quarta-feira, 30 de junho de 2010

PRÊMIO IgNOBEL - 1995

Nutrição - John Martinez, da J. Martinez & Company de Atlanta, pelo Café Luak (Luak Coffee), o café mais caro do mundo, que é feito de grãos de café ingeridos e excretados pela civeta-das-palmeiras.
Física - D.M.R. Georget, R. Parker, e A.C. Smith do Instituto de Pesquisa Alimentar (Institute of Food Research) de Norwich, Inglaterra, pela sua análise rigorosa de flocos de cereais de café da manhã empapados. A análise foi publicada no relatório "Um estudo do efeito do conteúdo de água no comportamento de compactação de flocos de cereais de café da manhã" (A Study of the Effects of Water Content on the Compaction Behaviour of Breakfast Cereal Flakes).
Economia - Atribuído em conjunto a Nick Leeson e aos seus superiores no Banco Barings (Barings Bank), e a Robert Citron de Orange County, California, por utilizarem o cálculo de derivas financeiras para demonstrar que cada instituição financeira tem os seus limites.
Medicina - Marcia E. Buebel, David S. Shannahoff-Khalsa, e Michael R. Boyle, pelo seu estudo revigorante "Os efeitos da respiração forçada unilateral por uma narina na cognição" (The Effects of Unilateral Forced Nostril Breathing on Cognition).
Literatura -David B. Busch e James R. Starling, de Madison, Wisconsin, pelo seu relatório de investigação "Corpos estranho retais: exemplos e estudo da literatura mundial" (Rectal Foreign Bodies: Case Reports and a Comprehensive Review of the World's Literature). As citações incluem descrições de, entre outros itens: sete lâmpadas; um amolador de facas; duas lanternas; uma mola de metal; uma caixa de farejar; uma lata de óleo com tampa de batata; onze diferentes formas de fruta, vegetais e outros alimentos; uma serra de joalheiro; uma cauda de porco congelada; uma chávena de lata; um copo de cerveja; e a notável colecção dum paciente, consistindo em óculos, uma chave de mala, um saco de tabaco e uma revista.
Paz - Parlamento Nacional de Taiwan, por demonstrar que os políticos ganham mais ao esmurrarem, pontapearem e esgravatarem-se uns aos outros do que empreendendo guerras contra outras nações.
Psicologia - Shigeru Watanabe, Junko Sakamoto, e Masumi Wakita, da Universidade de Keio, Japão, (Keio University), pelo seu sucesso no treino de pombos para distinguirem entre pinturas de Picasso e Monet.
Saúde Pública - Martha Kold Bakkevig de Sintef Unimed em Trondheim, Noruega, e Ruth Nielson da Universidade Técnica da Noruega, pelo seu exaustivo estudo "Impacto da roupa interior úmida nas respostas termoregulatórias e conforto termal no frio". (Impact of Wet Underwear on Thermoregulatory Responses and Thermal Comfort in the Cold).
Odontologia - Robert H. Beaumont, de Shoreview, Minnesota, pelo seu estudo incisivo "A preferência dos pacientes por fio dental encerado ou não encerado" (Patient Preference for Waxed or Unwaxed Dental Floss).
Química - Bijan Pakzad de Beverly Hills, California, pela criação de Colônia ADN e Perfume ADN (DNA Cologne e DNA Perfume), nenhum dos quais contém ácido desoxiribonucleico, e dos quais ambos vêm numa garrafa de hélice tripla.
Fonte: wikipedia.org
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_IgNobel

terça-feira, 29 de junho de 2010

O BRASIL ANEDÓTICO XVI

NÃO QUERO!
Moreira de Azevedo - "Mosaico Brasileiro", pág. 53.
Exercia Agostinho Petra Bittencourt o cargo de juiz aposentador no Rio de Janeiro, quando, ao dar uma ordem a um dos seus subordinados, este recusou cumpri-la. Indagada a razão, respondeu laconicamente:
- Porque não quero!
Preso o funcionário pelo juiz, e recolhido à cadeia, foi o magistrado surpreendido, no dia seguinte, por uma carta do Paço, em que um dos maiorais da corte lhe ordenava que soltasse o preso, por não se considerar crime a expressão - "não quero".
À leitura da ordem, o juiz Petra, que era desabusado, voltou-se para o portador:
- Diga ao seu amo que, se não é crime dizer não quero ...
E furioso:
- Não solto o homem - porque "não quero"!
NEGRO, MAS SÁBIO
Gustavo Barroso - Discurso na Academia Brasileira de Letras, 1923
Realizava Dom Silvério Gomes Pimenta, arcebispo de Mariana, uma das suas peregrinações a Roma, quando ali, em uma reunião de prelados de todo o mundo, um deles, branco, fez alusão à cor do antístite brasileiro.
- Negro! - teria exclamado, no seu idioma, o sacerdote inconveniente.
Mas não ficou muito tempo sem resposta. Porque, estacando de súbito, um dos bispos brasileiros retrucou, logo, com orgulho:
- "Niger, sed sapiens"!
O SEU A SEU DONO
J.M.de Macedo - "Ano Biográfico", vol. I, pág. 11.
Era Manuel Antônio Galvão ministro do Império em 1839, quando vagou o lugar de bibliotecário público da Corte. Multiplicaram-se os candidatos e, com eles, os empenhos.
- Esse lugar pertencerá a um homem que nunca me lisonjeou, e que não pede, declarou.
E nomeou Januário da Cunha Barbosa.
O DESTINO DO IMPERADOR
Ernesto Sena - "Deodoro", pág. 42.
Em uma das reuniões preparatórias do movimento republicano, a 6 de novembro, em casa de Benjamim Constant, assentavam-se planos quando Benjamim, de repente, indagou:
- E que faremos do "nosso Imperador"?
Um silêncio profundo foi a resposta. A figura bondosa e justa do monarca infundia respeito a todos aqueles conspiradores, impedindo uma resolução. Quebrou, porém, esse silêncio, o tenente Manuel Inácio.
- Exila-se! - disse.
- E se resistir?
- Fuzila-se! - declarou o tenente.
Todos se levantaram, numa reprovação,
- Oh! fez Benjamim, refletindo a repugnância de todos. - O senhor é sanguinário!
E entre a aprovação geral:
- Ao contrário, devemos cercá-lo de todas as garantias e considerações, porque é um nosso patrício, e muito digno!
GATUNAGEM GLORIOSA
Rodrigo Otávio - Revista da Academia Brasileira de Letras n° 27.
Nos primeiros dias do século possuía a Academia de Letras na sua sede, no escritório de Rodrigo Otávio, uma coleção de retratos metidos em molduras modestas, e que eram os de Machado de Assis, Taunay, Joaquim Nabuco, e outros, formando galeria. Por esse tempo, era costume da Polícia, para prevenir o público, expor nas estações da Central, nos subúrbios, os retratos de todos os batedores de carteiras mais temíveis da cidade.
Um dia, vai à sede da Academia uma senhora, constituinte de Rodrigo Otávio, levando em sua companhia uma filha de cinco anos. A pequena olha, examina os retratos, e, de repente, voltando-se para a moça:
- Mamãe, quem são aqueles gatunos?
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

DITOS DA INTERNET IV

25. Um é pouco, dois é bom, três é chat ou lista virtual.
26. Vão-se os arquivos, ficam os back-ups.
27. Diga-me que computador tens e direi quem és.
28. Há dois tipos de pessoas na informática. Os que perderam o HD e os que ainda vão perder...
29. Uma impressora disse para outra: Essa folha é sua ou é impressão minha?
30. Aluno de informática não cola, faz backup.
31. O problema do computador é o USB (Usuário Super Burro).
32. Na informática nada se perde, nada se cria. Tudo se copia... e depois se cola.

