quinta-feira, 30 de abril de 2020

IDOSOS EM TEMPOS DE COVID-19


Por João Macêdo Coelho Filho (*)
A ocorrência de maior concentração de casos graves e óbitos por Covid-19 em longevos decorre de fatores biológicos, mas também da forma como o idoso e seus problemas são vistos e cuidados pela ciência e pela sociedade.
A maior parte dos idosos apresenta pelo menos uma doença crônica e/ou fragilidade, condições que limitam a reação do organismo frente à doença. Envelhecimento e fragilidade caracterizam-se pelo excesso de substâncias inflamatórias. A inflamação exacerbada é exatamente uma das características da evolução grave de Covid-19. Assim, para se reduzir efetivamente o impacto dessa doença em idosos, além da atenuação do processo inflamatório, seria também necessário intervir nos mecanismos biomoleculares específicos da fragilidade e do envelhecimento. Lamentavelmente, existem muitas lacunas no conhecimento dessas condições.
Uma rede de saúde com diferentes níveis de cuidados é especialmente importante para a atenção aos idosos. A maioria desse grupo etário, por não contar com serviços intermediários entre o hospital e sua residência, como hospital-dia e serviços domiciliários, acaba tendo as UPAs e os hospitais como pontos principais de contato com o sistema de saúde. Em consequência, temos a sobrecarga dessas unidades e o aumento do risco de contaminação pelo coronavírus.
Outra preocupação diz respeito aos mais de 1.000 idosos que no Ceará moram em Instituições de Longa Permanência (ILPIs). Há escasso investimento do poder público nesse setor, predominando as ILPIs filantrópicas. Possuem, em geral, estrutura física limitada, favorecendo o contato próximo entre os residentes, muitos frágeis e portadores de múltiplas doenças. Como as ILPIs são equipamentos da área social, não dispõem habitualmente de profissionais de saúde. Portanto, reúnem, infelizmente, todas as condições favoráveis à transmissão rápida e massiva do coronavírus, com risco de mortalidade em larga escala, caso medidas não sejam prontamente implementadas.
Precisaremos de muitas pesquisas sobre o Sars-CoV-2. Idosos são classicamente excluídos dos ensaios clínicos, por variadas razões. No caso da Covid-19, deixá-los fora das investigações seria especialmente problemático. Estaríamos, desse modo, deixando de conhecer o que ocorre com a doença e seus tratamentos naqueles que são exatamente os mais penalizados por essa pandemia.
(*) Médico geriatra e diretor da Faculdade de Medicina da UFC.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 15/04/2020. Opinião. p.15.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

A CHEGADA NO CÉU


Um homem sofre um acidente fatal e acaba morrendo. Ao chegar no céu, o porteiro lhe dá uma BMW e diz:
- Você nunca traiu sua esposa, portanto esse carro é para que possa andar por aqui.
O próximo ganhou um corsa, porque tinha traído só um pouco. E o seguinte ganhou um fusca porque tinha traído muito.
Certo dia, o homem do fusca vê o da BMW parado, puxando os cabelos e dando chutes no carro. Então o cara do fusca vai até ele para consolá-lo e diz:
- Você com um carro desse, tão incrível, e está estressado dessa maneira, sendo que eu com um fusca estou feliz da vida. O que aconteceu? 
E o rapaz da BMW responde:
- Minha mulher acabou de passar aqui. Aquela filha da mãe estava andando de bicicleta!!!
Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

CORONAVÍRUS E A "GRIPE CHINESA"


A melhor matéria do dia sobre o Coronavirus veio, para não variar, de Rodrigo da Silva, em uma das melhores threads de twitter que eu já li. Ao contrário de grande parte do jornalismo brasileiro que prefere chutar e não apurar, Rodrigo acompanha, vai atrás, pesquisa, fundamenta, e argumenta de forma indiscutível. O coronavírus já pode ser considerado o Chernobyl chinês, um erro monstruoso camuflado por uma ideologia podre e uma ditadura comunista vergonhosamente tolerada pelo ocidente. Se esta doença não ganhar logo a alcunha justa e merecida de "Gripe Chinesa", a história falhará. Fiquem com bela thread e aproveitem para seguir o Rodrigo no Twitter.
A culpa pela pandemia de Coronavírus no mundo tem nome e sobrenome. É do Partido Comunista Chinês. E se você ainda tem alguma dúvida a esse respeito, precisa dar uma lida nessa thread.
1. De acordo com oficiais chineses, o primeiro caso de COVID-19 aconteceu no dia 17/11/19 e o primeiro indivíduo a testar positivo para a doença apresentava sintomas em 8/12/19. Segundo o The Lancet, o paciente zero foi exposto ao vírus no dia 1/12/19.

