domingo, 31 de julho de 2016

Horóscopo Nordestino: SOIM

 

Fonte: Circulando por e-mail (internet).

COM ESTE SINAL VENCERÁS: valiosas informações


Frei Hermínio Bezerra de Oliveira (*)

Em seu novo livro “In hoc signo vinces: com este sinal vencerás”, o Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva brinda seus leitores com uma agradável apreciação de fatos que marcaram época em recente passado.
Os mais vividos gostarão de relembrar ou conhecer fatos o relativos à sua época. Os jovens ampliarão as suas informações sobre pessoas e fatos importantes da nossa história.
O título é a expressão do século IV da era cristã: In hoc signo vinces = com este sinal vencerás. Misteriosas palavras – que segundo a tradição – apareceram nos céus, ao imperador romano Constantino, em torno de uma cruz, antes da luta contra Maxêncio. Constantino converteu-se e gravou a inscrição em torno de seu escudo e do estandarte.
Ele mostra alguns fatos significativos e pouco conhecidos da vida de santos e bem-aventurados, sob aspectos bem atuais, como o de Santa Edith Stein, doutora. em filosofia, da equipe do filósofo alemão Edmundo Husserl e ligada à evolução da palavra “empatia” (Einfühlung), termo criado pelo filósofo Theodor Lips, em 1904, o primeiro intelectual a apoiar as – então estranhas – teorias do desconhecido Dr. Sigmund Freud.
A empatia, juntamente com simpatia de 1409 e antipatia de 1542 formam a tríade iluminadora e apoiadora da moderna psicologia. No final do século XX, veio a educação emocional, proposta pelo americano Daniel Goleman. A Santa Edith Stein foi canonizada pelo Papa João Paulo II, em 11/10/1998.
Gianna Beretta Molla, mãe e mártir da vida, grávida, recusou-se a fazer a histerectomia, que salvaria a sua vida, mas mataria o bebê. Ela justificou-se: “A mãe dá a vida pelo seu filho”. Foi beatificada pelo Papa João Paulo II em 24/04/1994, no Ano Internacional da Família. O irmão dela, o Dr. Frei Alberto Beretta, capuchinho, trabalhou muitos anos em hospitais em Grajaú e Carolina no Maranhão.
Em todos os temas e assuntos abordados por Marcelo Gurgel, entrelaçam-se os aspectos humano, religioso e social, com a sua extensão política.
O luto da bioética no Ceará, após a morte em 2004, do prof. Pe. Leonard Martin, expoente da moderna bioética no Ceará e no Brasil.
A reflexão sobre possível demolição do prédio do Colégio Cearense, fechado em 2007, que é uma marca centenária da educação no Ceará. Oxalá ele seja preservado.
Os protestos no Brasil, em 2013, não só pelo aumento de 20 centavos na passagem de ônibus – que foi o estopim do protesto – mas, sobretudo, pelos “impostos nos patamares escandinavos e os serviços públicos em padrão subsaariano”.
É importante a informação Dom Aloísio Lorscheider, gaúcho, cardeal arcebispo de Fortaleza, de 1973 a 1995. Um pastor dedicado às ovelhas que muito lutou pelos direitos humanos e a justiça para todos. Ele recebeu título de Doutor Honoris Causa da UECE.
Informativas são as informações sobre: Dom Antônio de Almeida Lustosa, mineiro, Arcebispo de Fortaleza, de 1941 a 1963; sobre Dom Vicente Matos, bispo da Diocese de Crato, de 1961 a 1992; sobre Dom Marcos Barbosa, monge que foi secretário do intelectual católico Alceu Amoroso Lima.
O livro discorre sobre um personagem pouco conhecido no Ceará, o sociólogo belga François Houtart, que foi meu professor na Universidade Católica de Lovaina. Ele foi um dos maiores professores de Lovaina, nos últimos 25 anos do século XX.
O lançamento acontecerá na Capela de Santa Edwirges, à Av. Pres. Castelo Branco, nº 600, em 14/20/2016 (domingo), ao término da missa das 11h, com renda destinada à construção da Igreja de São Francisco de Assis, no bairro Jacarecanga, em Fortaleza.
De parabéns estão também todos os seus leitores.
(*) Frade capuchinho. Etimologista.
Publicado In: Luz Vicentina, Nº 73, junho-julho de 2016. (Informativo da Paróquia de São Vicente de Paulo).
 

sábado, 30 de julho de 2016

'Meu namorado me estuprou por um ano enquanto eu dormia'