Fonte: Internet (circulando por e-mail)

domingo, 27 de junho de 2010

DÚVIDAS DE ADVOGADAS LOURAS IV

28 – Leis Concretas são aquelas elaboradas por pedreiros?
29 – Testamento Cerrado é aquele em que os filhos herdam dos pais fazendas no interior de Goiás e Mato Grosso?
30 – Bens Móveis são os fabricados em marcenarias?
31 – O “arroz com feijão” pode ser considerado uma receita pública?
32 – Direito Penal é aquele que trata das relações entre aves?
33 – Queimadura de terceiro grau é aquela que ocorre no curso universitário?
34 – Signatários são os caras que inventaram o horóscopo?
35 – Para que ocorra uma prisão de ventre é necessário haver flagrante?
36 – Nesse caso, cabe Habeas Corpus? Ou Intimus Gel?

Fonte: Internet (circulando por e-mail)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

SÃO MARCELINO CHAMPAGNAT E A EDUCAÇÃO MARISTA


No dia 06 de junho de 2010, as comunidades maristas celebram os cento e setenta anos da morte de Marcelino Champagnat, posto que, conforme os cânones católicos, foi em 06/06/1840 que Champagnat nasceu para a vida eterna.
Independente do tempo decorrido, quem conhece a história de Champagnat tem a convicção de que ele nunca estará fora de moda, mudando apenas o rosto dos jovens que conseguem vê-lo como alguém dotado de princípios morais que precisam ser seguidos, principalmente pela juventude, em formação do seu caráter.
Era sábado, véspera de Pentecostes, quando pouco antes do amanhecer Marcelino entregou sua alma a Deus, no Hermitage, França, tendo a idade de apenas 51 anos. Algum tempo antes, ele afirmara que todas as dioceses do mundo estavam em suas perspectivas.
Essa visão profética do fundador do Instituto dos Irmãos Maristas via-se concretizada tantos anos depois da sua partida para a Casa do Pai, com milhares desses irmãos e outros tantos de leigos, que mantêm vivo o carisma de Marcelino, dando prosseguimento, em dezenas de países, nos cinco continentes, ao projeto ambicioso de dar assistência às crianças e aos jovens, com necessidades maiores de uma educação talhada na espiritualidade, permitindo-lhes atuar, na vida, como pessoas aptas a uma convivência saudável, harmoniosa e prenhe de respeito ao semelhante.
A espiritualidade, simples e profunda vivida por Champagnat, tinha Cristo a servir de fundamento da sua fé. Foi a partir dessa fé que ele interpretou os acontecimentos do seu tempo, e buscou respostas inovadoras para atender à legião de deserdados da sorte, ainda não chegados à vida adulta, e que careciam de uma atenção toda especial.
A fidelidade de Marcelino, observada do ponto de vista marista, ou mesmo leigo, significa nutrir-se de espiritualidade nitidamente mariana, comprometer-se com a realidade da família, da comunidade, do trabalho, e, ainda, inovar em matéria de acompanhamento às crianças e jovens, incutindo-lhes valores morais, a lhes servirem de guia, ao longo da existência.
Com efeito, seguir Champagnat significa escolher a vida.
Homens e mulheres que comungam da espiritualidade de Marcelino experimentam, em suas vidas, a proximidade do que nele se tornou vívido, pela fé. “Ad Jesus, per Mariam”. É assim que Champagnat chegava a Jesus, através de Maria. Crianças e jovens, que participam da comunidade marista, como alunos e ou freqüentadores de centros sociais, por ela mantidos, são os grandes beneficiários desse exemplo de homem, devotado, ao extremo, à causa da educação, com substrato na fé, tendo Maria por testemunha de todos os seus atos.
Assim compreendida a missão de educar de Marcelino, fundamentada na espiritualidade, nada mais justa foi, portanto, a sua canonização pelo Vaticano em 18/04/1999.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro da Sociedade Médica São Lucas


* Publicado In: Boletim Informativo da Sociedade Médica São Lucas, 6(38): 4-5, 2010.

EXITOSO LANÇAMENTO DE “REFLEXÕES ESPINHOSAS”


Ontem à noite, 24 de junho, a Unicred Fortaleza lotou suas dependências com centenas de amigos e colegas de Oziel de Souza Lima e Dalgimar Beserra de Menezes, que foram prestigiar o lançamento do livro “Reflexões Espinhosas”, organizado por ambos, e contendo cem crônicas de trinta e três colaboradores.
A apresentação da obra coube ao médico, político e literato Lúcio Alcântara, usando como mote as palavras do título do atual e do livro anterior (Garranchos Esculpidos) da dupla de autores, e a primorsa organização do evento, à Célula de Arte e Cultura da Unicred Fortaleza.
A animação da festa, junina por excelência, ficou por conta de um conjunto musical, integrado, sobretudo, por artistas médicos: Vitoriano, Gurgel, Paulo etc.
Oziel pronunciou emocionado discurso enriquecido de palavras de agradecimentos que a todos comoveu; enquanto o Conselheiro Menezes, em sua fala, atribuiu o êxito do livro ao espírito empreendedor do amigo Oziel e anunciou, angelicalmente, a continuidade da série.
Compareço, na obra, com três pequenas contribuições, já postadas neste blog:
1) Do velório ao sonho de Cipião (p. 179-80).
2) Enfermagem em curso noturno (p. 185-6).
3) As greves e o curso de Medicina da UECE (p. 201-2).

Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sobrames-Ceará

segunda-feira, 21 de junho de 2010

GUIA RÁPIDO PARA DIRIGIR EM SALVADOR

Vindo à capital da Bahia a passeio e tendo que se adaptar ao jeitinho baiano de dirigir, não se assuste. Em Salvador você verá atrocidades; você duvidará que o motorista que violentamente insiste em lhe expulsar da pista goza de boa saúde mental; você não entenderá como nós soteropolitanos, famosos no mundo por não se estressarem, nos transformamos em seres raivosos quando estamos ao volante. Não fazemos por maldade, guiamos preocupados apenas com o centro do universo, nós mesmos, os baianos, os piores motoristas do Brasil. As lições vão lhe ajudar no trânsito de Salvador.
1ª LIÇÃO: FAIXAS INÚTEIS. A pintura de faixas, quando existe, não serve para absolutamente nada. Nós não sabemos exatamente para que a via foi dividida em faixas. Passamos de uma faixa para outra, rodamos sobre as faixas “seguindo os pontinhos” como se não quiséssemos nos perder... e em qualquer curva preferimos a tangente, mesmo que a faixa ao lado esteja ocupada por algum “leso”. Acostume-se, esqueça as faixas, sinta-se livre.
2ª LIÇÃO: PARAR JÁ. Paramos onde e quando precisamos; às vezes até ligamos o pisca alerta. Todos podem esperar um pouco. Na rua onde mal passa um carro, que diferença podem fazer cinco ou dez minutos parado até que “voinha” desça da casa de “mainha”? Se o carro da frente parar, tenha paciência, espere até que ele decida seguir ou, também é permitido, buzine alucinadamente para extravasar sua raiva, sabendo que não vai adiantar. Desconte no próximo, pare também onde e quando quiser, aqui pode.
3ª LIÇÃO: SETAS INVERTIDAS. Não temos idéia do que passava na cabeça de quem colocou aquelas luzinhas amarelas que piscam quando nossos filhos mexem naquela alavanca inútil que fica próxima ao volante. Às vezes acionamos sem querer a luzinha que pisca na esquerda ou na direita. Se desejamos ir para a esquerda, vamos, não importa se a tal luz amarela está piscando, muito menos se pisca do lado certo. Seta é coisa de carioca “isperto”, nós não precisamos de seta para guiar. Nunca sinalize em Salvador, você poderá desviar a atenção do baiano que vai ao seu lado.
4ª LIÇÃO: METER O TERÇO. Metendo um terço do seu carro na frente do baiano que teria a preferência você automaticamente obriga-o a ceder em seu favor. Meta o terço em qualquer situação: em cruzamentos perigosos, ao entrar em vias rápidas, quando quiser passar à frente de algum otário, enfim, meter o terço lhe garante vantagem indiscutível. É possível que às vezes ocorra uma pequena batida, coisas da vida. Se bater saia do carro e comece a bater papo com o outro baiano. Vocês acabarão descobrindo que são parentes ou que têm amigos em comum: “Você num é irmão do Tinho? Não, sou primo. Rapaz, cê parece dimais com ele, é escrito e escarrado. Como tá Inha, cunhada do Tinho? ”
5ª LIÇÃO: EMPARELHAR. Fique sempre ao lado de algum carro. Se ele acelerar, acelere também. Se reduzir a velocidade, reduza e permaneça “emparelhado”. Emparelhar deixa o baiano seguro. Vá juntinho, melhor seguir acompanhado. Se atrapalhar quem vem atrás não se avexe, quem quiser passar que passe. É isso mesmo, às vezes a oitenta por hora, ou a vinte, os baianos adoram andar emparelhados... e só Deus sabe o motivo.
6ª LIÇÃO: DOIS DEDOS. Dois dedos é a distância normalmente mantida por um bom motorista baiano do carro da frente. Colado, bem juntinho. Achamos que assim é possível aproveitar ao máximo o espaço disponível em nossas ruas. Outra vantagem em manter dois dedos do carro da frente é mostrar que estamos com pressa, que o carro da frente deve se apressar. Não importa se o motorista da frente não está atrasado como um bom baiano. O que importa é seguir colado. Não se perca, siga sempre a dois dedos do carro da frente.
7ª LIÇÃO: FILA É PARA OTÁRIO. Em qualquer conversão, onde normalmente só caberia um carro, nós baianos fazemos a fila dupla, tripla, às vezes dá até para a quarta fila. Nunca espere o leso que está aguardando pacientemente a conversão, fila é para otário. Passe à frente, meta o terço, tome a preferência da conversão à força. Quem quiser que buzine.
8ª LIÇÃO: BUZINA NO SINAL VERDE. Nós, baianos, há muitos anos disputamos o campeonato de acionamento de buzina após a abertura do sinal. Aguarde o sinal verde com as duas mãos prontas para acionar violentamente a buzina do seu carro. O recorde é de Toinho, irmão de Ninha, dois centésimos de segundo após a luz verde. Capriche na buzina, rápido, mesmo que você esteja sem pressa, mesmo que buzinar não faça nenhum sentido.
9ª LIÇÃO: LIXO NO CARRO NÃO É, é isso mesmo que você forasteiro está pensando. Nos nossos carros baianos não pode ter lixo. Vai tudo pela janela: latinha de cerveja, fralda suja, palito de picolé, ponta de cigarro, garrafa pet. Somos muito asseados, lixo no carro não. Quem quiser que varra a rua. Acostume-se e, se do carro da frente for jogado algum objeto grande, desvie sem reclamar.
10ª LIÇÃO: O RETORNO É AQUI. Nas ruas de Salvador é possível retornar em qualquer lugar. Gire o volante e, se couber, ótimo. Se não “deu jogo” dê uma rezinha rapidinha e complete a manobra. Quem quiser que espere ou se bata. Quem procura retorno é otário. Não se assuste de depois da curva der de cara com uma D20 atravessada na pista, manobrando para retornar a dez metros do retorno correto.
Boa sorte no trânsito de Salvador. Antes que eu esqueça: para dirigir em Salvador você não precisa, necessariamente, olhar para frente. Converse olhando sempre para o carona. Fale ao celular, leia, procure coisas no porta-luvas, enfim, descontraia, crie você mesmo suas regras de trânsito.