2. A falta de condições sanitárias de um mercado de animais silvestres em Wuhan, prática comum num país que não oferece segurança alimentar, foi fundamental para o surto. Só depois do SARS-CoV-2, tardiamente, o governo chinês prometeu acabar com a prática.

3. Um artigo publicado em 2007 por médicos de Hong Kong já alertava que havia reservatório de coronavírus em morcegos e que o hábito do sul da China de "comer mamíferos exóticos" era uma "bomba relógio". Mas essa bomba não se resume à vigilância sanitária.

4. A China é uma ditadura sem liberdade de expressão, de imprensa, política e religiosa, com ativistas de direitos humanos reiteradamente presos, torturados e condenados a campos de trabalho forçado. Foi nesse país que o SARS-CoV-2 se espalhou.

5. Em 2002, as informações sobre um outro coronavírus, o SARS-CoV, foram reprimidas pela ditadura chinesa, condenando centenas de pessoas à morte. Tardiamente, o Partido Comunista admitiu os erros e demitiu o ministro da Saúde e o prefeito de Pequim.

6. Como a preocupação de ditaduras é com a estabilidade do regime, e não com o bem-estar da população, sem enfrentar grandes resistências, o governo chinês teve com o SARS-CoV-2 os mesmos incentivos para novamente negligenciar uma pandemia de coronavírus.

7. No dia 30 de dezembro, quando a COVID-19 adoeceu 7 pacientes em um hospital de Wuhan, e um médico, Li Wenliang, tentou avisar outros médicos, a polícia chinesa o obrigou a assinar uma declaração de que seu aviso constituía "comportamento ilegal".

8. Li Wenliang e outros sete médicos de Wuhan foram obrigados a assinar um documento admitindo "espalhar mentiras". Isolado no trato de seus pacientes, sem amparo oficial, Li acabou contraindo coronavírus e falecendo, aos 34 anos.

9. Entre o início de dezembro e 19 de janeiro, o Partido Comunista Chinês minimizou o surto a um problema local, limitado a um pequeno número de clientes de um mercado de Wuhan. Qualquer que fosse a causa da doença, "não era nada parecido com SARS". https://www.scmp.com/news/hong-kong/health-environment/article/3044723/six-more-hong-kong-patients-hospitalised-over

10. Ainda em 26 de dezembro, um técnico de um laboratório contratado por hospitais disse que sua empresa recebeu amostras de Wuhan e chegou a uma conclusão impressionante: as amostras continham um novo coronavírus com uma similaridade de 87% com a SARS.

11. No dia 24 de dezembro, uma amostra do SARS-CoV-2 retirada de um paciente foi enviada a um laboratório para o sequenciamento do genoma. Os resultados estavam prontos 3 dias depois, mas as autoridades de Hubei ordenaram que as amostras fossem destruídas.

12. Em janeiro, a polícia ainda controlava as informações, tratando o coronavírus como um boato. Em Wuhan, esse era o discurso oficial: "A polícia apela a todos os internautas para não fabricarem rumores, não espalharem rumores, não acreditarem em boatos".

13. Cabe lembrar que o Partido Comunista promove o maior ato de restrição à liberdade de expressão da História. 50 mil censuradores participam do processo de controle da internet no país, conhecido como o Grande Firewall da China. https://gking.harvard.edu/publications/how-censorship-china-allows-government-criticism-silences-collective-expression

14. Na China, são oficialmente proibidos serviços como Gmail, Google, Facebook, Youtube, Wikipedia, Reddit, Instagram, Twitter e WhatsApp. Como o governo monitora os aplicativos permitidos, controla todo o conteúdo online e o tráfego de informações.

15. O Partido Comunista também controla todas as redações de jornal do país. Segundo a Reporters Without Borders, em 180 países listados, a China é o 177º em liberdade de imprensa. Não há acesso no país à BBC, NYT, The Guardian, WSJ, Reuters, TIME, NBC...

16. Controlando a internet e os veículos de imprensa, o Partido Comunista Chinês não teve qualquer dificuldade em atrapalhar o fluxo de informações da população sobre o coronavírus, colaborando ativamente para que o surto se transformasse numa pandemia.

