Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
A
economia é uma ciência extremamente complexa, pois depende de muitas variáveis
endógenas e exógenas para se encontrar um modelo de desenvolvimento justo e
sustentável. Cientistas e estudiosos, cada um em sua época, como Adam Smith,
Ricardo, Marx, Max Weber, desenvolveram teorias baseadas em diretrizes
filosóficas. Já Petty, Quesnay, Walras e Leontief, por exemplo, deram ênfase a
conceitos matemáticos nas suas teses do equilíbrio econômico geral. A rigor, a Filosofia
é dialética e a Matemática, por ser exata, é lógica. Tanto a Filosofia como a
Matemática são fundamentais na formulação de politicas econômicas. O difícil é
encontrar um entendimento que possa conduzir um País para uma situação de paz e
crescimento com igualdade de oportunidades. Para se ter uma harmonia, dentre
alguns fatores, convém destacar: Democracia, Educação (cognitiva e
comportamental) e Justiça. O trinômio mencionado, proporcionando a confiança e
a segurança jurídica, é o remédio mais eficaz para combater os desajustes
existentes no campo econômico como o desemprego, a inflação, a elevada taxa de
juros, os baixos níveis de investimento, os desequilíbrios externos, etc. Por
sua vez, deve-se evitar que os debates, relacionados com a busca de soluções
para os problemas, sejam inúteis, isto é, simples instrumentos de retórica, não
possibilitando de forma adequada encontrar as diretrizes desejadas. O
importante é conciliar a politica e a moral, dentro de bases éticas,
respeitando os verdadeiros valores de uma sociedade livre e soberana,
objetivando assim tomar decisões racionais compatíveis com os princípios
democráticos.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 11/11/2016.
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