domingo, 31 de maio de 2009

Frei Lauro Schwarte


A capa do livro “Frei Lauro Schwarte e os Anos Iluminados do Otávio Bonfim” oferece, por sua vez, uma imagem que revifica a transfiguração do Senhor, pelos fachos de luz que perpassam os belos gestos de Frei Lauro, em um ofício litúrgico, deixando transparecer uma benção aos leitores.

Ref.: SILVA, M.G.C. da; OLIVEIRA, E.S.G. de (orgs.). Frei Lauro Schwarte e os anos iluminados do Otávio Bonfim. Fortaleza: Expressão, 2004. 164p.

sábado, 30 de maio de 2009

“IN EXTREMIS” V

“Tira-me daqui: sinto-me morrer.” – Gustavo Adolfo
“Mostrarás a minha cabeça ao povo, que vale a pena” – Danton
“Escutem todas esta minha: detesto Dante” – Lopes da Veja
“Um imperador deve morrer em pé” – Vespasiano
“Só sinto ter de curvar a cabeça...” – La Rochefoucaud
“Soldados! Apontem para o coração” – Ney
“France ... Tête d’armée” – Napoleão
“Acta est fabula” – Augusto
“Franceses! Eu morro inocente, não desejo que o meu sangue recaia sobre vós” – Luiz XVI

Extraído do Almanaque do Ceará – 1941. p. 95-7.

Motivos Para os Homens Gostarem Tanto das Mulheres III

17 - Pensando bem, só o modo de nos beijarem já basta.
18 - O modo que têm de se atirar em nossos braços quando choram.
19 - O jeito de pedir desculpas por terem chorado por alguma bobagem.
20 - O fato de nos darem um tapa achando que vai doer.
21 - O modo com que pedem perdão quando o tapa dói mesmo (embora jamais admitamos que doeu).
22 - O jeitinho de dizerem "estou com saudades".
23 - As saudades que sentimos delas.
24 - A maneira que suas lágrimas têm de nos fazer querer mudar o mundo para que mais nada lhes cause dor.

Fonte: Internet (Circulando por e-mail)

IMPORTANTE: Isto NÃO é uma corrente, mas envie isso para todas as mulheres da sua lista para que elas saibam o quanto são úteis na vida de um homem, e para todos os homens para que eles possam saber o quanto as mulheres são importantes.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Turma Dr. José Carlos Ribeiro: uma justa homenagem