17. Li Wenliang, o médico whistleblower do início dessa thread, só foi liberado da prisão em 3 de janeiro, depois que assinou um documento assumindo a prática de "atos ilegais". Li contou à CNN que sua família se preocuparia se ele perdesse a liberdade.

18. Outro médico, Wang Guangbao, admitiu mais tarde que a especulação sobre um vírus semelhante à SARS era forte nos círculos médicos no início de janeiro, mas que as detenções dissuadiram muitos, inclusive ele próprio, de falar abertamente a respeito.

19. Em fevereiro, dois jornalistas chineses, Fang Bin e Chen Qiushi, desapareceram depois de trabalharem na cobertura do coronavírus em Wuhan e denunciarem as supressões de informações do governo. Qiushi entrou no topo da lista da One Free Press Coalition.

20. A China só declarou emergência em 20 de janeiro. Quando Wuhan foi isolada três dias depois já era tarde: o vírus estava sendo espalhado por todo país, levado pelos 400 milhões de chineses que se preparavam para viajar para comemorar o Ano Novo Lunar.

21. Durante quase 2 meses, enquanto o vírus se alastrava, o Partido Comunista Chinês aprisionou e intimidou médicos e jornalistas, controlou o fluxo de informação, minimizou os riscos do surto, não ampliou leitos de UTI, nem combateu mercados silvestres.

22. Xi Jinping, presidente da China, comentou publicamente pela primeira vez sobre a SARS-CoV-2 apenas no dia 20/01, mas já no dia 7/01, 13 dias antes, durante uma reunião do partido, ele admitiu, num discurso interno, conhecimento "do novo coronavírus".

23. Nesses 13 dias, enquanto negava o surto, o Partido Comunista organizou duas grandes reuniões em Hubei e reuniu mais de 40 mil famílias num banquete em massa em Wuhan, na tentativa de bater um recorde mundial. Xi Jinping poderia ter evitado a pandemia.

24. Apenas no dia 4 de fevereiro, assim como com a SARS em 2002, o Partido Comunista Chinês admitiu as “deficiências e dificuldades na resposta à epidemia”, e prometeu "melhorar nossas habilidades em lidar com tarefas urgentes e perigosas".

25. Mesmo dois meses depois do surto começar, depois da OMS pedir repetidamente às autoridades chinesas dados sobre a saúde dos profissionais médicos de Wuhan, o governo chinês ainda tinha dificuldade em ser transparente com a comunidade internacional.

Repetindo as trapalhadas do Politburo soviético no acidente nuclear de Chernobyl, em 1986, o Partido Comunista Chinês é o grande responsável por negligenciar um surto então local, reiteradamente ignorado pelas autoridades, transformando o novo coronavírus numa pandemia global.
Reprisando os erros da SARS em 2002, a ditadura chinesa deixou o mundo novamente à mercê de seus caprichos, pagando por suas irresponsabilidades, sem nenhuma garantia de que seja capaz de combater exemplarmente novos surtos nos próximos anos, dizimando populações inteiras.
E é exatamente por isso que a culpa pelo novo coronavírus tem nome e sobrenome, e que é tão importante responsabilizar os autores políticos dessa pandemia.
Inúmeras pessoas inocentes morrerão nas próximas semanas graças à ineficiência de uma ditadura.
A História será implacável.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones). Com autoria atribuída a Rodrigo da Silva.

