terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

ANEDOTAS DO QUINTINO IV


Quintino Cunha era um notável poeta. Ficou famoso por motivos menos nobres é verdade, mas não menos interessantes. As suas respostas ferinas às provocações, as suas atuações como advogado dos oprimidos e a sua inteligência invejável e invejada, fizeram dele um mito. Muitas histórias surgiram e foram atribuídas ao Quintino. Nem todas são verídicas, mas a maioria tem registro. Aqui estão algumas das mais curiosas e também as suas melhores poesias. Esta seção pretende fazer justiça ao mérito de Quintino como poeta, já que, como repentista, é incontestável. Além disso, visa preencher uma lacuna. Até então, não existia nenhuma alusão ao célebre cearense na internet.
A Paciência do Juiz
Em uma cidade do interior cearense, das muitas pelas quais Quintino andava, um rico e portanto importante morador achava de insultar sempre um pobre e infeliz bêbado muito popular na cidade.
- Bêbado safado! Vagabundo! Corno!
E todo dia era a mesma história. Durante dez anos o pobre homem aguentou as ofensas. Mas um dia a paciência acabou e o bêbado matou o ofensor.
Nenhum advogado queria defender o coitado. Quintino, sabendo do acontecido, logo se apresentou como advogado deste.
No júri, o promotor praticamente liquidou com as chances de defesa do inditoso acusado.
Já o Quintino, iniciou com estas palavras:
- Meritíssimo senhor juiz!
- Meritíssimo senhor juiz!
- Meritíssimo senhor juiz!
Por dez minutos o intrépido advogado repetiu essas palavras dando uma leve batida na mesa. O juiz se impacientou e falou:
- Doutor Quintino, eu não aguento mais, pare com isso e comece logo!
Era só o que o Quintino queria ouvir para arrasar o argumento do promotor.
- Meritíssimo senhor juiz, por apenas dez minutos eu repeti um respeitoso elogio e Vossa Excelência já se impacientou. Imagine então, um homem aguentar, por dez anos seguidos, os maiores insultos, pelo simples motivo de se embriagar...
O acusado foi absolvido por unanimidade.
(Do anedotário popular - Redação: Ceará-moleque)
Advogado bom pra cachorro...
Quintino, na função de advogado, estava em seu escritório quando chega um cliente, e os dois põem-se a discutir.
- Então, Dr. se o cachorro do meu vizinho entra na minha casa e come dois quilos de carne que estavam sobre a pia, eu tenho direito de pedir indenização?
- Claro que sim, meu amigo!
- Então, Dr. passe-me C$20,00, pois o cachorro era o seu!
- Pois não... Mas, antes me dê C$30, 00, pois a consulta custa C$50,00!
Enviada pelo colaborador: Sandro Roberto Veloso de Araújo
Nota: O dinheiro da época de Quintino, provavelmente, era outro.
O Prato de capim
Quintino era um bom aluno. Às vezes, no entanto, tirava notas baixas por causa de sua mania de dar respostas irônicas quando as perguntas do professor eram capciosas, mania esta, de certo professor do ginásio que Quintino frequentava.
Estava Quintino numa sabatina e o professor muito irritado, com as respostas irônicas e fora da matéria, quando entra na sala o bedel e pergunta se o mestre deseja alguma coisa. O Professor diz para o bedel:
- Traga um prato de capim!
Quintino, olha para o bedel e diz:
- Pra mim, apenas um cafezinho!...
(Do anedotário popular - Redação: Ceará-moleque)
Fonte: Internet (circulando por e-mail e sem autoria definida).
Nota: Muitos causos de Quintino Cunha foram contados por seu filho Plautus Cunha, no livro Anedotas do Quintino. 16a Edição. Fortaleza-CE: Editora Ângelo Accetti, 1974.

Ampliação do mês de fevereiro de 2017

 

Fonte: Circulando por e-mail (internet). Foto sem autoria explícita.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Aedes no Carnaval de 2017


Chargista: Clayton.
Fonte: Circulando por e-mail (internet). Publicado originalmente em O Povo, de 25/2/17.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Antes e depois do Carnaval


 

Chargista: não explícito.
Fonte: Circulando por e-mail (internet).