Dr. José Carlos da Costa Ribeiro, filho do prestigiado médico Dr. Carlos da Costa Ribeiro, um dos fundadores e ex-presidente do antigo Centro Médico Cearense (a atual Associação Médica Cearense), e da D. Maria de Lourdes da Costa Ribeiro, nasceu em Fortaleza, em 04 de novembro de 1915.
Fez a sua formação escolar primária nos colégios Nogueira e Marista, em Fortaleza, entre 1922 e 1926, e a secundária no Colégio Militar de Fortaleza, de 1927 a 1932, saindo com a certificação de engenheiro agrimensor.
Certamente, espelhando-se em seu pai, optou por estudar medicina, tendo escolhido fazer o curso no Rio de Janeiro, iniciado em 1934, porquanto o Ceará não contava com uma escola médica. Graduou-se em medicina, aos 24 anos, diplomado em 19 de dezembro de 1939, pela Faculdade Fluminense de Medicina.
Retornou ao Ceará em 1940, assumindo então o cargo de médico no Serviço de Saúde Pública do Estado e o posto de médico da Maternidade Dr. João Moreira, atuando como especialista em Ginecologia e Obstetrícia, granjeando a absoluta confiança do seu dirigente, Dr. César Cals, como resultado da sua competência profissional, de pronto reconhecida. Quando o Dr. César Cals foi alçado, mediante sufrágio popular, ao cargo de Prefeito da capital cearense, Dr. José Carlos Ribeiro o substituiu nas atribuições da chefia do serviço, apesar da sua pouca idade; contudo, já possuía uma notória experiência médica e tino administrativo.
Casou-se, em 1941, com a Srta. Suzana Dias Ribeiro, mulher de rara beleza, eleita rainha dos estudantes do Ceará, e bastante afeita às lides literárias, como ativa participante da Sociedade das Amigas dos Livros, que o presenteou com cinco filhos: Nádja, Zóia, Annya, Carlos e Isabel; as três primeiras receberam curtos prenomes russos, reveladores de uma certa afinidade e identidade com seus mais puros ideais socialistas, enquanto para o quarto filho, acatou a sugestão de D. Suzana, de prestar uma homenagem ao seu pai, e, para a caçula, reservou, simplesmente, um nome do seu agrado.
Acompanhou de perto a educação dos filhos, vendo a formatura e a inserção profissional de cada um deles; o seu único rebento masculino, Carlos Ribeiro Neto, concedeu-lhe a grata satisfação de seguir a profissão que ele tanto amara, tornando-se médico em 1977, sendo hoje um reconhecido especialista em Hematologia e também um competente médico-legista, como fora, em tempos idos, o seu saudoso pai.
Em 1948, aos 33 anos de idade, foi elemento-chave na criação da então Faculdade de Medicina do Ceará, agindo como um verdadeiro secretário-executivo do corpo de fundadores, desde os primeiros passos, até a implantação, acumulando sucessivas atribuições, a começar pela elaboração das provas dos primeiros vestibulares, seguida do encargo de lecionar diversas cadeiras, gradualmente instaladas, atividade bem testada por ter sido um eclético e polivalente professor do velho Liceu do Ceará.
Dr. José Carlos Ribeiro emprestou relevantes contribuições à Medicina cearense, nos vários campos de sua atuação, como se demonstra a seguir: foi dele, juntamente com o Dr. Haroldo Gondim Juaçaba, a responsabilidade de se constituir o primeiro Banco de Sangue do Ceará, pondo fim à vetusta prática da transfusão braço a braço, recorrendo-se aos chamados doadores universais, adotada em Fortaleza nessa época; ele foi também o primeiro a praticar a Anestesiologia, como especialidade, trazendo importantes progressos técnicos, naquele tempo, confirmando-se a sua primazia em diferentes intervenções, que colaboraram para o avanço das técnicas cirúrgicas, proporcionando, aos cirurgiões, um ambiente de absoluta segurança e serenidade, para o ato operatório, e, desse modo, possibilitando salvar incontáveis vidas; como médico-legista, imprimiu seriedade e honestidade aos trabalhos levados a cabo no Instituto Médico Legal, instituição que dirigiu, por anos a fio, na vigência da ditadura militar brasileira, desvinculando-a de quaisquer ingerências políticas ou das forças repressivas, imperando, nesse órgão, sob a sua condução, o primado da técnica e o respeito à Justiça.
Para a classe médica cearense, o Dr. José Carlos prestou valiosos feitos, como o de ter sido o articulador principal da organização do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (CREMEC), do qual foi o primeiro presidente e, merecidamente, incorporou o registro Nº 1 desse conselho profissional; liderou um elenco de notáveis médicos para a fundação da Academia Cearense de Medicina, inaugurada em 12 de maio de 1978, por ocasião das comemorações do trigésimo aniversário da Faculdade de Medicina do Ceará, recordando, com certeza, a empreitada anterior, de 1948, que levara a efeito, quando era um jovem esculápio, legando aos médicos da terra alencarina uma nova entidade, que, sobretudo, vela pela preservação da História da Medicina no Ceará.
Era um homem disposto a enfrentar desafios, não relutando em tomar decisões, julgadas cabíveis, mesmo aquelas que, sabidamente, lhe trariam dissabores, por mexer com estruturas viciadas, anacrônicas, ou ainda por ferir melindres pessoais, situações experimentadas por ele quando ocupou os cargos de Diretor Geral do Hospital Geral Dr. César Cals e de Superintendente do Hospital Universitário Walter Cantídio.
A escolha, por meio de votação, do Prof. José Carlos Ribeiro, para dar nome à turma de médicos da UFC, de dezembro de 1977, deveu-se, principalmente, a um justo reconhecimento dos internos, ao trabalho exercido, pelo perfilado, à frente da coordenação do Curso de Medicina, quando da aplicação da reforma universitária da década de 1970, realizado com determinação e senso organizacional, contornando as intensas tempestades, decorrentes da malsucedida e anômala experimentação, que a UFC ousou testar em seres humanos; o Prof. José Carlos desdobrou-se, não poupando esforços para minimizar as inquietações que tanto acometiam os acadêmicos, ao ensejo das matrículas curriculares, por gerarem incertezas quanto à previsão do término curso.
Faleceu em sua querida cidade natal, em 08 de novembro de 1994, aos 79 anos de idade, após longa enfermidade, enfrentada com altivez, e talvez com a típica rebeldia, de quem sempre fora um destemido. Ao seu velório, ocorrido no Salão Nobre da Reitoria da UFC, compareceram e se acotovelaram centenas de pessoas de variados segmentos da sociedade, como políticos, professores universitários, médicos e outros profissionais, para anunciar a solidariedade à família enlutada e render honras para aquele que tanto fizera, direta e indiretamente, à gente cearense, como médico, professor e administrador de inegáveis méritos.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico da turma 1977 da UFC

* Publicado in: Revista Histórias da Saúde. Janeiro/Março de 2009 – ano XI, n.18, p.12-3.

DESIDERATA

Viva tranqüilamente, por entre a pressa e os ruídos, e lembre-se de quanta paz há no silêncio.
Tanto quanto possível, sem se render, esteja em bons termos com as pessoas.
Diga sua verdade calma e claramente, e ouça os outros, mesmo os mais medíocres e ignorantes - eles também têm a sua história.
Evite as pessoas espalhafatosas e agressivas, pois essas são um insulto ao espírito.
Não se compare com os outros, para não se tornar vaidoso ou amargo, e saiba: sempre haverá pessoas melhores e piores que você.
Desfrute tanto de suas realizações quanto de seus planos.
Cultive seu trabalho, mesmo que ele seja humilde; esse é um bem real, frente às variações da sorte.
Seja cauteloso em seus negócios, pois o mundo é cheio de armadilhas. Mas não deixe que isso o torne cego para a virtude, que está sempre presente; muitas pessoas lutam por ideais nobres e, por toda a parte, a vida é sempre exemplo de heroísmo.
Seja sempre você mesmo. E, sobretudo, nunca finja afeição. Nem seja cínico em relação ao amor, pois, apesar de toda a aridez e desencanto, ele é tão perene quanto a relva.
Aceite serenamente os ensinamentos do passar dos anos, renunciando suavemente àquilo que pertence à juventude.
Fortaleça seu espírito para que ele possa protegê-lo diante de uma súbita infelicidade.
Não antecipe sofrimentos, pois muitos temores são apenas fruto do cansaço e da solidão.
Mesmo seguindo uma disciplina rigorosa, seja paciente consigo. Você é filho do Universo, tanto quanto as árvores e as estrelas; e tem o direito de estar aqui. E mesmo que isso não seja muito claro para você, não tenha dúvida de que o Universo segue na direção certa.
Portanto, esteja em paz com DEUS, não importa a maneira como você O concebe e, sejam quais forem as suas lutas e aspirações na terrível confusão que é a vida, fique em paz com sua alma. Pois, apesar de toda a falsidade e sonhos desfeitos este é ainda um lindo mundo.
Seja cauteloso. Lute para ser feliz.
Max Ehrmann*