Niamh Ní Dhomhnaill relembra como foi vítima de violência sexual sem saber
A irlandesa Niamh Ní Dhomhnaill namorou o norueguês Magnus Meyer Hustveit por quase um ano.
Eles moravam e dormiam juntos em um apartamento em Dublin, capital da Irlanda.
Mas o que Niamh não sabia é que seu namorado a violentava enquanto ela dormia.
Quando confrontado, Magnus admitiu que a estuprava de três a quatro vezes por semana durante todo o período em que estiveram juntos.
Niamh abriu mão de seu anonimato para falar com o Newsbeat, programa de rádio da BBC, sobre o abuso sexual que sofreu e do qual não tinha conhecimento.
"Acordei e estava sem meu pijama", lembra ela.
"Então, me dei conta de que estava encharcada do que parecia ser sêmen", acrescenta.
Foi a primeira vez que Niamh percebeu que algo estava errado. Ela, então, confrontou o namorado e lhe perguntou se ele mantinha relações sexuais com ela enquanto dormia.
"Ele agiu com indiferença e disse: 'Sim, fiz sexo com você'".
"Eu disse: 'Se eu estava dormindo, não era sexo consentido'".
"Ele me respondeu: Tudo bem, não vou fazer de novo".
Mas Magnus fez de novo.
"Acordei e ele estava se masturbando e assistindo à pornografia na cama ao meu lado".
Niamh disse estranhar a situação e perguntou ao namorado o que estava acontecendo.
"Ele disse, tenho feito isso (sexo não consentido) de três a quatro vezes por semana durante todo o tempo em que nos conhecemos".
Niamh e Magnus estavam juntos havia 12 meses.
Ela decidiu então terminar com ele e lhe enviou um e-mail perguntando o que acontecia exatamente quando estavam a sós na cama.
"Sabia que não fazia sentido ir à polícia se eu não tivesse nenhuma prova do crime. Tive que agir com inteligência", diz ela.
Provas do crime
Niamh esperava poder encontrá-lo para que então pudesse gravar uma confissão, mas nada disso foi necessário.
Magnus admitiu tudo por e-mail e Niamh o denunciou à polícia.
O caso foi a julgamento e Magnus foi considerado culpado por estupro e violência sexual.
Mas ao receber o benefício da suspensão condicional da pena (sursis) por sete anos, ele não foi preso.
Em sua decisão, o juiz disse que era "importante" levar em conta que Magnus confessou o crime e sem a confissão o processo contra ele seria impossível.
"Não havia expressão de remorso durante o trâmite do julgamento, mas me lembro de ter pensado ser estranho que ele, em nenhum momento, se desculpou pelo que fez", diz Niamh.
"Eu adoraria saber o que ele sente sobre isso".
Niamh diz se lembrar de ouvir o juiz dizer "sete anos", mas não se lembra da suspensão condicional da pena.
Ela afirmou que sua mãe teve de lhe explicar que Magnus não seria preso. Niamh diz que demorou quatro meses para aceitar a decisão.
Frustrada com a Justiça irlandesa, a mulher entrou com um recurso contra a suspensão condicional da pena do ex-namorado.
Magnus, que é natural da Noruega, teria voltado ao país de origem.
"Minha maior preocupação é que as pessoas vejam a história e não queiram denunciar estupro ou outro tipo de violência sexual", diz Niamh.
"Não acredito que os estupradores´façam isso apenas uma vez e só ao denunciá-los vamos impedir que isso volte acontecer".
É possível?
Mas como Niamh pôde ser estuprada por tanto tempo sem saber?
Segundo Katie Russell, da Rape Crisis, ONG britânica que presta assistência a vítimas de estupro, não é possível saber com que frequência ocorrem casos como o de Niamh.
"É muito difícil saber com que frequência mulheres são estupradas durante o sono, especialmente porque muitas vítimas têm dificuldade de falar sobre o episódio".
"Sabemos, contudo, que a maioria dos estupradores é alguém que a vítima conhece".
"E muito frequentemente se trata de alguém que a vítima ama ou em quem ela confia, como o parceiro, ex-parceiro ou parente."
"É muito raro que mulheres e meninas mintam sobre o estupro que sofreram", conclui a especialista.
Fonte: BBC Brasil / UOL Notícias, de 9/12/2015.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Túnel escavado à mão por prisioneiros judeus é descoberto em campo do Holocausto


