segunda-feira, 31 de julho de 2017

COMPOSIÇÕES POÉTICAS DE QUINTINO CUNHA II


Entre Nuvens 
Por Quintino Cunha 

Ameaça chuva. O pássaro na rama
Vem de ocultar-se. Agora permanece
A sombra do covil. Tudo parece
Triste como a saudade de quem se ama 

Enquanto o Céu apenas se recama
De nuvens, não; mas, quando se incandesce
De um relampear profundo, a chuva desce,
Por fina força a chuva se derrama. 

Em nós outros também o tempestivo
Amor é assim como este quadro vivo,
Que, há pouco, a natureza dominava. 

Falo por mim, tirando por Maria;
Pois, quando na minh'alma relampeava,
Nos seus olhos, tristíssimos chovia! 

Aracoiaba  
Por Quintino Cunha 

Grande pedra partida, altaneira,
Bem ao meio, por onde fugindo
Porção d'água da fresta, saindo
Cai n'areia, fazendo a cachoeira. 

Logo ao lado, ingazeira sombria,
Onde se ouve cantar passarinhos,
Uns por fora, outros dentro dos ninhos,
Na mais doce e morosa harmonia. 

Lindo poço ao depois que, escalvado,
Sussurrante com força represa,
E, na mais natural singeleza,
Vê-se o rio de novo formado. 

E, ao lado daquela ingazeira,
Sobre a pedra que eu disse ind'agora,
Pressurosa, sutil lavadeira
Lava a roupa de Nossa Senhora. 

Realismo
Por Quintino Cunha 

O líquido tesouro do alto desce,
Avigorando as plantas de cultivo;
Sertões e serras são banhados desse
Recurso precursor e lucrativo. 

O ânimo alegre nesse quadro vivo,
Ao mais fácil dos seres fortalece,
Embora o espesso matagal nocivo,
Venha entravar a marcha do que cresce. 

Centenas de homens do Brasil moderno,
Serena turma de aproveitadores,
Lembram plantas daninhas pelo inverno. 

Homens cujo ideal não tem raízes,
Mas que vivem, vivendo entre os valores,
Inúteis, vigorosos e felizes...  

Fonte: Ceará Moleque.

domingo, 30 de julho de 2017

AMIGAS NO BAR


Duas amigas estão no bar, quando uma delas fala:
- Está vendo aquelas duas velhas bebendo na outra mesa?
- Estou, por quê?
- Daqui a uns vinte anos estaremos assim.
A outra olhou e disse:
- Maria, sua louca, é melhor você parar de beber. Aquilo é um espelho, porra!!!
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones sem autoria definida).

Notas de Esclarecimento: Sto. Antônio x São Judas Tadeu


Comunicado de Sto. Antônio.
Prezadas Fiéis, devido ao grande número de encalhadas e de solteiras no mercado, fica impossível atender a todas. Lembro a vocês que sou um Santo Casamenteiro, pois o Santo das Causas Perdidas e Desesperadas é São Judas Tadeu . A todos que estão me deixando de cabeça para baixo no copo d'água, aviso que não vai adiantar nada, pois tenho curso intensivo de mergulho!
Agradeço a compreensão,
Santo Antônio 

Resposta de S. J. Tadeu à Sto. Antônio.
Querido Antônio:
Você tá de sacanagem comigo, né meu irmão??! 
Sei que tá com muito trabalho nesta semana por causa do seu niver; mas mandar esse bando de tribufu e encalhadas pra mim, já é muita falta de respeito e consideração, né mano!?
Encaminha essas "Suas Amigas Desesperadas" pro JORGE, pois, quem tem habilidade pra lidar com Dragão é Ele!!
Fica na Fé!
São J. Tadeu 
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones sem autoria definida).

sábado, 29 de julho de 2017

FRASES E PENSAMENTOS DE SAINT EXUPERY II


10 “O que conduz o mundo é o espírito e não a inteligência.”
11 “Foi o tempo que perdi com a minha rosa que a fez tão importante.”
12 “Ser homem é ser responsável. É sentir que colabora na construção do mundo.”
13 “Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo.”
14 “O escravo constrói o seu orgulho em função do ardor do patrão.”
15 “Na vida, não existem soluções. Existem forças em marcha: é preciso criá-las e, então, a elas seguem-se as soluções.”
16 “A grandeza de uma profissão é talvez, antes de tudo, unir os homens: não há senão um verdadeiro luxo e esse é o das relações humanas.”
17 “É o mesmo sol que derrete a cera e seca a argila.”
18 “Há vitórias que exaltam, outras que corrompem; derrotas que matam, outras que despertam.”
Fonte: gingaronline.com

