sábado, 30 de novembro de 2019

Convite: Voe Comigo ou Devolva Minhas Asas


A Cia. Editora Nacional, Daniel Daarte e Livraria Cultura convidam para A Tarde de Autógrafos de “Voe Comigo ou Devolva Minhas Asas”, de autoria do poeta Daniel Arruda, médico radiologista cearanse radicado em São Paulo e sócio da Sobrames-CE.
O livro teve lançamento em várias cidades brasileiras e figura na lista nacional dos mais vendidos.
Local: Livraria Cultura do Shopping Riomar. Shopping Riomar - Papicu.
Data: 1º de dezembro de 2019 (domingo). Horário: das 15h às 18h.
Traje: Esporte fino.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Presidente da Sobrames-CE

Homenageados dos 75 anos do Instituto do Câncer do Ceará

Homenageados do ICC (Sra. Maria Luiza Gonçalves, Sra. Consuelo Dias Branco, Dr. José Maria Mendes e o coronel Luís Eduardo Soares de Holanda, representado por Cel. Nildson Oliveira), ao término da Assembleia dos Sócios em 29/11/19.

MARIA CONSUELO SARAIVA LEÃO DIAS BRANCO
A senhora Consuelo Dias Branco é presidente do Conselho de Administração de uma das maiores Companhias industriais do País, o Grupo M Dias Branco, no qual já exerceu a vice-presidência executiva, entre 2003 e 2006. Consuelo Dias Branco foi, ao lado do marido Ivens Dias Branco, um esteio ao crescimento desse grupo empresarial.
Iniciou a sua vida profissional como professora, ofício que, de certa forma, continua presente em seu fazer cotidiano, pois atualmente coordena projetos ligados à educação ambiental realizados por meio de oficinas, palestras, cursos e eventos temáticos, desenvolvendo ações formuladas com importante participação da comunidade, envolvendo, principalmente, crianças e jovens.
No rol dos empreendimentos da empresa, D. Consuelo Dias Branco viabiliza iniciativas sociais de grande relevância, proporcionando conhecimento, reflexão sobre valores, habilidades e experiências que provoquem mudanças de atitude. Consuelo também reconhece o valor da cultura e da história construída por cada empresa dentro da sociedade. Foi idealizadora do Centro Histórico M. Dias Branco, que preserva as raízes da companhia e de seu fundador, o Sr. Manuel Dias Branco.
A outorga da placa de reconhecimento é uma manifestação, ainda que tardia, ao casal Ivens e Consuelo Dias Branco, os quais, ao longo dos anos, continuadamente, concederam suprimentos, na forma de gêneros alimentícios, produzidos por suas fábricas, como cortesia à Casa Vida, obra social de largo escopo que abriga dignamente pacientes e seus acompanhantes que não dispõem de acomodações em nossa urbe, na vigência do tratamento no ICC.
Por certo, D. Heloisa Juaçaba, que presidiu a Rede Feminina do ICC, se conosco estivesse, aplaudiria essa decisão e assumiria o honroso encargo de passar essa placa celebrativa às mãos de sua dileta amiga.
MARIA LUIZA GONÇALVES NASCIMENTO
Há muitos anos a Sra. Maria Luiza Gonçalves participa ativamente do corpo de voluntários do ICC, como figura sempre presente, e mais do que cumprindo o disposto na Lei do Voluntariado, em termos dos seus requisitos legais, a Sra. Maria Luíza demonstra um altruísmo acentuado, expresso no carinho para com aqueles que buscam um lenitivo para o enfrentamento da doença que os acomete.
De primeira hora, exacerbando o seu fervor pela nossa instituição, prontificou-se ela a colaborar com o esforço do ICC de criar a Faculdade Rodolfo Teófilo (FRT), integrando a Comissão Própria de Avaliação (CPA), na condição de representante da comunidade, participando intensa e intensivamente do processo de avaliação conduzido pelo Ministério da Educação, dando seguimento do seu trabalho durante a implantação da FRT, após a autorização de funcionamento conferida pelo MEC.
Agora, com o encerramento do seu mandato na CPA, de pronto, aquiesceu em compor o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do ICC, como representante dos usuários, para o próximo triênio.
É por esse desprendimento, que serve de exemplo aos demais que se doam, abnegadamente, ofertando trabalho e afeição aos nossos utentes, que o ICC presta a Sra. Maria Luiza Gonçalves, e, por extensão ao seu voluntariado, o seu reconhecimento neste ano jubilar.
LUÍS EDUARDO SOARES DE HOLANDA
O coronel Luís Eduardo Soares de Holanda tem 30 anos de serviço no Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE). É mestrando em Segurança da Aviação (ITA/UFC), especialista em Políticas Públicas (FAMETRO) e bacharel em Direito (UFC) e em Segurança Pública (APMGEF). Foi Coordenador de Atividades Técnicas do CBMCE, pregoeiro do Estado e piloto da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas. Atuou como instrutor nos cursos Superior, de Aperfeiçoamento e de Formação de Oficiais do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar do Ceará.
O Cel. Holanda, atual Comandante-Geral do CBMCE, cumpriu um papel proativo a favor do ICC, por contornar impasses burocráticos naturais que amiúde retardam o início de obras da construção civil, criando condições legais e meritórias, para que o andamento das obras em curso no ICC tivesse o fluxo normal, tornando viável a ampliação do Serviço de Radioterapia, com a incorporação de mais dois aceleradores lineares, ao tempo em que prossegue a passos largos a materialização de outro prédio anexo que implementará robustamente a capacidade instalada do ICC.
Nota: Em virtude de viagem foi representado pelo Cel. Nildson Oliveira, Comandante do Corpo de Bombeiros da Capital
JOSÉ MARIA MARTINS MENDES
José Maria Mendes é contador graduado pela Universidade de Fortaleza (Unifor), administrador, com especialização na Fundação Getúlio Vargas (FGV). É especialista habilitado em Perícia Contábil, Auditor Independente Credenciado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras. Ocupou as seguintes funções: membro do Conselho Universitário e da Comissão de Pesquisa e Pós-Graduação da Unifor; diretor da Faculdade de Ciências Administrativas da Unifor; secretário de Estado e assessor especial do Governo do Estado do Ceará. Ocupou, ainda, a Secretaria de Finanças do Município de Fortaleza (janeiro de 1997 a junho de 1998); e foi presidente da Fundação Brasileira de Contabilidade de 1998 a 1999. Foi Presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), entre os anos de 1994 e 1997, secretário da Fazenda do Estado do Ceará e participou da criação da Fundação Brasileira de Contabilidade.
O Dr. José Maria Mendes recebe essa placa de reconhecimento por sua atuação como membro da direção do ICC, a quem, por mais vinte anos, emprestou a sua experiência como gestor público, concorrendo para o progresso tecnológico e gerencial de nossa entidade.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Coordenador do CEP/ICC


sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Comemorações dos 75 anos do Instituto do Câncer do Ceará

Dirigentes do ICC ao término da Assembleia dos Sócios em 29/11/19
O Instituto do Câncer do Ceará - ICC deu início as comemorações dos seus 75 anos de fundação, em 25 de novembro de 2019 (segunda-feira), às 15h, com uma Missa em Ação de Graças celebrada no pátio do Hospital Haroldo Juaçaba / Instituto do Câncer do Ceará.

Hoje, 25 de novembro de 2019 (sexta-feira), às 15h, no auditório do sexto andar do edifício Anexo I, aconteceu a Assembleia dos Sócios do ICC, quando os dirigentes apresentaram os seus relatórios de ações e de atividades do ano em curso. Logo após a Assembleia, foram prestadas as Homenagens dos 75 anos – ICC e da Casa Vida. Foram homenageados, neste ano, com uma Placa de Reconhecimento, a Sra. Consuelo Dias Branco, a Sra. Maria Luiza Gonçalves, o coronel Luís Eduardo Soares de Holanda e o Dr. José Maria Mendes.
Coube a mim a tarefa de apresentar um breve currículo de cada homenageado, destacando os seus atributos e os feitos que justificaram as respectivas outorgas.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Coordenador do CEP/ICC

AOS VIVOS: "Então-se pronto!!!" ... e outro causo


Então-se pronto!!!

Faltou energia na rua e Fransquinha, que já não era muito "boona" da vista, saiu feito doida de casa à procura de Nonatim. Lugar perigoso aquele; o cabinha só tinha 12 anos, e vai que o véi babau pega ele pra fazer sabão... Filho único, tinha de "botar coidado" nele, a mãe cinquentona.
Já lá se vão 20 horas e nada de o menino aparecer, nada de a luz voltar.
- Se eu fosse tu, caçava ele na beira do açude. Deve estar pescando com os fí de João Diogo - sugeria a vizinha Dilurde.
- Se for, Raimundo Nonato tá é pebado! - ameaçava a mãe.
- Pois num é, Fran! Bichim já é guenzo (tem o pezinho torto), tadim...
- Vai dar u'a mão de peia de chiqueirador nele!
Fransquinha demandou o tal açude. A noite, um breu só. Um metro à frente não enxergava o tronco dum coqueiro. A zelosa e braba mãezinha ouve a voz do seu bruguelo, entre tantas que celebravam a alegria das curimatãs pescadas de galão, às rumas. Felicidade grande no beiço do açude, peixe muito nos urus, água na risca do sangradouro, fartura à vista.
Acontece que Nonatim desobedecera às ordens da genitora e o castigo tinha de ser exemplar. Tateando no escuro (reconheceria seu Nonato pelo formato da cabeça de rapa-coco), Fransquinha acredita haver encontrado o filho fujão. E tome sola e haja pisa. O mais humilhante: na frente de todo mundo. Logo, claro, os gritos da criaturinha imolada, que detonava desrespeitosa.
- Ai, diabo! Tá doida, véa?
- Cuma é?!? Véa doida, é?!? Pois tome-lhe e tome-lhe e tome-lhe sova, seu bosta!!!
- Bruaca véa!!! - emendava "o menino da Fransquinha".
- Ah, é?!? Pois agora é que o "rêi" (relho) vai comer de esmola!
Sem forças para reagir, o garoto pede penico, em meio à gente ali desnorteada:
- Dona Fransquinha, pelamô de Deus! Pare de me açoitar! Por que essa surra em mim? A senhora devia dar era em Nonato seu filho!...
PS: Aquela surra toda que Fransquinha dava era em Bastiãozim, filho de Olegário, vizinho dela.
Filosofia pura
Corpão atlético, quase dois metros de músculos, parecendo Hulk normal das cores - nem verde, nem amarelo queimado. Lapa de homem que é um setenta. Bichão que é um medonho. Uma chulipa de Valdecir arranca metade do quengo da vítima.
Fala gritando, cospe falando. Na boca, 56 dentes. Sua "saboneteira" (fossa supraclavicular) comporta até cinco quilos de farinha. Apelidos: Mondrongo, Chabobêu, Mangolzão, Jumento. Come numa bacia. Ronca acima de 15 mil decibéis
Mas deu pra trás quando mais se fez necessário. Precisava pegar, imobilizar e dar uns cascudos no ladrão que se arvorara levar o celular da namorada, na frente dele. É que uma dor de barriga descomunal (com vontade insustentável) de obrar imobilizou Valdecir, que ficou feito "estauta" no meio do tempo. Sabedor do episódio em suas minudências, o velho Crocodilo concluiu:
- Ei, meu amigo! Um homem com vontade de cagar é um derrotado.
Fonte: O POVO, de 11/01/2019. Coluna “Aos Vivos”, de Tarcísio Matos. p.2.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