Aluguel de tríplex para o Carnaval de 2017


 Fonte: Circulando por e-mail (internet). Fotomontagem sem autoria explícita.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Recomendações para o Carnaval de 2017


Mensagem sem autoria definida.
Fonte: Circulando por e-mail (internet).

CARNAVAL DO PROFISSIONAL DE SAÚDE

Olha o carnaval do profissional de saúde aí, gente!!!! 

♫Olha a arritmia do Zezé.
Será que foi o café? Será que foi o café?
Olha a arritmia do Zezé.
Será que foi o café? Será que foi o café? 

Será que ele é cardiopata?
Será que ele usa diurético?
A hipocalemia foi confirmada.
Onda U tá lá em cima e a T lá no pé. 

Repõe o potássio dele
Suspende diurético dele
Repõe o potássio dele
Suspende diurético dele♫  

♫Eu mato, eu mato
Quem roubou o meu carimbo
Pra fazer um atestado! (2x) 

Todo plantão
Neste hospital
Querem atestado
Pra pular o carnaval!♫  

♫Oh enfermeira por que estás tão triste?
Mas o que foi que te aconteceu?
Foi a Camélia que caiu do leito
Fez duas paradas e depois morreu
Foi a Camélia que caiu do leito
Fez duas paradas e depois morreu
 

Vem enfermeira
Vem meu amor
Não fique triste
Que este processo é todo meu
Tu és muito mais esperta
Que o plantonista que atendeu♫
(autor desconhecido) 

Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones sem autoria definida).

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

ELE FAZ FALTA


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Nos dias 6 e 12 do corrente mês, lembramos, respectivamente, do centenário de nascimento e do trágico falecimento (24 anos) do Dr. Ulysses Guimarães. A História mostra que o perfil de Ulysses é o perfil do Brasil democrático, das liberdades e da justiça. A integridade pessoal, a coerência política, a coragem cívica, a decisão firme e a obstinada tenacidade na construção de uma Nação maior foram os elementos utilizados para compor, aos olhos dos brasileiros, a figura do gigante que se alteia sobre os outeiros da Pátria. O “Senhor Diretas”, como era chamado, não conseguiu, num primeiro momento, iniciar o processo de redemocratização em razão da rejeição da Emenda Constitucional Dante de Oliveira. Em seguida, numa aliança feita com pessoas dissidentes do regime vigente e coordenadas pelo então vice-presidente da República, Aureliano Chaves, Ulysses foi a liderança principal na eleição de Tancredo Neves. Logo depois presidiu a Assembleia Nacional Constituinte, criando uma nova ordem para o Brasil. Não podemos, pois, deixar de homenagear e lembrar, em virtude de suas ideias e do seu grande sentimento de “brasilidade”, o maior líder do Brasil do início dos anos 50 (século XX) até hoje. Nossos jovens precisam conhecer a verdadeira História contemporânea deste querido País. Por tudo isso, quando observamos e analisamos o momento atual da nossa Pátria, ficamos perplexos com a corrupção financeira e de ideias, com a falta de espírito público, de desprendimento, enfim com a ausência de amor ao Brasil. Sem dúvida, como seria importante se tivéssemos um Ulysses Guimarães. Está fazendo falta!
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 14/10/2016.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Ex-advogada de MT vira "prostituta de luxo" e fala de sexo e poder em Brasília


DA REDAÇÃO / Marcus Mesquita/MidiaNews
A ex-advogada Cláudia M, que chegou a dar aula de Direito Constitucional em uma faculdade de Sorriso (420 Km ao Norte de Cuiabá), antes de se tornar prostituta em Brasília, foi destaque em uma reportagem publicada na coluna Rede Social, do Jornal Folha de S. Paulo, nesta terça-feira (21/02/17).
No ano passado, em entrevista ao MidiaNews, a advogada, que é gaúcha, revelou que tomou a decisão após se frustrar com a profissão e com relacionamentos amorosos fracassados.
Na entrevista à Folha de S. Paulo, ela contou que atualmente atende uma média de dois clientes por dia, cobrando cachê de até R$ 600.