Fonte: Robson Oliveira (baiano). Circulando por e-mail.

sábado, 19 de junho de 2010

PIADAS CONJUGAIS II

AH, A VELHICE...
Dia claro. Um casal passa a lua de mel em uma linda cidade. Numa casa de espetáculos pornô o letreiro anuncia: "HOJE, O FABULOSO THEODORO!"
Entram e o show começa com THEODORO, 45 anos, numa cama com uma louraça, uma morenaça e uma ruivaça, que ele traça uma a uma... e repete! As mulheraças, exaustas, deixam o palco, enquanto THEODORO agradece ao público que o aplaude efusivamente de pé.
Sob o rufar de tambores, uma mesinha com três nozes é colocada no centro do cenário. THEODORO quebra as três pequenas nozes com o p... (membro viril) com pancadas precisas. O público vai à loucura e ele é aplaudido de pé por mais de 5 minutos!
Vinte e cinco anos depois, para recordar os velhos tempos, o casal decide comemorar as bodas de prata na mesma cidade. Passeiam pelos mesmos lugares. Diante da mesma casa veem, surpresos, o cartaz: "HOJE, O FABULOSO THEODORO!"
Entram e, no palco, quem? - THEODORO - enrugadinho, cabelos brancos, traçando outras três mulheraças com o mesmo pique. Não dá prá acreditar! Quando os tambores começam a rufar, a mesinha, agora com três cocos, é colocada e ele os quebra com a mesma precisão.
Boquiabertos, o casal vai ao camarim cumprimentar pessoalmente o FABULOSO THEODORO e perguntam o motivo da mudança das nozes para cocos.
- A velhice é uma merda!!! A vista está fraca e eu não consigo mais acertar as nozes.
Fonte: Internet (circulando por e-mail)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O QUE ELES DISSERAM VIII

REFLEXÕES
"O homem é um animal racional que sempre perde a calma quando é chamado a agir de acordo com os ditames da razão."
Oscar Wilde, escritor irlandês
"Filosofar é como tentar descobrir o segredo de um cofre: cada pequeno ajuste no mecanismo parece levar a nada. Apenas quando tudo entra no lugar a porta se abre."
Ludwig Wittgenstein, filósofo austríaco
"Toda forma de vício é ruim, não importa que seja droga, álcool ou idealismo."
Carl Gustav Jung, pai da psicologia analítica
"A política e os destinos da humanidade são forjados por homens sem ideais nem grandeza. Aqueles que têm grandeza interior não se encaminham para a política."
Albert Camus, escritor francês, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, em 1957
"O cinema é o modo mais direto de entrar em competição com Deus."
Federico Fellini, cineasta italiano
"Sinto-me um lápis nas mãos de Deus."
Madre Teresa de Calcutá, religiosa indiana de origem albanesa, prêmio Nobel da Paz

Fonte: Internet (circulando por e-mail). Editado por Maria Rita Alonso e Rosana Tonetti

terça-feira, 15 de junho de 2010

SOBRAMES, DO CEARÁ PARA O BRASIL

Afora a Medicina, outras profissões, incluindo, no seu todo, as tradicionais e as de reconhecimento recente, como as de administradores, advogados, contabilistas, economistas, educadores, engenheiros, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, nutricionistas, odontólogos etc., não possuem uma entidade exclusiva de classe, direcionada à Literatura. Esse não é, no entanto, o caso dos médicos, que contam com a Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES), existente, como ente nacional, e igualmente presente, com suas unidades regionais, em muitos estados da federação.
No Ceará, a Regional dessa Sociedade congrega quase uma centena de médicos em seu quadro associativo, ocupando relevante papel na promoção da cultura estadual, mercê da Antologia publicada, anualmente, reunindo contribuições quase exclusivas de iátricos, e da edição semestral da Revista Literapia, editada por Pedro Henrique Saraiva Leão, veículo de larga aceitação entre os intelectuais, contendo uma mescla de textos produzidos por colaboradores médicos e por literatos não-médicos.
A série de Antologias da SOBRAMES/CE, iniciada em 1983, tendo à frente os colegas Paulo Gurgel e Emanuel de Carvalho, chegou em 2009 à sua 24ª produção, exibindo versatilidade e esmero crescentes, com apuro literário, servindo de estímulo ao surgimento de novos escritores no meio médico e até alavancando a carreira solo de alguns.
Dentre as regionais da SOBRAMES, a do Ceará é uma das mais profícuas, pela diversidade de suas ações, sem solução de continuidade, pelo que ocupa uma posição de relevo no cenário nacional, tendo sido responsável pela realização, em Fortaleza, dos Congressos Brasileiros de Médicos Escritores, o de 1996 e o de 2008. Em dois momentos especiais, a entidade-mãe foi presidida por dois cearenses: o Dr. Pedro Henrique Saraiva Leão, na gestão de 1995-96, e o Dr. José Maria Chaves, que exerce a presidência, desde 2006, ora cumprindo uma segunda gestão.
Além das reuniões administrativas regulares da sua diretoria, a entidade local promove, mensalmente, um encontro literário, aberto a todo o quadro de associados. Nessa ocasião, são comunicadas as decisões tomadas e postos em discussão e deliberação assuntos que a diretoria qualifica ser importante a ausculta mais abrangente. Nessa oportunidade também é dada ciência da realização de eventos literários e da abertura de editais, estabelecendo prêmios diversos, tanto em âmbito local como os programados em outros estados, incitando a participação dos sobramistas. Após o cumprimento da pauta e das comunicações, a segunda parte da reunião é reservada à leitura de escritos, em verso ou em prosa, dos associados presentes, que voluntariamente se habilitem para tal, seguindo-se dos comentários atinentes.
A nova diretoria, empossada em março passado, tendo por timoneiro o Dr. Flávio Leitão, assumiu responsabilidade de continuar a profícua gestão do Dr. José Maria Chaves, arcando com o desafio de conseguir uma sede própria e exclusiva, para a instituição, e de consolidar a sua marca nos meios culturais do Ceará, com repercussão ultrapassando as divisas estaduais.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico-sanitarista e sobramista
* Publicado In: Informativo SOBRAMES – Reg. Ceará (Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – Regional do Ceará). Abril a junho de 2010 - ano V, n.15, p.8.