terça-feira, 28 de abril de 2020

A CONTA DO NOSSO EGOÍSMO


Por Pedro Aihara (*)
No dia 22.03.20, no meio da pandemia, uma senhora, 90 anos, faleceu na Bélgica após ter recusado o ventilador mecânico. “Guarde para alguém mais jovem. Eu vivi uma boa vida”, disse.
O inimigo dessa vez é invisível e implacável: fez os líderes das grandes nações parecem crianças assustadas, fez o Papa sozinho, perdoar nossos pecados. Judeus e muçulmanos rezarem juntos.
Não se iluda. Cloroquina ou hidroxicloroquina não irão nos salvar dessa vez.
As nossas tradicionais armaduras falharam. De nada adiantou o poderio militar nuclear dos mísseis ou os inalcançáveis imóveis de luxo do Central Park:
o gramado agora está cheio de tendas de hospital de campanha. Nossos planos de saúde caros não foram suficientes para tirar o receio da falta de equipamentos de nossas cabeças e tampouco nossos celulares e televisões sofisticados foram capazes de entreter no meio dessa solidão sentida e vivenciada por todos.
Sentimo-nos amedrontados, perdidos, sozinhos.
E aí, diante de algo que não sabemos como nem quando vai acabar, fomos obrigados a ajoelhar.
E para ajoelhar, todos nós fomos obrigados a aprender que é necessário sair dos nossos tronos, das nossas bolhas, coberturas, das nossas realidades e aproximar a cabeça do chão, frágeis e despidos.
Quando a gente se abaixou, esbarramos as cabeças uns nos outros e o milagre começou a acontecer. Começamos a perceber que a doença que mata a minha mãe também mata a mãe de quem mora do outro lado do mundo.
Vimos que o mesmo problema que quebra o meu negócio desemprega o meu funcionário mais simples. Passamos a ver a importância de profissões que considerávamos pouco importantes ou dispensáveis.
Constatamos que o medicamento que me falta também faltará para quem mora na favela.
Sentimos que a mesma solidão que se abate sobre mim angustia o outro que tem nome, cor, origem e religião diferentes dos meus.
Despedaçados perante nossos medos mais ocultos, enfim fomos obrigados a admitir aquilo que já sabíamos mas não queríamos aceitar: somos todos iguais. No final das contas, após todo o dinheiro, todo o status, todos os privilégios, encolhemo-nos de medo das mesmas coisas e sentimos uma compaixão comum diante dos números que crescem, seja na Itália, EUA, ou na nossa cidade.
Se antes bastava se cercar no próprio feudo e a guerra não chegaria ali, agora, para funcionar pra mim, precisa funcionar pra todo mundo. Para que eu seja protegido, preciso proteger os outros. A conta do nosso egoísmo chegou, cara e sem desconto.
Mas com o milagre, percebemos que essa conta pode ser paga de outra forma. Dito e repetido, não são hidroxicloroquina ou cloroquina que encerrarão esses tempos obscuros. Já descobrimos a cura e ela se chama amor. Pode parecer piegas, não é mesmo? Mas a verdade é que chegamos no ponto decisivo, na curva da inflexão na qual ou mudamos a maneira de conviver enquanto sociedade ou estaremos sempre à mercê de nosso egoísmo disfarçado de vírus, guerras, crises econômicas ou governantes inescrupulosos.
Para muito além do desespero e caos que estafam a nossa mente, o Brasil que se apresenta agora é o Brasil dos profissionais de saúde exaustos que se revezam para salvar pessoas que nem conhecem. É o Brasil de empresários assumindo prejuízos para não demitir seus funcionários.
É o Brasil de pessoas parando atividades para garantir o bem-estar de outros. É o Brasil dos entregadores, caminhoneiros, garis e caixas de supermercados. É o Brasil de pessoas que doam o pouco que tem para que quem tem menos ainda possa ter algo.
É o país do amor ao próximo e de gente que se preocupa com gente, de forma real e além de discursos vazios e hipócritas.
Esse país de gente solidária, trabalhadora e resiliente pode afinal ser o gigante que acordou, ainda que tantos discursos e personagens irresponsáveis tentem macular nosso foco. A reflexão sobre qual lado da história iremos (e optaremos por) estar nunca foi tão necessária.
Tempos difíceis servem para algumas coisas, entre elas grandes aprendizados e reflexões incômodas. Quando aquela senhora heroína na Bélgica cedeu o equipamento, a afirmação dela pode e deve ser repetida aqui: “guarde para alguém mais jovem”...
E dessa vez, não é sobre o equipamento.
É sobre o legado e a história que estamos construindo nesse momento decisivo. É a hora de abaixarmos as nossas bandeiras ideológicas e substituí-las por empatia, bom-senso e álcool em gel. Fiquemos em casa e ajudemos uns aos outros, irrestritamente.
Construamos, unidos, nesse momento difícil, uma nação melhor e mais solidária, para que possamos deixar, após a crise, um país melhor “guardado para os mais jovens”. É essa a real cura para o temido vírus... 
QUEM ESCREVEU
(*) Pedro Aihara, bombeiro militar, mestre em Direitos Humanos, especialista em Gestão e Prevenção de desastres, professor e palestrante. Atuou em crises como as de Brumadinho, Mariana, Janaúba, entre outras.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones). Com autoria atribuída a Pedro Aihara.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Algumas mentiras verdadeiras que os iludidos acreditam IV


25. POBRE: – Se eu fosse milionário, ajudaria todo o mundo.
26. RECÉM-CASADO: – Até que a morte nos separe.
27. VENDEDOR DE SAPATOS: – Depois alarga no pé.
28. SOGRA: – Em briga de marido e mulher não me meto.
29. VAGABUNDO: – Há três anos que procuro trabalho, mas não encontro.
30. TAXISTA: É bem pertinho!
31. AMIGAS NO final FC FACEBOOK: Linda!
32. MÉDICO DO UPA: É só uma virose
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones). Sem autoria explícita.