Eu tomei essa decisão depois de sair do magistério, quando fui demitida sem justa causa, por questão de egos nestas instituições particulares

Leia abaixo a reportagem da Folha Online, assinada por Eliane Trindade:
"Em junho do ano passado, Cláudia M, 34, deu entrada no pedido de licença de sua inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Devolveu a carteira de número 63.467, tirada em 2005, no Rio Grande Sul.
A justificativa deve ter entrado para os anais da entidade de classe: tornar-se "acompanhante de luxo".
Para exercer a nova profissão, uma das mais antigas do mundo, a gaúcha de Passo Fundo foi de mala, cuia e laptop para Brasília.
E deixou para trás ainda uma carreira de professora universitária em Mato Grosso.
A mudança radical foi motivada pela demissão da Faculdade de Sorriso, do grupo Unic, onde dava aulas de direito constitucional, sua especialidade, em fevereiro de 2016.
Em 11 de abril, Cláudia iniciava suas atividades como cortesã de luxo na Capital da República e também um blog onde passou a narrar suas aventuras dentro e fora da alcova.
"Eu tomei essa decisão depois de sair do magistério, quando fui demitida sem justa causa, por questão de egos nestas instituições particulares", relata, sem entrar em detalhes.
A faculdade também não dá maiores informações sobre a dispensa, nem comenta a guinada de vida de sua antiga funcionária.
À desilusão profissional se somava outra com os homens. Cláudia foi casada e vinha de uma sucessão de relacionamentos fracassados. "Tanto no casamento quanto nos meus namoros, o sexo era o que havia de mais especial, então resolvi aproveitar só a cereja do bolo."
Na entrevista e nos posts diários em sua página na internet, a cortesã e blogger passa a ideia de estar se lambuzando em um banquete sexual iniciado três meses depois da demissão.
"Seu maior prazer"
Há pouco mais de dez meses, a ex-advogada  fazia o primeiro programa ao preço de R$ 500 a hora, reajustada recentemente para R$ 600.
"Descubra que elegância, beleza, finesse, cultura e inteligência podem coexistir numa única mulher! Cláudia de Marchi, vulgo seu maior prazer!", apresenta-se ela no site.
A acompanhante de luxo diz atender uma média de dois clientes por dia. Uma clientela exclusivamente masculina que, salienta, escolhe a dedo, teclando no WhatsApp do seu smartphone.
"Se o cara fala errado, eu dispenso." Em um post, ela expõe a tentativa de aproximação de um "analfabeto funcional". "Enterecei"?", transcreve ela sobre erro de português em mensagem recebida de um "interessado"
"Caraca, só se eu estivesse na sarjeta com cinco filhos para criar e passando fome eu transaria com um homem que, em plena era da informação, escreve desta forma!"
A gaúcha de 1,69 m ("pornográfica até na altura", brinca), 58 kg, sorriso largo, cabelos tingidos de louro e levemente ondulados, revela suas formas em fotos com e sem lingerie. "E nada de Photoshop, viu?", apressa-se em ressaltar.
Sexo e cultura
Ela se coloca no mercado do sexo pago vendendo o corpo e a bagagem cultural, requisito que diz exigir também dos homens dispostos a pagar o seu preço.
Levando em conta tal requisito, os políticos, clientes mais disputados por garotas de programa em Brasília são até esnobados pela cortesã. "Eu não atendo deputados e senadores. Eles ganham bem, são poderosos, mas não quer dizer que tenham cultura."
Em seu diário virtual, narra um episódio desagradável protagonizado por um poderoso no fim do ano passado.
"Das costas aos braços vergões de tapas: marcas da violência de um cliente embriagado e ciumento que me agrediu em 22/12. Ah, cliente do ramo político, 'coincidentemente'."
A ex-advogada diz que decidiu não processar por agressão o deputado que foi seu cliente assíduo durante uns quatro meses, temendo a cultura que "culpabiliza a vítima". "Deste marginal, eu não quero nem falar o nome. Dele, eu só preciso esquecer que esteve comigo seis vezes anteriormente como lobo em pele de cordeiro."
O caso de violência é um "fato isoladíssimo", diz ela, que bloqueou o parlamentar no WhatsApp.
Cláudia garante que "consegue sobreviver cobrando bem de pessoas bem posicionadas na sociedade, sem precisar ser cortesã de político".
A julgar pelos relatos dos encontros, a admiração tem que se estender à performance sexual de quem paga por horas de prazer ao seu lado, seja em suítes de hotéis de luxo, seja no quarto do apartamento de classe média onde mora com a mãe na Asa Norte, no Plano Piloto.
"Até hoje, não fiz nada de que eu não goste. Não gosto de transar com mulheres, por isso não atendo casais. Faço sexo normal, oral e anal, que adoro. Com um homem, dois, mas homens. O resto, eu dispenso."
A gaúcha assevera que seu perfil, digamos, "impositivo" é a chave do seu sucesso. Ela também atrairia clientes interessados em uma profissional que sente prazer, literalmente, no que faz. "Eu gosto de sexo. Tô nessa pelo meu prazer também. Se não tenho tesão, não rola. Gozo sempre e costumo ter orgasmos múltiplos nos programas pagos."
