(7 de abril de 1946 –
25 de abril de 2015)
Adi, como nós o chamavamos, nunca acalentou o ódio e sim a
tolerância e a generosidade. Na sua maturidade, guardou sempre vivo o espírito
da criança que foi em sua Santana do Acaraú. Tinha um sorriso manso e
acolhedor. As pedras do seu caminho foram, aos poucos, sendo transformadas em
pontes de criatividade e afetos. Cultivava amigos com a magia de sua alma de
artista. Tinha os olhos sempre abertos para o mundo, sorvia luz de novos
horizontes a cada amanhecer, mas sem perder, jamais, os vínculos com sua
aldeia. Em sua confraria sertaneja, citadina e capricorniana, deixou marcas
profundas, de ferro em brasa, nos corações de caprinos e caprinas que
desfrutaram de sua amizade prazerosa. Seus familiares, Valda, Suzana, Mariana,
João, Juliana e netos, eram sua fonte, refúgio, amorosidade e porto seguro, mas
também se fez seu timoneiro experiente e líder afetuoso.
Resolvestes, de repente, Adi, trilhar novo caminho no infinito e
escolhestes tua querida Santana como ponto de passagem, ponto de mutação. Que
teu espírito aventureiro voe livre na imensidão do Cosmo, que ficará mais belo
com a música, cores e magia de teus pincéis. Se, em algum momento, sentires
solidão, que lembres de todos nós que te amamos e celebramos tua amizade
generosa. E que nossos sentimentos e afetos possam te confortar. Que também, os
que ainda ficamos, sejamos abençoados por ti e protegidos pelas asas de tua
imaginação criativa. Que o teu novo viver, em outro caminho, no plano das
esferas siderais e do desconhecido, seja pleno de Paz e Luz. Nós te amamos,
querido mestre das artes e amigo.
Iracema, Fonseca,
Ernesto, Andreia e Maíra.
25 de abril de 2015
Nota: Mensagem
de despedidas a Audífax Rios, assinada por Iracema e Fonseca e os filhos desse harmonioso
casal, lida pelo médico Manuel Fonseca, ao término da Missa de corpo presente,
no cemitério Jardim Metropolitano, em 26/04/2015.
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