quarta-feira, 28 de março de 2012

NA BUSCA DO EQUILÍBRIO

Antero Coelho Neto (*)
Para muitos, e para mim também, a palavra maior do Universo é “equilíbrio”. E a sua busca, deve ser o nosso maior desafio, luta e, algumas vezes, êxito. Quando se estuda as leis do Universo, encontramos sempre uma busca constante, uma tendência evidente das chamadas leis da natureza e da vida. E aí a verdade sobre esses complexos elementos se torna mais difícil quando se estuda as diferentes e conhecidas interpretações filosóficas, científicas, sociológicas e religiosas de grandes homens do passado como Platão, Aristóteles, Karl Marx, Freud, Hobbes, Rousseau, John Locke e, muitos outros.
Pena que muitas, melhor diria, quase todas, lutas da humanidade são dirigidas para os extremos. Evidentes e famosas lutas políticas (esquerda ou da direita), classes sociais (ricos e pobres), religiosidades (cristãos, muçulmanos, espíritas, uniteístas, deístas, agnósticos, etc.), estilos de vida (fumantes, comilões, beberrões, preguiçosos, etc.), tendências, vontades, amores, etc. etc. Muitos dizem, “mas nos extremos é que estão os prazeres maiores da vida”. Isto é verdade para muitos, sabemos disso, o que torna muito difícil mudá-los. Prazer é um sentido que desenvolvemos, cada um de nós, de uma maneira diferente. Mais e menos prazer. Sinto prazer com isso, ou não sinto prazer nenhum. Ele sente, mas eu não. Entre os homens e as mulheres, ainda maiores são as diferenças.
As tendências predominantes na humanidade sempre têm sido para os prazeres extremos. Para o maior ou para o menor. Mas, para alguns poucos “privilegiados”, o centro ou o equilíbrio entre as tendências tem sido possível e demonstra sabedoria ou oportunismo. Os nossos sistemas endócrino, circulatório, nervoso, muscular, etc., buscam sempre um equilíbrio funcional. E o verbo “buscar” passa a ser importante para a pessoa. A vida, com a busca pelo equilíbrio, passa a ser o estereotipo desejado para os que sabem desses conhecimentos e os praticam. Vocês sabem disso. Ou não aceitam isto como verdade?
Sempre que me perguntam como eu vou vivendo, respondo “na busca do equilíbrio”. E para os amigos tento explicar, como estou fazendo agora com vocês. Na procura de um ambiente em equilíbrio, na busca pela vida com saúde e com melhor qualidade de vida. Constitui a busca de uma vida sempre subindo os degraus para alcançar o andar superior. Agora, estou no quarto andar ou quarta idade. E não está fácil, mas farei tudo o que possa, darei todo o meu empenho para isto. E sempre obedecendo as leis do meu equilíbrio mental, físico e espiritual. E da natureza em que vivo, evidentemente.
Mas também é preciso lembrar-se de Albert Einstein quando disse: “viver é como andar de bicicleta: É preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio.” Isto significando que a coisa não é fácil. É preciso movimentar-se, ser ativo, para alcançar o equilíbrio necessário e buscado.
Antero Coelho Neto
(*) Professor, Médico e Presidente da Academia Cearense de Medicina.
Publicado In: O Povo, 21/03/2012.

Um comentário:

ana margarida arruda rosemberg disse...

Sabedoria de quem já viveu muito.

 

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