Algumas mentiras verdadeiras que os iludidos acreditam III


17. JOGADOR DE FUTEBOL: – Vamos reverter a situação no próximo jogo.
18. LADRÃO: – Isso aqui eu achei na rua.
19. MECÂNICO: – É o carburador.
20. MUAMBEIRO: – Tem garantia de fábrica.
21. NAMORADA: – Pra dizer a verdade, nem beijar eu sei.
22. NAMORADO: – Você foi a única mulher que eu realmente amei.
23. NOIVO: – Casaremos o mais breve possível!
24. ORADOR: – Serei breve. Apenas duas palavras…
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones). Sem autoria explícita.

domingo, 26 de abril de 2020

Saudades de Edyla Maria Porto de Freitas Camelo



Edyla Maria Porto de Freitas Camelo nasceu em Fortaleza em 15 de agosto de 1992.
Em 2010, ingressou no curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC) vindo a concluir em 2015, com a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) “Fisioterapia no tratamento dialítico: uma revisão integrativa”, orientada pela docente Raimunda Hermelinda Maia Macena.
Durante a sua graduação, Edyla Maria foi bolsista da Ação de Extensão "Programa da Saúde - PROSA TEEN" (2011-2012); bolsista de iniciação científica (2014-2015), participando da pesquisa intitulada "Fatores associados à prevalência do HIV e das hepatites B e C na população de agentes penitenciárias que atuam em unidades prisionais femininas no Brasil", tendo como orientadora a professora Raimunda Hermelinda Maia Macena; e monitora do Módulo Indivíduo Cultura e Sociedade e Saúde: Processo e Assistência (2015.1-2015.2).
Em 2012-13, ainda na graduação, integrou o grupo de bolsistas da CAPES, como participante do Programa Ciências sem Fronteiras, pelo qual cumpriu um ano de estudos “Sanduíche” na Universidade de Aveiro, em Portugal, tutorada pela professora Alda Marques, incluindo estágios em Fisioterapia, com ênfase na área musculoesquelética, neurologia e cardiorrespiratória no Hospital Dr. Francisco Zagalo de Ovar e no Centro de Saúde de Ovar.
Em 2015, obteve êxito em disputado processo seletivo, conseguindo vaga no Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva da Universidade Estadual do Ceará (UECE), o que levou à antecipação de sua formatura na UFC, tendo em vista o início das aulas em janeiro de 2016, ano em que realizou com brilhantismo os créditos das disciplinas e estágios do programa. Em 2017, desenvolveu a sua dissertação de mestrado intitulada “Qualidade de sono e independência funcional em pacientes submetidos à hemodiálise”, sob a orientação da Profa. Dra. Paula Frassinetti Castelo Branco Camurça Fernandes, defendida com louvor.
Empenhada em dobrar desafios, cruzou novamente o Atlântico, em 2018, ao ser admitida no Doutorado em Fisioterapia da Universidade do Porto, em Portugal, que dava andamento com o projeto de tese “Alterações renais e musculares na nefrectomia unilateral com treinamento físico em ratos”, tendo por orientador o Prof. Dr. José Alberto Ramos Duarte.
A sua crescente produção científica registrada no Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/1401050375273204 constava das seguintes cifras: artigos completos publicados em periódicos (4), capítulos de livros publicados (5), trabalhos completos publicados em anais de congressos (3), resumos publicados em anais de congressos (6) e apresentações de trabalho (18). Era fluente em espanhol e inglês, condição que a habilitaria a futuras conquistas, além da Península Ibérica.
Estudiosa e determinada em alçar voos de grande autonomia, Edyla Maria Porto parecia ter pressa em galgar as sucessivas etapas de uma formação acadêmica e profissional de sucesso, o que indicava a obtenção do doutorado antes de completar a sua terceira década da vida.
Essa trajetória de vida foi bruscamente interceptada em junho de 2019, quando foi acometida de insidiosa e solerte enfermidade, que enfrentou com denodo e sem perder as esperanças de superação desse mal, dando, inclusive, prosseguimento ao seu doutoramento.
A despeito da oportuna e bem-conduzida assistência médica propiciada pelo Sistema de Saúde português, proporcionando cirurgia, radioterapia e quimioterapia, observando os mais modernos protocolos de atendimento, e não faltando o calor humano dos profissionais de saúde lusitanos, que tanto se desdobraram em seus cuidados, não foi, entretanto, possível vencer as tenazes então incrustadas na sua massa encefálica.
Como lenitivo, pode-se debitar que, no seu último ano de vida terrena, Edyla Maria encontrou a carinhosa acolhida do seu esposo Pedro Vieira Gurgel da Silva, com quem casara há poucos meses, e dos seus sogros José Gurgel Carlos da Silva e Isabel de Fátima Vieira, que largaram seus afazeres no Brasil para se fazerem presentes em momentos excruciantes da vida do jovem casal.
Ela voltou aos braços do Pai, quando contava apenas 27 anos de idade, em 24 de abril de 2020, na cidade do Porto, em Portugal. Contudo, em virtude das restrições viagens, decorrentes da presente pandemia de Covid-19, o seu corpo não foi transladado para Fortaleza, sendo sepultada em uma terra que tanto ela amava e tão bem a recebera.
Fortaleza, 25 de abril de 2020
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Ex-professor de Edyla e tio de Pedro