Ela precisa satisfazer, obviamente, o próprio bolso. Por isso, considera pechinchar no preço um pecado capital. Motivo para o potencial cliente ser bloqueado no WhatsApp sem delongas.
"Sou acompanhante de luxo, não garota de programa. Faço uma distinção em relação ao próprio nível que tenho e valorizo isso."
Garotas de programa 
A necessidade financeira, justificativa para muitas mulheres entrarem no mercado de sexo, é fator de vulnerabilidade, segundo Cláudia. "Tanto a garota de programa quanto a prostituta estão expostas a riscos maiores ao toparem tudo por dinheiro", constata.
No seu caso, a grana sempre importa, mas diz ter um colchão financeiro que lhe permite dizer não. "Quando entrei nessa profissão, eu tinha algumas economias e a grana do meu FGTS. Se um cliente não quer pagar o que cobro por hora, de fome eu não vou morrer."
É a deixa para dar conselhos às jovens que a procuram, como uma brasileira que foi para Miami ser "escort de luxo".
A principal cilada seria o consumismo. "Quando o dinheiro é facilmente aferido e se topa qualquer coisa, psicologicamente a pessoa vai se sentir mal e aí gastar é uma fuga."
Neste caso, costuma indagar o que adianta então ganhar tanto dinheiro e gastar na mesma medida. "É mais digno se tornar uma manicure, uma empregada doméstica."
Para Cláudia, o que a distinguiria da concorrência é "não se deixar subjugar", a menos que faça parte do jogo de sedução. "Muitos clientes me procuram pela curiosidade de transar com essa mulher empoderada." Razão pela qual ela estimula a leitura do site antes de cada encontro. "Faz parte da fantasia."
Alguns clientes pedem à escritora amadora que sonha em publicar um livro e tem um blog de crônicas que os deixem de fora do diário virtual. "Em geral, são aqueles de quem eu fico mais íntima. Daí eu omito as histórias."
Os textos são pródigos em cenas de sexo oral e sessões selvagens de sexo anal, entremeadas por citações literárias e dicas de série de tevê cult.
No perfil de Cláudia no Facebook, emerge também a feminista e a politizada. A cortesã critica a visão de parte do movimento feminista contrária à prostituição, entendida como forma de exploração. "É partir do pressuposto de que a mulher entra nessa obrigada. É o que acontece com menores que são exploradas sexualmente, o que é um crime. Não é o meu caso, que optei por me tornar uma profissional do sexo."
No espectro político, ela se coloca à esquerda. Teve um namorado que foi filiado à Rede Sustentabilidade e posiciona-se contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, que classifica de "golpe parlamentar".
Considera "absurda" a indicação de Alexandre de Moraes a uma vaga no Supremo Tribunal Federal. "Eu lamento um dia ter comprado um livro ele, enquanto estudante de direito."
Comenta também a postura do presidente Michel Temer. "Ele está colocando seu ministro da Justiça, alguém da cúpula do próprio governo, no STF, onde é acusado de crimes por delatores da Lava Jato", critica. "Se Moraes fosse fiel às suas próprias teses, ele não poderia aceitar a indicação."
Indignação seletiva
Na atual crise moral e ética da sociedade brasileira, a cortesã de luxo se diz incomodada com a "indignação seletiva", tanto na política quanto na vida.
"Quando me perguntam o que faço, digo que sou acompanhante de luxo. Sempre vai ter uma dondoca que vai me olhar de cima a baixo indignada."
A indignação costuma passar rápido, segundo ela, pois estas mesmas mulheres costumam autorizar os maridos a contratarem os seus serviços numa tentativa de salvar seus casamentos. "Ou melhor, elas querem salvar a boa vida que teoricamente ganham dos maridos infiéis."
Em posts cotidianos, Cláudia costuma cutucar a hipocrisia com frases de escritores e intelectuais. Nesta seara, tomou emprestado um pensamento de Simone de Beauvoir: "Entre as prostitutas e as que se vendem pelo casamento, a única diferença consiste no preço e na duração do contrato".
Ao expor suas ideias e se assumir sem meias palavras, a cortesã brasiliense se apresenta sem máscara para clientes e seguidores nas redes sociais. "Eu não tenho a menor vergonha de dizer que sou uma profissional do sexo."
Exemplifica com uma ida recente à Delegacia da Mulher para registrar um boletim de ocorrência sobre uso indevido de sua imagem em um site de acompanhantes.
O policial perguntou: "Você se importa se eu colocar prostituta como profissão?". Ela diz ter respondido não se incomodar, nem ter se sentido tentada a dar uma "carteirada" de ex-advogada.
Entabulou um papo com o policial sobre a necessidade de aprovação do Projeto de Lei Gabriela Leite, em tramitação no Congresso Nacional. Trata-se da legislação que propõe a legalização da profissão.
No entanto, a defesa dos direitos das prostitutas não consegue unir sua nova classe, critica a doutora. "Muitas aceitam ser marginais, tanto que se omitem, têm vergonha e ajudam a alimentar o preconceito", conclui a profissional que diz carregar no currículo com o mesmo orgulho os títulos de advogada, professora e cortesã."
Fonte: midianews, 21/02/2017.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

