sábado, 30 de junho de 2012

BLITZ PORTUGUESA

Um grupo de brasileiros, após uma volta pela Europa, alugou um carro na Alemanha.
Quando eles chegaram à fronteira de Portugal, o fiscal português deu uma volta ao redor do carro e disse aos brasileiros:
- Vocês não podem passar.
- Mas por quê? - perguntou o motorista brasileiro.
- É porque vocês são cinco num Audi A Quatro.
- E daí? Disse o brasileiro. Isso não tem nada a ver. Quatro é o tipo do carro, mas se o senhor olhar os documentos vai ver que é um carro de cinco lugares.
- Isso não me interessa, disse o fiscal português. O meu comandante falou que num Audi A Quatro só pode ter quatro passageiros.
- Mas isso é um absurdo! - indignou-se o brasileiro. Vai chamar o seu comandante, eu quero falar com ele. Tenho certeza de que vamos nos entender.
- Agora não é possível, ele está muito ocupado.
- Ocupado com o quê?
- Com os dois caras do Fiat Uno.
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

O BRASIL ANEDÓTICO XLII

ANOMALIA FINANCEIRA
Humberto de Campos - Discurso de recepção na Academia Brasileira de Letras, 1920.
Certas vez, ia Emílio de Menezes em um bonde, quando se sentaram no banco imediato, em frente, duas senhoras de grandes banhas, que dificilmente puderam entrar no veículo. Com o peso das duas matronas, o banco, que era frágil, range, estala, geme, estranhando a carga. O poeta, que observa o caso, leva a mão à boca, no seu gesto característico, e põe-se a rir em silêncio, no seu riso sacudido e interior, E como se o companheiro o olhasse, explicou:
- Sim, senhor! É a primeira vez que vejo um banco quebrar por excesso de fundos!...
REVENDO UMA DIFICULDADE
J.M. de Macedo - "Ano Biográfico", vol. III, pág. 101.
Naturalista de grande nomeada, foi Alexandre Rodrigues Ferreira incumbido pelo governo português de estudar as riquezas do Brasil, principalmente as do vale amazônico. De volta a Belém do Pará, encontrou aí, desolado, o capitão Luiz Pereira da Cunha, intermediário dos produtos por ele mandados para o reino, o qual se queixava de não haver recebido do governo as importâncias que, ademais, constituíam o dote de sua filha.
- Se o seu desgosto é esse, meu amigo, estou pronto a fazê-lo desaparecer - declarou-lhe o sábio.
E num originalíssimo pedido de casamento:
- Eu caso com a sua filha, e prescindo do dote!
A LÓGICA DA NATUREZA
Moreira de Azevedo - "Mosaico Brasileiro", pág. 32.
Considerado cúmplice da Conjuração Mineira e atirado aos subterrâneos da ilha das Cobras, o poeta Alvarenga Peixoto sentiu, ao ouvir ler a sua sentença de morte, tamanho choque nervoso, que, em uma noite, os seus cabelos, de negros que eram, se tornaram totalmente brancos.
- Ah, senhor! Como envelhecestes da noite para o dia! - exclamou, ao vê-lo, pela manhã, o carcereiro.
O poeta sorriu:
- A Natureza é justa, amigo.
E com estoicismo:
- Eu devia morrer velho; mas, como os homens me condenaram ainda moço, apressou-se a morte em envelhecer-me...
A RESTAURAÇÃO DO HINO
Ernesto Sena - "Deodoro", pág. 157.
Com a queda do Império havia ficado abolido o Hino Nacional de Francisco Manuel, adotando-se outro, de Leopoldo Miguez. Toda a gente sentia, porém, saudades do velho símbolo musical, vigoroso como poucos.
A 15 de novembro de 1890, os representantes da imprensa resolveram pedir a Deodoro a reabilitação do antigo, refugado por imperial. Antes, porém, convencionaram com os mestres das bandas militares postadas dentro e nos jardins do palácio, então o Itamarati, para que, obtido o assentimento, tocassem, a um tempo, a soberba epopéia musical.
Obtido o consentimento do ditador, fez-se o gesto combinado. As bandas, a um tempo, atacaram as notas do nosso canto de guerra, sagrado nos campos de batalha. Foi um momento emocionante. Muita gente chorava. O próprio Deodoro tinha os olhos úmidos.
Lá fora, entretanto, na rua, o povo fugia, correndo em todas as direções, supondo que as forças armadas haviam, lá dentro, restaurado a monarquia!...
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927).

sexta-feira, 29 de junho de 2012

RUAS DE FORTALEZA: revirando o passado

Pelo noticiário da mídia local, a principal ocupação dos nossos edis é a concessão de medalhas e títulos de cidadania de Fortaleza. Por certo que o segundo passatempo da Câmara Municipal de Fortaleza deve ser o de apresentar projeto de lei denominando ruas e logradouros da capital, com nomes de pessoas falecidas, já que, para a tristeza dos nossos vereadores, a lei proíbe dar o nome de quem está vivo a equipamentos públicos.
Desse modo, para consolo dos proponentes, resta a opção de render homenagem a um seu parente ou de fazer média com um potencial eleitorado, composto por familiares de um cidadão fenecido há pouco tempo. Para isso, não importa o quanto o extinto foi bom para a nossa gente; vale mais ganhar as simpatias dos parentes do novel laureado.
Vultos de nossa história, se esquecidos, permanecerão nessa condição, porque não contam com descendentes que os tornem lembrados e visíveis aos olhos daqueles que têm o poder de propor a perpetuação dos seus nomes nas placas indicativas dos lugares.
Mesmo sendo um mau uso do tempo de nossas lideranças municipais, elas ainda cometem desatinos, como o de subtrair um trecho de uma artéria, com nome consagrado, para homenagear outrem, caso da Av. José Jatahy, oriunda do sequestro de parte da Av. José Bastos, ou de alterar o nome de uma rua, permutando o personagem nela dignificado, e isso ao arrepio da vontade dos residentes na área.
O Povo, de 3/6/12, trouxe à cena a indignação das pessoas, ante a substituição das placas que identificavam uma rua do bairro de Fátima. Como quem descobre um santo para cobrir outro, a Câmara Municipal de Fortaleza, em observância ao Projeto de Decreto Legislativo 87/09, trocou o nome da Rua Martinho Rodrigues por Rua Maestro Mozart Brandão, sem consulta aos moradores do logradouro, e em franco de respeito à memória do homenageado anterior.
Verbetado entre as figuras mais ilustres da história do Ceará, Martinho Rodrigues de Souza foi advogado, jornalista e político de oposição, tendo sido deputado federal, com importante participação na Constituição de 1891; homem honesto, trabalhador e abolicionista dos mais atuantes no Ceará.
O nome do maestro Mozart Brandão, com lastro nos seus reconhecidos valores, como arranjador, compositor e pianista, pode ser aplicado em outra rua, sem usurpar a reverência a terceiros, e jamais sem desmerecer um dos mais importantes personagens da nossa história.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico e economista
* Publicado In: O Povo. Fortaleza, 22 de junho de 2012. Caderno A (Opinião). p.7.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A FALÊNCIA MÚLTIPLA DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS

Por Arnaldo Jabor
Os corruptos ajudam-nos a descobrir o País. Há sete anos, Roberto Jefferson nos abriu a cortina do mensalão. Agora, com a dupla personalidade de Demóstenes Torres, descortinamos rios e florestas e a imensa paisagem de Cachoeira. Jefferson teve uma importância ideológica.
Cachoeira é uma inovação sociológica. Cachoeira é uma aula magna de ciência política sobre o Sistema do País. Vamos aprender muito com essa crise. É um esplendoroso universo de fatos, de gestos, de caras, de palavras que eclodiram diante de nossos olhos nas últimas semanas. Meu Deus, que riqueza, que profusão de cores e ritmos em nossa consciência política! Que fartura de novidades da sordidez social, tão fecunda quanto a beleza de nossas matas, cachoeiras, várzeas e flores.
Roberto Jefferson denunciou os bolchevistas no poder, os corruptos que roubavam por “bons motivos”, pelo “bem do povo”, na base dos “fins que justificam os meios”. E, assim, defenestrou a gangue de netinhos de Lenin que cercavam o Lula que, com sua imensa sorte, se livrou dos mandachuvas que o dominavam. Cachoeira é uma alegoria viva do patrimonialismo, a desgraça secular que devasta a história de nosso País. Sarney também seria 'didático', mas nada gruda nele, em seu terno de 'teflon'; no entanto, quem estudasse sua vida entenderia o retrato perfeito do atraso brasileiro dos últimos 50 anos.
Cachoeira é a verdade brasileira explícita, é o retrato do adultério permanente entre a coisa pública e privada, aperfeiçoado nos últimos dez anos, graças à maior invenção de Lula: a 'ingovernabilidade'.
Cachoeira é um acidente que rompeu a lisa aparência da 'normalidade' oficial do País. Sempre soubemos que os negócios entre governo e iniciativa privada vêm envenenados pelas eternas malandragens: invenção de despesas inúteis (como as lanchas do Ministério da Pesca), superfaturamento de compras, divisão de propinas, enfrentamento descarado de flagrantes, porque perder a dignidade vale a pena, se a grana for boa, cabeça erguida negando tudo, uns meses de humilhações ignoradas pelo cinismo e pela confiança de que a Justiça cega, surda e muda vai salvá-los. De resto, com a grana na 'cumbuca', as feridas cicatrizam logo.
O governo do PT desmoralizou o escândalo e Cachoeira é o monumento que Lula esculpiu. Lula inventou a ingovernabilidade em seu proveito pessoal. Não foi nem por estratégia política por um fim 'maior' - foi só para ele.
Achávamos a corrupção uma exceção, um pecado, mas hoje vemos que o PT transformou a corrupção em uma forma de governo, em um instrumento de trabalho. A corrupção pública e a privada é muito mais grave e lesiva que o tráfico de drogas.
Lula teve a esperteza de usar nossa anomalia secular em projeto de governo. Essa foi a realização mais profunda do governo Lula: o escancaramento didático do patrimonialismo burguês e o desenho de um novo e 'peronista' patrimonialismo de Estado.
Quando o paladino da moralidade Demóstenes ficou nu, foi uma mão na roda para dezenas de ladrões que moram no Congresso: “Se ele também rouba, vamos usá-lo como um Omo, um sabão em pó para nos lavar, vamos nos esconder atrás dele, vamos expor nosso escândalo por seu comportamento e, assim, seremos esquecidos!”
Os maiores assaltantes se horrorizaram, com boquinha de nojo e olhos em alvo: “Meu Deus... como ele pôde fazer isso?...”
Usam-no como um oportuno bode expiatório, mas ele é mais um 'boi de piranha' tardio, que vai na frente para a boiada se lavar atrás.
Demóstenes foi uma isca. O PT inventou a isca e foi o primeiro a mordê-la. “Otimo!” - berrou o famoso estalinista Rui Falcão – “Agora vamos revelar a farsa do mensalão!” - no mesmo tom em que o assassino iraniano disse que não houve holocausto. "Não houve o mensalão; foi a mídia que inventou, porque está comprada pela oposição!" Os neototalitários não desistem da repressão à imprensa democrática...
E foi o Lula que estimulou a CPI, mesmo prejudicando o governo de Dilma, que ele usa como faxineira também das performances midiáticas que cometeu em seu governo. Dilma está aborrecida. Ela não concorda que as investigações possam servir para que o Partido se vingue dos meios de comunicação e não quer paralisar o Congresso. Mas Lula não liga. “Ela que se vire...” - ele pensa em seu egoísmo, secretamente, até querendo que ela se dane, para ele voltar em 14. Agora, todo mundo está com medo, além da presidente. O PT está receoso - talvez vagamente arrependido. Pode voltar tudo: aloprados, caixas 2 falsas, a volta de Jefferson, Celso Daniel, tantas coisinhas miúdas... A CPI é um poço sem fundo. O PMDB, liderado pelo comandante do atraso Sarney, também está com medo. A velha raposa foi contra, pois sabe que merda não tem bússola e pode espirrar neles. Vejam o pânico de presidir o Conselho de Ética, conselho que tem membros com graves problemas na Justiça. Se bem que é maravilhoso o povo saber que Renan, Jucá, Humberto Alves, Gim Argello, Collor serão os 'catões', os puros defensores da decência... Não é sublime tudo isso? Nunca antes, em nossa história, alianças tão espúrias tiveram o condão de nos ensinar tanto sobre o Brasil. A cada dia nos tornamos mais sábios, mais cultos sobre essa grande chácara de oligarquias. E eu estou otimista. Acho que tudo que ocorre vai nos ensinar muito. Há qualquer coisa de novo nessa imundície. O mundo atual demanda um pouco mais de decência política. Cachoeira, Jefferson, Durval Barbosa nos ensinam muito. Estamos progredindo, pois aparece mais a secular engrenagem latrinária que funciona abaixo dos esgotos da pátria. A verdade está nos intestinos da política.
Mas, o País é tão frágil, tão dependente de acasos, que vivemos com o suspense do julgamento do mensalão pelo STF.
Se o ministro Ricardo Lewandowski não terminar sua lenta leitura do processo, nada acontecerá e a Justiça estará desmoralizada para sempre.
Fonte: O Estado de São Paulo, 17 de abril de 2012.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