FRASES E PENSAMENTOS DE SAINT EXUPERY I


1 “O que nos salva é dar um passo e outro ainda.”
2 “O progresso do homem não é mais do que uma descoberta gradual de que as suas perguntas não têm significado.”
3 “Amem quem vos comanda. Mas sem lhes dizer.”
4“Ao reencontrar os amigos, todos nós já provamos o encanto das más lembranças.”
5 “É o espírito que conduz o mundo e não a inteligência.”
6 “Se a vida não tem preço, nós comportamo-nos sempre como se alguma coisa ultrapassasse, em valor, a vida humana… Mas o quê?”
7 “A verdade não é, de modo algum, aquilo que se demonstra, mas aquilo que se simplifica.”
8 “Sacrifício não significa nem amputação nem penitência. Ele é uma oferta de nós próprios ao Ser a que recorremos.”
9 “Também somos ricos das nossas misérias.”
Fonte: gingaronline.com

sexta-feira, 28 de julho de 2017

RESPONSABILIDADE DA GERAÇÃO PASSADA


Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
Texto de um Facebook(*)
“Essa semana uma amiga passou mal, foi levada a emergência e enquanto tava sendo medicada não parava de pensar nos textos que precisava ler e no quanto não podia adoecer simplesmente pq precisava se esgotar entre mestrado, graduação e estágio. Tem uns dois semestres que eu venho inventando força do além pra não surtar, não enlouquecer enquanto luto contra a depressão trabalhando dez horas por dia, fazendo graduação e me preparando pra uma pós. Todo semestre alunos trancam cursos pq ou priorizam sua saúde mental e abandonam o curso ou se matam. Todo fim de semestre estudantes universitários movimentam o mercado de remédios controlados pra ficarem acesos pras provas. Todos fins de semestres alunos têm crises e mais crises de ansiedade, depressão e pânico por precisar da conta de uma rotina enlouquecedora de provas e afins. Mais da metade dos meus amigos da faculdade desenvolveram algum transtorno psíquico durante o curso. O TCC e o exame da ordem adoecem e enlouquece mais da metade dos alunos de direito.
Hoje, um rapaz no meio de ataque psíquico ameaçou explodir com bombas (que depois foi comprovado que não era nada mais que balas de gengibre) o local onde iria ser realizada a prova da OAB. Hoje algumas centenas de pessoas passaram pelo pior dia das suas vidas, acharam que morreriam, tiveram crise de pânico e desespero.
Hoje quem surtou foi o tal “homem bomba”. Mas, hoje poderia ser qualquer um estudante universitário que se vê sobrecarregado com dinâmicas e pressões mil sobre o presente e sobre a necessidade de ter respostas e soluções mágicas do futuro. Más, amanhã quando a poeira baixar o sistema de educação universitária vai continuar surtando e adoecendo tantos alunos. Já passou da hora de reavaliar os métodos educacionais atuais".
(*) Post editado por faltar certeza sobre as causas do suicídio do colega e enviado por um pai de uma jovem.
*****
Não estou aqui desejando fazer autobiografia sobre a minha experiência pretérita de Pediatra ou Psicoterapeuta de Jovem, porém acredito ser pertinente este artigo que acabei de escrever.
Qual a responsabilidade das pessoas de gerações anteriores, ainda vivas?
A pergunta refere-se ao encargo que cada um tem com relação ao mundo que deixa para a posteridade. Ou se continuaremos, depois de partir, a influenciar as pessoas pelas quais fomos responsáveis.
O conhecimento que passamos aos que ficam, a impressão do formato das ideias que transmitimos, na intenção de fazer com que os fulanos permaneçam comprometidos são a nossa responsabilidade para com um mundo pelo qual não somos mais responsáveis. Independentemente de crermos ou não na vida após a morte.
A geração atual passou pela infância, adolescência e entrou na idade adulta habitando um planeta digital e nós, que desconhecíamos esse planeta, não tínhamos nada para comparar seus méritos ou vícios com os avanços tecnológicos.
O meu GPS não estava pronto e aprendi a viver com ele. Como a linguagem da informática não foi minha língua materna, falo com sotaque, mas me comunico. Se os jovens não forem alertados a tempo, a quantidade absurda de informação poderá tornar-se muito perigosa para a soberania pública. É bom lembrar que temos ainda a esperança de que, em certo momento, uma probabilidade fundamentada na facilidade digital nos permita alcançar algo que possa pôr fim às excentricidades e futilidade deste contemporâneo cibernético…
O mundo só pode andar pra frente. Não valeria a pena chegar aos setenta, agora aos mais de oitenta anos, se toda a sabedoria do mundo fosse tolice acumulada. Aprendi como médico psicoterapeuta não negar a ninguém a religião, se nada melhor existe para pôr no seu lugar. De qualquer maneira, nós somos o que fazemos. O que não se faz não existe. Portanto, só existimos quando fazemos. Nos dias que não fazemos, apenas duramos e então, perdemos a razão de viver.
A responsabilidade do idoso (não confundir com velho) é, enquanto possível, tentar instruir, educar, exemplificar, a partir de nossa vivência, os que irão prosseguir na jornada e nunca ‘dizer no meu tempo’, pois o tempo é o mesmo enquanto vivo formos velhos, moços ou crianças. Enquanto vivos, temos essa obrigação. No entanto, existem três tipos de pessoas cuja vida não merece este nome: as de coração mole, as de coração duro e as de coração pesado.
Concluo dizendo que cada geração trabalha pelos seus cômodos e felicidades e desconhece que na verdade vive para as gerações seguintes. A vida responsável não termina quando se morre. Lembro uma coisa: o tempo da vida é o tempo da memória. E tem mais, às pessoas respeitam quem se respeita a si mesmo. Jamais devemos perder a capacidade de nos indignar.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES). Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).