PRÊMIO NOBEL, DE LITERATURA


Pedro Henrique Saraiva Leão (*)
A literatura europeia no século XII teve como expoente os trovadores da Provença, Sul da França (Occitânia ou Aquitânia), na Idade Média. Ali notabilizaram-se os rapsodos (poetas declamadores) como Guilherme de Peitieu, Marcabru, Pierre Carderal, e seu corifeu (destacado) Arnault Daniel, elogiado por Petrarca, e denominado “il miglior fabbro” (“o melhor artífice”) por Dante Alighieri (1265-1321). Esses menestréis (rapsodos) entoavam pessoalmente suas cantorias ou xácaras (narrativas sentimentais), ou assim o faziam os cantores profissionais, os “joglars”, ou jograis. Correspondiam aos “asmatógrafos”, escritores de canções.
Esta palavra, corrente nos séculos XVII e XVIII, vem do grego “asma” = “canção” + “grafos” = grafia, ou escrita. Em latim seria “carmen”. Tais artistas perambulantes tiveram seguidores na Alemanha, os “Minnesangers”; cantadores da “Minne”, o amor sublime. Aludida tendência musical atingiu os EUA – como parte de sua cultura negra – no início da 19ª centúria. A música trovadoresca nasceu para ser cantada. A redescoberta do estro provençal (sua riqueza de criação) ocorreu em versões inglesas de seus vários dialetos, feitas (1908-1910) pelo famoso poeta/inventor norte-americano Ezra (Loomis) Pound (1885-1972).
Este foi “o poeta dos poetas”, por sua marcante influência na literatura do século XX. Sua obra principalfoi “The Cantos” (Ed. Faber And Faber, London, 1998), no Brasil traduzidos por José Lino Grunewald, Ed. Nova Fronteira.
Da poesia provençal, máxime (principalmente) da pena e do alaúde de Guilherme de Petieu (1071) originou-se o cancioneiro galego – português dos séculos XIII e XIV. Nesses salientavam-se as “cantigas d’escarnho e de mal dizer”, e as “cantigas d’Amigo”, consoante o festejado epicrítico literário português Teófilo Braga.
Lido por (alguns) brasileiros é o “Cancioneiro da Ajuda” (1904), da filóloga lusitana Carolina Michaelis de Vasconcelos. Esta submersão no espírito lúdico daqueles tempos primevos nos trouxe à tona a outorga do Prêmio Nobel de Literatura (2016) a Robert Allen Zimmerman, por paronomásia (alcunha) Bob Dylan. Este “Dylan” refere ...( Nota: ficou incompleto)
(*) Professor Emérito da UFC. Titular das Academias Cearense de Letras, de Medicina e de Médicos Escritores.