sábado, 25 de abril de 2020

Algumas mentiras verdadeiras que os iludidos acreditam II


9. DESILUDIDA: – Não quero mais saber de homem.
10. DEVEDOR: – Amanhã, sem falta!
11. ENCANADOR: – É muita pressão que vem da rua.
12. GARÇOM: A demora da comida é porque é tudo feito na hora!
13. FILHA DE 17 ANOS: – Dormi na casa de uma amiga.
14. FILHO DE 18 ANOS: – Antes das onze estarei de volta.
15. GERENTE DE BANCO: – Temos as taxas mais baixas do mercado.
16. INIMIGO DO MORTO: – Era um bom sujeito.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones). Sem autoria explícita.

Algumas mentiras verdadeiras que os iludidos acreditam I


1. ADVOGADO: – Esse processo é causa ganha.
2. AMBULANTE: – Qualquer coisa, volta aqui que a gente troca.
3. ANFITRIÃO: – Já vai? Ainda é cedo!
4. ANIVERSARIANTE: – Presente? Sua presença é mais importante.
5. BÊBADO: – Sei perfeitamente o que estou dizendo e fazendo.
6. CASAL SEM FILHOS: – Visite-nos sempre; adoramos suas crianças.
7. CORRETOR DE IMÓVEIS: – Em seis meses colocarão água, luz e telefone.
8. DENTISTA: – Não vai doer nada.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones). Sem autoria explícita.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

PESAR POR EDYLA MARIA CAMELO


É com imensa consternação que comunico o falecimento na tarde de hoje (24/4/20), na cidade do Porto, em Portugal, da fisioterapeuta Edyla Maria Porto de Freitas Camelo.
Graduada em Fisioterapia pela Universidade Federal do Ceará em 2015, logo ingressou no Mestrado em Saúde Pública do PPSAC da Universidade Estadual do Ceará, concluindo-o em 2016.
Em 2018, foi admitida para cursar o Doutorado em Fisioterapia na Universidade do Porto e já estava trabalhando em sua tese que fora recentemente qualificada, ao tempo em que, com denodo, lutava contra insidiosa enfermidade que a acometera há cerca de um ano.
Edyla Maria era casada com o meu sobrinho Pedro e tinha apenas 27 anos de idade.
Pela condição de familiar e de professor sinto-me duplamente abalado.
Em virtude das restrições viagens, no momento da presente pandemia, o seu corpo não poderá ser transladado para Fortaleza.
Professor Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPSAC-UECE)

AOS VIVOS: "Quando a rã rapar na cuia, bote o pote na biqueira!" ... e outros causos