MICROPÊNIS X INDENIZAÇÃO JUDICIAL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAPÁ
Mulher pede indenização na justiça por ter casado com homem de pênis pequeno!
K. , 26 anos, advogada e residente no município de P., no Amapá decidiu processar seu ex-marido por uma questão até então inusitada na jurisprudência nacional. Ela processa A., comerciante de 53 anos, por insignificância peniana.
Embora seja inédito no Brasil os processos por insignificância peniana são bastante frequentes nos Estados Unidos e Canadá. Esta moléstia é caracterizada por pênis que em estado de ereção não atingem sete centímetros. A literatura médica afirma que esta reduzida envergadura inibe drasticamente a libido feminina interferindo de forma impactante na construção do desejo sexual.
O casal viveu por dois anos uma relação de namoro e noivado e durante este tempo não desenvolveu relacionamento sexual de nenhuma espécie em função da convicção religiosa de A.. K. hoje o acusa de ter usado a motivação religiosa para esconder seu problema crônico. Em depoimento a imprensa a denunciante disse que “se eu tivesse visto antes o tamanho do ‘problema’ eu jamais teria me casado com um impotente”.
A legislação brasileira considera erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge quando existe a “ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável, ou de moléstia grave”. E justamente partindo desta premissa que a advogada pleiteia agora a anulação do casamento e uma indenização de R$ 200 mil pelos dois anos de namoro e 11 meses de casamento.
A. que agora é conhecido na região como T. Anaconda, afirma que a repercussão do caso gerou graves prejuízos para sua honra e também quer reparação na justiça por ter tido sua intimidade revelada publicamente. O fato é que se o gato não come o bife, ou o gato não é gato, ou o bife não é bife.
FONTE: Revista Nova, p. 33 e 34, abril 2012.

CAPISTRANO DE ABREU: da Columinjuba para o mundo

Um dos maiores historiadores do Brasil é, sem qualquer dúvida, um cearense, nascido em Maranguape, reconhecido, mundo à fora, por sua visão crítica e pelo rigor que empreendia na investigação dos fatos históricos.

Seu nome: João Capistrano Honório de Abreu. Tido como um dos principais historiadores do Brasil, ofereceu ainda uma contribuição valiosa nos campos da etnografia e da linguística. Seu grande feito: estudou, com afinco, a história colonial brasileira, elaborando uma teoria da literatura nacional, tendo por base os conceitos de clima, terra e raça, que reproduzia os clichês típicos do colonialismo europeu acerca dos trópicos, invertendo, todavia, o mito pré-romântico do “bom selvagem”. Foi o primeiro grande historiador a dar visibilidade às classes populares na história sócio-econômica do Brasil.

João Capistrano Honório de Abreu nasceu no Sítio Columinjuba, na cidade de Maranguape, em 25/10/1853, filho primogênito de Jerônimo Honório de Abreu e Antônia Vieira de Abreu. Foi alfabetizado pelo mestre Luiz Mendes, em Ladeira Grande, um vilarejo distante 3 km da casa onde veio ao mundo. Fez seus primeiros estudos em rápidas passagens por três escolas em Fortaleza: Colégio de Educandos (1859-61), Ateneu Cearense (1862-64) e Seminário Episcopal (1865-66), do qual foi expulso, acusado de preguiça, vadiação e desrespeito, além de ser ateu. Em 1869, viajou para Recife, onde cursou humanidades, retornando ao Ceará dois anos depois. Em Fortaleza, foi um dos fundadores da Academia Francesa, órgão de cultura e debates, progressista e anticlerical, de rápida existência, com duração de apenas três anos: de 1872 a 1875.
Neste último ano, viajou Capistrano de Abreu para o Rio de Janeiro, atendendo o convite de José de Alencar, e aí se fixou, tornando-se empregado da famosa Livraria Garnier, como caixeiro, passando a colaborar no periódico Gazeta de Notícias. Em 1879, foi nomeado, por concurso, oficial da Biblioteca Nacional, trabalhando nessa função até 1883.
Sua aptidão para o ensino era evidente, tanto que lecionou Corografia e História do Brasil no Colégio Pedro II, nomeado, em 1883, por concurso em que apresentou tese sobre O Descobrimento do Brasil e o seu Desenvolvimento no Século XVI, considerada, no contexto da historiografia, como uma das mais importantes obras da História do Brasil. Devidamente aprovado, exerceu esse cargo até 1899, quando Epitácio Pessoa, então Ministro da Justiça, determinou anexar o ensino de História do Brasil ao de História Universal, e, em sinal de protesto, o bravo cearense recusou-se a lecionar a nova disciplina, preferindo manter-se em disponibilidade, com redução de 40% do seu salário, para se dedicar à pesquisa.
Eleito para a Academia Brasileira de Letras, negou-se a tomar posse, desiludido com a traição cometida por Rui Barbosa, um dos artífices da sujeição da sua cadeira à de História Universal.
Eleito, em 1887, como membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, única honraria que aceitou, Capistrano de Abreu tornou-se reconhecido como o patrono da historiografia brasileira, sendo responsável pela renovação dos métodos de investigação e interpretação historiográfica, no Brasil.
Capistrano de Abreu, contrariando o vezo habitual, foi grande, dentro e fora da sua terra. Suas principais obras foram: Estudo sobre Raimundo da Rocha Lima (1878), José de Alencar (1878), O Descobrimento do Brasil (1883), A Língua dos Bacaeris (1897), Capítulos de História Colonial 1500-1800 (1907), Dois Documentos sobre Caxinauás (1911-1912), Os Caminhos Antigos e o Povoamento do Brasil (1930), Ensaios e Estudos (1931-33) e Correspondência (1954); os dois últimos foram publicados postumamente.
Sua morte ocorreu no Rio de Janeiro, em 13 de agosto de 1927, dois meses antes de completar 74 anos.
Capistrano de Abreu foi, na verdade, um historiador além do seu tempo. O trato com as fontes e a posterior escrita dos seus textos têm muito de singularidade para aquele momento, dada à consistência em: apontar contradições internas dos relatos; verificar a autenticidade das fontes utilizadas pelos estudiosos e historiadores; primar pelas referências precisas das fontes sobre o passado; e avaliar se as considerações sobre determinado evento histórico eram verdadeiras ou não.
De tudo o que aqui se disse sobre o filho ilustre de Maranguape, nas cercanias de Fortaleza, capital do estado do Ceará, algumas ilações podem ser feitas quanto à sua genialidade, expressa no pendor para registrar os fatos históricos, estribados no pensamento crítico, para emissão de juízo de valor.
Capistrano de Abreu foi grande no seu tempo e continua grandioso na posteridade, mercê de um talento nato para tornar reais as palavras de Heródoto: Historia temporum lux. Com efeito, toda a existência terrena de Capistrano de Abreu foi marcada por acontecimentos que só fizeram enriquecer sua brilhante trajetória de vida.
Esse é o perfil do homem inscrito entre os patronos da Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba (ACLA), cuja condição de patrono emérito confere enorme responsabilidade a quem nela tomar assento, neste silogeu, criado sob a inspiração do intelectual e promotor cultural Cláudio Pereira, a cadeira voadora, de saudosa memória, e que hoje está sob a direção Dr. Walter de Borba e Veloso, pelo meu dileto amigo e ex-colega do Júlia Jorge.
No centro de todas as atenções, ontem como agora, Capistrano de Abreu foi e continua sendo visto como uma luz, projetada desta verde aprazível Columinjuba para o resto do Brasil e para o mundo.
Prof. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina

* Publicado In. ACLA em ação, 11(72): 5, 2012. (Informativo da Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba).

terça-feira, 26 de junho de 2012

NOSSA ACADEMIA DE MEDICINA

Antero Coelho Neto (*)
Ética, desenvolvimento científico e a memória da Medicina são os marcos filosóficos da nossa Academia Cearense de Medicina. Ao passar a Medalha de presidente da Academia para o João Pompeu Lopes Randal, em 17 de maio passado, destaquei, como agora faço, esses elementos para que todos possam sentir a grandeza e validade de nossa Academia.
Orgulho de acadêmico? Sim, mas também a certeza de que todos nós continuamos participando do desenvolvimento da Medicina para a nossa população. Foi um momento muito importante de minha vida que gostaria de dividir com vocês, leitores assíduos.
Ética, desde a Grécia antiga, quando significava “aquilo que pertence ao caráter”, até a conceituação moderna de “filosofia dedicada aos assuntos morais”, tem sido sempre muito importante para a nossa vida. E, hoje, a nossa Academia está passando um momento muito especial, com outras Academias de Medicina, com o estímulo e ajuda do Conselho Federal de Medicina, desenvolvendo um projeto de valorização da ética médica nacional, com muita responsabilidade e sabedoria.
Convidando destacados profissionais e professores da Medicina atual, e estimulando a participação e apresentação dos confrades acadêmicos em palestras e conferências, mantemos o conhecimento atualizado para o bem de todos. A grande velocidade do crescimento das ciências modernas relacionadas à Medicina estimula, e até nos obriga, a manter esta atualização para conceituação de acadêmico.
A nossa Academia foi a primeira do Brasil (12/5/1978) e teve o seu início prestigiado pelos mais importantes e destacados médicos da época e a felicidade de ter cultivadores excepcionais da história da Medicina. E, memória é uma das mais importantes dimensões da vida. Costumo dizer: o que não é escrito, digitalizado, gravado, pintado, esculpido, fotografado, cantado ou falado não existiu. Existe só no momento do ocorrido. E memória, cerebral ou biológica, e a que traduz o passado profissional e sociocultural, guardada em dispositivos próprios (memória artificial), valem principalmente para nós os idosos, que somos “despertados” para essa grande importância. A diminuição, às vezes acentuada, da memória cognitiva, em várias situações da velhice, é extremamente frustrante.
Daí o nosso conselho de utilização da informática moderna ou escrita permanente, o mais cedo possível, de diários da vida, relatando e guardando os momentos que valeram a pena. Felizmente, aprendi isso há muitos anos quando desenvolvia estudos de medicina especializada na Universidade de Harvard, com o prof. William V. MacDermott.
E aí lembro a enorme valorização do passado, na decorrência dos fatos que virão. Memória importante é aquela relacionada ao desenvolvimento de um futuro vigente. Pena que este nosso espaço seja pequeno. Mas voltarei para relatar momentos importantes que não podem e não devem ficar esquecidos. O futuro é nosso! E o passado também!
(*) Médico, professor e ex-presidente da Academia Cearense de Medicina.
Publicado In: O Povo, 13/06/2012.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Preciosas Aulas de Gestão I

AULA 1
Um homem está entrando no chuveiro enquanto sua mulher acaba de sair e está se enxugando.
A campainha da porta toca.
Depois de alguns segundos de discussão para ver quem iria atender a porta a mulher desiste, se enrola na toalha e desce as escadas.
Quando ela abre a porta, vê o vizinho Nestor em pé na soleira.
Antes que ela possa dizer qualquer coisa, Nestor diz:
- Eu lhe dou 3.000 reais se você deixar cair esta toalha!
Depois de pensar por alguns segundos, a mulher deixa a toalha cair e fica nua. Nestor então entrega a ela os 3.000 reais prometidos e vai embora.
Confusa, mas excitada com sua sorte, a mulher se enrola de novo na toalha e volta para o quarto.
Quando ela entra no quarto, o marido grita do chuveiro:
- Quem era?
- Era o Nestor, o vizinho da casa ao lado - diz ela.
- Ótimo! Ele lhe deu os 3.000 reais que ele estava me devendo?
Conclusão: *Se você compartilha informações a tempo, você pode prevenir exposições desnecessárias*
Fonte: Circulando na internet, sem autoria definida.