NO CONFESSIONÁRIO


- Padre, perdoa-me porque pequei (voz feminina).
- Diga-me filha - quais são os teus pecados?
- Padre, o demônio da tentação se apoderou de mim, pobre pecadora.
- Como é isso filha?
- É que quando falo com um homem, tenho sensações no corpo que não saberia descrever...
- Filha, apesar de padre, eu também sou um homem...
- Sim, padre, por isso vim confessar-me consigo.
- Bem filha, como são essas sensações?
- Não sei bem como explica-las - neste momento meu corpo se recusa a ficar de joelhos e necessito ficar mais à vontade.
- Sério??
- Sim, desejo relaxar - o melhor seria deitar-me...
- Filha, deitada como?
- De costas para o piso, ate que passe a tensão...
- E que mais?
- É como um sofrimento que não encontro palavras.
- Continue minha filha.
- Talvez um pouco de calor me alivie..
- Calor?
- Calor padre, calor humano, que leve alivio ao meu padecer...
- E com que frequência? Essa tentação?
- Permanente padre. Por exemplo, neste momento imagino que suas mãos massageando a minha pele me dariam muito alívio...
- Filha?!!
- Sim padre, me perdoa, mas sinto necessidade de que alguém forte me estreite em seus braços e me dê o alívio de que necessito...
- Por exemplo, eu?
- Sim padre, você é a categoria de homem que imagino poder me aliviar.
- Perdoa-me minha filha, mas preciso saber tua idade...
- Setenta e quatro, padre.
- Filha, vai em paz que o teu problema é REUMATISMO...
Fonte: Internet (circulando por e-mail em dezembro de 2009 e sem autoria definida).

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Decisões judiciais de pacientes com câncer terão celeridade


O Instituto do Câncer do Ceará (ICC) e o Tribunal de Justiça do Estado acabam de firmar um acordo de cooperação técnica considerado histórico no Judiciário brasileiro. É a inclusão do suporte da Inteligência Artificial Watson for Oncology para o suporte de decisões judiciais que envolvam tratamentos oncológicos. A iniciativa, de acordo com o ICC, possibilitará que os magistrados tenham o auxílio dos diagnósticos da solução, baseados na literatura médica global e abrindo possibilidade de maior assertividade em casos de decisões judiciais envolvendo casos de câncer. Nessa parceria, o TJCE remeterá ao ICC demandas recebidas pelos magistrados. Após a elaboração dos pareceres técnicos, os documentos serão remetidos aos juízes para proferirem suas decisões. O convênio terá duração de dois anos e as ações serão fiscalizadas pelo Núcleo de Apoio Técnico ao Judiciário (NAT-JUS). Eis um acordo importante, pois quem tem câncer não pode esperar.
Fonte: O Povo, de 26/11/19. Coluna Eliomar de Lima. p.2.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

É PRECISO CORAGEM, PORQUE É DESAFIADOR

Reginaldo Costa, Superintendente Clínico do ICC - Instituto do Câncer do Ceará, em entrevista para as Páginas Azuis do jornal O Povo. (Foto: Alex Gomes/O Povo)
Por Ana Rute Ramires