domingo, 13 de junho de 2010

MARIDO JUIZ X ESPOSA ADVOGADA

Desajeitado, o magistrado Dr. Juílson tentava equilibrar em suas as mãos, a cuia, a garrafa térmica, um pacotinho de biscoitos e uma pasta de documentos.
Com toda esta tralha, dirigia-se para seu gabinete, mas ao dar meia volta deparou-se com sua esposa, a advogada Dra. Themis, que já o observava há sabe-se lá quantos minutos.
O susto foi tal que cuia, erva e documentos foram ao chão. O juiz franziu o cenho e estava pronto para praguejar, quando observou que a testa da mulher era ainda mais franzida que a sua.
Por se tratarem de dois juristas experientes, não é estranho que o diálogo litigioso que se instaurava obedecesse aos mais altos padrões de erudição processual.
– Juílson! Eu não agüento mais essa sua inércia. Eu estou carente, carente de ação, entende?
– Carente de ação? Ora, você sabe muito bem que, para sair da inércia, o Juízo precisa ser provocado e você não me provoca há anos. Já eu dificilmente inicio um processo sem que haja contestação.
– Claro, você preferia que o processo corresse à revelia. Mas não adianta, tem que haver o exame das preliminares, antes de entrar no mérito. E mais, com você, o rito é sempre sumaríssimo, isso quando a lide não fica pendente. Daí é que a execução fica frustrada.
– Calma aí, agora você está apelando. Eu já disse que não quero acordar o apenso, no quarto ao lado. Já é muito difícil colocá-lo para dormir. Quanto ao rito sumaríssimo, é que eu prezo a economia processual e detesto a morosidade. Além disso, às vezes, até uma cautelar pode ser satisfativa.
– Sim, mas pra isso é preciso que se usem alguns recursos especiais. Teus recursos são sempre desertos, por absoluta ausência de preparo.
– Ah, mas quando eu tento manejar o recurso extraordinário você sempre nega seguimento. Fala dos meus recursos, mas impugna todas as minhas tentativas de inovação processual. Isso quando não embarga a execução.
Mas existia um fundo de verdade nos argumentos da Dra. Themis. E o Dr. Juílson só se recusava a aceitar a culpa exclusiva pela crise do relacionamento. Por isso, complementou:
– Acho que o pedido procede, em parte, pois pelo que vejo existem culpas concorrentes. Já que ambos somos sucumbentes vamos nos dar por reciprocamente quitados e compor amigavelmente o litígio.
– Não posso. Agora existem terceiros interessados. E já houve a preclusão consumativa.
- Meu Deus! Mas de minha parte não havia sequer suspeição!
– Sim. Há muito que sua cognição não é exauriente. Aliás, nossa relação está extinta.
Só vim pegar o apenso em carga e fazer remessa para a casa da minha mãe.
E ao ver a mulher bater a porta atrás de si, Dr. Juílson fica tentando compreender tudo o que havia acontecido. Após deliberar por alguns minutos, chegou a uma triste conclusão:
– E eu é que vou ter que pagar as custas...
Fonte: Internet (circulando por e-mail)

sábado, 12 de junho de 2010

A FORMATURA DA TURMA DE 1947 DA FACULDADE DE DIREITO DO CEARÁ

É tradicional a feitura do quadro de formatura alusiva aos concludentes de muitos cursos superiores, sendo esta uma prática preservada, desde os primórdios da instalação da velha Salamanca do Ceará.
Desse Quadro de Formatura da Turma de 1947, da FACULDADE DE DIREITO DO CEARÁ, aqui reproduzido em fac simile, consta o nome dado à Turma, Dr. Sobral Pinto, na verdade uma justa honraria feita, então, ao combativo e brilhante jurista brasileiro, que seria consagrado como um arauto na defesa dos direitos humanos e paladino da democracia no Brasil. Inscrita no quadro, estava a citação em latim OPUS JUSTITIÆ PAX (A Paz é obra da Justiça), a servir de lema dessa turma.
Foram escolhidos, como Patrono, o Dr. Sobral Pinto, e como Paraninfo, o Dr. Álvaro Costa. Homenagem especial foi conferida aos Drs. Mateus Coutinho, Perboyre e Silva e Aderbal Freire. Havia também menção ao Diretor, Dr. Otávio Lobo, e ao Secretário, Dr. João Pinto, e uma homenagem póstuma ao Dr. Mozart Pinto.
A mesma oportunidade valeu para homenagear os Drs. Andrade Furtado, Vicente P. Pessoa, Omar Paiva, Ibiapina Siqueira, Magdaleno Girão e Martins Filho e o Inspetor de Alunos, Sr Luiz Pereira Souza.
Mário Cordeiro foi o orador da turma. Também foi prestada uma homenagem póstuma ao colega Pedro Pompeu Freitas, falecido antes do término do curso.
De acordo com o quadro citado, com os nomes reduzidos, os BACHARÉIS DE 1947 foram: Adamir Alencar (Ceará), Aldenor Freire (Pará), Alencar Monteiro (Ceará), Aluisio Barroso (Ceará), Amauri Fernandes (R.G.do Norte), Aristides Ribeiro (Ceará), Arruda Furtado (Ceará), Artur Benevides (Ceará), Dante Vieira (Ceará), Jefferson Quezado (Ceará), Ernesto Serra (Ceará), J. Josino da Costa (Ceará), Lourival Banhos (Ceará), Luiz C. da Silva (Ceará), M. Airton Silva (Ceará), Maria Alice Santos (Ceará), Mário Cordeiro (Ceará), Nerina Falcão (Ceará), Osmar Moura (Piauí), Rdo. Gomes Silva (Ceará), Rdo. Silva Cavalcante (Ceará), Wellington Godinho (Ceará).
Infere-se daí, que a turma possuía apenas três mulheres: Adamir Alencar, Maria Alice Santos e Nerina Falcão. Do grupo, apenas três concludentes não eram procedentes do Ceará.
Da turma Sobral Pinto, ao que consta, estavam vivos e comemoraram os sessenta anos de formatura, os Drs. Adamir Peixoto de Alencar, Artur Eduardo Benevides, Ernesto Aguiar Serra, Francisco de Assis Arruda Furtado, Manuel Airton da Silva, Maria Alice Barros dos Santos, Mário Barbosa Cordeiro, Nerina Rodrigues Falcão, Osmar de Freitas Moura, Raimundo Gomes da Silva e Raimundo Silva Cavalcante.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado In: Jornal O Povo, Jornal do Leitor, de 12 de junho de 2010. p.3.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

FAX LIBANÊS

Lula e Dilma enviaram um fax para o Governo do Líbano, solicitando uma doação para o programa Fome Zero.
No dia seguinte chegou, via fax, a resposta que dizia:
BL... MD... V.BB... 6...2..
Dilma não conseguiu decifrar e foi até Lula que, com seus profundos conhecimentos de gramática, analisou o documento e chegou a mais uma de suas magníficas conclusões:
BL = Beleza,
MD = Mandei depositar,
V.BB = Via Banco do Brasil,
6...2 = US 62.000.000,00 (sessenta e dois milhões)!!!
Verificou-se a existência da tal conta no BB e nada foi encontrado. Ordenou-se então que procurassem em todos os bancos BB: Banco Bradesco, Banco de Boston, etc. Nada! Foi então que alguém sugeriu que chamassem o Samirzinho, um funcionário do terceiro escalão do Planalto, descendente de libaneses.
Samirzinho olhou para o documento: BL... MD... V.BB... 6...2...; em menos de 30 segundos traduziu:
“Brezidente Lula... Ministra Dilmo...
Vai Buda Bariu...
Seis Dois!! ”
Fonte: Internet (circulando por e-mail)

