quinta-feira, 30 de março de 2017

DECISÕES RACIONAIS


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
A economia é uma ciência extremamente complexa, pois depende de muitas variáveis endógenas e exógenas para se encontrar um modelo de desenvolvimento justo e sustentável. Cientistas e estudiosos, cada um em sua época, como Adam Smith, Ricardo, Marx, Max Weber, desenvolveram teorias baseadas em diretrizes filosóficas. Já Petty, Quesnay, Walras e Leontief, por exemplo, deram ênfase a conceitos matemáticos nas suas teses do equilíbrio econômico geral. A rigor, a Filosofia é dialética e a Matemática, por ser exata, é lógica. Tanto a Filosofia como a Matemática são fundamentais na formulação de politicas econômicas. O difícil é encontrar um entendimento que possa conduzir um País para uma situação de paz e crescimento com igualdade de oportunidades. Para se ter uma harmonia, dentre alguns fatores, convém destacar: Democracia, Educação (cognitiva e comportamental) e Justiça. O trinômio mencionado, proporcionando a confiança e a segurança jurídica, é o remédio mais eficaz para combater os desajustes existentes no campo econômico como o desemprego, a inflação, a elevada taxa de juros, os baixos níveis de investimento, os desequilíbrios externos, etc. Por sua vez, deve-se evitar que os debates, relacionados com a busca de soluções para os problemas, sejam inúteis, isto é, simples instrumentos de retórica, não possibilitando de forma adequada encontrar as diretrizes desejadas. O importante é conciliar a politica e a moral, dentro de bases éticas, respeitando os verdadeiros valores de uma sociedade livre e soberana, objetivando assim tomar decisões racionais compatíveis com os princípios democráticos.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 11/11/2016.

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