domingo, 24 de junho de 2012

PEDINDO UMA PIZZA EM 2009

Por Daniel  Kurtzman
- Pizzaria Google, boa noite!
– De onde falam?
- Pizzaria Google, Senhor. Qual é o seu pedido?
- Mas este telefone não era da Pizzaria do...
- Sim, Senhor, mas a Google comprou a Pizzaria e agora sua pizza é mais completa.
- OK. Você pode anotar o meu pedido, por favor?
- Pois não. O Senhor vai querer a de sempre?
- A de sempre? Você me conhece?
- Temos um identificador de chamadas em nosso banco de dados, Senhor. Pelo que temos registrado aqui, nas últimas 53 vezes que ligou, o Senhor pediu meia quatro queijos e meia calabresa.
- Puxa, eu nem tinha notado! Vou querer esta mesmo...
- Senhor, posso dar uma sugestão?
- Claro que sim. Tem alguma pizza nova no cardápio?
- Não, Senhor. Nosso cardápio é bem completo, mas eu gostaria de sugerir-lhe meia ricota, meia rúcula.
- Ricota??? Rúcula??? Você ficou louco? Eu odeio estas coisas!
- Mas, senhor, faz bem para a sua saúde. Além disso, seu colesterol não anda bom...
- Como você sabe?
- Nossa Pizzaria tem o banco de dados mais completo do planeta. Nós temos o banco de dados do laboratório em que o senhor faz exames também. Cruzamos seu número de telefone com seu nome e temos o resultado dos seus exames de colesterol. Achamos que uma pizza de rúcula e ricota seria melhor para sua saúde.
- Eu não quero pizza de queijo sem gosto e nem pizza de salada. Por isso tomo meu remédio para colesterol e como o que eu quiser...
- Senhor, me desculpe, mas acho que o senhor não tem tomado seu remédio ultimamente.
- Como sabe? Vocês estão me vigiando o tempo todo?
- Temos o banco de dados das farmácias da cidade. A última vez que o Senhor comprou seu remédio para colesterol foi há 3 meses. A caixa tem 30 comprimidos.
- P&*%! É verdade! Como vocês sabem disto?
- Pelo seu cartão de crédito...
- Como?!?!?
- O Senhor tem o hábito de comprar remédios em uma farmácia que lhe dá desconto se pagar com cartão de crédito da loja. E ainda parcela em 3 vezes sem acréscimo... Nós temos o banco de dados de gastos com cartão na farmácia. Há 2 meses o senhor não compra nada lá, mas continua usando seu cartão de crédito em outras lojas, o que significa que não o perdeu, apenas deixou de comprar remédios.
- E eu não posso ter pago em dinheiro? Agora te peguei...
- O Senhor não deve ter pago em dinheiro, pois faz saques semanais de R$ 250,00 para sua empregada doméstica. Não sobra dinheiro para comprar remédios. O restante o Senhor paga com cartão de débito.
- Como você sabe que eu tenho empregada e quanto ela ganha?
- O senhor paga o INSS dela mensalmente com um DARF. Pelo valor do recolhimento, dá para concluir que ela ganha R$ 1.000,00 por mês. Nós temos o banco de dados dos Bancos também. E pelo seu CPF...
- ORA, VÁ SE DANAR!!!
- Sim, Senhor, me desculpe, mas está tudo em minha tela. Tenho o dever de ajudá-lo. Acho, inclusive, que o Senhor deveria remarcar a consulta que o senhor faltou com seu médico, levar os exames que fez no mês passado e pedir uma nova receita do remédio.
- Por que você não vai à m#@&*???
- Desculpe-me novamente, Senhor....
- ESTOU FARTO DESTAS DESCULPAS. ESTOU FARTO DA INTERNET, DE COMPUTADORES, DO SÉCULO XXI, DA FALTA DE PRIVACIDADE, DOS BANCOS DE DADOS E DESTE PAÍS...
- Mas, Senhor...
- CALE-SE! VOU ME MUDAR DESTE PAÍS PARA BEM LONGE. VOU PARA AS ILHAS FIJI OU ALGUM LUGAR QUE NÃO TENHA INTERNET, TELEFONE, COMPUTADORES E GENTE ME VIGIANDO O TEMPO TODO!...
- Sim, Senhor... entendo perfeitamente...
- É ISTO MESMO! VOU ARRUMAR MINHAS MALAS AGORA E AMANHÃ MESMO VOU SUMIR DESTA CIDADE.
- Entendo...
- VOU USAR MEU CARTÃO DE CRÉDITO PELA ÚLTIMA VEZ E COMPRAR UMA PASSAGEM SÓ DE IDA PARA ALGUM LUGAR BEM LONGE DE VOCÊ!!!
- Perfeitamente...
- E QUERO QUE VOCÊ ME ESQUEÇA!
- Farei isto, Senhor... ...
(silêncio de um minuto)...
- O Senhor está aí ainda?
- SIM, POR QUE? ESTOU PLANEJANDO MINHA VIAGEM... E PODE CANCELAR MINHA PIZZA.
- Perfeitamente. Está cancelada...
(mais um minuto de silêncio)...
- Só mais uma coisa, Senhor...
- O QUE É AGORA?
- Devo lhe informar uma coisa importante...
- FALA, CACETE!!!....
- O seu passaporte está vencido....
Nota do Blog: Essa bem criativa estória circula também na net, sob o título PIZZARIA GOOGLE, sem autor definido, ou mesmo atribuindo os créditos autorais ao afamado escritor Luís Fernando Veríssimo. Na verdade, segundo informações colhidas na própria rede, foi redigida por Daniel Kurtzman.

PARA BEBEDORES DE TEQUILA

Um homem chega a um bar e vê um vaso cheio de dinheiro no canto.
É claro que ele pergunta:
- Por que este vaso está cheio de dinheiro?
E o barman:
- Bem, você paga R$10,00 e, se passar por três testes, então terá todo o dinheiro do vaso.
- Quais são os testes?
- Primeiro pague. Esta é a regra.
Então o homem pagou ao barman os R$ 10,00 e este colocou a nota no vaso, com as demais.
- Ok. Aqui está o que você deve fazer:
- Primeiro: você tem de beber toda esta garrafa de tequila apimentada, tudo de uma vez só e sem fazer nenhuma careta.
- Segundo: há um Pitbull lá fora, com um dente estragado que dói muito. Você tem que arrancar o tal dente com as próprias mãos.
- Terceiro: Há uma senhora de 90 anos, no segundo andar, que nunca teve um orgasmo na vida. Você terá que fazer com que ela finalmente o tenha.
- Não posso fazer tudo isso... é impossível!
Depois de algum tempo e de várias biritas, o homem perguntou:
- Caadêe aaz tequillaah?
O garçom deu a ele a garrafa. O homem a segurou com as duas mãos e entornou-a inteira, sem fazer nenhuma careta, apesar das lágrimas que banhavam seu rosto. Depois, levantou-se com dificuldade, olhou para todos, com cara de valente, e saiu do bar em direção ao Pitbull.
Todos escutaram os latidos do cão, os gritos do homem, uma confusão infernal, até que o Pitbull uivou longamente, por 3 minutos, e, de repente, um silêncio imenso pairou no ar... Todos pensaram que o homem havia morrido.
Repentinamente, ele entra no bar, todo arranhado, e pergunta:
- E agora... cadê a véia do dente estragado?
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

sábado, 23 de junho de 2012

A FRASE DA SEMANA: junho/2012

Humor Negro
"O problema não é sua esposa colocar suas malas na rua, o importante é você não estar dentro delas!"
E.M. (a trituradora)
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