* Max Ehrmann, poeta e advogado escreveu este texto em 1927. A força e beleza do texto, associadas com a divulgação feita por um padre, gerou a falsa idéia que esta poesia havia sido encontrada "na velha Igreja de São Paulo, em Baltimore, no ano de 1692".
Desiderata é uma palavra de origem latina que significa "aquilo que se deseja", "aspiração". Também é o nome de um dos poemas mais conhecidos do mundo, uma bela mensagem de fé, esperança e amor. De maneira eloqüente, nos faz ver aquelas verdades que passam despercebidas na correria do dia-a-dia e oferece uma fórmula simples para a felicidade: estar em paz com Deus e com a vida.

domingo, 24 de maio de 2009

Pérolas dos Vestibulandos VII

Essas são do vestibular de uma universidade carioca em 2006

1. Sobrevivência de um aborto vivo (título de redação);
2. O Brasil é um País abastardo com um futuro promissório parece que confusório e preocupatório também;
3. O maior matrimônio do País é a educação;
4. Precisamos tirar as fendas dos olhos para enxergar com clareza o número de famigerados que aumenta;
5. Os analfabetos nunca tiveram chance de voltar à escola;
6. O bem star dos abtantes endependente de roça, religião, sexo e vegetarianos, está preocupan-do-nos;
7. É preciso melhorar as indiferenças sociais e promover o saneamento de muitas pessoas, de nível municipal, estadual e federal;
8. Também preoculpa o avanço regressivo da violência;
9. Resposta a uma pergunta: "Esta não cei".

Fonte: Internet (Circulando por e-mail)

sábado, 23 de maio de 2009

UMA IGREJA PARA O PADRE HAROLDO

Os que transitam na Avenida Pres. Castelo Branco, popularmente conhecida como Leste Oeste, observam, na altura da Escola de Aprendizes Marinheiros, uma construção inacabada, que bem lembra uma fortaleza inexpugnável, por seu piso elevado a suportar espessas paredes, desprovida de qualquer cobertura, deixando-a inteiramente exposta às intempéries ambientais.
Essa obra permanece paralisada, lastimavelmente, há cerca de cinco décadas, dando uma péssima impressão ao espírito empreendedor do povo cearense que, por impulso público ou por motivação privada, é capaz de grandes realizações.
No final dos anos cinqüenta do século passado, os moradores do bairro Jacarecanga e suas redondezas, em Fortaleza, estavam bastante estimulados para construir um novo templo que substituísse a diminuta Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, inviável para comportar o considerável número de devotos que a buscavam.
Sob o lema da campanha “Em prol da construção da Igreja de São Francisco de Assis”, havia um esforço coletivo, com vasto envolvimento de paroquianos, para captação de doações ao lado de outras ações, com vistas à obtenção de recursos financeiros, para a concretização da obra.
Uma combinação de causas, todavia, concorreu para minar a pretensão daquela comunidade paroquial de contar com essa sacra edificação, cujo projeto estava a cargo do engenheiro e professor Amauri Araújo. Por certo, o afastamento do seu timoneiro, o Padre Hélio Campos, deslocado inicialmente para o Pirambu, onde faria um duradouro trabalho social em favor dos carentes e oprimidos, e depois quando guindado foi, em definitivo, ao bispado, deixou a nau à deriva, ou mesmo estagnada na calmaria.
Vários templos católicos foram levantados nos últimos anos, em Fortaleza, mercê da capacidade de alguns padres seculares para arregimentar recursos, humanos, financeiros e materiais, a exemplo do Pe. Ferreira e do Pe. Dourado, que premiaram a capital com a Igreja de Sta. Edwirgens, na Leste Oeste, e a Igreja de N. Sra. de Lourdes, nas Dunas.
Retomar as obras e soerguer a Igreja de São Francisco de Assis, pode ser um grande desafio para o Pe. Haroldo Coelho, atual vigário coadjutor da paróquia a que pertence essa igreja. Esse feito, somado ao engajamento político e social desse prelado, um defensor permanente dos descamisados e dos marginalizados, dar-lhe-á, certamente, uma dimensão pública ainda maior, além do reconhecimento dos fiéis e dos devotos franciscanos.
Que venha a nova igreja: que se acerque do pastor um novo rebanho de ovelhas, munidas de fé e transformadas, de fato, em instrumento de paz, como quer a Oração de São Francisco. Por conseguinte, mãos à obra, Pe. Haroldo.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico e economista em Fortaleza

* Publicado in: Jornal o Povo, 23/05/09. Jornal do Leitor. p.3.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O BRASIL ANEDÓTICO II

O ORGULHO DE UM GÊNIO
Humberto de Campos - Carvalho e Roseiras, pág. 63

Joaquim Gomes de Sousa, o genial brasileiro, que, aos trinta anos, resumia todo o saber do seu tempo, era profundíssimo em tudo, principalmente em matemática. Na Câmara, discutia todas as matérias. Certo dia, ao apartear um deputado que discursava sobre finanças, o orador retrucou veementemente:
- O assunto em discussão não é da especialidade de V. Exa.!
E Gomes de Sousa, logo, de pé, com todo o fogo do seu orgulho:
- É por isso mesmo que eu o discuto com V. Ex. Se se tratasse de assunto da minha especialidade, eu não admitiria V. Ex. à discussão.