 
Equipe de pesquisadores encontrou o túnel no campo de concentração Ponar (Lituânia) (Ezra Wolfinger/Israel Antiquities Authority via AP)
Por Nicholas St. Fleur
Uma equipe de arqueólogos e cartógrafos diz ter descoberto um túnel esquecido, escavado à mão por 80 judeus enquanto tentavam escapar de um campo de extermínio nazista na Lituânia, há cerca de 70 anos. 
O campo lituano, chamado Ponar, possui valas comuns onde até 100 mil pessoas foram mortas e seus corpos enterrados ou cremados durante o Holocausto. 
Usando radar e ondas de rádio para análise sob o solo, os pesquisadores encontraram o túnel, uma passagem de 30 metros entre 1,5 metro e 3 metros abaixo da superfície, anunciou a equipe nesta quarta-feira (29/06/16).
Uma tentativa anterior feita por uma equipe diferente em 2004 para encontrar a estrutura subterrânea localizou apenas a entrada, mas não a deixaram marcada. A nova descoberta traça o túnel da entrada até a saída e fornece evidência para apoiar os relatos dos sobreviventes do esforço angustiante para escapar dali.
"O que conseguimos fazer foi não apenas resolver um do maiores mistérios e uma das maiores histórias de fuga do Holocausto", disse Richard Freund, um arqueólogo da Universidade de Hartford, em Connecticut, Estados Unidos, um dos líderes da equipe, "mas também desvendar um dos maiores problemas que tínhamos em um campo como este: quantas valas comuns existem?
Freund e seus colegas, trabalhando com a série de ciência "NOVA", do canal "PBS", em um documentário que será exibido no ano que vem, também descobriram outra vala comum contendo as cinzas de talvez 7.000 pessoas. Essa seria a 12ª vala comum identificada em Ponar, hoje conhecida oficialmente como Paneriai.
De 1941 a 1944, dezenas de milhares de judeus da cidade próxima de Vilna, conhecida como a Jerusalém da Lituânia, foram trazidos para Ponar e executados à queima-roupa. Seus corpos foram jogados em valas comuns.
"Considero Ponar o ponto zero do Holocausto", disse Freund. "Aqui tivemos pela primeira vez o assassinato sistemático sendo realizado pelos nazistas e seus assistentes.
Segundo Freund, os eventos no local ocorreram cerca de seis meses antes dos nazistas começarem a usar câmaras de gás em outras partes para seus planos de extermínio.
Cerca de 100 mil pessoas, incluindo 70 mil judeus, morreram em Ponar. Ao longo de quatro anos, cerca de 150 colaboradores lituanos mataram prisioneiros, geralmente em grupos de cerca de 10.
Em 1943, quando ficou claro que os soviéticos tomariam a Lituânia, os nazistas começaram a encobrir as evidências do extermínio em massa. Eles forçaram um grupo de 80 judeus a exumarem os corpos, cremá-los e enterrar as cinzas. Na época eles eram chamados de Leichenkommando, ou "unidade de cadáveres", mas nos anos que se seguiram, passaram a ser conhecidos como Brigada da Cremação.
Por meses, os prisioneiros judeus escavaram e cremaram corpos. Um relato fala de um homem que identificou sua esposa e duas irmãs entre os cadáveres. O grupo sabia que assim que seu trabalho fosse concluído, eles também seriam executados, de modo que desenvolveram um plano de fuga.
Cerca da metade do grupo passou 76 dias escavando um túnel, no local onde eram mantidos presos, com as mãos e com colheres que encontraram entre os corpos. Em 15 de abril de 1944, a última noite da Páscoa judaica, quando sabiam que a noite seria a mais escura, a brigada se arrastou pela entrada de 60 centímetros do túnel e até a floresta.
O barulho alertou os guardas, que perseguiram os prisioneiros com armas e cães. Dos 80, 12 conseguiram escapar, dos quais 11 sobreviveram à guerra e contaram suas histórias, segundo os pesquisadores.
Freund e sua equipe usaram a informação dos relatos dos sobreviventes para procurar o túnel. Em vez de escavar e afetar os vestígios, ele e sua equipe usaram duas ferramentas não invasivas – tomografia elétrica e radar de penetração no solo.
A tomografia elétrica é como uma imagem por ressonância magnética, mas para o solo. Ela fornece uma imagem clara do que há abaixo da superfície. Ela usa eletricidade para identificação de pedras, metal e argila, assim como perturbações no solo como as causadas por escavação. 
"Nós usamos a ferramenta para determinar os locais onde as pessoas mais provavelmente abriram um túnel", disse Paul Bauman, um geofísico da Worley Parsons, uma empresa de engenharia australiana, que foi responsável pelo manuseio da ferramenta de tomografia. "Estamos altamente confiantes de que identificamos exatamente onde está o túnel."
Com a ferramenta, eles também encontraram uma vala comum antes desconhecida, que acreditam ser a maior descoberta na área. Eles estimam que possa conter até 10 mil corpos. 
A outra ferramenta, o radar de penetração no solo, usa ondas de rádio FM para sondar até cerca de 3 metros abaixo da superfície.
"O que estamos fazendo é usar essas ondas de rádio FM, que as pessoas escutam em seu carro, e as estamos utilizando no solo", disse Harry Jol, professor de geologia e antropologia da Universidade de Wisconsin-Eau Claire. "Assim conseguimos reflexos dos elementos arqueológicos ou paisagens no subsolo, de modo que podemos imaginar o que está acontecendo."
A equipe também usou o radar de penetração no solo para procurar pela Grande Sinagoga de Vilna, que foi destruída pelos nazistas.
"O Holocausto é tão esmagador que realmente olhamos apenas para o fim da história, mas isso não é toda a história", disse Jon Seligman, um arqueólogo da Autoridade de Antiguidades de Israel, que também liderou a equipe. "A história toda é a história dos judeus que viveram nesta área por muitos, muitos séculos."
Antes da Segunda Guerra Mundial, Vilna era um movimentado centro judeu com mais de 100 mil habitantes. Quando os soviéticos tomaram a Lituânia, eles construíram uma escola sobre os escombros da Grande Sinagoga da cidade. Usando o radar, a equipe encontrou artefatos da sinagoga, incluindo sua casa de banho ritual.
"Se nunca tivéssemos descoberto o túnel, daqui 20 anos as pessoas pensariam que ele era um mito, e então questionariam: 'o que realmente aconteceu?'" disse Freund. "Esta é uma grande história de como as pessoas superaram a pior condição possível e mantiveram a esperança de que conseguiriam escapar."

Tradutor: George El Khouri Andolfato.

Fonte: The New York Times / UOL Notícias, de 29/06/2016. Imagens Pin it.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