Posse de Odorico Morais e Ciarlini Teixeira na Academia Cearense de Medicina

A Academia Cearense de Medicina (ACM) realizou ontem à noite, dia 22/06/12, no Auditório Castello Branco, da Reitoria da UFC, a solenidade de posse dos seus novos membros titulares: o Dr. Manoel Odorico de Morais Filho, farmacologista e professor titular do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da UFC, e o Dr. Carlos Augusto Ciarlini Teixeira, neurologista e professor associado do Departamento de Medicina Clínica da UFC, como ocupantes das Cadeiras 64 e 65, respectivamente, patroneadas pelos médicos Washington Carneiro Baratta Monteiro e Gerardo Frota de Souza Pinto, ambos do quadro de fundadores da ACM.
Os novos acadêmicos foram saudados pelo Acad. Vicente de Paulo Leitão de Carvalho.
Acad. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro titular da ACM – Cadeira Nº 18

sexta-feira, 22 de junho de 2012

BEATRIZ DA SILVA, uma santa portuguesa

Beatriz da Silva de Menezes nasceu em Campo Maior, no Alentejo, em 1437. Seus pais pertenciam à nobreza e guardavam parentesco com a família real portuguesa. Foi educada por frades franciscanos, que nela semearam um intenso sentimento cristão, ético e moral e uma especial devoção à Imaculada Conceição.
A Princesa Isabel de Portugal, filha do Rei D. Duarte, casou-se com D. João II, o rei de Castela, e levou a sua prima Beatriz como sua dama de companhia, junto à corte castelhana, fincada em Tordesilhas.
Beatriz era muito jovem e bela; de alma transparente e cristalina. Para algumas pessoas do seu tempo, ela “era formosíssima, prudente, afável, inteligente e gentil”; chegaram a descrevê-la: “que era bela, maravilhosamente bela, até ao deslumbramento”. A sua beleza, graciosidade e doçura, conduziu a que muitos pretendentes nobres desejassem esposá-la, recusando-os por nutrir a sua intenção de apenas servir ao Cristo Jesus.
A sua beleza fulgurante despertou um ciúme doentio na rainha, temerosa de vir a perder o marido, em virtude das mesuras que o rei concedia à Beatriz, a qual, de nenhum modo, buscava atrair as atenções de quaisquer cavalheiros, uma vez que almejava tão somente o recolhimento, devotando o seu amor à Deus.
Tomada de ciúmes, a Rainha Isabel tramou o desaparecimento da prima, encerrando-a em uma urna, para que ali perecesse asfixiada. Três dias se passaram, até que D. João de Menezes, tio de Beatriz, preocupado com o desaparecimento da sobrinha e ciente do ciúme que dominava a rainha, cobra de sua alteza uma explicação, e esta o conduz ao local, onde estava a urna, para que ele visse o corpo inerte de Beatriz. Ao abrir a urna, para espanto da rainha, Beatriz estava viva e mais bela do que sempre fora.
Nos três dias em que ela permaneceu trancafiada, na escuridão da urna, esperando a morte chegar, apareceu-lhe a Santíssima Virgem com um menino nos braços. Nossa Senhora trajava um hábito todo branco, com um manto azul a cobri-la, e portava um escapulário. A Virgem Imaculada, padroeira de Portugal, anunciou-lhe que seria mãe de muitas filhas e fundasse uma Ordem dedicada ao serviço e louvor do mistério da sua Conceição Imaculada.
Após o acontecido e, com a autorização da rainha, a quem Beatriz perdoou, ela abandonou a Corte, em Tordesilhas, retirando-se para a cidade de Toledo, onde viveu, voluntariamente, em completa clausura, no convento dominicano de São Domingos O Real, no qual passou trinta longos anos, longe de tudo e de todos os seus entes queridos e totalmente desprendida das vaidades terrenas e desejos mundanos. Como a beleza do seu rosto foi o motivo de tantas desavenças na corte, cobriu-o com um véu branco durante o resto da sua vida, exceto em raríssimos momentos.
Beatriz renunciou a tudo: sua excelsa beleza, sua posição social, sua fortuna e a oportunidade de fazer um belo casamento, para se enclausurar em um convento, onde nem freira era. Na verdade, sem vínculo monástico algum, ela pode saciar sua sede de Deus e preparar-se, demoradamente, para a carismática obra a que fora designada pela Virgem Imaculada.
A soror Catarina, do Convento de São Domingos O Real, para quem a vida de Beatriz era verdadeiramente exemplar, assim se pronunciou sobre a mesma: “Florescia em todas as virtudes e comia parcamente, que era tida por santa e obrava milagres, que se distinguiu sempre por sua humildade e obediência às superioras”. Das rendas, que possuía, reservava uma pequena parcela para si, e a parte maior ela despendia em esmolas.
Auxiliada pela Rainha Isabel, “a Católica”, que lhe concedeu o Palácio de Galiana e a Igreja de Santa Fé, em Toledo, Beatriz deixa o Convento de São Domingos O Real, para se instalar com mais doze virtuosas donzelas, no local que a rainha lhes dera. Composta a Regra, a mesma é enviada ao Papa Inocêncio VIII, acompanhada de petição da rainha Isabel, “a Católica”, para que Sua Santidade aprovasse essa Ordem, com o título da Imaculada Conceição, cuja Bula de aprovação foi expedida em 1484.
Já havia sido marcada pelo Bispo de Toledo a celebração das profissões, de Beatriz e das suas doze companheiras, quando a Santíssima Virgem novamente lhe aparece, falando-lhe: “Dentro de dez dias virei buscar-te, porque não é vontade de Meu Filho que gozes aqui na terra o que tanto desejaste”.
Registra-se que, no momento derradeiro, ao levantarem-lhe o véu, para lhe fosse ministrado o sacramento da Unção dos Enfermos, todos viram, assombrados, que, do seu rosto, saíam raios de luz que iluminaram todo o cômodo em que se encontravam, e uma estrela luminosa fixou-se emsua testa, ali permanecendo até que exalou o último suspiro. É por essa razão que a imagem de Santa Beatriz da Silva é representada com uma estrela na fronte.
Sua morte ocorreu em Toledo, na atual Espanha, em 9 de agosto de 1492. Ela foi, oficialmente, beatificada a 28 de julho de 1926, pelo Papa Pio XI, e canonizada a 3 de outubro de 1976, pelo Papa Paulo VI.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sociedade Médica São Lucas
* Publicado In: Boletim Informativo da Sociedade Médica São Lucas, 8(59): 4-5, junho de 2012.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Comemorações do Centenário de Waldemar Alcântara na UFC

Hoje, dia 21 de junho de 2012, às 18 horas, no Auditório da Reitoria, será realizada Sessão Solene do Conselho Universitário da UFC em homenagem ao centenário de nascimento do Dr. Waldemar Alcântara.
Em seguida, às 18h30, no Jardim da Reitoria, serão lançados os livros Waldemar do Ceará e dos Alcântaras (inédito) e a Faculdade de Medicina e sua Ação Renovadora (fac-similar).