SANGUE E FLORES
Tobias Monteiro - "Pesquisas e Depoimentos", pág. 34

Votava-se no Senado a lei do Ventre Livre, a 28 de setembro de 1878. Nas tribunas do Senado, repletas, apareciam as figuras mais eminentes do mundo diplomático, entre essas o ministro dos Estados Unidos. A discussão do projeto foi brilhante e vigorosa, sob a presidência de Abaeté. E quando, pela votação, se verificou a vitória de Rio-Branco, o povo que enchia as galerias irrompeu em manifestações ao grande estadista, lançando-lhe sobre a cabeça braçadas e braçadas de flores.
Terminada a sessão, O ministro dos Estados Unidos desceu ao recinto para felicitar o presidente do Conselho e os senadores que haviam votado o projeto. E colhendo, com as próprias mãos, algumas flores, das que o povo atirara a Rio-Branco, declarou:
- Vou mandar estas flores ao meu país, para mostrar como aqui se fez deste modo, uma lei que lá custou tanto sangue!

CAXIAS E A SUA TROPA
Taunay - Homens e Coisas do Império, pág. 112

O Duque de Caxias, quando em campanha, fazia questão de sofrer as mesmas agruras e correr os mesmos riscos que os seus soldados. Uma tarde, em Lomas Valentinas, estava ele, completamente molhado, sob uma laranjeira, esperando o momento do ataque, quando uma ordenança se aproximou, trazendo à mão, com cuidado, uma fumegante xícara de café.
- Aqui está - disse - que o sr. dr. Bonifácio de Abreu mandou para V. Excia., e ordenou-me que não deixasse cair um pingo no chão.
O marechal fitou-o pausadamente.
- Eu não quero, - respondeu, afinal.
E para o soldado, abrandando a voz:
- Beba-o você, camarada.

O ESCRAVO COROADO
Taunay - Reminiscências, vol. I, pág. 107

Em uma das suas audiências dos sábados, em que atendia a toda a gente, recebeu D. Pedro II no Paço da Boa Vista um preto velho, que se queixava dos maus tratos de que era vítima.
- Ah, meu senhor grande, - lamentava-se o mísero, - como é duro ser escravo!
O Imperador encarou-o, comovido.
- Tem paciência, filho, - tranqüilizou-o. - Eu também sou escravo... das minhas obrigações, e elas são muito pesadas! As tuas desgraças vão minorar...
E mandou alforriar o preto.

A INCAPACIDADE DE UM MINISTRO
Alfredo Pujol - Discurso de recepção na Academia Brasileira de Letras

A demissão de Rodrigues Júnior na pasta da Guerra, no gabinete Lafayette, havia constituído um escândalo nos arraiais políticos. Explicando à Câmara o seu ato, o presidente do Conselho dera a perceber que este fora motivado pela ignorância do seu ex-companheiro de gabinete.
- Decline V. Ex. um fato! Diga qual foi o erro que cometi! - aparteou, furioso, o acusado.
E Lafayette, brutal e imperturbável:
- A incapacidade não se prova com fatos!

FRANQUEZA E PRUDENCIA
Salvador de Mendonça - Artigo n'O Imparcial - 1913

Professor das princesas, filhas de Pedro II, Joaquim Manuel de Macedo, o célebre romancista de A Moreninha, desempenhava o seu mandato de deputado geral, quando o conselheiro Francisco José Furtado, organizador do gabinete Liberal de 31 de agosto de 1864, o convidou para a pasta dos Estrangeiros.
Recusada a honra, mandou o Imperador chamar o escritor à sua presença, e indagou o motivo do seu gesto, quando possuía tantas qualidades para ser um bom ministro.
- Admita-se que eu tenha as qualidades que Vossa Majestade me atribui, - respondeu Macedo: - mas eu não sou rico, requisito indispensável a um ministro que queira ser independente.
E decidido:
- Eu não quero sair do Ministério endividado ou ladrão!

SENADORES "BARBEIROS"
Taunay - Reminiscências - vol. I, pág. 26

Zacarias de Gois e Vasconcelos era orgulhosíssimo e fazia questão de, quando falava, ser ouvido atentamente por toda a casa. Um dia, achava-se ele na tribuna, quando notou que dois velhos colegas, o Barão do Rio-Grande e o Barão de Pirapama, que eram profundamente surdos, conversavam em voz alta, para se entenderem sobre navalhas afiadas. Zacarias parou. E como a interrupção causasse estranheza:
- Estou esperando que os Barões de Pirapama e do Rio-Grande acabem de se barbear!

Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927)

domingo, 17 de maio de 2009

A FARRA HONORÍFICA DE FORTALEZA

O jornalista Fábio Campos dedicou a sua coluna “Política”, de O Povo, em 27/06/07, para tratar da profusão de medalhas que existem e são habilitadas para concessão, no âmbito da Câmara Municipal de Fortaleza (CMF). Segundo o colunista, um levantamento sobre tais medalhas e honrarias, feito por Papito Oliveira, então Assessor Parlamentar, com a louvável intenção de elaborar um projeto de resolução que findasse com a "farra das medalhas", colheu uma vexatória situação.
Foram identificadas, em setembro de 1999, trinta e duas modalidades de honrarias que poderiam ser conferidas pela Câmara, por iniciativa própria, ou de atendimento a alguma proposição da Prefeitura de Fortaleza. A diversidade era tanta que, na mesma raia ou com idêntico pretexto, havia até indigesta sobreposição no variado “menu” de medalhas, para todos os sabores: municipalista, educação, saúde, turismo, esportes etc.
De todas as comendas, sem dúvida alguma, a de maior apelo é a do Boticário Ferreira, destinada, em tese, aos que prestaram "relevantes serviços” a Fortaleza, sendo a mais fartamente distribuída a qualquer um, desde que caia nas graças de um edil da CMF.
As contundentes denúncias publicadas na mídia local, quanto a esse descalabro suscitaram à proposta da sua moralização numérica, mas não qualitativa, restringindo a uma concessão, para cada vereador, por ano de mandato, o que redundaria em 164 medalhas do Boticário, por legislatura, sem contar as habilitações de eventuais suplentes, como potenciais proponentes.
Aliás, já houve até quem sugerisse à CMF firmar uma parceria com afamada marca de perfumes, incluindo o galardão nos “kits” promocionais da perfumaria, o que traria a vantagem de ser também uma medalha de agradável aroma.
Agora, para celebrar os dez anos do levantamento retro-aludido, seria de bom alvitre que a mesa diretora da CMF fizesse um “upgrade” das comendas municipais existentes e tornasse de conhecimento público a relação dos beneficiados e dos seus correspondentes propositores, no último decênio, salvaguardando, assim, os interesses dos contribuintes fortalezenses, que rogam por zelo maior na aplicação dos recursos advindos de seus surrupiados bolsos.

Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico e economista em Fortaleza

* Publicado in: Jornal O Povo, 17/05/09 Fato Médico. p.8.

sábado, 16 de maio de 2009

“IN EXTREMIS” IV

“É já tarde” – Beethoven
“Sempre melhor, sempre mais tranqüilo” – Schiller
“Faça-me o favor de acender as luzes. Tenho medo de ir para casa às escuras.” – Henry (escritor americano)
”Deus! Paz! – Pio XI
“Por favor, não me pendure muito alto” – Mary Blandy (ao verdugo que a devia enforcar na Escócia).
“Liberdade para sempre” – Adam Smith
“Amei a Deus, meu pai e a liberdade” – Madame de Stael
“É chegada a ocasião de descansar. Faça-se a vontade de Deus, já que não é possível fazer-se a minha” – Byron
“Tornar-nos-emos a ver” – Lamennais

Extraído do Almanaque do Ceará – 1941. p. 95-7.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Pérolas dos Vestibulandos VI

31) O objetivo da Sociedade Anônima é ter muitas fábricas desconhecidas.
32) As Sociedades são Anônimas por que seus sócios não precisam de mostrar carteirinha.
33) A Previdência Social assegura o direito a enfermidade coletiva.
34) A respiração anaeróbica é a respiração sem ar que não deve passar de três minutos.
35) O calor é a quantidade de calorias armazenadas numa unidade detempo.
36) Antes de ser criada a Justiça, todo mundo era injusto.

Fonte: Internet (Circulando por e-mail)

