ro...ro...ro...ro-sa...sa...sa...; Ro...ro...ro...ro-sae...sae...sae...; etc.
Prof. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina e da Sobrames/CE
* Publicado In: SOBRAMES – CEARÁ - Receitas literárias. Fortaleza: Sobrames-CE/Expressão, 2010. 240p. p.181-2.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

OS DEZ PRÊMIOS “AMALDIÇOADOS” III

O que você faria se ganhasse na loteria? É bom pensar bastante nisso, porque o prêmio pode se tornar um marco rumo ao declínio na sua vida, e não a ascensão. Aqui, nesta terceira postagem, vão exemplos de quatro pessoas para quem o dinheiro acabou não ajudando em nada, cujos ganhadores estão em situação pior do que antes. Se ganhar na loteria, cuidado!
7 – A MULHER QUE “NÃO SOUBE COMO GANHAR” NA LOTERIA
Essa americana explorou uma opção diferente de receber seu dinheiro. Enquanto quase todo mundo pega sua bolada de uma vez só, Suzanne Mullins preferiu dividir o recebimento do seu prêmio de 4.2 milhões em 20 vezes. Parecia sensato, mas Mullins não soube administrar. De algum jeito, ela conseguiu ficar devendo para o banco, e ainda está em dívidas com credores, mesmo não cometendo nenhuma extravagância aparente. Segundo ela, o rombo nas contas é devido a despesas médicas do seu genro, que ultrapassariam um milhão de dólares.
8 – O HOMEM QUE NÃO SABIA DIZER NÃO
Quando arrematou um prêmio de 31 milhões de dólares em 1997, a vida do pastor pentecostal Billy Bob Harrell, do Texas (EUA), mudou para melhor. Ele comprou seis casas, alguns carros, mas mesmo assim parecia ter controle sobre o dinheiro. Seu fraco era a excessiva generosidade. Billy Bob emprestava dinheiro a todos que pediam, e diante dessa falta de pulso firme, poucos pagaram a dívida. Billy Bob acabou indo á falência, perdeu a mulher e acabou cometendo suicídio.
9 – O HOMEM QUE COMEÇOU E ACABOU COMO LIXEIRO
Antes de 2002, o britânico Michael Carroll era um varredor de rua com um salário baixo, 42 libras esterlinas por semana. Quando ganhou um prêmio de 9,7 milhões de libras, prontamente presenteou os parentes com casas e carros. E começou a aproveitar a vida: gastou com cocaína (que consumia 2.000 de seus bolsos diariamente), festas (sediadas em sua casa de 325.000), cães e cavalos (os gastos com os animais superaram um milhão de libras) e o Glasgow Rangers, seu time de futebol (que recebeu uma doação de um milhão). Diante desses seguidos abusos financeiros, sua mulher pediu divórcio. Michael não se abalou: passou a se saciar com, no mínimo, quatro prostitutas por dia. Ao longo de oito anos, foram mais de 2.000 garotas de programa, que consumiram outras 100 mil libras. No final, vendeu seu carro luxuoso e sua mansão para continuar sustentando seus vícios. Agora, sem um tostão, ele voltou para seu antigo emprego de lixeiro, e seu modesto salário.
10 – A MULHER QUE GASTOU DURANTE 50 ANOS PARA ACABAR MAIS POBRE QUE ANTES
Essa é antiga: em 1961, a britânica Vivian Nicholson ganhou um prêmio com valor equivalente a 3 milhões de libras atualmente. Quando perguntada sobre o que ia fazer com dinheiro, ela disse: “Vou gastar, gastar e gastar”. Vivian seguiu sua promessa à risca. Sua vida se tornou uma aventura: enviuvou de seu marido e acabaria se casando mais cinco vezes, sofreu um derrame, foi internada devido ao alcoolismo, foi deportada da ilha de Malta, tornou-se testemunha de Jeová, passou um tempo em um hospício e chegou a tentar o suicídio. Quanto ao dinheiro, foi se esvaindo ao longo de anos de gastos exagerados com roupas carros e viagens em férias. Hoje ela é idosa, aposentada, e vive com uma pensão semanal de 87 libras.
Fonte: http://hypescience.com/os-10-premios-%E2%80%9Camaldicoados%E2%80%9D-de-loteria/

