Marcelo Gurgel é que nem uma coruja: não dorme à noite e ainda fica a filosofar. No silêncio da madrugada, o único sinal de vida acordada que vem do seu apartamento, é uma luzinha fraca que permanece acesa, sem alterar muito a conta da Coelce, no final do mês. É que o médico Marcelo, além de economista, é econômico, cultivando sempre o velho ditado “quem paga, apaga”.
Mas nada disso vem ao caso porque o que se quer mesmo é falar da última produção literária do Marcelo Gurgel Carlos da Silva. Esse é o seu 57° livro, e do jeito que vai, com a idade que ele tem, lançando uma média de quatro obras por ano, quando chegar aos 80, será figura carimbada no Guiness local.
O mais importante, nessa corrida desenfreada do Professor Marcelo para publicar títulos e mais títulos, é que ele, além de se promover, promove também um bocado de gente, pessoas, aliás, que não teriam condições de ver seus trabalhos jogados no mercado da fama, se não fosse o olho clínico dele para escolher o que é bom e o que não é. Com outros, no entanto, acontece diferente: ele faz um trabalho de compilação - seleciona autores, identifica peças dignas de serem publicadas, reúne-as em capítulos, observando os temas tratados, no que, por sinal, ele é um verdadeiro “expert”, e, logo, logo, chega a hora de dizer: Pronto! Mais um!
Pode até parecer estranho, mas diante dessa avalanche literária, em termos de produção de obras, bem que o Marcelo Gurgel poderia se dar ao luxo de representar a esfinge, e dizer para o grande público: “Decifra-me”. Devorar, não cairia bem, dado seu espírito de paz, mas até que seria bom alguém conseguir explicar o comportamento dos seus neurônios, numa atividade (cerebral/intelectual) fora dos padrões da normalidade.
Esse último livro do Marcelo Gurgel “Tempos de Guerra e de Paz” só faz enriquecer a sua biografia e a própria literatura cearense, tão prolífera, mas sempre tão engenhosa, o que abre espaço para que, aqueles que são realmente bons, venham a se perpetuar.
A Academia Cearense de Letras, quando assim julgar oportuno, poderá acolhê-lo, entre os seus imortais, dispondo ao Marcelo uma cadeira, a fim de nela ele tome assento, por méritos próprios, honrando uma Casa que já abrigou, e ainda abriga, as mais lúcidas inteligências do Ceará.
Em que pese o título da obra que ora está sendo lançada na XV Semana Universitária da Uece, vive-se, hoje, mais tempo de paz, que de guerra. Se essa existe, é para que a justiça seja feita.
Elsie Studart G. de Oliveira
* Publicado In: Jornal o Povo, 19/03/11. Jornal do Leitor, p.2.
Mas nada disso vem ao caso porque o que se quer mesmo é falar da última produção literária do Marcelo Gurgel Carlos da Silva. Esse é o seu 57° livro, e do jeito que vai, com a idade que ele tem, lançando uma média de quatro obras por ano, quando chegar aos 80, será figura carimbada no Guiness local.
O mais importante, nessa corrida desenfreada do Professor Marcelo para publicar títulos e mais títulos, é que ele, além de se promover, promove também um bocado de gente, pessoas, aliás, que não teriam condições de ver seus trabalhos jogados no mercado da fama, se não fosse o olho clínico dele para escolher o que é bom e o que não é. Com outros, no entanto, acontece diferente: ele faz um trabalho de compilação - seleciona autores, identifica peças dignas de serem publicadas, reúne-as em capítulos, observando os temas tratados, no que, por sinal, ele é um verdadeiro “expert”, e, logo, logo, chega a hora de dizer: Pronto! Mais um!
Pode até parecer estranho, mas diante dessa avalanche literária, em termos de produção de obras, bem que o Marcelo Gurgel poderia se dar ao luxo de representar a esfinge, e dizer para o grande público: “Decifra-me”. Devorar, não cairia bem, dado seu espírito de paz, mas até que seria bom alguém conseguir explicar o comportamento dos seus neurônios, numa atividade (cerebral/intelectual) fora dos padrões da normalidade.
Esse último livro do Marcelo Gurgel “Tempos de Guerra e de Paz” só faz enriquecer a sua biografia e a própria literatura cearense, tão prolífera, mas sempre tão engenhosa, o que abre espaço para que, aqueles que são realmente bons, venham a se perpetuar.
A Academia Cearense de Letras, quando assim julgar oportuno, poderá acolhê-lo, entre os seus imortais, dispondo ao Marcelo uma cadeira, a fim de nela ele tome assento, por méritos próprios, honrando uma Casa que já abrigou, e ainda abriga, as mais lúcidas inteligências do Ceará.
Em que pese o título da obra que ora está sendo lançada na XV Semana Universitária da Uece, vive-se, hoje, mais tempo de paz, que de guerra. Se essa existe, é para que a justiça seja feita.
Elsie Studart G. de Oliveira
* Publicado In: Jornal o Povo, 19/03/11. Jornal do Leitor, p.2.
2 comentários:
Parabéns pela obra!
Parabéns professor pela obra!
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