Fonte: O Povo, 18/01/2017. Opinião, p.11.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

FOLCLORE POLÍTICO XXI


A banana
Na campanha pela prefeitura de São Paulo, em 1985, contra Fernando Henrique, Jânio foi ao bairro de São Miguel Paulista, reduto de nordestinos. Enfrentou uma feijoada, regada a caipirinhas múltiplas. Caiu na cama da casa de um eleitor. Atrasado, às 19h, foi acordado. Em sobressalto, vestiu o terno amarfanhado, pegou uma banana e colocou no bolso. Subiu ao palanque e tascou:
Político brasileiro não se dá o respeito. Eu, não. Desde as 7h da manhã, estou caminhando por este bairro e até agora não comi nada. Então, com licença”.
Sob os aplausos da galera, devorou a banana. Ganhou as eleições. Teve de desinfetar a cadeira onde, momentos antes, se sentara Fernando Henrique.
Fonte: Gaudêncio Torquato (GT marketing comunicação).

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A DOENÇA DA VIOLÊNCIA


Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
Quando o clima de insegurança atinge a sociedade como um todo, a violência transforma-se numa reação corriqueira. Estudos demonstram que gestação que evolui em clima de medo, agressão, desamparo - influi na personalidade do indivíduo. O fortalecimento dos vínculos familiares é a única prevenção da doença da violência.
É muito importante destacar que o desenvolvimento educacional deverá estimular os sentimentos de compaixão, compreensão e solidariedade; maneira essencial de criar uma cultura da não violência. Uma das principais linhas de trabalho consiste em estabelecer "circuitos interativos" visando ampliar o campo da reflexão e de alternativas e de condutas cordiais entre as pessoas. Digo, sem sombra de dúvidas que a cultura do "não violência" tem início dentro da família. Seguem-se alguns exemplos práticos de comportamentos.
- Quando você arranca o brinquedo da mão do seu irmão, ele fica assustado e chora e eu fico muito zangada com você; aí a gente briga e você fica triste, achando que eu gosto mais dele do que de você. Não seria melhor conversar com seu filho ou filha sobre o assunto?
- Sei que você está chateado(a) porque não vou poder sair com você, agora. Acontece que cheguei em casa muito cansada. Mas, em vez de ficar triste, poderíamos combinar outra coisa?
- Fico danado da vida quando encontro sua toalha molhada em cima da cama. Coloque-a no banheiro, por favor, em vez de dizer: - Só um a idiota é capaz de deixar uma toalha molhada em cima da cama!
- Pô, pai, você é careta demais mesmo, não dá pra entender por que eu quero ir a essa festa? Tente negociar uma solução mais satisfatória do tipo "Vamos tentar chegar a um acordo sobre o horário de sair da festa".
Senhores pais, em vez de se preocuparem com ganhar ou perder a discussão, preocupem-se em encontrar uma solução. Resolver o problema sem atacar a pessoa é promover a Educação para a Paz.
Muitos pais batem nos filhos - não só porque não conseguem colocar limites de modo firme, sereno e consistente, mas, sobretudo, porque acham que este é um meio legítimo de impor disciplina. No entanto, quando perguntados se acham que os professores ou a babá poderiam dispor desse recurso para serem obedecidos, ficam indignados e respondem: Claro que não! Portanto, se os pais acham que educadores e empregadas domésticas precisam usar métodos não violentos para colocar limites e estimular o cumprimento das tarefas, por que eles próprios não conseguem fazer o mesmo?
Diversos métodos não violentos de disciplina devem ser pensados, tais como colocar a criança "para pensar", privá-la temporariamente de coisas de que ela gosta ou restringir atividades tais como brincar com amigos ou ver TV ou entrar na Internet. O mais importante é saber que ninguém nasce violento. É preciso construir a mentalidade de que a violência é inaceitável, por parte de todos. A violência é um comportamento "aprendido" no processo socialização.
As linhas de ação para a prevenção e o tratamento da violência começam em casa. Devemos nos lembrar de que o ciclo da violência tende a passar de uma geração a outra: números expressivos dos adultos e adolescentes violentos, foram crianças vítimas de abusos de outros adultos quando crianças...
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).

domingo, 19 de fevereiro de 2017

ESCOLHAS E EXPERIÊNCIAS

 
Chargista: não explícito.
Fonte: Circulando por e-mail (internet).