domingo, 10 de maio de 2009

XIII BIENAL DA ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA

A Academia Cearense de Medicina realizará, nos dias 14 e 15 de maio de 2009, a sua XIII Bienal, evento de cunho científico e cultural da maior significação para a Medicina cearense, que tem o Prof. Washington Barata como seu Presidente de Honra. O programa científico, aberto a médicos e estudantes de Medicina previamente inscritos, terá lugar no Hotel Sonata de Iracema, situado em Fortaleza, na Av. Beira Mar, 848.
A Comissão Executiva da bienal, composta pelos acadêmicos Antero Coelho Neto, João Pompeu Lopes Randal, Sérgio Gomes de Matos, Vladimir Távora Fontoura Cruz e Paulo Eduardo Garcia Picanço, respectivamente, sob a presidência do primeiro e a supervisão do último mencionados, traçou cuidadosa programação, como se arrola a seguir.
No dia 14 de maio, quinta-feira, logo após a Solenidade de Abertura, às 8h30min, acontecerá a Conferência “Problemas do Ensino Médico”, a ser proferida pelo Acad. Ernesto Lenz de Carvalho Monteiro, atual Presidente da Federação Brasileira das Academias de Medicina (FBAM), seguida de debates, com a audiência. Às 10 horas, durante o intervalo, ocorrerá o Momento de Autógrafos da obra “Palavras que valeram a pena – O Brasil e o Mundo”, de autoria do Acad. Antero Coelho Neto (Vice-Presidente da ACM). A programação da manhã será encerrada com a Mesa Redonda: “A Vida e a Obra de Charles Darwin”, tendo por relatores o Acad. Sérgio Gomes de Matos (Diretor da ACM), que discorrerá sobre “Apontamentos Históricos”, o Prof. M.Sc. Rickardo Gomes, que falará sobre “O Valor Científico de Darwin”, e o Prof. Dr. Jan G. J. ter Reegen, expondo o tema “Aspectos Filosóficos e Religiosos”.
No dia 15 de maio, sexta-feira, às 8h30min, o Acad. Paulo Eduardo Garcia Picanço (Presidente da ACM) pronunciará a Conferência “Reforma Psiquiátrica no Brasil – Análise Crítica”, a qual será seqüenciada por discussão, com o público presente. Após o intervalo para um lanche, o Diretor da Faculdade de Medicina da UFC, Prof. Dr. Luciano Moreira, brindará a assistência com a Conferência “Syphilographia no Século XIX”.
À noite desse mesmo dia, às 20 horas, terá lugar a Sessão Solene de Encerramento no Auditório Castelo Branco da Reitoria da UFC, ocasião em que serão conferidos títulos de sócios beneméritos a pessoas físicas ou jurídicas que hajam prestado relevantes serviços ao sodalício. Como ponto final do evento, será servido aos convidados um Coquetel nos Jardins da Reitoria.
Maiores informações sobre a XIII Bienal, podem ser obtidas na ACM (Tel.: 3223-2782) e pelo e-mail: reunir@mcanet.com.br.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina

* Publicado in: O Povo. Fortaleza, 10 de maio de 2009. Fato Médico/Reflexões. p.12.

sábado, 9 de maio de 2009

Economia da Saúde: aspectos conceituais e metodológicos


Como parte da Coletânea “Saúde Coletiva no Ceará”, o livro “Economia da Saúde: aspectos conceituais e metodológicos”, seguiu o padrão adotado pelos números antecedentes, este apenas divergindo na cor aplicada na porção superior da faixa medial; no caso, foi usado um vermelho-claro e tendo-se a uma discreta incursão libertária no título ao inclinar a preposição e grafar “saúde” com um cifrão inicial.

Ref.: SILVA, M.G.C. da (org.). Economia da saúde: aspectos conceituais e metodológicos. Fortaleza: Ed. INESP/EdUECE, 2001. 340p.

Motivos Para os Homens Gostarem Tanto das Mulheres II

9 - Aquele jeitinho sutil de pedir um elogio.
10 - Como ficam lindas quando discutem.
11 - O modo que tem de sempre encontrar a nossa mão.
12 - O brilho nos olhos quando sorriem.
13 - Ouvir a mensagem delas na secretária eletrônica logo depois de uma briga horrível.
14 - O jeito que têm de dizer "Não vamos brigar mais, não...", embora você saiba que dali a uma hora...
15 - A ternura com que nos beijam quando lhes fazemos uma delicadeza.
16 - O modo de nos beijarem quando dizemos "eu te amo".

Fonte: Internet (Circulando por e-mail)

IMPORTANTE: Isto NÃO é uma corrente, mas envie isso para todas as mulheres da sua lista para que elas saibam o quanto são úteis na vida de um homem, e para todos os homens para que eles possam saber o quanto as mulheres são importantes.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O BRASIL ANEDÓTICO I

A VASSOURA E O AJUNTADOR
Moreira de Azevedo - Mosaico Brasileiro, pág. 141

Bernardo Pereira de Vasconcelos, no início da moléstia grave que afinal o inutilizou para o serviço do país, sofria de uma paralisia nas pernas, que o obrigava a arrastar os pés, quando andava. Entrava ele, certa vez, no Senado, esfregando os sapatos no soalho, quando o visconde de Caravelas, que era coxo e abaixava-se de uma banda a cada passada, lhe observou, rindo:
- Que é isso? Você está varrendo o Senado?
- É verdade - confessou o grande tribuno. - É verdade.
E, aludindo ao defeito do agressor:
- Eu varro o Senado e você ajunta o cisco!

OS MELÕES DO BERNARDINHO
Alfredo Pujol - Machado de Assis, pág. 15

Achava-se Francisco Otaviano uma tarde no escritório, quando lhe apareceu o seu velho camarada Carlos Bernardino de Moura, redator da Pátria, de Niterói, e pediu-lhe algum dinheiro para levar à família, que não tinha o necessário para as despesas do dia.
- Olha, Bernardino, vamos dividir irmãmente o que eu tenho no bolso, - propôs o poeta.
E tirando da algibeira quarenta mil réis, passou vinte ao camarada.
Meia hora depois, ao sair do escritório, encontrou Otaviano o Bernardino na rua do Ouvidor, à porta de uma confeitaria, sobraçando dois vistosos melões "casca-de-carvalho", que se não compravam por menos de dez mil réis cada um. Deu-lhe caça, tomando-lhe a frente.
- Olha, Bernardino, - disse, detendo-o.
E tomando-lhe um dos melões:
- Vamos dividir isso irmãmente!