Quando a rã rapar na cuia, bote o pote na biqueira!
Entre as previsões do tempo baseadas na interpretação de elementos da natureza, as mais "bugas" são as 'péda de sá' de Santa Luzia, a suadeira nos vazios do jumento, o João de Barro com o ninho de janela voltada pro poente. Todas se consumando, espere água muita cair. Tivemo-las, em prenúncio à belíssima quadra chuvosa ainda persistente, pleno mês de maio.
Quando o profeta da chuva prognosticou em 2018 "inverno tinindo de bom" para o ano em curso, poucos se avexaram em botar os potes nas biqueiras, cuidar de aparar água doce do céu, tão desacostumados estávamos com "inverno" dessa categoria. Tantos anos de estiagem e quase ninguém tirou goteira de telhado, comprou guarda-chuva "furnido".
Com todo respeito à "maior empresa privada de previsão do tempo e análises meteorológicas da América Latina", nossos Jacós, Airtons, Gonzagas e Rufinos valem o Climatempo com toda parafernália tecnológica. Ao utilizarem métodos como "a movimentação de animais, a análise de formigueiros e cupinzeiros, além da leitura das flores do mandacaru", fique certo: é dez a zero!
A propósito de movimentação de animais, colocando-se na expectativa chuviscante o "elemento batráquio", a coisa é ainda mais marrumeno. Do papôco. Por "elemento batráquio" entenda as versões do bicho vertebrado que vive tanto em terra como na água: sapo, rã e perereca.
Se no começo de dezembro, ao trafegar em rodagem no interior, você se deparar com um sapo (cururu teitei), pense num aguaceiro brabo, no ano seguinte! A média histórica para o período, de mais de 600 mm, será superada ligeri bala. Para uma previsão mais confiável, atentem ao que diz o sábio Neném Galdino:
- O andar desse cururu deve ser à moda Cristiano Ronaldo em direção ao gol...
A rã sutil
Revisando: cururu teitei cortando estrada qual Cristiano Ronaldo caminhando em busca do gol é praticamente certeza de dilúvio no Ceará. Mas, você pergunta: "E a rã, na presciência popular das chuvas?" De novo ele, Neném Galdino:
- Esse 'inseto' tem poder adivinhatório mais elegante.
- Qual, macho? Fala!
- Quando a perereca rapar na cuia, vem chuva até dizer chega, bom, basta!
"... perereca rapar na cuia", o que é: o coaxar da perereca, na quadra chuvosa, estando em beira de lagoa, bacias sanitárias ou congêneres, lembra o som de colher ao ser arrastada numa cuia. Olhem o arremate do sábio sertanejo:
- Se essa é uma rã de bananeira pacovã, então, chamem Noé!!!
A sexy perereca
Ronaldo e o cururu teitei, a rã e o rapado da cuia. Por fim, a perereca na ocorrência de chuvas no meu Ceará. Neste caso, nada de pedras de sal, de jumento suando os vazios, de ninho de João de Barro. Nada de cupim gordo (da asa grande), de mandacaru começando a florar. No caso da perereca e as chuvaradas, esqueçam a oiticica carregada, o bailado das estrelas, a lua anelada, as nuvens eloquentes.
As profecias de toró, pelas mãos dos anuros arborícolas de pele, prescindem dos pássaros, ninhos, formigas, ventos, orvalho, consistência da bosta da rolinha fogo-pagô. O profeta Neném Galdino conclui, como se fosse pai Abraão:
- Aqui, é tu e o teu xodó, essa Funceme infalível!!!
Fonte: O POVO, de 31/05/2019. Coluna “Crônicas”, de Tarcísio Matos. p.2.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

AS CRIANÇAS E A PANDEMIA DE COVID-19


Por André Luiz Santos Pessoa (*)
Nos últimos meses conhecemos o coronavírus, uma ameaça que não distingue classe social ou etnia. Coronavírus é uma família de vírus que causa infecções respiratórias e intestinais, e tem esse nome porque parece com uma coroa no microscópio eletrônico. Embora causem outras formas de infecções do trato respiratório, o tipo atual requer atenção especial.
Na maioria dos infectados, o quadro se assemelha a um resfriado comum, mas um percentual dos pacientes evolui com gravidade, principalmente em grupos de risco, como idosos ou pessoas com doenças crônicas, mas também tem sido relatado em jovens hígidos. Essa variante chamada Sars-CoV-2, causa a doença Covid-19, que pode causar uma Síndrome respiratória aguda grave (Sars) cursando com insuficiência respiratória e internação. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 81% desenvolveram sintomas leves, 14% sintomas graves e 5% estão em estado crítico. Sua letalidade é de cerca de 4%.
No meio do caos surge uma dúvida importante: quais os riscos e cuidados em relação às crianças? Por se tratar de uma "doença nova" ainda se carece de estudos científicos robustos que produzam evidências científicas que norteiem cuidados, complicações e tratamentos específicos. Até o momento artigos científicos de revisão, produzidos principalmente na China, mostram que os casos pediátricos têm sido menos frequentes e de forma geral menos graves. Esse dado serve de alento, mas não deve motivar uma despreocupação com os cuidados a serem tomados: a) Crianças devem ficar em casa saindo apenas para situações completamente essenciais, como vacinações, exames ou atendimentos médicos. O contato com outras crianças dentro de um condomínio deve ser evitado; b) Lavagem das mãos com água e sabão e/ou uso de álcool a 70%, com assistência de um responsável deve ser constante, principalmente ao tocar em objetos ou pessoas; c) Evitar-se tocar nos olhos, nariz e boca, pois as mãos podem estar contaminadas; d) Calçados usados fora de casa não devem ser usados em casa, roupas usadas fora de casa devem ser lavadas; e) Telefone celular é uma importante fonte de contaminação. Limpe-o periodicamente com álcool isopropílico; f) babás que retornam rotineiramente para os seus lares, devem ser licenciadas de forma remunerada; g) o calendário vacinal deve ser mantido. 
(*) Neurologista Infantil e professor do curso de Medicina da Uece.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 9/04/2020. Opinião. p.11.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