terça-feira, 8 de junho de 2010

FREI HUMBERTO WALLSCHLAG: um evangelizador social


Hubert Engelbert Wallschlag nasceu em Struecklingen, Diocese de Muenster, na Alemanha, no seio de uma família profundamente católica, em 24/10/1944, à época em que o seu país experimentava as agruras do final da II Guerra Mundial, tendo feito ali, muito cedo, sua opção religiosa aos 21 anos de idade. Frei Humberto entrou na Ordem dos Frades Menores no dia 9 de maio de 1965, fez a Profissão Solene, em Salvador, no dia 2 de fevereiro de 1972 e na data de 1º de maio de 1973, foi ordenado sacerdote na Igreja Conventual de São Francisco na dita cidade.
Seus estudos maiores ocorreram aqui no Brasil, tendo sido concluídos em Salvador, onde recebeu as ordens do diaconato e do presbiterato. Após essas credenciais, lançou-se, com afinco e desprendimento, nos trabalhos da vinha do Mestre Salvador. Como padre, trabalhou no Brasil (Ipojuca, Canindé e Fortaleza) e na Alemanha, por curto período.
Recém-admitido na ordem religiosa franciscana, Frei Humberto, ofm, quis trabalhar no Brasil, enfrentando dificuldade inicial para realizar esse intento, isso porque seus superiores da ordem franciscana tinham ciência da sua saúde fragilizada por um comprometimento renal, e temiam pelo agravamento de sua doença. Não obstante, aqui chegou ele, em 1966, vivendo em terras brasileiras durante 38 anos, a maior parte deles no Ceará, onde exerceu, por mais de onze anos, a função de pároco da igreja do Otávio Bonfim.
A saúde combalida, apesar do seu avantajado porte físico, levou-o a submeter-se a dois transplantes de rim, o que não o deixou subjugado, porquanto movido pela ânsia de sempre servir ao próximo, detendo um forte apego à vida, como se deduz da sua costumeira iniciativa, ao incitar os fiéis com os dizeres: Viva a Vida!
Alinhou-se Frei Humberto aos defensores da Teologia da Libertação, fazendo da opção preferencial pelos pobres o foco central de sua atuação pastoral, condição essa demonstrada pelo empenho em lidar com as pessoas mais desvalidas e os grupos de excluídos da sociedade. Homem e cidadão de arraigada concepção ideológica, em favor dos marginalizados sociais, devotava especial atenção aos camponeses, especialmente àqueles despojados de terra, engajando-se entre os mais ardorosos apologistas do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), cujo símbolo gostava de ostentar sobre a cabeça, combinando as dimensões política e religiosa de sua ação pastoral.
Foi com enorme pesar que as comunidades paroquianas da Igreja Nossa Senhora das Dores, em Fortaleza, e da Igreja de S. Francisco de Canindé, da qual também foi pároco, por largos anos, no Ceará, tomaram conhecimento da morte de Hubert Engelbert Wallschlag (Frei Humberto, ofm).
Ao ensejo da sua morte, ocorrida em Fortaleza, em 05.06.2005, dia dedicado a S. Bonifácio, viram-se na orfandade as diversas pastorais por ele fomentadas, além das dezenas de crianças carentes da Creche Nossa Senhora Medianeira, por ele muito amadas e pelas quais tanto lutou.
Calara-se, enfim, uma voz, tantas vezes levantada em defesa dos oprimidos, das crianças mirradas que perambulavam pela Rua Larga e que eram acolhidas, com amor e carinho, na creche mantida pela paróquia, no Bairro do Otávio Bonfim.
Não quis a Medicina que o Frei Humberto sobrevivesse a um câncer de pele agressivo, que se disseminou, e foi responsável pela poda de sua vida, quando ainda era muito grande a messe a ceifar. Vale ressaltar que no enfrentamento das dificuldades, causadas por sua doença, Frei Humberto revelou um estoicismo próprio dos mártires, aceitando o sofrimento, sem contestação, como quem sabe estar cumprindo um desígnio do mesmo Deus que o mandara levar Sua palavra às ruas, às travessas e aos becos tortuosos do Morro do Ouro e adjacências, onde era comum encontrar alguém disposto a ouvi-lo e a cantar, com ele, hinos de louvor à Maria e ao seu filho bem-amado.
Com o seu passamento, Frei Humberto virou uma saudade, ao mesmo tempo em que o seu espírito de luz prosseguiu brilhando no bairro, na cidade, e em todas as vielas por onde ele andou, e deixou as pegadas do seu fazer, profundamente cristão.
Significativas honrarias foram rendidas, por ocasião das missas de corpo presente e de sétimo dia, celebradas em Fortaleza e em Canindé, na intenção do eterno repouso da sua boníssima alma, sendo de se ressaltar a grandiosidade do cortejo que o acompanhou à última morada, em Canindé. O convento de Nossa Senhora das Dores também criou um nicho, nos moldes de um memorial, para preservar alguns dos seus apetrechos, usados no intenso trabalho pastoral, reveladores de sua consciência cristã e cidadã.
Em homenagem póstuma prestada a Frei Humberto, a Prefeitura de Fortaleza reconheceu os méritos de sua ação, em prol dos desvalidos sociais, dando seu nome a uma Unidade de Saúde localizada em área central vizinha ao Bairro do Otávio Bonfim.
Prof. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado In: Força viva, 15 (156): 6, 2010. (Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Fortaleza-Ceará).

segunda-feira, 7 de junho de 2010

TRIBUTO AO PROF. JUAÇABA NO DEPARTAMENTO DE CIRURGIA DA UFC


O Departamento de Cirurgia da UFC prestou, na manhã de hoje (07/06/10), homenagem à memória do seu ex-titular e ex-chefe, o Dr. Haroldo Gondim Juaçaba. Sob o título “Tributo ao Prof. Haroldo Juaçaba: um ano após sua partida”, coube ao médico Marcelo Gurgel, o mais antigo servidor do ICC, com 35 anos de convivência com o homenageado, discorrer sobre a vida, a obra e o legado do Prof. Juaçaba, tido um dos maiores médicos do Ceará.

domingo, 6 de junho de 2010

ANIVERSÁRIOS MÚLTIPLOS

O "Seis de Junho" é um grande dia "D"; e não só pelo desembarque das tropas aliadas na Normandia, mas também para o meu irmão Paulo e a sua filha Natália, que acharam por bem desembarcar no mundo terreno, largando o aconchego da "mãe do corpo".
Há 170 anos, nesse dia, nascia para a vida eterna S. Marcelino Champagnat, compondo uma feliz coincidência que conferia feriado escolar no Colégio Cearense Sagrado Coração, permitindo a que Paulo passasse o aniversário em casa e ainda nos induzisse a crer que a folga era em sua homenagem.
Faz 70 anos que o maquisard Luiz Gonzaga Carlos da Silva, nosso "pai-herói", personagem central do nosso romance “Maquis: Redenção na França Ocupada”, esteve no L'Ermitage participando da celebração do Centenário de Champagnat.
Felicitações maristas.
Marcelo Gurgel