FRASES DE TORQUATO TASSO

 
Fonte: Blog do Eliomar de Lima

quarta-feira, 27 de julho de 2016

PRÍNCIPE DOS POETAS CEARENSES


Pedro Henrique Saraiva Leão (*)
O Ceará tem disso, sim. A expressão “príncipe dos poetas” corresponde ao poet laureate dos ingleses, e ecoa o Versificator Regis dos priscos ou prístinos (anteriores) tempos. Um desses foi o celebrado vate (poeta) inglês Geoffrey Chaucer (+ 1400). É o poeta escolhido pela corte britânica para compor odes natalícias aos soberanos, e louvar efemérides (datas, fatos) nacionais.
A moda começou em 1619, com um dramaturgo Bem Jonson. Qual seus sucessores, exerceu tais funções enquanto viveu. Como príncipe dos poetas fora ornado com guirlanda (coroa) de louros (Laurus nobilis), já ofertada pelos gregos e romanos aos vencedores de competições. Hábito semelhante perdura na França, entre os eleitos para a “Académie Française”.
Assim sagrados, esses bardos (vates) recebiam anualmente 200 libras esterlinas, e uma barrica com 450 litros de cerveja ou vinho branco, seco, espanhol (xerez). Naquela Ilha de John Bull a enciclopédia de Benét (4ª edição, 1996) refere 20 deles, até 1998 (Ted Hughes). Em Portugal, Luís Vaz de Camões, com Os Lusíadas (1572), havia sido ungido como “Príncipe dos Poetas” daquele país, e também da Espanha, pelo seu rei Filipe II e I de Portugal.
Na Alemanha sobressaira o frankfurtense Johan Wolfgang von Goethe (+ 1832). Luminar no movimento literário Sturm und Drang, antecipou-se ao Romantismo europeu, com O sofrimento do jovem Werther, o ano da aprendizagem (“Lehrjáhre”) de Wilhelm Meister, e o drama Faust, no qual a personagem fez pacto com o diabo. À guisa (maneira) de curiosidade, Goethe por igual curava (transitiva e indiretamente) de botânica, óptica, e arquitetura.
Na França, em 1894, foi homologado Paul Marie Verlaine. No Brasil, nosso primeiro Príncipe foi o carioca Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (1907), sucedido pelo seu conterrâneo Alberto de Oliveira (1924), o pernambucano Olegário Mariano (1938), os paulistas Guilherme de Almeida (1959), Menotti Del Picchia (1982), e o atual, Paulo Lébens Bonfim, desde 1991.
Baseada no modelo inglês, essa designação foi criada nos EUA em 1985. Auferindo $35.000/ano, o contemplado trabalha pela conscientização da necessidade da leitura e da escrita poéticas. É ainda Consultor para Poesia na Biblioteca (37 milhões de livros!) do Congresso Americano. Entre estes figuraram Robert Lowell, Elizabeth Bishop (morou 10 anos em Petrópolis, RJ), o pediatra William Carlos Williams, e Robert Frost. Ali a lista começou com Robert Penn Warren, incluiu o russo Joseph Brodsky (Nobel, 1987), sendo o californiano Juan Felipe Herrera seu 21º e atual detentor.
No Ceará, ratificando típico pioneirismo, exatamente 60 anos antes dos ianques, foi criada a aludida insígnia, em 1985. Seu primeiro recipiendário (quem recebe) foi o padre Antônio Tomás. A ideia foi do baiano de Caravelas, dr. Demócrito Rocha, dentista, professor, poeta, jornalista, fundador e primeiro presidente deste jornal. Àquele religioso sucederam-se Cruz Filho (1963-1974), Jáder de Carvalho (1974-1985), Artur Eduardo Benevides até sua despedida em 21/09/2014.
Acerca da bibliografia (referência a textos de um autor ou sobre ele) consultar o Dicionário Literário Brasileiro, do fortalezense Raimundo Álvaro de Menezes, 2ª edição, Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 1978. Na Roma antiga, havia uma cadeira privativa dos seus mais altos dignitários, a curul. No Ceará encontra-se vaga, esperando lá sentar-se, em breve, o novo Príncipe da Poesia Cearense, mercê de seleção coordenada pela Academia Cearense de Letras.
 (*) Professor Emérito da UFC. Titular das Academias Cearense de Letras, de Medicina e de Médicos Escritores.
Fonte: O Povo, Opinião, de 22/6/2016. p.10.

terça-feira, 26 de julho de 2016

COTIDIANO EM MOVIMENTO


Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
Lanço este pequeno livro 'Cotidiano em Movimento', uma coletânea de crônicas publicadas no caderno Opinião do Diário de Pernambuco (entre 2005 e 2015) graças à acolhida do então Presidente Joezil Barros.
O livro é pequeno porque é descarnado de valor literário e ao mesmo tempo grande pois contém muitas crônicas, algumas das quais deveriam ser cortadas. Deixei-as para obedecer à ordem cronológica. Não procure nele a estrutura de um livro. Carece de unidade íntima. O que sei é que cada uma das crônicas decorreu de um determinado estado de espírito, lugar, e tempo do autor.
Sou um homem afetuoso e tenho muito cuidado para não ferir nenhuma pessoa injustamente. Caso tenha sido áspero com alguém ou tenha parecido sê-lo, incluo “esta maneira de ser” entre as minhas poucas qualidades.
Possuo mais de meio século de prática médica, para falar somente dela; outras coisas prefiro não discutir. Seja do Recife, cidade onde nasci, no Rio de Janeiro, ou em Bristol, Oxford ou Londres. Quando eu mudava de cidade a Madame Medicina continuava a ser meu par constante. Admiro os clássicos de todas às Artes. Conseguem juntar às dissonâncias das inquietações humanas sem abandonarem o encanto da atualidade.
Até hoje não sei com quantos quilos de medo e de poder se faz uma tradição ou preconceito. Burrices bastam as minhas. Pois delas não posso fugir nem me livrar. Nasceram comigo e juntos morreremos. Não me peça para aguentar asneiras dos outros. É pedir o impossível. Desde que não fiz fortuna pessoal, não tenho o direito de ser nem um pouco injusto, inconveniente ou desonesto. Sou apenas curioso. E tenho certeza de que a melhor e mais inteligente reposta vale menos que qualquer pergunta.
Cada vez mais tenho certeza de que o órgão mais sensível do homem ou da mulher é o bolso. Portanto, não escrevo para mudar a cabeça dos meus infrequentes leitores, nem mesmo pretendo que venham a modificar a minha. Escrevo por afoiteza, apesar de todas essas tecnologias, dessa modernidade líquida contemporânea. O importante é a vida. O tempo da vida é o tempo da memória mesmo a da palavra escrita.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).