O ORGULHO DE ALENCAR
Taunay - Reminiscências, vol. I, pág. 109

O Imperador Pedro II não tinha grandes simpatias pessoais por José de Alencar. Porque este o houvesse ferido por mais de uma vez pela imprensa, ou porque lhe fizesse mal o amor-próprio, ou melhor, o orgulho do escritor, foi o soberano contrário, desde o princípio, à candidatura do seu ministro da Justiça à cadeira de senador pelo Ceará. No dia em que este lhe foi comunicar que era candidato, o monarca objetou-lhe:
- No seu caso, não me apresentava agora: o senhor é muito moço...
Alencar, num daqueles repentes que lhe eram habituais, não se conteve.
- Por esta razão, - disse - Vossa Majestade devia ter devolvido o ato que o declarou maior antes da idade legal...
E tomando conta de si:
- Entretanto, ninguém até hoje deu mais lustre ao governo...
O Imperador não lhe perdoou, jamais, esse ímpeto, vetando, como se viu depois, o seu nome, que era o mais votado da lista.

O IMPERADOR E MARTINS JÚNIOR
Tobias Barreto - A tolerância do Imperador, O Jornal 5-12-1925

Era Ferreira Viana ministro no gabinete João Alfredo, quando, em um concurso na Faculdade de Direito de Recife, Martins Júnior, republicano e positivista, tirou o primeiro lugar em um concurso, contra o filho de um dos maiorais do governo na província. O Imperador defendia, a todo o transe, Martins Júnior, contra os interesses do gabinete.
- Ele é republicano, majestade! - alegou Ferreira Viana.
- Isso não é razão, - contestou o monarca; - a fé republicana não o impede de ser um bom professor.
- Depois, é um ateu.
- Ainda menos, - tornou o soberano. - Todas as crenças podem ser admitidas, desde que sejam sinceras.
Ferreira Viana sentiu-se vencer, e reagiu:
- Bem. Vossa Majestade, dispensa no civil, mas eu não dispenso no religioso!
E fechou a questão.

Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927)

domingo, 3 de maio de 2009

“IN EXTREMIS” III

“Meu Deus! Tende piedade de mim e do meu povo; estou mortalmente ferido” – Guilherme de Nassau
“Eu já não o vejo” – Garrett
“Rasga meus versos! Crê na eternidade” – Bocage
“Em nome de Deus, deixe-me morrer em paz” – Voltaire
“Devo declarar que morro sem pertencer a nenhuma das religiões dominantes” – Lessing
“Minha pobre mulher, abracemo-nos” – Rousseau
“Amei o justo e odiei o injusto, por isso que morro no exílio” – Gregório VII
“Venci em todo o mundo” – Inácio de Loyola
“Só deixo os moribundos” – Ninon de Lenclos
“Sinto que volto a mim” – Walter Scott

Extraído do Almanaque do Ceará – 1941. p. 95-7.

sábado, 2 de maio de 2009

HUMBERTO DE CAMPOS (1886-1934)

Escritor brasileiro nascido em 25/10/1886, em Miritiba, hoje Humberto de Campos, Estado do Maranhão, cuja obra extensa e variada, constando sobretudo de crônicas e contos humorísticos, o tornaram um dos autores mais populares em sua época.
Trabalhou nos seringais na Amazônia, estudando nas horas vagas. Aprendiz de tipógrafo e depois escriturário, iniciou-se, em 1908, no jornalismo, em Belém do Pará, e chegou a diretor de “A Província do Pará”. Fatores políticos forçaram-no a mudar-se, em 1912, para o Rio de Janeiro, RJ, onde passou a trabalhar como redator de “O Imparcial”.
Era da escola parnasianista. Seus versos falavam sobre a vida no Amazonas e da nordestina. Nos contos, falava de cidade e de campos; na prosa, sobre emoção e precisão de linguagem. Foi considerado o Príncipe dos Prosadores Brasileiros.
A longa série de seus livros iniciou-se com “Da Seara de Booz” (1918). Publicou depois, entre outros, “Vale de Josaphat” (1918), “Mealheiro de Agripa” (1921), “A Serpente de Bronze” (1921), “Carvalhos e Roseiras” (1923), “A Bacia de Pilatos” (1924), “Pombos de Maomé” (1925), “Antologia dos Humoristas Galantes” (1926), “Grãos de Mostarda” (1926), “Alcova e Salão” (1927), “O Brasil Anedótico – Anedotas” (1927), “O Monstro e Outros Contos” (1932) e “Poesias Completas” (1933).
Eleito membro da Academia Brasileira de Letras (1920), ocupou a cadeira número 20. Também foi eleito deputado federal pelo Maranhão (1927), mas teve o mandato interrompido pela Revolução de 1930. Suas Memórias (1933) são apontadas como seu livro mais importante.
Morreu no Rio de Janeiro-RJ, em 05/12/1934, e seu Diário secreto, publicado postumamente (1954), causou escândalo.