sábado, 5 de junho de 2010

HAROLDO JUAÇABA: um ano de saudades


Haroldo Gondim Juaçaba nasceu em Fortaleza-CE, em 31/03/1919, filho de Carlos Garcia Juaçaba e Maria Gondim Juaçaba. Estudou no Colégio Cearense Sagrado Coração, tradicional educandário marista, concluindo o Seriado em 1934. Em 1935, matriculou-se na Faculdade de Medicina do Recife, cursando ali os dois primeiros anos, e vindo a se transferir, para a Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, diplomando-se em 1940.
Em 1941, de volta à Fortaleza, Dr. Haroldo Juaçaba deu início à sua vida profissional, como médico. No auge do II Conflito Mundial, firmou contrato com o Serviço Especial de Saúde Pública, para trabalhar na selva amazônica, prestando assistência médica aos “soldados da borracha”. Foi da convivência com médicos norte-americanos, na Amazônia, que surgiu o convite para fazer treinamento nos EUA, onde cumpriu a Residência Médica no Riverside Hospital, em Paducah, Kentucky, de junho de 1945 a julho de 1946. A opção pela Cirurgia e Cancerologia, foi complementada por estágio na Mayo Clinic, de agosto a novembro de 1946. Também não foram poucos os cursos, estágios e visitas que realizou, a título de se manter atualizado em sua especialidade, nos EUA e na Inglaterra.
A sua vocação para o ensino era indiscutível. Como professor universitário, lecionou na Escola de Enfermagem São Vicente de Paulo, de 1947 a 1964, e na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), de 1948 a 1989, ano em que atingiu a aposentadoria compulsória. A despeito desse desligamento oficial, continuou trabalhando para a UFC, voluntariamente, por mais oito anos.
As relevantes funções que o Dr. Juaçaba desempenhou, na UFC, como Coordenador do Internato em Cirurgia da Faculdade de Medicina, Coordenador da Residência Médica em Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas, Chefe do Departamento de Cirurgia, Vice-Diretor da Faculdade de Medicina, Professor do Curso de Mestrado em Cirurgia, e Representante dos Titulares no Conselho Universitário, só fazem referendar a invejável capacidade que tinha para atuar em diferentes frentes, mas sempre com o mesmo brilho.
A sua folha de serviços, como profissional da medicina, em Fortaleza, foi longa e muito rica: médico voluntário da Maternidade Dr. João Moreira, em 1941; médico-auxiliar do Hospital do Pronto Socorro, em 1942; ajudou a implantar o 1º Serviço de Anestesia no Ceará, em 1945; participou da instalação do 1º Banco de Sangue de Fortaleza, em 1947; Chefe do Serviço de Cirurgia do Câncer da Santa Casa de Misericórdia, em 1951; médico nomeado do IAPC, classificado em 1º lugar no Concurso de Cirurgia, em 1953, e dele aposentado em 1984, após implantar e consolidar a Residência Médica nos hospitais do INAMPS no Ceará. No âmbito privado, credite-se a ele a instalação da RM em Cirurgia Geral da Casa de Saúde São Raimundo, hospital onde mantinha consultório, prestando cuidados à sua ampla clientela particular.
Foi um ativo participante dos órgãos de classe e de entidades médicas, tendo presidido o Centro Médico Cearense e o Conselho Regional de Medicina. A par disso, foi membro fundador da Sociedade Cearense de Cancerologia e da Sociedade Cearense de Mastologia, tendo pertencido a várias sociedades médicas de âmbito nacional e fora do Brasil. Durante muitos anos, coordenou a comissão responsável pela concessão dos Títulos de Especialista em Cancerologia, tendo presidido o XII Congresso Brasileiro de Cancerologia, acontecido em Fortaleza, em 1991.
Dr. Haroldo Juaçaba foi membro titular e fundador da Academia Cearense de Medicina (ACM), ocupando a cadeira patroneada pelo Dr. César Cals de Oliveira, dela se afastando por motivos de saúde em 2003, quando passou a Acadêmico Honorável. Com o seu falecimento, como fundador da ACM, de acordo com as disposições regimentais deste silogeu, criou-se uma nova cadeira, por ele patroneada, o que traz enorme responsabilidade de prover um novel acadêmico à altura da grandeza do patrono.
Ao longo da sua brilhante trajetória, como médico e como educador, participou Haroldo Juaçaba de treze comissões examinadoras de concursos para professores. Não de menor expressão foi a sua produção científica, com cerca de sessenta trabalhos publicados, até 1989, ano da sua aposentadoria compulsória.
Um destaque, no curriculum vitae de Haroldo Gondim Juaçaba, é a sua forte ligação com o Instituto do Câncer do Ceará, haja vista ter sido ele um dos onze fundadores da entidade, em 1944. Acrescente-se, a tanto, o fato de ter ele feito parte, do seu corpo diretivo, desde a criação da entidade, primeiro como Vice-Presidente, e, depois, quando, por morte do Dr. Waldemar Alcântara, em 1990, assumiu a Presidência do ICC, sendo reeleito, em sucessivas Assembléias-Gerais, vindo o seu mandato a ser interrompido em 1º/06/2009, face ao seu desenlace terreno.
Foi sob a sua administração, que os cearenses tiveram a oportunidade de passar a contar com o Hospital do Câncer, unidade de referência em Oncologia no Nordeste. Ao lado desse vitorioso empreendimento, outro legado exemplar deixado pelo Prof. Haroldo Juaçaba reside nos seus milhares de ex-alunos, que exercem a arte hipocrática, com a ética e a competência esperadas, e, em especial, nas centenas de cirurgiões, formados sob a sua régia orientação, e que hoje estão a honrar a especialidade e o nome do orientador.
Muito mais que merecidas têm sido, portanto, as honrarias que Haroldo Juaçaba recebeu, ao longo de sua vida, sendo de se destacar os momentos especiais em que foi agraciado com: o Troféu Sereia de Ouro, o troféu Jangada de Ouro e o título de médico homenageado pela Assembléia Legislativa do Ceará.
O reconhecimento da dedicação Dr. Haroldo ao magistério superior pode ser espelhado na outorga do Título de Professor Emérito da UFC, ungido pelo Conselho Universitário, e por ter sido paraninfo e professor homenageado de muitas turmas de médicos da UFC. A sua excelência médica pode ser atestada pelos títulos de Sócio Emérito da Sociedade Brasileira de Mastologia e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e os Certificados de Pioneiro da Cancerologia no Ceará e da Mastologia no Ceará.
Como um ser diferenciado, que reunia valores edificantes, tanto na vida profissional como na pessoal, ele será sempre lembrado como o marido amoroso, o fiel companheiro de D. Heloísa, durante uma feliz caminhada de mais de 60 anos, e que lhe rendeu uma descendência de cinco filhos.
Esse é um retrato sem artifícios do Dr. Haroldo Juaçaba. Sua lembrança jamais poderá ser dissociada do imaginário coletivo, pelo bem que semeou como professor e também médico, provido de espírito altruísta, e sem descuidar, em momento algum, do apuro da técnica e da ciência, pondo, em tudo que realizava, a marca da sua competência e do seu incrível senso de humanização.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina

* Publicado In: Jornal O Povo, 5 de junho de 2010. Jornal do Leitor, p.2.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

REVERÊNCIA AO DR. HAROLDO JUAÇABA NO ICC

O Instituto do Câncer do Ceará prestará, na manhã de hoje (04/06/10), homenagem à memória do seu fundador e ex-presidente, o Prof. Haroldo Gondim Juaçaba. Sob o título “Reverência ao Dr. Haroldo Juaçaba: um ano após sua partida”, caberá ao médico Marcelo Gurgel, por suas fortes ligações com o insigne mestre, ao longo de 35 anos, e em nome do ICC, falar sobre a vida, a obra e o legado do Prof. Juaçaba, considerado um dos maiores médicos do Ceará.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

ARRANJANDO UM EMPREGO

O cara termina o segundo grau e não tem vontade de fazer uma faculdade.
O pai, meio mão de ferro, dá um apertão:
- Ah, não quer estudar? Bem, perfeito... Vadio dentro de casa eu não mantenho, então vai trabalhar...
O velho, que tem muitos amigos, fala com um deles, que fala com outro até que ele consegue uma audiência com um político que foi seu colega lá na época de muito tempo atrás:
- Rodrigues!!!! Meu velho amigo!!! Tu te lembras do meu filho? Pois é, terminou o segundo grau e anda meio à toa, não quer estudar. Será que tu não consegues nada pro rapaz não ficar em casa vagabundeando?
Aos 3 dias, Rodrigues liga:
- Zé, já tenho. Assessor na Comissão de Saúde no Congresso, R$ 9.000,00 por mês, prá começar.
- Tu tá loco!!!!! O guri recém-terminou o colégio, não vai querer estudar mais, consegue algo mais abaixo...
Dois dias depois:
- Zé, secretário de um deputado, salário modesto, R$ 5.000,00, tá bom assim?
- Nãooooo, Rodrigues, algo com um salário menor, eu quero que o guri tenha vontade de estudar depois.... Consegue outra coisa.
- Olha Zé, a única coisa que eu posso conseguir é um carguinho de informática, mas aí o salário é uma merreca, R$ 2.800,00 por mês e nada mais....
- Rodrigues, isso não, por favor, alguma coisa de 500,00 ou 600,00 prá começar.
- Isso é impossível Zé!!!
- Mas, por que???
- PORQUE ESSES SÃO POR CONCURSO, PRECISA TÍTULO SUPERIOR, MESTRADO ou DOUTORADO, CURRICULUM, ANTECEDENTES, EXPERIÊNCIA PRÉVIA... É DIFÍCIL...

terça-feira, 1 de junho de 2010

UM ANO SEM O DR. HAROLDO JUAÇABA


Há precisamente um ano, em 01.06.2009, familiares, colegas e amigos do Dr. Haroldo Gondim Juaçaba estavam indo deixá-lo na sua derradeira morada. Encerrava-se ali um capítulo, o último por sinal, da história de vida do pranteado extinto. A partir de então, sucederam-se as homenagens póstumas à sua pessoa, tão rica de virtudes, enquanto permaneceu vivo.
Muito embora nunca tenha sido um político militante, o Dr. Haroldo fez política no seu cotidiano, quando cuidou dos interesses da coletividade e quando revelou incrível habilidade no trato das relações humanas. Não sem razão, ele foi alvo, portanto, de honrarias na Câmara Municipal, na Assembléia Legislativa e no Congresso Nacional. Seu nome virou uma legenda e está inscrito nos anais dessas Casas do Povo.
Na Universidade Federal do Ceará (UFC), onde pontificou como um dos mais renomados professores, titular da disciplina de Cirurgia da Faculdade de Medicina, o Dr. Haroldo foi lembrado como o mestre de muitas gerações, aquele que exercia o seu ofício como médico do corpo e da alma, seguindo, fielmente, os preceitos deixados por São Lucas.
Nas entidades associativistas de que tomou parte, como membro atuante, o Dr. Haroldo recebeu seguidas homenagens, enaltecendo a sua valorosa cooperação. Um exemplo disso está na forma como a Academia Cearense de Medicina rendeu-lhe um preito de gratidão, pela dignidade conferida àquele sodalício, quando se fez patrono da cadeira de Nº 57.
Na sociedade, a perda do Dr. Haroldo foi muito lamentada, não só por ter sido ele um “gentleman”, da melhor espécie, mas porque as rodas sociais de que participava ficaram menos ricas, sem o contributo da sua invejável cultura.
Na família, particularmente, a última viagem do Dr. Haroldo soou como a queda do baobá, a gigantesca árvore que acumula reservas de água incalculáveis, nunca se deixando abater, por mais dificuldade que trouxesse a estação. Com toda a certeza, quem mais sentiu pesar, diante desse doloroso transe, foi a sua companheira de mais de 60 anos, Heloísa Juaçaba, musa inspiradora, eterna namorada, mãe dos seus cinco filhos, uma figura exemplarmente solar que iluminou todos os seus dias, até que a indesejada das gentes viesse arrancá-lo dos seus braços.
No Instituto do Câncer do Ceará, onde permaneceu como Vice-Presidente, de 1944 a 1990 e como Presidente, de 1990 a 2009, o Dr. Haroldo Juaçaba deixou perpetuada uma marca de seriedade, de honradez, de compromisso com o trabalho em favor dos doentes, especialmente os mais pobres, não tendo sido menores os seus esforços para pavimentar a instituição que criou e que ajudou a crescer, com camadas de material humano, científico e tecnológico, capaz de fazê-la resistente ao tempo e apta às inovações.
De todas as manifestações havidas em louvor à grandeza desse grande homem, a mais justa talvez tenha sido a de dar o nome Hospital do Câncer Haroldo Juaçaba ao complexo hospitalar que ele, movido por um espírito de determinação incomum, resolveu implantar, em meados de 1995, dando início à construção da parte física, seguida da sua aparelhagem, até novembro de 1999, quando se deu a sua inauguração.
Decorrido, nesta data, um ano da passagem do Dr. Haroldo para o outro lado do mistério, o mínimo que se pode dizer é que ele, em vida, conseguiu passar para outros, como verdade insofismável, a senha cunhada pelo também médico Bezerra de Menezes: “sem a caridade, não há salvação”.


Elsie Studart Gurgel de Oliveira


Nota: A Missa de um ano de falecimento ocorrerá hoje (01/06/10), às 18h30, na Igreja de São Pedro (Rua Almirante Barroso, 1.011 - Praia de Iracema).
 

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