Lula & Maluf: Dize-me com quem andas...


Lula & Maluf acertam apoio a Fernando Haddad.
Enquanto isso, no “cabaré de política brasileira”, agora, um foragido da Polinter, que antes era apontado como ladrão pelo PT, é mais um ilustre parceiro do Lula.
Aliás, o Lula já se juntara ao Sarney, aos Renan Calheiros, Jader Barbalho, Collor de Melo e outros do mesmo naipe.
Como podemos ver, está pronta a maior quadrilha para festejar o “São João” à nossa custa.
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

quarta-feira, 20 de junho de 2012

DESABAFO ECOLÓGICO...

Na fila do supermercado, o caixa diz uma senhora idosa:
- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente.
A senhora pediu desculpas e disse:
- Não havia essa onda verde no meu tempo.
O empregado respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.
- Você está certo - responde a velha senhora.
- Nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes. Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
E prosseguiu:
- Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: Não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usávamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: Não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?
(O caixa ficou calado, com cara de cachorro que quebrou o pote).
Agora que você já leu o desabafo, envie para os seus amigos que têm mais de 50 anos de idade... E aos que têm bem menos... Para tomarem conhecimento de como no “nosso tempo”... Não precisávamos nos preocupar com o fantasma da Poluição...
Pense nisso...
Mude sua vida.
Preservação do Meio Ambiente: uma missão para todos nós
Fonte: Internet (circulando por e-mail e sem autoria definida).

terça-feira, 19 de junho de 2012

COMO ESCOLHER BEM UM VICE

Por Ricardo Alcântara (*)
Há três fases de definição eleitoral: a primeira é quando se define o candidato. A segunda, que às vezes a precede, é a composição das alianças. A última, decorrente desta, é a indicação do nome que irá compor a chapa como candidato a vice, o substituto eventual juridicamente assegurado.
Atualmente, se falamos em Fortaleza, com três semanas para a data final de definição, ainda não foi concluída a primeira fase. Pelo menos mais um nome de peso pode ser lançado: o candidato do governador. Outro ainda poderá recuar: a candidatura de Moroni ainda não foi confirmada pelo próprio candidato.
A muito relevante definição das alianças será, por força do cronograma, servida já com os nomes dos respectivos vices anexados. A indicação de um vice é irrelevante? Apenas quando é mal construída, atendendo a conveniências personalistas ou relegada, por falta de opções, a um “vai tu mesmo”.
Sobre isso, é preciso esclarecer que vice, ainda que muito popular, não produz votação cumulativa. Estudos demonstram que mesmo as maiores contribuições poucas vezes agregaram mais do que 5% da votação original do candidato titular – diferente do futebol, onde Pelé e Garrincha nunca perderam uma só partida jogando juntos.
Mais do que votos, um vice oferece a ampliação simbólica do perfil de uma candidatura. Não há mais exemplar ilustração do que a presença do empresário self made man José de Alencar na chapa que levou a versão “paz e amor” do PT a superar sua marca histórica de rejeição, colocando o Lula lá.
Assim como um líder operário buscou apoio em um empresário para dar à sua campanha as garantias que parte do eleitorado precisava – as regras do mercado seriam respeitadas – também um capitão da indústria poderia precisar da companhia de um líder popular para avalizar compromissos sociais.
Então, um bom vice oferece isto: um contraste. Um rosto experiente para avalizar um candidato muito jovem ou um jovem que dinamize um candidato de idade avançada. Uma mulher que suavize aspectos agressivos de um xerifão ou, ao contrário, um cão de guarda ao lado de uma face meiga de mãe.
Um vice do qual nenhuma parcela expressiva da sociedade possa dizer coisa alguma é um zero à esquerda, por mais atributos que a mãezinha dele jure que seu filho tem. Pior – já que aquele seria apenas uma nulidade – é o vice que não agrega em contraste, só provoca contradições.
É quando a presença dele na chapa é uma negação eloquente de tudo aquilo que o candidato promete. Quem arriscaria discursos sociais reformistas ao lado de um banqueiro? Marina Silva, por exemplo, jamais poderia subir no palanque com um plantador de soja – seria uma alface transgênica.
Igualmente problemático é o vice que derrapa no equívoco de pensar a campanha como oportunidade de ampliar seu próprio eleitorado, rivalizando com o candidato e subtraindo dele preciosos espaços na propaganda de televisão. A menos que seja muito popular, a exigência é um gol contra.
O bom vice se impõe pela força de sua presença como decisão política. O significado de sua participação não é numeral, mas qualitativo. Fosse popularidade sua principal contribuição, seria ele o candidato e não o outro. É naquilo que amplia, subjetiva ou politicamente, que ele é mais decisivo.
(*) Jornalista e escritor. Publicado In: Pauta Livre.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Nova Estátua da Justiça brasileira

Nem Leonardo da Vinci, nem o mestre do barroco mineiro, Aleijadinho, seriam capazes de dar tamanha expressão à imagem da nossa estátua da Justiça. 
O artista foi fenomenal...
Nunca antes na história deste País se teve um monumento tão espetacular como este.

Essa retratou 100%
Temos que respeitar a arte; a charge expressa os sentimentos de forma cômica.
A verdade, entretanto, é que nada acontece por acaso.
Qualquer comentário seria desnecessário...


“Estátua da Justiça Brasileira"!
Não enxerga, não escuta, não sabe de nada e é muito lerda!
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

domingo, 17 de junho de 2012

XEROCÓPIA DO FILHO

Após o nascimento do neto, a sogra diz para a nora:
- Eu não quero ser inconveniente, mas o menino não se parece nada com o meu filho…
A nora prontamente responde:
- Eu também não quero ser inconveniente, mas eu tenho uma xereca, não uma Xerox!
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

HOMENS URINANDO SENTADOS...