quinta-feira, 27 de julho de 2017

ESTADO DEMOCRÁTICO

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Podemos dizer que democracia é um governo onde o povo exerce a soberania, estando comprometido com a liberdade e a justiça social. As manifestações democráticas não devem ser eventuais, mas permanentes. Assim, democracia não significa apenas votar no dia das eleições. Trata-se, na verdade, de um sistema bem mais amplo, em que a participação popular, a recusa ao fanatismo, a defesa das minorias e da pluralidade, a não concordância com a busca do poder pelo poder, a não utilização de práticas fisiológicas, bem como o respeito aos dispositivos constitucionais são atitudes básicas para o sucesso do processo democrático. As condutas mencionadas permitirão que alcancemos uma verdadeira democracia representativa, consolidada e permanente, e não uma democracia de resultados, fraca e efêmera, longe de princípios morais e próxima da corrupção e do falso pragmatismo. O Estado Democrático de Direito será perfeito, caso os governantes e governados assumam comportamentos compatíveis com a solidariedade e o interesse público. “É necessário demonstrar ao povo que através do regime democrático se pode governar com visão”, segundo disse Oswaldo Aranha. Por sua vez, as democracias de resultados, expressão que imaginamos para denunciar as atitudes dos pseudo-democratas, não comprometidos com a melhoria da qualidade de vida das populações, representam a marca dos Estados totalitários. Por fim, vale lembrar pensamento do ex-presidente Juscelino Kubitschek: “Somos um povo, isto é, um conjunto de cidadãos ligado não apenas por interesses materiais, mas por valores éticos e espirituais”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 17/3/2017.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

DIA DOS AVÓS


Chargista: Ilegível.
Fonte: Circulando por e-mail (internet) e i-phones. Autoria desconhecida.

GUARAFOG

Pedro Henrique Saraiva Leão (*)

Há mais de uma vintena de anos, há um lugar, pras bandas da serra, em Guaramiranga onde amiúde recarrego minhas baterias intelectuais e mesmo espirituais: o sítio “Manamô”. Ali, em sossego leio/releio algumas páginas, com as lentes do presente, e ouço de novo aquelas músicas, com os ouvidos de hoje. Lá estivemos, proximamente por quatro dias, e revimos vários amigos, em meio a obras de arte, alguns a nos sorrir. Sozinho, pude dedicar-me a mim.
Vencendo algum cheiro a mofo em livros idosos, reli alguns excertos (trechos) do poeta romano (Publius) Ovidius (Naso) – 43 a.C. / 17 a.D. – na sua “Ars amatoria” / “Liebeskunst”, pois em edição bilíngue alemã (Reclam, Stuttgart, 1992). Recordamos passagens imorredouras da “Crestomatia”, (= estudo das coisas úteis), de Radagásio Taborda, e da “Antologia Nacional”, de Fausto Barreto e Carlos Laet. Vagamos por alguns sonetos de Shakespeare, Camões e Manuel Bandeira; revisitamos um conto de Moreira Campos, e conhecemos alguns do norte-americano Ray Bradbury, autor de “Fahrenheit 451”. Chovia, de mansinho, regando-me os pensamentos.
Como contraponto ao gorjeio dos pássaros, reproduzi o concerto para violino em ré maior (Op.35) de Tchaikovsky, consoante alguns devotos, um dos melhores do século XIX, cotado entre os mais respeitados da literatura musical russa. Conclamei outros em ré para violino (Op.77) de Brahms, e de Stravinsky (+1971), este executado por Isaac Stern (nosso conhecido do Theatro José de Alencar) cujo autógrafo guardamos, desde 1958, como de outros artistas primaciais (eminentes) que por aqui aportavam. Soaram a Suíte no 2 de Bach, o Adágio do Quarteto (Op.111) de Beethoven, Mozart, o (Op.16), de Grieg, a serenata para cordas (Op.22) de Dvorák, escolhidos Vivaldis, as sinfonias II e IV de Mahler, e “A igreja majestosa”, do nosso maestro Wagner Tiso.
Compositores menos evidentes fizeram-se ouvir: os tchecos Bohuslov Martinu (+1959) e Alois Hába (+1973); Paul Hindemith, Arvo Part (+1935), Johan (Jean) Sibelius (+1957), Benjamin Britten, inglês (+1976), os ianques Charles Ives (+1954), e Philip Glass (+1937), e dois portugueses desconhecidos no Brasil: Freitas Branco (+1955), e Joly Braga Santos (+1988). Do século XVII deleitei-me com John Dowland, William Boyd, Orlando Gibbons, e das duas centúrias seguintes com Froberger, George Muffat (+1704) e Haydn, na sua comovente “Die Seiben Letzen Worte unseres Erlösers Am Kreuze”.
A memória pode estar me traindo agora. Contudo, lembro-me de George Gerschwin, na arrebatedora “Rapsódia Azul”, regida por André Previn. A noite caíra, e ao longo de gotas homeopáticas do velho Parr, outras estrelas brilharam, ruminando recordações: Marian Anderson (negro spiritual), Sammy Davis Jr, Keith Jarret (“The Köln Concert”), Frank Sinatra, Chico Buarque (ou quem compôs pra ele!), Dave Brubeck com Paul Desmond, Star Getz (tocando “Misty”, de Errol Garner, e “Ligia”, de Tom Jobim) Maria Bethânia, o conjunto “Ink Spots”, “plus” Gonzaguinha. Ao dia seguinte, fazia 19°C em Guaramiranga, sob aquele nevoeiro (“fog”, em inglês) a cavalgar os morros, aquele guarafog. Voltamos.
(*) Professor Emérito da UFC. Titular das Academias Cearense de Letras, de Medicina e de Médicos Escritores.
Fonte: O Povo, 14/06/2017. Opinião, p.14.

