quarta-feira, 2 de junho de 2021

EFEITOS DA PANDEMIA NO TURISMO CEARENSE

Por Ives Castelo Branco (*)

O Ceará é dono de uma imensa faixa de litoral que atrai pessoas do mundo inteiro, além de serras e um sertão que diversificam as opções de turismo e fazem com que o Estado ocupe as primeiras posições do ranking no crescimento da atividade turística do País.

Desenvolvimento em infraestrutura, como a ampliação do aeroporto internacional e o crescimento da rede hoteleira, somado a atrações como o Beach Park, Centro de Eventos e Jericoacoara, tornam o Ceará conhecido internacionalmente. Não podemos deixar de citar a gastronomia e o atendimento, estes exportados Brasil afora.

A pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio toda a cadeia de turismo do Estado, pequenos e grandes empreendimentos, sejam hotéis, restaurantes, bares, barracas de praia, parques aquáticos, empresas de transportes, agências e guias turísticos, artesãos, humoristas, milhares de empregos diretos e indiretos drasticamente impactados e afetando diretamente a redução do PIB.

Não é fácil realmente governar nessas horas, vidas interrompidas é o pior, empregos perdidos e empreendedorismo desacreditado, trazendo ao colapso uma das mais importantes cadeias de crescimento do estado.

Os auxílios governamentais para empresas e profissionais são muito válidos, embora o que resolva é a porta aberta para vender, faturar.

Torçamos por uma rápida reabertura do segmento e pela vacinação em massa. O mundo após a pandemia vai girar sim, é certo que com novas tendências de comportamento, será um novo começo, as pessoas repensarão sua saúde, relações, dinheiro e espiritualidade.

O turismo vai voltar, o de negócios vai passar por maiores transformações, as viagens comerciais, grandes convenções e congressos diminuirão bastante dando lugar às alternativas e ferramentas digitais, as quais vieram para ficar.

Já o turismo de entretenimento voltará mais fortalecido, as pessoas irão em busca de viver ou reviver, momentos em família, aventuras ainda não vividas, reencontro com a natureza, com a diversão e o bem-estar, por isso, temos certeza que dias melhores virão.

O mais importante é não perdermos a fé, a esperança, o povo cearense é por natureza resiliente, criativo, acolhedor e muito trabalhador. Vamos abraçar as mudanças, investir fortemente em tecnologia e duplicar nossas doses de otimismo. Vamos em frente. 

(*) Economista, vice-presidente do IBEF Ceará.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 24/3/21. Opinião, p.21.

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