segunda-feira, 25 de julho de 2016

ELSIE STUDART: três anos de sua partida


A data de hoje, o Dia do Escritor, marca os três anos da partida deste mundo terreno da Profa. ELSIE STUDART GURGEL DE OLIVEIRA, acontecida em Fortaleza, em 25/07/2013.
No ano de 2014, a passagem de um ano de seu falecimento foi lembrada nas atividades: Palestra: Tributo à Elsie Studart, no Auditório do ICC; Missa de um ano de falecimento, na Igreja de S Raimundo; e Lançamento do livro Religio, na Capela do Hospital do Exército.
No transcurso desses três anos, como demonstração de amizade e de apreço, temos buscado manter viva a sua memória, por intermédio de: homenagens especiais, publicação de artigos sobre ela e lançamentos de suas obras literárias póstumas.
Isso tem concorrido, também, para mitigar a saudade que nos acompanha desde então.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Amigo da família Studart Gurgel

domingo, 24 de julho de 2016

POR QUE AS ESTÁTUAS GREGAS TINHAM PÊNIS PEQUENOS?



(Fotos: Reprodução/howtotalkaboutarthistory)
Redação RedeTV!
O tamanho do órgão sexual masculino é um dos assuntos mais polêmicos da história, já que todo homem - ou a grande maioria deles - se sentiria melhor com "alguns centímetros a mais". Porém, as estátuas gregas possuem pênis considerados pequenos e há uma explicação histórica por trás disso.
A historiadora Ellen Oredsson, que escreve sobre história da arte em um blog, disse que, primeiramente, é bom notar que as estátuas gregas retratam os pênis de forma flácida e relaxada, o que não deixa o tamanho dos "membros" tão diferentes dos homens.



(Fotos: Reprodução/howtotalkaboutarthistory)

Além disso, os valores culturais eram diferentes. Na Grécia Antiga, os pênis pequenos eram mais valorizados, então é normal que as estátuas da época sigam essa tendência. O pênis grande era visto como um retrato de loucura, feiúra e luxúria. "Enquanto isso, o homem grego ideal era racional, intelectual e autoritário. Ele podia, ainda, ter feito muito sexo, mas isso não estava relacionado com o tamanho do seu pênis, e o fato de ele ser pequeno lhe permitia manter-se frio e lógico", explica Ellen.
 Por fim, a historiadora explicou que a arte grega foi muito influente na arte em geral, por isso é comum que os membros masculinos tenham sido retratados com tamanho bem pequeno por um bom tempo. 
O jornal britânico "Metro" finalizou com uma brincadeira: "Não se sinta mal se você tiver o pênis pequeno, talvez você só tenha nascido com 2.500 anos de atraso". 
Fonte: Rede TV. UOL Notícias, de 20/07/2016.
 
 


Sereias funcionárias públicas e outras histórias excêntricas da Flórida


Por Laura Garcell - Especial para BBC Mundo
O ensolarado Estado tem particularidades que intrigam os americanos. Nas redes sociais, fotos de cartazes estranhos, brigas de animais e histórias cotidianas incríveis ganharam hashtags, seguidores e até celebridades virtuais próprias, como o Florida Man.
Craig Pittman, repórter do jornal Tampa Bay Times, é especialista em coletar casos curiosos e extravagantes da Flórida e acaba de lançar um livro sobre o assunto.
Para ele, a extensa população explica a excentricidade - o Estado é lar de 19,9 milhões de pessoas.
A Flórida é ainda uma das regiões mais diversas em termos da origem de sua população, além de ter um clima tropical, bastante diferente da maioria do país. Isso ajuda a reforçar a fama de extravagante.
Ainda mais quando ouvimos algumas histórias relatadas por Pittman. Confira algumas:

Profissão: Sereia

Quando o governo da Flórida comprou o parque temático Weeki Wachee Springs, em 2008, todos os empregados se tornaram funcionários do Estado.
Isso incluiu jovens mulheres que diariamente participam, vestidas como sereias, de uma apresentação de nado sincronizado.
"Sereia" virou, então, o título oficial de um posto de trabalho para o governo.
Isso, porém, gerou controvérsia: contribuintes na Flórida reclamam de que parte de seus impostos financie maquiagem à prova d'água e sutiãs feitos de conchas marinhas.

Jacaré como arma

Em 2004, um casal de Port Orange, cidade a 400 km ao norte de Miami, começou a brigar porque a cerveja tinha acabado.
Nada fora do normal, não fosse o fato de o homem ter atacado a mulher com um jacaré de um metro de comprimento - um animal de estimação que mantinha em sua banheira.
O homem usou o réptil para bater na mulher, como se fosse um taco.
Felizmente, ela sobreviveu (e o jacaré também). O homem foi preso.

'Cowboys do pó'

Outra história típica da Flórida vem da época dos chamados "cowboys do pó" - traficantes que abasteceram Miami e adjacências com cocaína nos anos 70 e 80.
Um grupo viajava de avião para uma pista clandestina quando foi perseguido por uma aeronave policial.
Desesperados, eles jogaram os pacotes de droga fora, mas um deles caiu justamente em uma reunião de policiais em Homestead, no sul de Miami.
E por pouco não acertou a cabeça do comissário de polícia.

'Atropelamento' de agências de correios

Em 2012, um grande número de casos de carros se chocando contra agências de correio na Flórida levou o Serviço Postal Americano a fazer uma campanha pedindo que os motoristas "parassem com aquilo".
Os anúncios incluíam conselhos para que motoristas checassem se tinham o pé no acelerador ou no freio.