terça-feira, 25 de julho de 2017

QUE LIVRO EU ESQUECERIA EM UM BANCO NA PRAÇA?

Por Vasco Arruda (*)
Encontrava-me absorto em minhas leituras quando Naza assomou à porta interpelando-me com um comentário expresso em tom de gracejo: “Este desprendimento eu quero ver você ter, o desapego literário”. Surpreso, indaguei do que se tratava. Tendo em mãos o celular, leu a mensagem que nossa amiga Nágila Angelim acabara de me enviar pelo WhatsApp:
Esqueça um livro. 25 de julho: Dia do esqueça um livro e espalhe conhecimento. Pratique o desapego literário.
Vamos esquecer livros em diversos locais. Deixe no restaurante, no ponto de ônibus, em um banco na praça. A iniciativa faz parte de um projeto de incentivo à leitura e compartilhamento de conhecimento.
Participe dessa campanha e compartilhe essa ideia com outras pessoas”.
Achei a ideia genial. Já pensaram se, de repente, cada leitor que tem em casa alguns livros se dispusesse a esquecer pelo menos um num dos lugares sugeridos, quantos novos leitores poderiam advir deste simples e desprendido gesto? Vejo na proposta duas possibilidades de prazer igualmente atraentes: o de quem esquece o livro, por proporcionar a alguém a possibilidade de acesso a um livro que, de outra forma, talvez nunca lhe chegasse às mãos; e o daquele que, de posse do livro, se sentirá presenteado por um anônimo que não tem a mínima ideia de quem se trata. Algo assim como uma espécie de intercâmbio amoroso entre dois anônimos que interagem por meio deste objeto maravilhoso e encantador.
Disposto a aceitar o desafio que me fora proposto, num estado de muita excitação, comecei a matutar sobre que livro eu escolheria para o ato. Lombadas e capas começaram a desfilar pela minha mente, numa barafunda de obras e autores. De repente, me lembrei de um que, pelo título e pelo conteúdo, provavelmente seja o mais indicado.
Nele está escrito, logo no início: “A virtude paradoxal da leitura é de nos abstrair do mundo para nele encontrar algum sentido, diz Pennac. (...): “Se hoje o mundo nos mostra mais incertezas que esperanças, não será a paixão pelos livros uma forma de reafirmar os valores do homem que jamais serão abalados pela política e pela guerra? (...) Por meio dos textos reunidos neste livro os editores desejam contribuir para que o amor pelos livros seja disseminado em nosso país que ainda precisa conquistar para seu povo o acesso ao livro. Queremos contagiar o maior número possível de pessoas, ou, no dizer de José Mindlin, inoculá-las com essa loucura mansa.
Eia, pois, para o meu gesto de desapego literário já tenho o livro perfeito, que tem como sugestivo título “A paixão pelos livros” (organização Júlio Silveira e Martha Ribas. – Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2004). Dia 25 irei deixá-lo em um banco da praça, certo de que estarei contribuindo para que, ao folhear suas páginas, um anônimo transeunte seja contaminado pelo vírus da paixão pela leitura.  
(*) Psicólogo.
Fonte: O Povo, de 8/7/2017. Opinião. p.11.

ELSIE STUDART: quatro anos de sua partida


A data de hoje, o Dia do Escritor, marca os quatro anos da partida deste mundo terreno da Profa. ELSIE STUDART GURGEL DE OLIVEIRA, acontecida em Fortaleza, em 25/07/2013.
No transcurso desses quatro anos, como demonstração de amizade e de apreço, temos buscado manter viva a sua memória, por intermédio de: homenagens especiais, publicação de artigos sobre ela e lançamentos de suas obras literárias póstumas.
Em 18 de abril de 2017, na Academia Cearense de Letras, a Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, Coordenadoria do Ceará (AJEB-CE), lançou o Volume 9 de Policromias, livro que traz a participação de dezenas de autores, tendo por temática o perfil literário das grandes escritoras do Ceará. Participei dessa coletânea com a extensa biografia da Profa. Elsie Studart.
Isso tem concorrido, também, para diminuir a saudade que nos acompanha desde então.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Amigo da família Studart Gurgel