ENGOMANDO AS ORELHAS


 Fonte: Circulando por e-mail (internet). Fotomontagem sem autoria explícita.

DIÁLOGOS ENTRE MORCEGOS


 Chargista: Angeloholtz?.
Fonte: Circulando por e-mail (internet).

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Astúcia feminina


 Fonte: Circulando por e-mail (internet), sem autoria definida.

Balança feminina

 
Chargista: Lúcio.
Fonte: Krotton/Edibar. Circulando por e-mail (internet).

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Posse da diretoria da Academia Cearense de Letras (Biênio 2017-2018)


Na noite de ontem, 16/02/2017, às 20h, aconteceu a posse da Diretoria da Academia Cearense de Letras (ACL), com mandato no biênio 2017-2018.
O Ac. José Augusto Bezerra, em objetivo e claro discurso, tendo por fio condutor a alegoria de uma viagem de navio, prestou contas de suas profícuas realizações ao cabo de dois mandatos, e passou o comando do timão ao Ac. Ubiratan Diniz de Aguiar, o qual, em ato contínuo, deu posse à toda nova diretoria e proferiu o seu bem construído discurso de posse, deixando entrever o quanto de responsabilidades terá pela frente, como timoneiro do sodalício.
Com a presença de autoridades, incluindo convidados advindos de Brasília, e de um grande público, a Solenidade transcorreu na sede da ACL no Palácio da Luz, recentemente reinaugurado.
Parabéns aos dirigentes recém-empossados na ACL.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina e da Sobrames/CE

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

COMPLEXIDADE


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Em qualquer atividade, seja pública ou privada, o bom senso, a sinceridade e a determinação permitem que as dificuldades e os obstáculos sejam superados. Dentro deste prisma de raciocínio, vivenciamos, há algum tempo, no Brasil momentos complicados envolvendo crises, conflitos e desajustes em vários segmentos, inclusive nos Poderes Constituídos, com consequências danosas, é claro, para a população em geral. Fazendo-se uma analogia com a medicina, podemos dizer que o País se encontra na UTI, precisando de cuidados especiais para levá-lo ao quarto, e depois receber alta. Tudo compatível com uma “posologia” adequada. O desafio não é fácil. Abrange aspectos políticos, econômicos, sociais, éticos e morais. Reconhecemos ser fundamental, de um lado, a redução do desemprego, da inflação, da taxa de juros, dos desníveis de renda, e de outro, melhores níveis de saúde, de educação (cognitiva e comportamental), de segurança, dentre vários pontos. Esse esforço, bem que poderia gerar um “pacto de desambição nacional”, priorizando a justiça, no sentido amplo, e combatendo a ganância, a falta de espírito público e a corrupção. Por sua vez, os formuladores das politicas, além da reação de determinados grupos cartoriais e corporativos, terão que lidar com variáveis exógenas, efeitos colaterais negativos e, muitas vezes, erros de avaliação. Ademais, é importante que as ações sejam eficientes, isto é, evidenciem uma menor relação custo/benefício. Torna-se dispensável, por fim, ressaltar que esse processo de recuperação nacional deva ocorrer de forma democrática e republicana, observando-se a Constituição.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 7/10/2016.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