Sereia impedida

Uma mulher que desejava ser sereia e queria treinar os movimentos com uma imensa cauda de isopor sofreu um revés.
Ela queria usar uma piscina comunitária da cidade de Fishhawk Ranch, mas foi impedida por causa de uma regra de condomínio que imepdia o uso de nadadeiras na água.
Fonte: BBC Brasil / UOL Notícias, de 23/07/2016.

sábado, 23 de julho de 2016

RUBEM ALVES: O Poeta da educação se despede


Por Paulo Renato Abreu
Rubem Alves dedicou-se a estudar o humano, principalmente por meio da educação e da religião. Pesquisadores debatem a contribuição do intelectual para as ciências humanas.
Rubem Alves dedicou 80 anos de vida a pensar o homem em sua complexidade. O intelectual escreveu sobre educação, religião, infância, velhice, morte e outras tantas questões. “Quem sabe que está vivendo a despedida olha para a vida com olhos mais ternos”, ponderou no livro As cores do crepúsculo: a estética do envelhecer. O escritor mineiro, que passou toda a vida com “olhos ternos” ao humano, se despediu no último sábado, aos 80 anos, em Campinas (SP), após falência múltipla de órgãos.
Rubem Alves foi um pensador bastante abrangente. Ele mostrou que não é um pecado estudar muito, pensar muito. O grande legado dele é o desafio de pensar por si próprio”, afirma Rosendo Amorim, doutor em Sociologia e professor da Universidade de Fortaleza (Unifor). Amorim destaca: Rubem foi um “frescor” aos estudos das ciências humanas, pois desenvolveu seus estudos de modo “original e ousado”.
Mestre em Teologia, doutor em Filosofia e psicanalista, Rubem Alves devotou o tempo a refletir sobre a educação como busca constante à valorização do pensamento amplo em detrimento da educação “limitada” pela tecnologia. O intelectual se dizia contrário ao vestibular tradicional, que, segundo ele, não incentivava os alunos à sabedoria.
Antes de aprender fórmulas, ele defendeu que se devia aprender a pensar sobre o meio em que se vive e a considerar a dimensão poética da vida”, afirma Jacques Therrien, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC). Jacques destaca que, ao pensar sobre educação, Rubem estava mais “preocupado com a formação de cidadãos, antes da formação de trabalhadores, de técnicos”.
Professor emérito da Unicamp, o escritor defendeu que a educação fosse um processo prazeroso para quem aprende. “Rubem pensou a formação de um ser humano mais flexível, que está no mundo não apenas para trabalhar e ganhar dinheiro, está para viver, para conviver”, pontua Jacques Therrien.
Ele defendeu uma educação por meio do saber e não somente do conhecimento, defendeu ser importante o desenvolvimento de uma sabedoria de vida”, complementa Rosendo Amorim.
Teólogo da libertação?
Entre as publicações de destaque do escritor, está a obra Da esperança – Teologia da esperança humana, considerada marco importante para os fundamentos da Teologia da Libertação, movimento que propõe interpretação politizada sobre os ensinamentos cristãos. O escritor lançou também outros livros que são marcantes para o movimento e para a religião, como O Suspiro dos Oprimidos.
 Rubem Alves corria por fora da teologia tradicional. Em O Suspiro dos Oprimidos, por exemplo, ele interpreta a religião enquanto discurso articulado dos desejos dos seres humanos”, destaca Carlos Tursi, doutor em Filosofia e Teologia. O professor assinala que Rubem encarava a religião como a “voz dos que nada têm”. “Para ele, a religião se nutria da ausência de plenitude e os pobres seriam os mais religiosos, pois são os mais carentes de tudo”.
Para Carlo Tursi, o autor mineiro foi um “defensor da religião e detrator da teologia”, pois, ao centrar-se no homem, tratou “Deus como uma projeção do ser humano”. Rubem foi pastor da Igreja Presbiteriana, mas, no final da vida, declarou-se ateu. “Apesar de ter acabado os dias como descrente, foi um crente no que é belo, no que é verdadeiro.”
O corpo de Rubem Alves foi cremado no último domingo (20/07/2014), no interior de São Paulo. Suas cinzas foram depositadas embaixo de um ipê amarelo.
PERFIL
Rubem Alves nasceu em 1933, na cidade de Boa Esperança, Minas Gerais. Escritor, psicanalista, educador e teólogo, Rubem foi autor de mais de 160 títulos e professor emérito da Universidade de Campinas (Unicamp). Morto no último sábado, 19, o escritor foi velado na Câmara Municipal de Campinas e teve o corpo cremado em Guarulhos (SP).
Fonte: O Povo, de 22/07/14. Cad. Vida & Arte. p.1.
Nota do Blog: Esta postagem é uma homenagem a Rubens Alves na passagem dos dois anos do falecimento do renomado escritor.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva– Editor do Blog

CONVITE: Celebração Eucarística da SMSL - Julho/2016


A Diretoria da SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS (SMSL) convida a todos para participarem da Celebração Eucarística do mês de JULHO/2016, que será realizada HOJE (23/07/2016), às 18h30min, na Igreja de N. Sra. das Graças, do Hospital Geral do Exército, situado na Av. Des. Moreira, 1.500 – Aldeota, Fortaleza-CE.
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!
MUITO OBRIGADO!
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sociedade Médica São Lucas

sexta-feira, 22 de julho de 2016

O padre que chutava de bico latas milagreiras liquidaria em dois minutos os surtos paranormais de Marilena Chauí


Por Augusto Nunes

Se a professora de Filosofia que anda tendo visões vivesse numa pequena paróquia do século passado, não escaparia da excomunhão nem do manicômio.