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Palestra da ACEMES: “Mitologia Grega”


O Presidente da Academia Cearense de Médicos Escritores (ACEMES), o médico e professor José Maria Chaves, convida para a Palestra “Mitologia Grega”, a ser proferida pelo professor e escritor José Alves, ilustre acadêmico da ACEMES e sócio da Sobrames/CE.
Data: 24 de julho de 2017 (segunda-feira).
Horário: 19h30min.
Local: Auditório da Clínica do Obeso – Avenida Antônio Sales, 1.540, em frente ao Carrefour, em Fortaleza-CE.
Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro da Sobrames-CE e da ACEMES

domingo, 23 de julho de 2017

FAZENDO A ESPOSA COMPRAR CERVEJA


Esposa: - Vou ao supermercado. Precisa de alguma coisa?
Esposo: - Preciso. Preciso dar sentido à minha vida, definir um propósito pra minha existência. Busco a certeza de uma conquista que dê à minha alma a plenitude que ela necessita. Quero estar em unidade com o Todo, descobrir a espiritualidade inerente à minha condição humana, devo alcançar a transcendência....
Esposa: - Tá, tá... Brahma ou Skol?
Esposo: - Brahma.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones sem autoria definida).

DIÁLOGOS ENTRE NAMORADOS


Namorada: - Oi amor!
Namorado: - Oi, minha linda! Já escolheu teu presente?
Namorada: - Já sim! Você podia me dar um telefone novo...
Namorado: - Ué... Mas e o outro?
Namorada: - O outro disse que vai me dar uma blusa...
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones sem autoria definida).

sábado, 22 de julho de 2017

CONVITE: Celebração Eucarística da SMSL - Julho/2017

A Diretoria da SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS (SMSL) convida a todos para participarem da Celebração Eucarística do mês de JULHO/2017, que será realizada HOJE (22/07/2017), às 18h30min, na Igreja de N. Sra. das Graças, do Hospital Geral do Exército, situado na Av. Des. Moreira, 1.500 – Aldeota, Fortaleza-CE.
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!
MUITO OBRIGADO!

Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sociedade Médica São Lucas

MEU SAUDOSO BAIRRO OTÁVIO BONFIM


Vista aérea da igreja do bairro Otávio Bonfim (Foto de Evilázio Bezerra)
Por Tarcísio Passos (*)
O que caracterizava e dava vida ao meu bairro de Otávio Bonfim era sem dúvida a igreja de Nossa Senhora das Dores. A igreja era o centro do bairro, onde tínhamos todas as diversões. Ao lado havia um cinema.
Os filmes eram controlados em suas cenas de beijos. As cenas cortadas eram logo notadas pelos espectadores jovens, que gritavam: “olha o roubo!”. O nome era Cine Familiar. Também havia as festas da igreja com suas quermesses, com os partidos azul e vermelho. Havia a rainha para cada partido. A igreja era como a segunda casa de todos, que vivia sempre lotada de fieis rezando o terço. Naquela época no bairro não havia gente rica. Logicamente, havia uns com melhores condições do que outros. Não havia carrões. Até o principal dono da Siqueira Gurgel, sr. Eduardo Gurgel não era considerado, como hoje, um empresário rico. Mas um batalhador dentro da indústria que empregava cerca de 500 funcionários.
Além da Siqueira Gurgel, havia os pequenos comerciantes com suas lojas tecidos. Uma do sr. Arthur e a outra, do sr. Ramos. E os amigos bodegueiros, com lembrança do sr. Crispim, na rua Justiniano de Serpa, que estava sempre cheia, tinha até lenha para o fogão. Não existia ainda gás butano, que veio aparecer lá para 1957.
Naquela época saudosa e harmoniosa, a maior coragem era enfrentar o namoro. As meninas eram vigiadas pelos pais e muito presas. Mas quando não havia oportunidade, o jeitinho era o roubo da menina, através de um bilhete. Era um Deus nos acuda a procura desta menina fujona! Era o jeito. Mas, quando se casavam, iam até o final da vida, porque naquela época não havia separação e nem desquite. Saudoso Otávio Bonfim harmonioso! O passado é uma colheita de lembranças.
(*) Advogado. Ex-morador do Otávio Bonfim, vizinho de minha avó materna.
Fonte: O Povo, de 19/07/2017. Jornal do Leitor. p.11.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Defesa de Memorial para Professor Titular da Economia da UFC de Américo Moreira


Flagrante da Comissão Especial Julgadora, logo após a defesa do Memorial do estatístico de formação, e economista por devoção, CARLOS AMÉRICO LEITE MOREIRA. O Prof. Carlos Américo Moreira está ladeado pelo professor Marcelo Marques, à direita, e por Profs. Assuéro Ferreira, Fernando Pires e Marcelo Gurgel, à esquerda. (Foto cedida por Daniele Viana).
Aconteceu na manhã de quinta-feira (20/07/17), na Universidade Federal do Ceará, a Defesa de Memorial, seguida da avaliação de desempenho, para a promoção funcional da classe de professor associado 4 para Professor Titular do Departamento de Teoria Econômica, da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade da UFC.
A Comissão Especial Julgadora, composta pelos Profs. Drs. Fernando José Pires de Souza, Assuéro Ferreira, Marcelo Santos Marques e Marcelo Gurgel Carlos da Silva, aprovou o Memorial apresentado pelo professor doutor CARLOS AMÉRICO LEITE MOREIRA.
Parabéns ao Carlos Américo Moreira, por atingir o ápice da carreira acadêmica, lastreado em uma trajetória de vida firmada por realizações pessoais e profissionais, que bem assinalam a sua dedicação universitária.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor do PPSAC-UECE

quinta-feira, 20 de julho de 2017

O MAIS IMPORTANTE É A ECONOMIA!