Fortaleza, CE, Brasil, 03-09-2019:
ONCOLOGIA - Neste mês, o Instituto do Câncer do Ceará completa 75 anos. Superintendente clínico da entidade, Reginaldo Costa analisa os avanços e desafios contra a doença e a pesquisa no Ceará
Referência mundial na pesquisa e no tratamento oncológico, o Instituto do Câncer do Ceará (ICC) completa, neste mês, 75 anos de existência. Nos últimos 15 anos, o cirurgião oncológico Reginaldo Costa faz parte dessa trajetória. Há oito anos, ele é superintendente clínico da instituição. A história do médico se confunde com a do ICC, diz. Formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), ele se interessou pelo estudo do câncer ainda na residência médica e, desde então, trabalha na gestão, na pesquisa e no cuidado de pessoas com a doença. Em entrevista ao, o piauiense, da cidade de Floriano, conta sobre o início da sua carreira, quando veio para Fortaleza prestar vestibular, avanços e inovações da pesquisa em oncologia no Ceará. Ele ressalta o pioneirismo do ICC em pesquisas internacionais e o trabalho de excelência da instituição. O superintendente avalia ainda o desafio apresentado pela prospecção de crescimento da doença junto à crise econômica.
O POVO - Como foi a sua chegada ao Ceará?
Reginaldo Costa -Cheguei aqui em 1993. Vim sozinho para concluir o Ensino Médio. No ano seguinte, ingressei na Faculdade de Medicina da UFC. Vim com a cara e a coragem morar numa pensão na avenida da Universidade. Depois, minha família acabou vindo por uma feliz coincidência. Minha irmã cursava Pedagogia e morava numa das residências universitárias. Minha mãe era dona de casa e meu pai trabalhava numa construtora que, em 1994, fez um trabalho na avenida Washington Soares. Daí, eles vieram para cá e a gente conseguiu juntar toda a família novamente. Foi um momento maravilhoso. Meu ambiente familiar sempre foi muito favorável, então, eu pude contar com esse apoio. Apesar de ser uma fase bastante puxada, a faculdade foi muito boa.
OP - Ainda hoje o curso de Medicina é muito concorrido. Na sua época, como era essa questão?
Reginaldo - Recentemente, pude acompanhar a trajetória do meu filho de 23 anos que, após dois anos de cursinho, conseguiu ingressar em Medicina. Foi um momento muito bom porque tive a oportunidade de rever todo o processo que vivi um dia. Eu cheguei a anular um ano inteiro da minha vida. Me pergunte sobre 1993 que eu não lembro de nada. Foi um ano de total dedicação. Além das aulas regulares, fazia cursos paralelos. Cursar Medicina sempre foi um desafio muito grande. É um curso de seis anos, a maioria termina ali nos 23 anos. Normalmente, os estudantes terminam a faculdade e é quase obrigatório fazer uma residência em seguida, caso contrário, ele não se insere no mercado. A maioria também se sente pressionada a fazer uma subespecialidade. Depois da faculdade, eu engatei logo na residência de cirurgia geral. Em seguida, entrei na residência oncológica do Instituto do Câncer do Ceará (ICC). Desde então, estou por aqui. Apesar de toda história bonita, tem esse lado muito cruel. É um curso quase de dedicação exclusiva, especialmente depois do quinto ano, no qual você entra na fase dos estágios. É empenho total mesmo, porque, além das aulas, você tem os plantões. É necessário analisar essa questão do tempo.
OP - Como foi sua entrada no ICC e seus primeiros anos?
Reginaldo - Nos anos 2000 e 2001, fiz residência em cirurgia geral no Hospital Geral Dr. César Cals. Durante esse período, fiz também estágio eletivo de um mês no ICC. O contato veio a partir daí. Foi na cirurgia geral que tive contato com oncologia. Sempre fui apaixonado pela especialidade, porque sempre achei uma área desafiadora. Quando veio a decisão, foi para atender a necessidade de me aprofundar. Cumpri os dois anos de residência aqui e, a partir daí, minha vida profissional se confunde um pouco com a vida do próprio ICC. A minha história está muito inserida aqui dentro.
OP - Como você ingressou na gestão do ICC?
Reginaldo - Após concluir a residência, eu trabalhei numa cidade do interior cearense, na Santa Casa de Canindé, onde fui eleito diretor clínico. A partir desse desafio, surgiu o interesse de entender mais do mundo da gestão. É um hospital que tem suas particularidades, tem suas dificuldades, porém foi também um local de aprendizado para assumir a direção pública de uma unidade hospitalar mais complexa e com um corpo clínico muito maior. Por isso, fiz MBA em Gestão Empresarial. Conclui a residência e passei a integrar o corpo clínico do ICC. Em 2005, assumi também a coordenação do setor de emergência. Ou seja, sempre tive uma proximidade muito grande com o corpo diretivo, até pela necessidade de interagir, porque a emergência daqui é um dos corações do hospital. Em 2011, veio o convite para assumir a direção clínica.
OP - Como você avalia a vida de médico e gestor e concilia essas funções?
Reginaldo - Falar do ICC e falar de se sentir bem aqui é muito fácil. Porque é um hospital que me sinto empolgado todas as vezes que saio de casa e venho para cá. Não só pelos desafios contínuos, é impossível passar por aqui e sair do mesmo jeito que entrou, seja como profissional, seja como paciente, seja como acompanhante. Você não sai a mesma pessoa. Todo mundo sempre tem um olhar de pesar por se tratar de câncer, e vincula a um momento de sofrimento e de dor, mas a gente percebe, com o passar do tempo, que também é um local de muita esperança. Hoje, a história natural do câncer mudou muito, principalmente a perspectiva dos pacientes. Isso motiva a lutar com o caráter de excelência. Não tem um dia sem desafio diferente, seja de dificuldade, seja de crescimento. Conviver com médicos residentes renova tudo aquilo que você viu lá atrás e serve como combustível para sair de casa e vir trabalhar. Participar desse processo de formação melhora nosso convívio. O balanço é muito positivo todos os dias.
OP - Qual o desafio de ser um médico oncologista no Ceará com relação à estrutura e tecnologia?
Reginaldo - Quando se fala de oncologia ainda num Estado tão pobre como o Ceará e a região Nordeste como um todo, mesmo com muitos avanços que já aconteceram, mesmo inserido num hospital de excelência como ICC, a gente ainda convive com muitos desafios relacionados principalmente ao acesso dos pacientes. Muitos nos procuram quando a doença está avançada. Há um atraso no acesso mesmo. Muitos pacientes tiveram o diagnóstico feito há dois meses que batem a porta hoje lá do interior e não conseguem transporte. Você tem um hospital de excelência, consegue ofertar tudo de mais atual na vanguarda da tecnologia, mas muitas vezes tem de conviver com essa realidade. Esse é um dos desafios dentro de um hospital com essa complexidade. Mas ao mesmo tempo muito desafiador, o ICC tem um modelo de atendimento que não faz ações centradas somente na figura do médico, mas descentralizadas e compartilhadas com outras profissões. Isso tem um valor agregado muito forte e faz com que o dia a dia de trabalho seja muito mais fácil.
OP - Muita gente do interior é atendida no ICC. Como é a parceria com as prefeituras? O que ainda precisa melhorar?