O BRASIL ANEDÓTICO, que será exposto aos poucos, em uma longa série neste Blog, é uma obra de domínio público e facilmente encontrada nos sebos virtuais. O livro é composto de frases históricas que resumem a crônica do Brasil-Colônia, do Brasil-Império e do Brasil-República. São modelos de saber e de virtudes que a Monarquia legou à República.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

CENTENCIA

(Copiado dos alfarrábios existentes no Instituto Histórico de Alagoas)

Visto e inzaminado estes autos, etc. O Adjunto de promotor público arrepresentou contra o suplicante cabra Mané Duda, pruvia de no dia 11 do mez do Sinhor de Santana, quando a mulhé do Chico Bento ia pra fonte, já perto della, o supradito supricante que estava de tocaia numa moita de mato, saiu della de supetão e fez proposta a dita mulhé por quá ruía brocha pra coza que não podé trazé a lume, e como ella não se arrizolvesse e se arricuzasse, o dito cujo, num inzecutivo abrofelou-se com ella deitou-la no chão diexando as encomendas della de fóra e ao Deus dará, e não conseguiu matrimonio a refém della gritar e vim em assucorro della os vizinhos Nocreto Correa e Quelemente Barbosa, que prensderam o dito cujo individuo como incurso nas pernas do matrimónio apruco e sucesso pruqué, a sobre dita mulhé tava pejada e com assucedido deu luz a um menino macho que nasceu morto. As tistimunhas é de vista pruqué chegaro no sufragante e bisbaro a preversidade do outras é tistimunha in avaluemo e assim; Cunsidero que o cabra Mané Duda agerdiu a mulhé do Chico Bento, por quá ruía brocha pra coxambrá cum ella coízas que só o marido della cumpetia coxambrá, pru via de serem casados pelo rijume da Santa Madre Igreja. Cunsidero que o cabra Duda deitou a paciente no chão e quando ia coxambrá suas coxambranças viu todas as encomendas della, que só o marido della tinha direito de vê. Cunsidero que a paciente tava pojada e que em consequencia do assucedido deu a luz a um menino macho que nasceu morto. Cunsidero que a morte do menino trouxe prejuízo a herança que podia tê quando o pai delle ou a mãi infalecesse. Cunsidero que o arrepresentado cabra é supricante debochado que nunca sóbe arrespeitar as família dos seus vizinhos, tanto que ia faze coxambranças com a Quitória e a Quilarinda que é moças donzelas e que não conseguiu pru vias dellas reunare borná e dare avizo a puliça. Cunsidero que o cabra Mané Duda é sujeito perigoso e que se não tivé uma coza que ataie a pirigança delle, aminhã ta fazendo assumbração inté nos home, pruvia de sua patifaria o deboche. Cunsidero que o cabra Mané Duda está em pecado mortá pruqué nos mandamentos de nossa Santa Madre Igreja é impruibido a gente desejá a mulhé do procimo a elle adesejou. Cunsidero que S.M. Imperiá a quem Deus guarde, e o mundo inteiro, percisa ficar livre do cabra Mané Duda, pra século seculoro amen, a refem dos deboches e servergonhezas por ele praticado e pra que fêmea e macho não seja mais pur elle incomodado. Cunsidero que o cabra Mané Duda, é tão semveriuz que assustentou todas as senvergonhezas e ainda pisquim e isnoga das encomendas de sua vitima. Cunsidero que o cabra Mané Duda percisa pelas lezes ser botado em rijume. Cunsidero que esse rijume a mim Juiz Minicipá cumpete botá. Posto que CONDENO o cabra Mané Duda pelo malefício que fez a mulhé do Chico Bento e outros malefícios iguá a ser capado, capadura que será feita a macete cumose faz com os animá do folgo. A inzecução desta pena será feita na cadeia desta villa. Anumeio inzecutô o carcereiro. Feita a capação, dispois de vinte dias o mesmo carcereiro sorte o supra, cabra pra que vá simbora in paiz. O nosso prió acumselha: HOMINE DEBOCHATO, DEBOCHATUS MULHERORUM, INVOCABUS EST, QUIBUS CAPARE ET CAPATUS EST MACETE MACETORUM CARRASCUS SINE FATO NEGARE POTE. Cumpra-se e preguese nos lugares pubricos pra ciença dos interessados. Apelho insofico desta centencia pra o Meretriz Dr. Juiz de Direito desta Comarca.
Porto das Folhas, 15 de outubro de 1883
(a) Manoel Fernando dos Santos
1º suprente de Juiz Minicipá

Fonte: ENFOQUE POLICIAL Página 55

Pérolas dos Vestibulandos V

25) A prosopopéia é o começo de uma epopéia.
26) Os crustáceos fora d'água respiram como podem..
27) As plantas se distinguem dos animais por só respirarem a noite.
28) Os hermafroditas humanos nascem unidos pelo corpo..
29) As glândulas salivares só trabalham quando a gente tem vontade de cuspir.
30) Os estuários e os deltas foram os primitivos habitantes da Mesopotâmia.

Fonte: Internet (Circulando por e-mail)

Motivos Para os Homens Gostarem Tanto das Mulheres I

1 - O cheirinho delas é sempre gostoso, mesmo que seja só xampu.
2 - O jeitinho que elas têm de sempre encontrar o lugarzinho certo em nosso ombro.
3 - A facilidade com a qual cabem em nossos braços.
4 - O jeito que têm de nos beijar e, de repente, fazer o mundo ficar perfeito.
5 - Como são encantadoras quando comem.
6 - Elas levam horas para se vestir, mas no final vale a pena.
7 - Porque estão sempre quentinhas, mesmo que esteja fazendo trinta graus abaixo de zero lá fora.
8 - Como sempre ficam bonitas, mesmo de jeans, camiseta e rabo-de-cavalo.

Fonte: Internet (Circulando por e-mail)

IMPORTANTE: Isto NÃO é uma corrente, mas envie isso para todas as mulheres da sua lista para que elas saibam o quanto são úteis na vida de um homem, e para todos os homens para que eles possam saber o quanto as mulheres são importantes.
 

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