FRASES E PENSAMENTOS DE MARTIN LUTHER KING II


11 “Nossa eterna mensagem de esperança é que a aurora chegará.”
12 “Se um homem não descobriu algo por que morrer, ele não está preparado para viver.”
13 “O ser humano deve desenvolver, para todos os seus conflitos, um método que rejeite a vingança, a agressão e a retaliação. A base para esse tipo de método é o amor.”
14 “Nunca estarei satisfeito até que a segregação racial desapareça da América.”
15 “O que afeta diretamente uma pessoa, afeta a todos indiretamente.”
16 “Eu tentei ser direto e caminhar ao lado do próximo.”
17 “A greve, no fundo, é a linguagem dos que não são ouvidos.”
18 “Tenho visto demasiado ódio para querer odiar.”
19 “A nossa geração não lamenta tanto os crimes dos perversos quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos.”
20 “Ao final, não nos lembraremos tanto das palavras de nossos inimigos, senão dos silêncios de nossos amigos.”
Fonte: gingaronline.com

FRASES E PENSAMENTOS DE MARTIN LUTHER KING I


1 “Enfrentaremos a força física com a nossa força moral.”
2 “Não permita que ninguém o faça descer tão baixo a ponto de você sentir ódio.”
3 “Quase sempre minorias criativas e dedicadas tornam o mundo melhor.”
4 “Um líder autêntico, em vez de buscar consenso, molda-o.”
5 “Eu tenho um sonho de que um dia meus quatro filhos vivam em uma nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter.”
6 “Mesmo as noites completamente sem estrelas, podem anunciar a aurora de uma grande realização.”
7 “Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos.”
8 “O bom vizinho olha além das circunstâncias externas e distingue aquelas qualidades intrínsecas que fazem de todos os homens seres humanos e, portanto, irmãos.”
9 “Não fiz o melhor, mas fiz tudo para que o melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas não sou o que era antes.”
10 “Sonho com o dia em que a justiça correrá como água e a retidão como um caudaloso rio.”
Fonte: gingaronline.com

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

PESAR POR MIGUEL ANTÔNIO FURTADO ARRUDA



É entristecido que assinalo aqui o falecimento na madrugada de hoje, 14 de fevereiro de 2017, do Dr. MIGUEL ANTÔNIO FURTADO ARRUDA, irmão das amigas e colegas Ana Margarida Rosemberg e Clêide Arruda, integrante de tradicional família Arruda da serrana Baturité.
Miguel era formado em Direito pela UFC. Era advogado atuante como profissional liberal.
O corpo de Miguel Arruda está sendo velado na funerária Ternura (Rua Padre Valdevino, Aldeota). A missa de corpo presente será celebrada às 15 horas de hoje (14/02/17) e o cortejo fúnebre sairá em seguida para o sepultamento no Cemitério São João Batista, marcado para às 16h.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Amigo da família Furtado Arruda

A NOIVA


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Eis um causo de amor e dor. Jacinta, moça prendada e estudiosa, era admirada por José, rapaz dotado de bom caráter, trabalhador, porém não possuía recursos financeiros. O pai da donzela queria que a filha namorasse Ricardo, jovem arrogante e filho de um rico empresário; não tinha boas intenções. Jacinta, sem desejar magoar o seu grosseiro genitor, e ouvindo as ponderações pacificadoras da mãe, cedeu e, sem esquecer José, passou a namorar o vaidoso jovem rico. José, humildemente, recolheu-se pensando que tinha caído no esquecimento da triste moça. Por sua vez, o interesseiro pai propôs o noivado da filha com Ricardo. Este concordou e marcou para o final do ano, cerca de seis meses, o enlace matrimonial. “Seu” Chico, orgulhoso, vendeu uma pequena propriedade rural para custear a festa de casamento, o enxoval e a confecção do vestido da noiva. Passaram-se os dias. Jacinta, apesar de gostar de José, mantinha-se fiel a Ricardo aguardando o dia do casamento. Vivendo às custas do pai, o “rabo de burro” (expressão usada no Ceará há aproximadamente 60 anos) era assíduo frequentador dos prostíbulos da cidade, explorando infelizes mulheres, e também um contumaz alcoólatra. Certo dia, antes do matrimônio, apareceram na casa do “Seu” Chico duas mulheres levando documentos mostrando que Ricardo era bígamo. O velho tomou um susto, teve um infarto, não resistiu e morreu. Jacinta e sua mãe denunciaram Ricardo. Apesar do dinheiro, foi julgado, condenado e preso. José reaproximou-se de Jacinta e, com amor, conforme as Leis de Deus e dos homens contraíram núpcias. A vida, às vezes, é assim.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 30/9/2016.
 

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