NEM OS MESMOS, NEM COMO OS NOSSOS PAIS


Por Marcelo Alcântara Holanda (*)

Estamos prestes a completar, com relativo êxito, duas semanas de distanciamento (não confundir com isolamento) e união social, seguindo as orientações de governantes estaduais, municipais e do Ministério da Saúde. Uma mobilização histórica contra um gravíssimo problema de saúde pública, a pandemia pelo novo coronavírus.
É hora de sabermos o que é uma economia de guerra, de o coletivo valer mais do que o indivíduo. Hora de a razão ser guiada pela ciência e a técnica, pela arte e a criatividade, superar obscurantismos e o medo. Hora de o Estado assumir o papel de guia, de apontar o norte, ser de fato a mão amiga que protege os mais atingidos, os mais vulneráveis. Sim, já não somos os mesmos e nem vivemos como os nossos pais.
O governo do Ceará, e em particular, a Secretaria Estadual de Saúde e sua vinculada, a Escola de Saúde Pública, têm mobilizado toda a sua capacidade de inteligência, de conhecimentos e de inovação, seus recursos humanos, financeiros e de gestão, sua articulação política e social na construção de uma rede de proteção e preservação da vida. Ações concretas são essenciais para que a sociedade se alinhe, tenha foco e atravesse esse momento difícil. Isso fica claro quando ansiamos pela live diária do governador nas redes sociais, assistimos às análises técnicas da curva epidemiológica pelas autoridades sanitárias, apoiamos as medidas de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), aplaudimos as ações voluntárias.
Numa corrida contra o tempo, um hospital inteiro dedicado a pacientes com a Covid-19 foi aberto em tempo recorde, insumos e ventiladores mecânicos (respiradores) vêm sendo recuperados ou adquiridos, profissionais de saúde recrutados, capacitados e mobilizados, modelos e sistemas de análise desenvolvidos, órgãos e secretarias de Estado mobilizados de forma a atenuar as consequências econômicas e sociais. A sociedade como um todo, do mais humilde ao mais rico, é chamada a participar, e no geral, tem correspondido. Mas sim, o tsunami de casos graves da Covid-19 virá, inevitavelmente, infelizmente. Quantos poderemos salvar? A onda viral encontrará no Brasil e no Ceará um quebra-mar?
Tenho 51 anos. Não lembro de ter vivenciado ou ter ouvido histórias dos meus pais ou avós sobre algo similar ao que passamos. Somos forçados a crescer. Mas também sei que não vivemos propriamente algo novo na História da humanidade. Ainda estudante de Medicina, achei na biblioteca da minha mãe e li A Peste (1947) de Albert Camus. Fiquei marcado pelos personagens, como o Dr. Rieux e seu amigo Tarrou, e a forma como se transformam e se agigantam numa quarentena forçada. A própria existência humana é posta em xeque nas grandes catástrofes. Para aqueles personagens, "no Homem há mais coisas dignas de admiração do que de desprezo". Bom pensamento.
É nossa vez de virarmos gente grande, de nos permitirmos ser o melhor que podemos a partir da beleza do enfrentamento solidário pela vida. É mesmo uma guerra, e ela é nossa.
(*) Médico. Professor da UFC. Superintendente da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 2/04/2020. Opinião. p.13.
 

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