Por Affonso Taboza (*)
Temer tem lá seus erros, mas que prestou um grande serviço ao País ajudando a destronar o PT, isso ninguém pode negar. Que destruiu grande parte da estrutura e dos esquemas da esquerda radical e de seus aproveitadores, isso também é fato. Que por isso é odiado por petistas e afins que perderam “boquinhas”, só não vê quem não quer.
Que interrompeu a desordem geral do desgoverno Dilma e fez voltar um fio de confiança no País, melhorando a economia, só cegos não veem.
Que nos deu fundadas esperanças de chegarmos a 2018 com boa arrumação na casa, isso também é fato. Que forças poderosas da imprensa, em coro com a esquerda, se empenham em detonar seu governo, é muito claro. Que a direita ajuda a desestabilizar o País quando apoia e reforça a ação da esquerda contra Temer, só os desinformados não sentem.
“Ah, mas ele roubou”! Ora, o País está cheio de ladrões de todos os matizes e quilates. Acontece que ele é o piloto de frágil navio em alto-mar, no meio de terrível borrasca. Deixem que ele chegue ao porto. Que seja, então, julgado e punido se for o caso. Jogá-lo ao mar agora e procurar outro em plena tempestade não me parece de bom alvitre.
Estamos numa situação ingrata, em que cabe a pergunta: o que é menos ruim para o País, a permanência de Temer ou sua saída? Ora, se ele ficar, a oposição, ajudada pelos inocentes úteis radicais e por políticos hipócritas da direita, vai infernizar sua vida, dificultando a gestão; se sair, isso acontecerá após um processo traumático no STF, enquanto o País, perplexo, parado, assistirá ao show de discursos bombásticos, prolixos, superadjetivados e intermináveis dos senhores ministros, arrotando sabedoria jurídica em suas togas sinistras; e depois, o vendaval – respeite o vendaval! – da eleição do presidente-tampão. Aí já estaremos, chamuscados, exaustos, a um passo da eleição de 2018. Poucos meses terá o presidente-tampão para compor seu ministério e fazer planos de governo, porque para governar não lhe sobrará tempo. E tudo num ambiente de perplexidade, economia arrasada e campanha eleitoral apaixonada.
Vamos jogar no lixo, por pura paixão e radicalismo, um ano e meio que poderia ser de trabalho profícuo? “Ah, mas o cara roubou!”. Ora... Dá vontade de parafrasear Bill Clinton e gritar aos políticos interesseiros e aos inocentes úteis desinformados: o mais importante é a economia! O resto vem depois!
Não votei em Temer e nunca votaria, mas torço por sua permanência.
Acho que o dano será infinitamente menor. Mas quem poderia responder melhor essa questão seriam os 14 milhões de desempregados e os milhares de empresários que tiveram de cerrar suas portas.
(*) Coronel engenheiro reformado do Exército Brasileiro e membro do Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico do Ceará.
Fonte: O Povo, de 10/7/2017. Opinião. p.17.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

SAÚDE E DIREITOS HUMANOS


Por José Jackson Coelho Sampaio (*)
Em 1986, logo após o encerramento formal do ciclo 1964-1985 da Ditadura Civil-Militar, a 8ª Conferência Nacional de Saúde concebeu e desenhou, para o Brasil, o SUS, incorporando princípios como o da necessidade de oferecer atenção e cuidado a todos os habitantes do território nacional, sobretudo apresentou a saúde como um direito, não favor ou mercadoria.

Se a história ocidental construiu a ideia de direito, também a categorizou em humano, social e político. A condição para o exercício dos direitos políticos tem a ver com produção/distribuição de poder, como votar e ser votado, em nação específica, por exemplo. Para os direitos sociais, o processo básico é o da sobrevivência, como o de ter emprego e salário dignos, por exemplo. Os direitos humanos têm concepção básica simples, fincadas na inscrição na espécie homo sapiens, porém seus resultados são muito complexos, pois representam o usufruto de liberdade, educação e saúde.
Saúde é um direito político, cuja contrapartida de dever cabe ao Estado; também é um direito social, pois saúde é síntese da história biológica e das condições de vida; finalmente é, de modo integral, direito social. Este campo síntese de integração de direitos foi constituir capítulo da Constituição brasileira de 1988, a carta que apresenta o mapa do primeiro projeto de estado do bem-estar social em nosso país.
Falar em saúde e direitos humanos, como categorias distintas, embora objetivando interconectá-las, constitui grave equívoco. Saúde é direito humano, concepção consolidada, apesar da juventude histórica. Mesmo com os ataques àquele mínimo estado de bem-estar, liberdade, educação e saúde não devem e não podem ser perdidos. Apesar das descontinuidades e subfinanciamentos, o SUS ainda constitui a melhor política de inclusão social do País e um dos melhores planos populares de saúde do mundo. Estou no SUS quando sou transplantado em hospital público ou tomo uma água mineral, sou vacinado, como em restaurante ou tomo remédio, sob aval da Anvisa.
(*) Professor titular em saúde pública e reitor da Uece.
Publicado. In: O Povo, Opinião, de 27/6/17. p.10.