Políticos na Suécia querem que homens passem a fazer xixi sentados

Do UOL, São Paulo, em 15/6/2012

Homens urinando sentados... Acho que não! (Reprodução/Orange News)

Só pode ser o apocalipse!
Um atentado à macheza e masculinidade!
Uma afronta à liberdade dos homens!
Políticos suecos estão tentando mudar as regras que a evolução humana criou: querem que os homens do país passem a urinar sentados no vaso sanitário.
A ideia é do partido de esquerda local de Sormland e apoiada pelo partido socialista e feminista, que defende que fazer xixi sentado é mais higiênico.
Segundo o Orange News, eles ainda apontam que a prática diminui poças de urina nos banheiros e é ótima para a saúde dos homens, pois esvazia melhor a bexiga.
Já o especialista John Gamel, da Universidade de Louisville, discorda dos políticos (UFA!). Para ele, “os homens dispensam a urina que sobre na bexiga com a 'balançada' do final”.
Sábia mente sã!
Fonte: Notícias UOL
Comentário deste BLOG: Até na Suécia? Quem diria!? Isso parece discussão bizantina no parlamento brasileiro, a exemplo da “Lei da Palmada”; com a diferença de que, no Brasil, tal proposição seria rejeitada e acompanhada da aprovação de outra medida legal, estipulando a quantidade de “balançadinhas” necessárias ao esvaziamento da bexiga, bem como instituindo as regras para aplicação da lei.

sábado, 16 de junho de 2012

Concorrência Religiosa em Cartaz

Cartaz na porta da Igreja Universal:
"IRMÃO, SE VOCÊ ESTÁ CANSADO DE PECAR, ENTRE!"
Alguém escreveu embaixo:
SE NÃO ESTIVER.... LIGUE-ME!
SHIRLEY - 6315.6874
Serviço Completo
O amigo vai entrar ou vai ligar?
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

Fazer nas Coxas

A expressão “fazer nas coxas” surgiu na época da colonização brasileira. As telhas usadas nas construções da época, feitas de barro, eram moldadas nas coxas dos escravos. Assim, algumas vezes ficavam largas, outras vezes finas, nunca com um tamanho uniforme. Foi desta forma que surgiu a expressão, utilizada para indicar algo mal feito.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e de autoria ignorada).

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Lei contra segregação a alemães...

À presidente Dilma Roussef,
Como minoria segregada no Brasil, nós, descendentes de alemães, solicitamos providências do governo federal para sermos igualados aos negros, perdão, afrodescendentes, no que tange aos direitos dos cidadãos. Para tanto, pacificamente reivindicamos seja aprovada Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que contemple os seguintes pontos:
01 - Fica estabelecida a cota de 5% para alemães e seus descendentes nas universidades públicas brasileiras;
02 - Fica proibido chamar descendentes de alemães, ucranianos, holandeses e outros europeus de polaco;
03 - Fica proibido chamar um indivíduo de "alemão", pois o termo é pejorativo e denigre a imagem deste como ser humano.
04 - Fica estabelecido que os descendentes de alemães devem sem chamados de "germanodescendentes"; chamá-los de alemão passa a ser considerado crime de racismo – inafiançável - a despeito do fato de a raça humana ser uma só;
06 – Igualmente deve ser considerado crime de racismo o uso das expressões "alemaozão", "alemãozinho", "alemoa", "alemoazinha", “bicho de goiaba” etc., para se referir aos germanodescendentes;
07 - Fica proibido o uso de expressões de cunho pejorativo associadas aos descendentes de alemães. Ex: "Coisa de alemão!", "Alemão porco....", "Só podia ser alemão", " alemão batata" , " comedor de chucrute", “português que sabe matemática” etc.;
08 - Fica estabelecido o dia 25 de julho o "dia nacional da consciência germânica" com feriado nacional;
09 - Fica estabelecido o dia 25 de novembro o "dia nacional do orgulho alemão”, com feriado nacional, mesmo que não se possa chamar alemão de alemão;
10 - Fica criada a Subsecretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Alemã, subordinada à Secretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Racial;
11 - Fica estabelecido o prazo de 2 anos para a Subsecretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Alemã virar Ministério dos Alemães, juntando-se aos outros 38 ministérios brasileiros, mesmo que não possa chamar alemão de alemão.
12 - Fica proibida qualquer atitude de segregação aos descendentes de alemães, as quais os caracterizem com inferiores a outros seres humanos;
13 - Fica restrita ao governo brasileiro a pressuposição de que os alemães são inferiores, estabelecendo de cotas, restrições associativas, nominativas e sanções para as mesmas;
14 - Passa a ser crime de "germanofobia" qualquer agressão deliberada contra um descendente de alemães, mesmo que não possa chamar alemão de alemão.
15 - Toda criança que usar a expressão "alemão batata come queijo com barata" estará cometendo Bullying e deve ser encaminhada para tratamento psicológico.
16 - Em caso de um negão chamar um alemão de alemão, este adquire o direito de chamar o negão de negão sem aplicação das sanções já previstas em lei.
17 - Ficam estabelecidos como Centros Nacionais da Cultura Alemã o bairro Buraco do Raio em Ivoti/RS, a zona central de Blumenau/SC e o bairro “Drei Parrulho” em Santa Cruz do Sul.
Brasília, 10 de maio de 2012.
PS: Caso italianos, portugueses, espanhóis, sírio-libaneses, japoneses, bolivianos, paraguaios, poloneses e tantos outros também se unificarem em projetos similares, haverá dificuldades para aqueles que fazem questão de ser apenas brasileiros ... em conseguir vagas em universidades e direitos especiais.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e sem autoria definida).

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Livro ensina como muçulmanos devem bater nas suas esposas


Um controverso guia de casamento que aconselha os muçulmanos sobre como eles devem bater nas suas esposas está fazendo sucesso nas livrarias de Toronto (Canadá) e na web, onde é vendido em vários sites.
“Um presente para o casal muçulmano”, de 160 páginas e impresso em Nova Delhi (Índia), foi escrito por Hazrat Maulana Ashraf Ali Thanvi, que é reverenciado na obra como "um prolífico autor sobre quase todos os tópicos do conhecimento islâmico".
No livro, Ali Thanvi diz que "pode ser necessário ameaçar e usar a força com a esposa". No caso da aplicação da força, o autor recomenda a própria mão ou uma vara. Puxar pelas orelhas também é recomendável. Mas não pode haver violência em excesso, adverte.
Mas ele ressalta: “O marido deve tratar a esposa com bondade e amor, mesmo que ela tenda a ser estúpida e lenta às vezes”.
A esposa, escreveu Ali Thanvi, não pode sair de casa sem a permissão do marido e deve sempre se embelezar para ele, a fim “de satisfazer os desejos dele”, de acordo com reportagem do “Toronto Sun”.
Fonte: O Globo
Nota do Blog: A lei Maria da Penha precisa ter alargada a sua aplicação, alcançando mais países deste planeta global tão desigual.
 

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