Reginaldo - Existem ações de curtíssimo prazo, no momento que a gente notifica a prefeitura, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) fica ciente da dificuldade que aquele paciente tem. O serviço social do hospital, por exemplo, quando está diante de um caso mais urgente, liga para prefeitura a fim de facilitar a chegada desse paciente aqui. Essa é uma ação de curto prazo. Existem ações de médio prazo, como trabalhos de educação continuada com agentes de saúde do interior. Recentemente, colocamos dentro do auditório do ICC mais de 50 agentes de saúde de Fortaleza e quase todos passaram por um processo de treinamento. Além de facilitar o conhecimento desses profissionais no que se refere ao câncer, isso melhora o acesso em termos de saber o caminho para que o paciente possa chegar mais precocemente. Existem ações de longo prazo, como os programas de residência, não só de residência médica, mas residência multiprofissional. No momento em que se começa a produzir profissionais mais capacitados - sejam eles médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas - com formação em oncologia, todos acabam voltando para o seu município e lá começam a diagnosticar mais precocemente. Isso facilita o acesso dos pacientes ao instituto. Então, temos iniciativas que são rápidas, muito rápidas e outras que colheremos em cinco, dez, quinze anos.
OP - Em relação à tecnologia, como está o ICC dentro desse cenário se comparado aos centros internacionais?
Reginaldo - De maneira muito palpável e prática mesmo, nós temos o terceiro maior programa de residência em cancerologia no Brasil. Temos um programa em parceria com o Hospital A. C. Camargo (SP) que produz doutores e pesquisas desenvolvidas em nível local. Quando a gente fala de material humano, temos isso. Se levarmos em conta a quantidade de equipamentos em funcionamento, contamos com o maior parque de radioterapia do Norte e Nordeste, executando os mesmos procedimentos de excelência do Sul e do Sudeste. O parque se destaca porque incorpora um número de equipamento mas também de complexidade de procedimentos que se destacam do restante do Brasil. Temos um centro cirúrgico com equipamentos de excelência. Além disso, temos uma parceria com a International Business Machines Corporation (IBM). Existe uma plataforma chamada IBM Watson que surge como inteligência artificial. Nessa parceria direta, o ICC passou a ser o primeiro hospital do mundo a utilizá-la com enfoque em oncologia. A gente tem ajudado na estruturação desses protocolos de utilização voltados para oncologia. Estamos na vanguarda do mundo todo no que se refere a material humano, equipamentos e processos. Existe o interesse direto da IBM no instituto, porque alguns tipos de tumores são mais frequentes no Ceará e não são encontrados em países de primeiro mundo, como o câncer de colo uterino. Um tipo de câncer de altíssima mortalidade que seria facilmente diagnosticado, de maneira muito barata, por meio de um Papanicolau simples. Mas, infelizmente, a maioria das pacientes buscam atendimento numa fase muito avançada. Esse tipo de tumor não é encontrado lá fora, especialmente porque existem programas de prevenção muito fortes. Por isso, o interesse deles em pesquisas desse tipo de câncer. E a gente tem uma estrutura e um corpo clínico organizado, protocolos bem estabelecidos e em números de casos que impulsionam a pesquisa. Com o câncer de pênis também. Existem trabalho na Europa em que os pesquisadores levantam 15 casos. Existem trabalhos do ICC que levantam 300 casos. Tem alguns tumores que são mais frequentes no nosso meio e despertam muito interesse de outros centros de pesquisa. Até porque a gente tem uma estrutura aqui chamada de "banco de tumores" que armazena essas amostras e serve para pesquisas não somente em nível local.
OP - E como fica o investimento nesse momento de crise?
Reginaldo - Por ser filantrópico, o ICC tem atendimento tanto feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como por meio de convênio de maneira equilibrada. Existe uma obrigação para atender pelo menos 60% de pacientes pelo SUS. Esse número é de 70% aqui. Ao longo desses 75 anos, é nesse pilar que a gente se mantém. Apesar de todos os desafios do SUS, mas existem alguns princípios que conseguimos executar na integralidade, que é oferecer tudo num só local. Desde a consulta inicial passando pelo atendimento inicial, ultrassom, mamografia, biópsia do nódulo da mama — temos laboratório de patologia que entrega o resultado do exame em três dias —, tomografia, raio-x. Além de executar o tratamento específico, quimioterapia, radioterapia, cirurgia de alta complexidade, entre outros. Na integralidade, o SUS é viável. O desafio é estender esse tratamento num cenário que aponta para crescimento do número dos casos de câncer. Trabalhos apontam que a perspectiva para 2050 é quase o dobro do número de casos atuais. A estimativa é de 30 milhões/ano. Se, diante desse cenário de crescimento e envelhecimento da população, junto às graves crises econômicas que vão se sucedendo, você ainda tem uma gestão muito enxuta, é preciso processos muito estabelecidos e coragem para trabalhar, porque é desafiador. É necessário mais investimento e redirecionamento dentro do processo de gestão. Apesar de ser uma entidade filantrópica, sofre diretamente das ações públicas, porque se o investimento dos recursos públicos em saúde cai, limitando-se a quantidade de pacientes a serem tratados. Para o futuro, o desafio é continuar prestando esse modelo de assistência, com esse volume de atendimento e destinando os recursos para o crescimento de casos.
OP - O investimento atual tem sido suficiente?
Reginaldo - Já não é suficiente na medida que, por exemplo, a Prefeitura de Fortaleza estabelece um teto para realização de cirurgias. Hoje o ICC faz aproximadamente 450 cirurgias por mês. Essa limitação vem no momento do aumento do número de casos. Muitos pacientes podem ficar sem atendimento em tempo hábil. Vão ser atendidos, porque existe uma lei que obriga a operação, a quimioterapia e o início do tratamento em até 60 dias. Mas a tendência é que esse investimento caia. O desafio aumenta.
OP - O que a gente tem de pesquisa com foco na individualidade do paciente oncológico?
Reginaldo - O ICC mantém uma parte muito forte na pesquisa clínica, não só do que é o câncer e da forma como ele se comporta. Hoje o estudo ontogenético é muito forte. Esses estudos visam individualizar a questão do tratamento. Porque muitas vezes você pega duas pessoas no mesmo estágio da doença. Elas fazem o mesmo tratamento e os resultados são muito diferentes. Algumas com resultados satisfatórios e outras nem tanto. Com base nisso o estudo oncogenético é feito. Os estudos chegam e sinalizam que uma droga "A" serve para um grupo de pacientes que tem determinadas alterações, enquanto a droga "B" não serve para ele, mas pode servir para outro. O tratamento passa a ser cada vez mais individualizado e isso tem impacto direto na sobrevida, nos resultados assistenciais e também nos custos. Como é tudo muito novo, tem muitas medicações que são de um custo diferente, outras não são produzidas em nível local, em nível Brasil, muitas estão saindo agora de protocolos de pesquisa e acabam tendo um custo maior, até que perdem patente e passam a ser comercializadas em larga escala. De fato, têm-se um custo alto, mas é em benefício dos pacientes.
OP - Como estão as pesquisas em relação a um tratamento menos agressivo?
