Até flecha...
Viajando para S. Mateus, em
companhia de um caboclo taciturno, no meio da viagem, sol a pino, o poeta
convidou o seu guia para tomar um "trago". O caboclo paraibano
respondeu:
- Seu doutor eu não bebo “arco” (álcool, no linguajar do
matuto)!
- Pois do jeito que eu vou aqui, engulo até flecha. Diz o Quintino.
(Plautus Cunha -Anedotas do
Quintino)
Pernas de
Cadeira
O professor Anacleto de Queiroz
exigia que seus alunos lhe obedecessem sem tirar nem uma vírgula nas suas
ordens. O professor admirava o talento do poeta e por isso, Quintino ainda não
havia sido expulso do Ginásio Cearense.
Grande número de traquinagens
colocava o poeta em primeiro plano. Em compensação, suas notas eram sempre as
melhores, exclusivamente pela sua inteligência.
Certa ocasião, o professor
quando atravessava uma sala, encontrou o Quintino lendo e displicentemente, com
os pés em cima de uma cadeira. O professor pigarreou e disse:
- Quintino, tire os pés da cadeira!
Meia hora depois, Quintino
comparece à secretaria, conduzindo as peças (pés) que arrancara da cadeira.
(Plautus Cunha -Anedotas do
Quintino)
O Pente para
Cachorro
Os alunos do Liceu do Ceará
estavam sempre a postos para retrucar a forma, hoje poderíamos dizer, Lungueana
(referindo-se ao Seu Lunga) de Quintino. Depois de confabularem entre si um
deles aproximou-se do professor e pediu:
- Mestre me empreste o pente.
Quintino retirou um pente do
bolso da calça e o entregou ao aluno. Depois de pentear sua cabeleira à vontade
o pestinha provocou:
- Mas mestre isto parece mais pente pra cachorro!
De forma muito natural,
Quintino retirou outro pente, agora de dentro do paletó, mostrou-o e disse:
- Este que estás usando realmente é pra cachorro.
E mostrando o outro pente
disse:
- Eu pessoalmente uso este aqui.
(Enviada por Eristow Nogueira)
Fonte: Internet (circulando por e-mail e sem autoria
definida).
Nota: Muitos causos de Quintino Cunha
foram contados por seu filho Plautus Cunha, no livro Anedotas do Quintino. 16a Edição. Fortaleza-CE: Editora Ângelo
Accetti, 1974.
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