quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

VACINE-SE


Por Weiber Xavier (*)
Embora existam registros de vacinação desde o ano 1000 na China, deve-se a Edward Jenner no século XVIII, a descoberta da vacina contra a varíola, uma experiência revolucionária na medicina que trouxe avanços importantes na prevenção de doenças graves e potencialmente letais.
A palavra vacina, que em latim (vaccinus) significa "de vaca", devido a Jenner ter desenvolvido a vacina em humanos a partir de um tipo de varíola que acometia as vacas, por analogia, passou a designar todo o inóculo que tem capacidade de produzir anticorpos, ou seja, uma vacina é uma preparação biológica que estimula o sistema imunológico contra uma doença específica.
Vacinas previnem infecções graves com risco de complicações e morte, além de promoverem uma imunidade melhor do que a infecção natural. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a vacinação protege contra cerca de 26 doenças que incluem: Câncer do colo do útero, Cólera, Difteria, Hepatite B, Influenza, Encefalite japonesa, Sarampo, Caxumba, Pertussis, Pneumonia, Poliomielite, Raiva, Rotavírus, Rubéola, Tétano, Febre tifoide, Varicela, Febre Amarela. A resposta imune às vacinas é similar a uma produzida pela infecção natural, porém, com menores riscos como, por exemplo, os defeitos congênitos devido à infecção por rubéola ou paralisia irreversível no caso da poliomielite.
A vacinação é uma intervenção das mais custo-efetiva em saúde pública, cerca de três milhões de mortes são prevenidas a cada ano com a vacinação. O aumento da cobertura vacinal, aumentando a imunização globalmente, poderia salvar um adicional de cerca de 1,5 milhões de pessoas a cada ano.
Apesar das evidências de ganhos de saúde dos programas de imunização, sempre houve resistência às vacinas em alguns grupos, que mesmo em pleno século XXI, com argumentos inconsequentes, promovem um movimento anti-vacina que não só põe em risco a si próprio como toda a comunidade.
Vacinas são seguras e efetivas, mesmo com melhor higiene, saneamento e acesso à água tratada, se pararmos a vacinação, doenças como pólio podem voltar, portanto, vacine-se!
(*) Médico e professor de Medicina da UniChristus.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 14/1/2019. Opinião. p.22.

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