Reginaldo - Todas as áreas de tratamento do câncer tiveram avanços nesse sentido. Há 30 anos, você tinha dois grandes desafios. O primeiro era comunicar para o paciente que ele tinha câncer e o segundo era dizer a necessidade da quimioterapia. O que gerava um temor entre os pacientes. O que era um temor real. Ao longo desses anos, a gente teve muitos avanços tanto em quimioterapia, como em radioterapia, quanto em cirurgia. Na quimioterapia, as drogas passaram a ser mais efetivas, exatamente como resultados dessas pesquisas. Os tratamentos, cada vez mais, passam a ser individualizados. Eles têm um alvo, a história da "terapia-alvo", que age especificamente sobre a célula tumoral. Entendendo que muitos efeitos colaterais aconteciam porque as drogas mais antigas atuavam tanto na célula doente quanto na célula normal. Os remédios passaram a ter menos efeitos colaterais e agora são mais efetivos. A própria radioterapia, você passou a dosar, modular melhor o campo a ser irradiado. Isso afeta diretamente na questão dos efeitos colaterais. Irradia-se uma área muito menor, ataca a área de uma forma muito mais direcionada. E a cirurgia acabou sendo um resultado de muitos avanços, como da própria quimioterapia, porque antes se partia direto dela. No câncer de mama, por exemplo, a maior parte dos pacientes tratava inicialmente com cirurgia para depois fazer quimioterapia e radioterapia. Hoje, é quase mandatório os pacientes fazerem primeiro tratamento para ver se reduz o tumor e, assim, fazer uma cirurgia mais econômica. Em vez de se fazer uma cirurgia muito mutilante, como tirar a mama completa da mulher, você consegue tirar só um quadradinho com os mesmos resultados. Se comparar os resultados de antes com os de hoje, esses provam que são muito mais efetivos do que se tinha no passado, contrariando o pensamento popular de que "tem câncer? Tira logo que resolve". Muitas das cirurgias decorrem disso e da evolução tecnológica, como a videocirurgia e a cirurgia a laser. Há 20 anos, praticamente não se executava uma videocirurgia para operar câncer de estômago. Atualmente, os trabalhos apontam também que os resultados em termos de cirurgia são iguais. A cirurgia convencional, com uma incisão muito maior, acaba tendo mais complicações a médio prazo porque o tempo de recuperação é maior, as complicações são mais frequentes. Já uma cirurgia por vídeo leva o paciente a ter uma recuperação mais rápida. Tudo o que é em oncologia teve muito avanço como consequência das pesquisas e em decorrência de avanços em outras áreas também.
OP - O que o senhor projeta para o futuro em relação ao tratamento contra o câncer?
Reginaldo - Hoje, existem muitas pesquisas, principalmente voltadas ao desenvolvimento de drogas, e isso é contínuo. As medicações tendem a ser cada vez mais efetivas, direcionadas e mais práticas em termos de administração. Tem muita coisa nova surgindo, de comprimido mesmo, em termos de cura e de controle da doença. Resultados tão efetivos como a quimioterapia, que é injetável. Muitas técnicas novas em radioterapia. A própria cirurgia também, a cirurgia robótica, por exemplo. Nos EUA, você tem mais cirurgia de próstata feita por robô do que da forma convencional. Cada vez mais, a gente vai ver a incorporação dessas tecnologias nos tratamentos de câncer como resultado de pesquisas. A radioterapia, em particular, pelo avanço não somente dos equipamentos, como também das técnicas novas que permitem melhor resultado em termos de irradiação e de efeitos colaterais.
OP - Nesse processo de tratamento, qual a importância de ações transversais e de assistência ao paciente?
Reginaldo - Na hora que o paciente busca atendimento no setor da triagem, que é a porta de entrada do ICC, ele realiza uma consulta para separar os casos que são suspeitas dos que realmente são diagnósticos de câncer. Uma vez atendido nisto que a gente chama de "linha de cuidado", ele é assistido não só pelo médico, mas por todos os profissionais que, em algum momento, vão intervir na assistência desse paciente, como o pessoal da fisioterapia, da farmácia, da nutrição, da psicologia e do serviço social. Principalmente, esses dois últimos, embora pareçam coisas muito intangíveis. É impressionante como muitos pacientes não conseguem dar prosseguimento ao tratamento porque não tem como ficar na cidade, pois estavam tão angustiados, tinham tantas coisas formuladas sobre o tratamento, que resolveram abandonar. Por isso que é importante ter um assistente social para ver questões de direito do paciente, de receber benefício, onde ele vai ficar, o contexto familiar que está inserido. A psicologia também serve para ter uma abordagem além da questão buscam os hospitais carregam um peso muito forte na questão psicológica, principalmente porque o câncer tem todo um estigma de morte. Além dessa questão assistencial, o ICC mantém um programa de cuidados continuados, que presta assistência ao paciente pós-conclusão de tratamento. Alguns pacientes entram numa fase que a gente chama de "refratária de tratamento". Ou seja, não obtiveram a cura ou uma evolução favorável e passam a ser assistidos em casa. Todos os profissionais avaliam as dimensões psicológica, social, nutricional e médica. O paciente continua recebendo essa assistência em domicílio e participando de muitas ações do hospital também. Existem outras ações que correm na paralela, como o laboratório de oncogenética que serve para aconselhamento familiar. Você vai ver que muitas famílias têm histórico de câncer. Além da prestação de assistência ao paciente, existe para os familiares.
OP - Após tantos anos conhecendo diferentes histórias de pacientes, como trabalhar no ICC mudou sua perspectiva de vida?
Reginaldo - É impossível você passar por aqui e sair com os mesmos princípios e valores. De fato, você começa a perceber a vida com outro olhar, com outros valores, com outros propósitos. Tudo isso leva você a repensar muita coisa. Minha esposa teve câncer muito jovem, com 21 anos, estava no início de faculdade. Tive a oportunidade de conviver com todo o histórico de tratamento dela. Mesmo antes disso, todas as histórias daqui não são apenas de sofrimento, mas de superação condicionam você a repensar muito daquilo que é visto como um bicho de sete cabeças. Sem querer ser simplório na definição, muitas vezes a gente se apega nas pequenas coisas. Quando você vê pacientes lutando por semanas ou dias de vida, motiva a repensar muito dessas coisas e a valorizar mais.
OP - Com isso, que avaliação você faz de dificuldades que passou?
Reginaldo - Dificuldades, desafios pessoais, todo mundo tem, mas eu não me permito falar de sofrimento, dizer que sou triste. Sinceramente, eu nunca sofri na minha vida, absolutamente nada. Acho que minha vida é boa demais. Sinto cansaço, preocupação, tenho um filho de 23 anos, outro de 17, um de 13 e outro de um ano e quatro meses. Sou uma pessoa extremamente abençoada em diversos aspectos, mas não consigo lembrar de nenhum momento como "ah, abri mão de uma noite de festa" ou algo do tipo. Não tenho dúvida nenhuma que eu tive de fazer muitas escolhas na minha vida, mas nenhuma delas vi como sofrimento e nem consigo achar que o sofrimento é só a doença. O sofrimento também é a dor na alma. Eu me acho agraciado por ter sido escolhido e ter a oportunidade de trabalhar com isso. Por ter a percepção que eu acho que eu tenho do mundo, que vai muito além da questão da medicina e do trabalho. Não consigo dizer que tenho problema algum. Zero.
História
O nascimento do ICC foi uma iniciativa de um grupo composto pelo padre Arquimedes Bruno e por dez médicos: Waldemar Alcântara, Haroldo Juaçaba, Walter Cantídio, Newton Gonçalves, Antônio Jucá, João Batista Saraiva Leão, Livino Pinheiro, Jurandir Picanço, Walter Porto e Luiz Gonzaga da Silveira.
Conquistas
Algumas conquistas do Instituto foram a construção do Hospital Haroldo Juaçaba (HHJ), que iniciou oficialmente suas atividades em 1999. O ICC mantém, ainda, a Casa Vida, casa-abrigo que recebe pacientes e familiares, além da Educação Continuada em Oncologia (ECO) e a Faculdade Rodolfo Teófilo (FRT), no campo do ensino e da pesquisa. O ICC conta com o terceiro maior programa de residência em cancerologia no Brasil e com o maior parque de radioterapia do Norte e Nordeste.
Parceria
O ICC passou a ser o primeiro hospital do mundo a utilizar a plataforma IBM Watson, da International Business Machines Corporation (IBM), que trabalha com inteligência artificial, com enfoque em oncologia.
Fonte: Jornal O Povo, de 25/11/2019. Páginas Azuis. p.6-7.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