terça-feira, 18 de julho de 2017

PESAR DA SOBRAMES-CE PELO FALECIMENTO DO DR. PAULO CARNEIRO


Faleceu o Prof. Dr. PAULO CESAR ALVES CARNEIRO, médico, filósofo e professor, desfecho acontecido em 18/06/2017, no Rio de Janeiro-RJ, cidade que o acolheu como residente, desde 1978, e onde exerceu o seu mister profissional.
Paulo Carneiro, quando acadêmico, participou da representação estudantil nos órgãos colegiados do Centro de Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Ceará (UFC), e exerceu a monitoria de Anatomia e de Medicina Social, ao tempo em que cursou Medicina.
Paulo Cesar Alves Carneiro, nascido em Tabuleiro do Norte, no Ceará, em 1955, era médico graduado na UFC, mas fez carreira acadêmica e profissional no Rio de Janeiro, onde constituiu sua família, sendo pai da advogada Érica Carneiro.
Paulo fez sua pós-graduação no Rio, tendo realizado residência médica, especialização, mestrado e doutorado, tornando-se um exemplo singular de ser detentor de três diplomas de livre-docência.
Sua atuação na docência superior foi exercida na Universidade Federal do Rio de Janeiro, e na vida profissional, como médico do serviço público federal, foi lotado no Hospital de Bonsucesso, do Rio de Janeiro.
Paulo Carneiro era membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões – TCBC e da Sociedade Brasileira de Mastologia, entidades médicas de grande reconhecimento em suas respectivas especialidades.
Pertencia às seguintes academias na qualidade de membro titular: Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro – ACAMERJ (antiga Academia Fluminense de Medicina); Academia Brasileira de Médicos Escritores – ABRAMES; Academia Brasileira de Medicina Militar – ABMM e Academia Cearense de Ciências, Letras e Artes do Rio de Janeiro – ACCLARJ.
Detentor de farta produção científica, também publicou três livros, sendo um como cultor da retórica e dois como memorialista e biógrafo.
Notas de pesar, por sua prematura morte, foram divulgadas pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões e pela ACAMERJ.
A Sobrames/CE, por deliberação aprovada de forma unânime em sua reunião de 10/07/2017, associa-se às demais entidades nessa manifestação de luto por essa perda.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Presidente da Sobrames/CE
Nota do Blog: Hoje, 18/7/2017, completa-se um mês do falecimento do nosso colega acadêmico Paulo Carneiro. Possuidor de um alentado currículo, era conhecido, entre os seus pares, por seu espírito aguerrido e pelo ardor com que defendia suas convicções e seus ideais. Dentre suas obras, a biografia que escreveu sobre o Prof. Alfredo Monteiro, médico veterano de duas guerras mundiais, é o seu maior legado para a História da Medicina brasileira.
A nota acima reproduzida, extraída do Blog da Sobrames/CE, expressa igualmente o nosso particular pesar pela partida de Paulo Carneiro. Fomos companheiros de várias jornadas, desde os tempos de universitários, e compartilhamos empreitadas comuns, ainda que, por vezes, não mantivéssemos os mesmos pontos de vista. Fui por ele recepcionado ao ingressar na ABRAMES, saudado por bela peça oratória.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Editor do Blog

