terça-feira, 3 de agosto de 2021

SAÚDE MENTAL NA PANDEMIA

Por Thalita de Oliveira (*)

Mais de um ano de pandemia e voltamos a um ponto delicado, enfrentamos novamente o isolamento rígido e o aumento de mortes...O mundo adoece, nos afetando diretamente. Toda crise provoca em nós o desejo de olhar para dentro, para o outro e ainda a avaliar nossas relações com o trabalho, com as pessoas, com nossas prioridades e com nossos papeis sociais. O que é normal nesse contexto? Como ser no mundo durante uma pandemia? Estamos descobrindo.

Tudo isso nos causa ansiedade, medo, culpa...um turbilhão de emoções! Você consegue identificar os seus sentimentos e expressá-los? Precisamos aprender a lidar com as nossas emoções e comportamentos para reduzir as tensões e agir sem impulsividade. Essa prática de presença constante ajuda a aliviar as tensões. Olhar para nosso corpo também é importante, somos um todo e tudo está interligado. Os exercícios físicos e os métodos de relaxamento como a meditação, por exemplo, colaboram para esta percepção.

Precisamos também praticar a empatia. Estar com o outro de forma genuína, buscando compreendê-lo, reconhecendo as diferenças no modo como as pessoas se sentem em relação às coisas e respeitando suas subjetividades. É natural que na convivência muitos conflitos surjam. A comunicação em situações de crise, como a que vivemos agora, exige bons ouvintes e bons questionadores, separando o que ouvimos e sabendo como aplicar as reações e julgamentos a respeito. Comunicar de forma não violenta e falar o que sentimos sem responsabilizar o outro.

Proponho uma investigação na descoberta ou reencontro das habilidades em que você é bom. Assim, você pode se ajudar e colaborar na vida de alguém, seja através da sua fé, do seu bom humor, do seu autocontrole…Tudo isso vai passar! Enquanto estamos vivendo essa luta contra a Covid-19, não podemos perder a esperança e isso não é negar a realidade, mas valorizar a vida. Se você sente que está adoecendo, busque ajuda na sua rede pessoal e procure um profissional qualificado, se necessário. "Seremos maiores se formos mais humildes" Santo Agostinho. 

(*) Psicóloga.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 24/05/2021. Opinião. p.22.

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