UNAMO-NOS NO AMOR


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Entendemos que os dois grandes problemas do nosso tempo são as questões envolvendo a paz e a justiça, em todos os seus aspectos. No atual estágio da humanidade, destacam-se como fundamentais os direitos à vida e à liberdade, como também o direito de se ter o mínimo indispensável para alcançar a cidadania. As políticas precisam ser concebidas visando estimular o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, buscar uma sociedade justa. A vida será melhor ao percebermos a presença da solidariedade e a ausência da ganância, da corrupção, da inveja e do ódio. Torna-se básico a exaltação dos valores internos e morais, para que possamos ter esperança e alcançar a felicidade. Em todas as nações do mundo existem problemas relacionados com a falta de entendimento, humildade, justiça, amor e paz. Acreditamos que a supremacia dos valores materiais sobre os espirituais é a grande responsável pelo atual desajuste universal. A discriminação entre as pessoas, representa a forma mais cruel de coação. A falta da amizade leva à intolerância e ao comportamento irracional. O radicalismo tem influenciado de forma negativa as alterações de uma organização social. As crises decorrem de movimentos que não procuram soluções, mas modelos errôneos do ponto de vista político e socioeconômico. É bom lembrar que modificações mentais demandam tempo e são difíceis. Goethe disse: “Abra o coração para que entre mais amor”. Por sua vez, Manuel Bandeira, o grande poeta brasileiro, externou no poema “Desesperança”: “Ah! Como dói viver quando falta a esperança”. Enfim, tudo que fazemos com fé para reduzir ou evitar o sofrimento de nossos irmãos, é uma prova de estarmos mais perto de Deus. Como diz o livro do Eclesiastes (9,17): “É melhor ouvir as palavras calmas de uma pessoa sábia do que os gritos de um líder numa reunião de tolos”. Eis o caminho.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 15/11/2019.

domingo, 24 de novembro de 2019

VIDA SEM TECNOLOGIA...


Um jovem perguntou: "Vovô, como você viveu antes?
- Sem tecnologia
- Sem aviões
- Sem internet
- Sem computadores
- Sem tv’s de plasmas ou led
- Sem ar condicionados
- Sem carros
- Sem celulares, tablets, notebook e laptop? "

O avô respondeu:
“Como a sua geração vive hoje:
Sem oração,
Sem compaixão,
Sem honra,
Sem respeito,
Sem vergonha,
Sem esforço,
Sem responsabilidades,
Sem modéstia”