segunda-feira, 17 de julho de 2017

ABUSO DE MEDICAÇÃO


Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
É inegável que a geração de crianças nascidas nesta era, a da tecnologia, é diferente das anteriores, e as escolas precisam se adequar ao novo perfil do alunato. Pais, mestres e/ou responsáveis necessitam repensar como devemos olhar as crianças e os adolescentes, na contemporaneidade. Adianto que sou do tempo em que se respeitavam os jovens como pessoas e, não os deixavam ao léu, largados, sem lhes impor limites e/ou regras. Por outro lado, as expectativas em relação às crianças e aos adolescentes aumentaram, sobremaneira, na tradicional classe média urbana brasileira. O que está ocorrendo é uma inversão de atributos. Todos se consideram capazes de educar, mas, na verdade, quando todos acreditam que educam ou ensinam, ninguém educa ou ensina.
Por motivos diversos, os pais e/ou responsáveis exigem, dos educandários, o que não conseguem realizar no interior dos lares. Acredito que, na maior parte das vezes, a capacidade de vencer na vida, é um desígnio dos pais, dentro dos lares. Atribuir essa tarefa aos professores representa uma fonte de insegurança. Os professores não estão capacitados, tampouco foram preparados, para desempenhar tal papel. Pais ausentes, que não podem dar a devida atenção aos seus filhos, procuram viabilizar, através de sua descendência, aquilo que desejavam ter alcançado.
Sendo assim, terceirizam seus planos e sonhos para as escolas. Sob pressão constante, as escolas e os profissionais das áreas psicológica, psiquiátrica e/ou psicopedagógica, passam a atribuir aos alunos, não poucas vezes, o diagnóstico de portadores de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade ou DDA/TDA - Distúrbio/Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem hiperatividade (salvo as exceções de praxe). Sendo assim, os jovens são medicados, desnecessariamente.
Uma matéria recente, publicada no jornal New York Times (dezembro de 2011), ressalta a escassez de medicamentos psicoativos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1981) cabe relembrar: os medicamentos psicoativos "são aqueles que alteram o comportamento, o humor e a cognição". Isto significa, portanto, que tais drogas agem, preferencialmente, nos neurônios, afetando o sistema nervoso central, ou seja, a mente humana.
O tratamento para o TDAH ou DDA/TDA leva, muitas vezes, à depressão, ao pânico, à ansiedade, aos distúrbios de linguagem, e outros mal-estares psiquiátricos. Os fabricantes das drogas Ritalina® e Concerta® (medicamentos que possuem o mesmo nome, no Brasil), reclamam da falta de previsão, por parte da Food and Drug Administration (FDA), a Agência controladora da produção e distribuição dos medicamentos, nos Estados Unidos. Neste sentido, a produção de drogas similares e genéricas, naquele país, como entre nós, apresenta-se bem menos dispendiosa, porém, não tem sido capaz de suprir a demanda do mercado norte americano.
Não compete a mim, como médico ou professor titular aposentado de Pediatria, discutir o poder da indústria farmacêutica, ou os abusos de diagnósticos. No entanto, confesso que me causou espanto, o fato de a medicação ter passado a ser receitada para melhorar o desempenho escolar de jovens que, em verdade, são completamente normais. Isto é um fato gravíssimo! Essas medicações estimulantes são, no presente, as drogas psiquiátricas mais receitadas para crianças e adolescentes. Daí, para o abuso de outras medicações assemelhadas, basta um pequeno passo.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES). Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).

domingo, 16 de julho de 2017

Se não gosta de gírias, (fale cientificamente)!!!


Colóquio flácido para acalentar bovinos. (Conversa mole pra boi dormir);
Creditar ao primata. (Pagar o mico);
Inflar o volume da bolsa escrotal. (Encher o saco);
Sequer considerando a utilização de um longo pedaço de madeira. (Nem a pau);
Sequer considerando a possibilidade da fêmea bovina expirar fortes contrações laringo-bucais. (Nem que a vaca tussa);
Sequer considerando a utilização de uma relação sexual. (Nem fudendo);
Derrubar, com a extremidade do membro inferior, o sustentáculo de uma das unidades de proteção solar do acampamento. (Chutar o pau da barraca);
Deglutir o batráquio. (Engolir o sapo);
Derrubar com intenções mortais. (Cair matando);
Aplicar a contravenção do João, deficiente físico de um dos membros superiores. (Dar uma de João sem braço);
Derramar água pelo chão, através do tombamento violento e premeditado de seu recipiente com a extremidade do membro inferior. (Chutar o balde);
Retirar o filhote de equino da perturbação pluviométrica. (Tirar o cavalinho da chuva);
Essa última foi tirada do mais culto livro de palavras clássicas da língua portuguesa:
A bucéfalo de oferendas não perquiris formação ortodôntica! (A cavalo dado não se olham os dentes!);
E agora, para fechar com chave de ouro:
O orifício circular corrugado, localizado na parte ínfero-lombar da região glútea de um indivíduo em alto grau etílico, deixa de estar em consonância com os ditames referentes ao direito individual de propriedade. (C. de bêbado não tem dono).
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones sem autoria definida).

LOURA SOZINHA NO AVIÃO


Sozinha no avião Só ela e o piloto. Ele tem um ataque cardíaco e morre. Ela, desesperada, começa a gritar por socorro:
- May Day! Help! Ajude-me! Socorro! Meu piloto teve um ataque cardíaco e morreu. Eu não sei como pilotar. Ajude-me! Por favor me ajude!
Ela ouve uma voz no rádio dizendo, pausadamente:
- Este é o Controle de Tráfego Aéreo e eu te escuto bem, alto e claro. Tenha calma. Eu vou falar com você através deste rádio e te trazer de volta ao chão. Eu tenho muita experiência com este tipo de problema. Basta ter muita calma. Já enfrentei vários. Respire fundo. Tudo vai ficar bem! Agora me dê a sua altura e sua posição.
Ela diz:
- Eu tenho um metro e setenta e dois e estou sentada no banco da frente.
- "OK", loirinha, diz a voz no rádio. Agora, repita bem devagar comigo: Pai nosso que está no céu ..."
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones sem autoria definida).
 

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