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

MULHER QUE LÊ

Um casal sai de férias para um hotel-fazenda... O homem gosta de pescar e a mulher gosta de ler. Numa manhã, o marido volta, depois de horas pescando, e resolve tirar uma soneca.
Apesar de não conhecer bem o lago, a mulher decide pegar o barco do marido e ler no lago. Ela navega um pouco, ancora e continua lendo seu livro.
Chega um tenente da guarda ambiental do parque em seu barco, para ao lado da mulher e fala:
- Bom dia madame. O que está fazendo?
- Lendo um livro, responde. (Pensando: será que não é óbvio?)
- A senhora está em uma área restrita em que a pesca é proibida, informa.
- Sinto muito tenente, mas não estou pescando, estou lendo.
- Sim, mas, a senhora tem todo o equipamento de pesca. Pelo que sei a senhora pode começar a qualquer momento. Se não sair daí imediatamente terei de multá-la e processá-la.
- Se o senhor fizer isso terei que acusá-lo de assédio sexual.
- Mas eu nem sequer a toquei! diz o tenente da guarda ambiental.
- É verdade, mas o senhor tem todo o equipamento. Pelo que sei, pode começar a qualquer momento!
- Tenha um bom dia madame - diz ele e vai embora.
Moral da História: Nunca discuta com uma mulher que lê, pois, certamente, ela pensa!
Fonte:Internet (circulando por e-mail).

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

AVENIDA JOSÉ JATAHI: no virtual ou no papel?

Parece intrigante mudar a denominação oficial de uma avenida ou um trecho dela, sem a devida consulta aos moradores da vizinhança, tal como procedeu a Prefeitura de Fortaleza, ao descerrar, ontem (9/11/10), uma placa alusiva à Avenida José Jatahi, em solenidade concretizada mesmo estando distante do término das obras, decorrentes da remoção dos trilhos desativados, em função do traçado do Metrofor. A maioria desses cidadãos, por certo, desconhece os feitos que balizam tamanha honraria.
Desde os meus tempos de menino no Otávio Bonfim, a via que acolhia o leito ferroviário era conhecida por José Bastos, uma derivada da Avenida Tenente Lisboa, que cortava o vizinho bairro Jacarecanga, acompanhando os trilhos, desde a Estação João Felipe.
Quando houve o alargamento e a cobertura asfáltica dessa avenida, a prefeitura, a época, tentou alterar o nome, para render homenagem a outrem, mas foi obrigada a recuar, diante do arrazoado elaborado por historiadores locais, a exemplo do notável Raimundo Girão, que bem demonstraram os notáveis predicados de José Perdigão Bastos, um próspero comerciante e empresário visionário, falecido no início do século XX, que muito contribuiu para o desenvolvimento de Fortaleza, tendo sido um dos fundadores da Associação Comercial do Ceará e da Fênix Caixeiral.
Nada contra o artista José Jatahi, autor do hino do Ceará Sporting Club; afinal, quem canta seus males espanta. O incorreto está na escolha do logradouro e na forma de como se definem as homenagens na Loura Desposada do Sol, colidindo com o seu propalado discurso da participação da comunidade na gestão municipal.
Depois do nome CUCA Che, da nossa alcaidina, com a sua postura juvenil de dirigente de Diretório Acadêmico, tudo é possível.
Fortaleza está a dever, isso sim, uma homenagem de peso ao Cardeal Lorscheider, pelo que ele fez em prol dos cearenses. Pense nisso, Paulo Mindêllo.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
 

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