Nós, as pessoas nascidas no século passado, somos abençoados.
Nossa vida é prova viva.
Enquanto jogamos e andamos de bicicleta, nunca usamos capacetes.
Depois da escola, jogamos até o anoitecer no bairro, sem medo.
Nós tocamos com amigos reais, não com amigos da internet.
Se tivéssemos sede, bebíamos água da mangueira, não engarrafados.
Não havia perigo de compartilhar o mesmo copo de suco com quatro amigos.
Não ganhamos peso comendo fast-food.
Também não havia nada de errado em andar com os pés descalços.
Nunca usamos um suplemento para nos mantermos saudáveis.
Nós costumávamos criar nossos próprios brinquedos e brincar com eles.
Nossos pais não eram ricos. Eles deram amor, não coisas materiais.
Nós não possuímos telefone, celulares, DVDs, Play Station, Xbox, videogames, computadores pessoais, internet, WhatsApp, nós tínhamos amigos reais.
Visitamos a casa de nossos amigos sem terem sido convidados e apreciamos a refeição com eles.
Os membros da família moravam nas proximidades para aproveitar o tempo em família.
Podemos estar em fotos em preto e branco, mas você pode encontrar memórias coloridas nessas fotos.
Somos uma geração única e mais compreensiva, porque somos a última geração que ouviu seus pais, avós e tios. Também respeitamos os pais, professores, pessoas mais velhas, e até mesmo o padre da igreja.
Somos uma edição LIMITADA! Todos os dias somos menos. Aproveite enquanto você pode.
Aprenda conosco.
E tenha em mente que, nos levou muito trabalho para construir este país que hoje está sendo destruído!
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones). Sem autoria explícita  e sem título.

FIM DA ÁRVORE GENEALÓGICA...


Atribuído a Luís Fernando Veríssimo
Vai ser avó de quem?
– Mãe, vou casar!
– Jura, meu filho?! Estou tão feliz! Quem é a moça?
– Não é moça. Vou casar com um moço... O nome dele é Murilo.
– Você falou Murilo... Ou foi meu cérebro que sofreu um pequeno surto psicótico?
– Eu falei Murilo. Por que, mãe? Tá acontecendo alguma coisa?
– Nada, não... Só minha visão que está um pouco turva. E meu coração, que talvez dê uma parada. No mais, tá tudo ótimo.
– Se você tiver algum problema em relação a isto, melhor falar logo...
– Problema? Problema nenhum. Só pensei que algum dia ia ter uma nora... Ou isso.
– Você vai ter uma nora. Só que uma nora.... Meio macho.
– Ou um genro meio fêmea. Resumindo: uma nora quase macho, tendendo a um genro quase fêmea... E quando eu vou conhecer o meu. A minha... O Murilo?
– Pode chamar ele de Biscoito. É o apelido.
– Tá! Biscoito... Já gostei dele... Alguém com esse apelido só pode ser uma pessoa bacana. Quando o Biscoito vem aqui?
– Por quê?
– Por nada. Só pra eu poder desacordar seu pai com antecedência.
– Você acha que o Papai não vai aceitar?
– Claro que vai aceitar! Lógico que vai. Só não sei se ele vai sobreviver... Mas isso também é uma bobagem. Ele morre sabendo que você achou sua cara-metade. E olha que espetáculo: as duas metades com bigode.
– Mãe, que besteira... Hoje em dia... Praticamente todos os meus amigos são gays.
– Só espero que tenha sobrado algum que não seja... Pra poder apresentar pra tua irmã.
– A Bel já tá namorando.
– A Bel? Namorando?! Ela não me falou nada... Quem é?
– Uma tal de Veruska.
– Como?
– Veruska...
– Ah!, bom! Que susto! Pensei que você tivesse falado Veruska.
– Mãe!!!...
– Tá.., tá..., tudo bem... Se vocês são felizes. Só fico triste porque não vou ter um neto...
– Por que não? Eu e o Biscoito queremos dois filhos. Eu vou doar os espermatozoides. E a ex-namorada do Biscoito vai doar os óvulos.
– Ex-namorada? O Biscoito tem ex-namorada?
– Quando ele era hétero... A Veruska.
– Que Veruska?
– Namorada da Bel...
– "Peraí". A ex-namorada do teu atual namorado... É a atual namorada da tua irmã. Que é minha filha também... Que se chama Bel. É isso? Porque eu me perdi um pouco...
– É isso. Pois é... A Veruska doou os óvulos. E nós vamos alugar um útero...
– De quem?
– Da Bel.
– Mas. Logo da Bel?! Quer dizer então... Que a Bel vai gerar um filho teu e do Biscoito. Com o teu espermatozoide e com o óvulo da namorada dela, que é a Veruska.
– Isso.
– Essa criança, de uma certa forma, vai ser tua filha, filha do Biscoito, filha da Veruska e filha da Bel.
– Em termos....
– A criança vai ter duas mães: você e o Biscoito. E dois pais: a Veruska e a Bel.
– Por aí...
– Por outro lado, a Bel..., além de mãe, é tia... Ou tio... Porque é tua irmã.
– Exato. E ano que vem vamos ter um segundo filho. Aí o Biscoito é que entra com o espermatozoide. Que dessa vez vai ser gerado no ventre da Veruska... Com o óvulo da Bel. A gente só vai trocar
– Só trocar, né? Agora o óvulo vai ser da Bel. E o ventre da Veruska.
– Exato!
– Agora eu entendi! Agora eu realmente entendi...
– Entendeu o quê?
– Entendi que é uma espécie de swing dos tempos modernos!
– Que swing, mãe?!!....
– É swing, sim! Uma troca de casais... Com os óvulos e os espermatozoides, uma hora no útero de uma, outra hora no útero de outra...
– Mas...
– Mas uns tomates! Isso é um bacanal de última geração! E pior... Com incesto no meio.
– A Bel e a Veruska só vão ajudar na concepção do nosso filho, só isso...
– Sei!!! ... E quando elas quiserem ter filhos...
– Nós ajudamos.
– Quer saber? No final das contas não entendi mais nada. Não entendi quem vai ser mãe de quem, quem vai ser pai de quem, de quem vai ser o útero, o espermatozoide... A única coisa que eu entendi é que...
– Que...?
– Fazer árvore genealógica daqui pra frente... vai ser fo**!!!!!!!*
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones).
Nota do Editor do Blog: Postado em vários blogs e com autoria supostamente atribuída a Luiz Fernando Veríssimo.
 

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