Muitos anos antes da estreia do destrambelhado sexto sentido de Marilena Chauí, Taquaritinga se alvoroçava de tempos em tempos com a notícia que se espalhava feito rastilho pela cidade de 10 mil habitantes: alguém tivera uma visão. Em agosto de 1958, por exemplo, fiquei sabendo num começo da tarde que uma mulher que morava na Vila Sargi acabara de ver Nossa Senhora refletida numa lata de alumínio esquecida no quintal da casa de chão batido. Cavalgando a Monark com freio no pé que herdara de um dos meus irmãos, cheguei em cinco minutos ao cenário da aparição e consegui infiltrar-me na terceira fileira, espremido entre uma moça de sombrinha e um homem de bigode e chapéu. Era tudo verdade, confirmou a troca de impressões entre os dois.
O homem se disse impressionado com o intenso azul do olhar da santa. A moça observou que o azul do manto era um pouco mais escuro. Achei que seria falta de educação declarar que não estava vendo coisa alguma além do alumínio castigado pelo sol, e já estava pronto para enxergar um terceiro tom de azul quando o padre Lourenço Cavallini estacionou ruidosamente seu Fusca verde-limão a um metro da calçada, desceu do carro sem tirar a chave da ignição e abriu uma picada no meio da multidão com safanões e cotoveladas.
Ao divisar o alvo que perseguia, o impetuoso pastor do rebanho municipal acelerou o ritmo das passadas e, mesmo com os movimentos dificultados pela batina preta, mandou para o espaço com um tremendo bico de esquerda a lata de alumínio com Nossa Senhora e tudo. O que parecia um último chute era um pontapé inicial — a senha para o ato seguinte do espetáculo da santa cólera. A lata ainda voava quando ecoou a ordem baixada pela temida voz de tenor: “Vão trabalhar, seus vagabundos!”, berrou o padre Cavallini.
Não me senti afrontado: eu tinha 8 anos e nessa idade ninguém trabalhava. Mas a plateia que se ia dispersando vagarosamente aumentou a velocidade da retirada, que virou correria com o prosseguimento das chicotadas verbais. O próximo cretino que tentasse aproveitar-se de figuras sagradas seria sumariamente excomungado, avisou a maior autoridade religiosa da paróquia. E sem direito a queixar-se ao bispo, muito menos apresentar recursos à Santa Sé, porque um padre não tem tempo a perder nem paciência a desperdiçar com vigarices de ateus, maçons, espíritas ou carolas imbecis.
É verdade que, passado o susto, os paroquianos que tinham visões continuaram a tê-las, mas ficaram mais cautelosos. Só relatavam o acontecido a parentes próximos e amigos de infância, que juravam manter a história longe dos ouvidos do padre Cavallini. Depois que deixei a cidade onde nasci, não soube de nenhum episódio semelhante ao que testemunhei naquela tarde — até ser confrontado, há 12 anos, com o primeiro dos surtos paranormais protagonizados por Marilena Chauí.
A estreia desse sexto sentido de quinta categoria ocorreu em 2004, no dia em que a professora de Filosofia da USP saiu de uma audiência com o presidente da República como se estivesse saindo de uma crônica de Nelson Rodrigues: varada de luz feito santo de vitral, comunicou aos jornalistas que zanzavam pelas imediações do Palácio do Planalto que, “quando Lula fala, o mundo se ilumina”.
Como apenas Marilena Chauí viu a garganta do deus do PT gerando mais energia que mil Itaipus, e como a solitária espectadora do fenômeno se dispensou de descrições mais precisas, tornou-se impossível confrontar o que viu a professora com os assombros que se materializam no mundo real sempre que Lula desanda numa discurseira. Os plurais saem em desabalada carreira, a gramática se refugia na embaixada portuguesa, a ortografia se asila em velhos dicionários, a regência verbal se esconde no sótão da escola abandonada, o raciocínio lógico providencia um copo de estricnina sem gelo, a razão pede a proteção da ONU para livrar-se de outra sessão de tortura.
No segundo surto, Marilena Chauí foi menos sovina com os interessados nos detalhes do que tinha visto. Como atesta o vídeo, ela revelou publicamente que, da mesma forma que Dilma Rousseff vê um cachorro oculto atrás de toda criança, vira escondido em cada brasileiro da classe média um traidor da nação, um inimigo da pátria ou coisa pior. “Eu odeio a classe média”, decolou a pensadora do PT. “A classe média é o atraso de vida. A classe média é estupidez. É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista. A classe média é uma abominação política, porque ela é fascista, uma abominação ética, porque ela é violenta, e ela é uma abominação cognitiva, porque ela é ignorante”.
A terceira manifestação, reproduzida no vídeo abaixo, informa que o caso de Marilena saiu do terreno da galhofa para adentrar o pátio do manicômio. A mulher que tem visões agora enxerga na operação que desmontou o maior esquema corrupto de todos os tempos uma trama internacional destinada a roubar riquezas armazenadas nas profundezas do mar do Brasil. “A Lava Jato não tem nada a ver com a moralização da Petrobras”, delirou Marilena há poucos dias. “É pra tirar de nós o pré-sal”.
Na visão da filósofa de terreiro, o juiz Sérgio Moro é um agente do imperialismo ianque e das seis maiores multinacionais petrolíferas, as “Seis Irmãs”. Depois de alguns anos de cursos e treinamentos no FBI (Marilena aparentemente ignora por que a velha CIA ficou fora dessa), Moro voltou ao Brasil preparado para engaiolar bravos guerreiros do povo brasileiro, atribuir crimes inexistentes a um Lula incorruptível, obrigar empreiteiros, diretores da Petrobras e figurões da política a confessarem delinquências que jamais cometeram, delatar amigos inocentes ou devolver propinas que nunca embolsaram e, com tudo isso e muito mais, precipitar a queda de Dilma Rousseff.
Se tivesse tais visões numa pequena paróquia do século passado, Marilena não escaparia da excomunhão por charlatanice decretada por um padre Cavallini, seguida de pedagógicas temporadas no hospício mais próximo. Como vive num mundinho infestado de fanáticos, daqui a alguns anos a companheira paranormal talvez esteja empoleirada em púlpitos pintados de vermelho, contando as coisas que anda vendo a bandos de devotos da seita lulopetista.
Admita-se: vista de perto, Marilena Chauí tem tudo para fazer bonito no papel de animadora de missa negra.
Fonte: Coluna do Augusto Nunes. Blog da Veja/Abril Postado em 21/07/2016. Circulando na internet.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

É preciso anexar às más lembranças do passado a presidente que tentou dinamitar o caminho do futuro

Por Augusto Nunes

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Lançamento do livro “O SONHO É REALIDADE” do Dr. Galba Gomes


Na noite de ontem, dia 19/07/2016, na sede da Associação Brasileira de Odontologia (ABO) – Seção Ceará, o cirurgião-dentista e professor José Galba de Meneses Gomes lançou o seu livro “O SONHO É REALIDADE”.
O autor e a obra foram apresentados pelo médico João de Paula Monteiro Ferreira, que, com o seu costumeiro brilho no uso das palavras, encantou um público estimado em quinhentas pessoas que lotou o auditório da ABO local. Entre os presentes estavam amigos procedentes de outras capitais que acorreram à nossa urbe com o fito exclusivo de prestigiar o escritor.
Em um clima carregado de lembranças da juventude passada durante o regime militar de exceção, o Dr. Galba Gomes registrou passagens de sua vida contextualizadas na sua obra, de natureza autobiográfica, aflorando, em muitos da expressiva audiência, recordações de um tempo nebuloso da História brasileira recente, que merece ser rememorado para não ser esquecido e, sobretudo, jamais repetido.
Parabéns ao destemido e batalhador Galba Gomes!
Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Presidente da Sobrames-CE

POSSE DA ACADEMIA CEARENSE DE MÉDICOS ESCRITORES


Na tarde de ontem (19/07/2016), na sede da Academia Cearense de Letras, deu-se a sessão solene de posse na ACADEMIA CEARENSE DE MÉDICOS ESCRITORES (ACEMES), dos confrades Francisco Sérgio de Paula Pessoa, sócio fundador (que viajara ao exterior no dia da posse coletiva, quando da instalação da ACEMES) e João Martins de Sousa Torres, sócio efetivo.
Sérgio Pessoa é ocupante da cadeira 29, patrono Visconde de Saboia; João Martins ocupará a cadeira 33, patrono José Telles da Silva. Eles receberam pelerine e medalha do silogeu de suas respectivas madrinhas, as médicas Ticiana Rolim e Eloá Resende Martins, e, em seguida, prestaram juramentos e proferiram seus discursos de posse.
Na solenidade foi prestada sensível homenagem póstuma ao poeta anestesiologista José Telles da Silva, fundador e primeiro presidentes da ACEMES, com destaque para a fala de agradecimento, em nome da família do extinto poeta, pronunciada por Paulo Telles da Silva.
Após a posse dos dois acadêmicos, o Ac. João Martins fez a conferência A EMBRIOLOGIA DA PALAVRA”.
Encerrando a efeméride, que foi presidida pelo Ac. José Maria Chaves, o novo presidente da ACEMES, tendo o escritor e jornalista Vicente Alencar por mestre de cerimônia, foi ofertado coquetel ao grande público presente.
Ac. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro titular da ACEMES – Cadeira 24

terça-feira, 19 de julho de 2016

CONVITE CONFERÊNCIA: A Embriologia da Palavra


 
A ACADEMIA CEARENSE DE MÉDICOS ESCRITORES (ACEMES) tem a satisfação de convidar para a conferência do DR. JOÃO MARTINS DE SOUSA TORRES, sobre o tema:A EMBRIOLOGIA DA PALAVRA”.
Data: 19 de julho de 2016 (terça-feira).
Local: Academia Cearense de Letras – Rua do Rosário, n.1. (Palácio da Luz).
Horário: 16 horas.
Traje: Esporte fino. Acadêmicos devem portar pelerine e medalha do silogeu.
Ac. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro titular da ACEMES – Cadeira 24

CONVITE: Inauguração da Policlínica João Pompeu Lopes Randal


A Família Randal Pompeu convida amigos e colegas a se fazerem presentes na Solenidade de Inauguração da Policlínica João Pompeu Lopes Randal, uma iniciativa do Governo do Estado do Ceará e da Prefeitura Municipal de Fortaleza, em homenagem ao saudoso médico Dr. João Pompeu Lopes Randal, ex-presidente da Academia Cearense de Medicina.
Data: 19/07/2016 Horário: 19h.
Endereço: Estrada do Itaperi (também conhecida como Rua Castelo de Castro), S/N – Jangurussu – Fortaleza-Ceará.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina
 

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